Uma das postagens mais lidas
deste blog político é a intitulada “General Heleno empolga internautas com suas
“tuitadas”, datada de seis de janeiro de 2012. Portanto, a publicação completa
dois anos, na próxima segunda-feira, registrando cerca de mil visualizações,
sendo superada apenas por “Delenda est Amazônia”, de 1º de fevereiro de 2012,
com quase 2.500 visualizações. No total, até aqui, são 420 postagens, desde a
inauguração do blog spot, em 31 de
agosto de 2011.
Resolvi realizar este
levantamento, alertado, no meu mapa de público em 26 países, que totalizam quase
25 mil visualizações, pela estatística persistente de leitura da postagem sobre
o general Augusto Heleno, curiosamente superada apenas pela postagem sobre
agressões ambientais à Amazônia, região que esteve sob o comando militar do referido
general-de-exército, em 2008, após ter sido o primeiro comandante militar da
Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti - MINUSTAH-, de junho de
2004 a setembro de 2005.
Duas postagens campeãs de
visualizações que apresentam em comum com o general a Amazônia, onde a política
indigenista do Governo Lula ameaçava, segundo denúncias contundentes do general
Heleno, privar o Brasil da área territorial do Estado de Roraima, ameaça que
persiste no atual governo Dilma. A consciência crítica de Augusto Heleno
custou-lhe o cargo no Haiti, onde o general optou por um estilo soft
de atuação das tropas da ONU contra os rebeldes locais, quando Washington
preconizava um estilo hard.
Comenta-se, no Brasil de hoje,
que não há novas lideranças políticas e militares capazes de disputarem as eleições presidenciais com uma
bandeira da moral e da ética na política, e há muita gente que manifesta pelas
redes sociais seu desejo de que o general Heleno, nascido em Curitiba, se filie a um partido político
para disputar as eleições em 2014. Basta uma leitura da linha do tempo de seu facebook, com quase 4500 “Curtidas”,
para se constatar que o general tem verve política e adeptos.
Este meu blog não é popular, pois
o próprio tema – Política -é por si restritivo ao acesso do grande público
voltado para o entretenimento e o lazer, ainda mais num País como o Brasil, onde
o povo tem reiterado pelas redes sociais seu desencanto com a representação
político-partidária e com os próprios políticos e o governo procura matar no
nascedouro o menor movimento de oposição. Um país sem oposição e anestesiado em
sua consciência crítica, com uma democracia mitigada e desmobilizante, à beira
de uma ditadura quasímoda (sem configuração ideológica explícita).
Por modestas que sejam as
estatísticas de visualização deste blog, eu me orgulho delas e dos meus
leitores, com certo saudosismo de Nelson Rodrigues, quando dizia que toda unanimidade
é burra. Essa persistência do interesse pelo general Augusto Heleno, que se
amplia pela rede da web, parece-me fazer do general, que completa 67 anos em
outubro, um nome potencialmente presidenciável, embora, na área militar, haja certa
descrença quanto às suas chances de entrar para a política.
O argumento que ouço de amigos
militares é de que a hora do general Heleno passou... Mas, pergunto: Desde quando em política o
chamamento popular cede às conveniências conjunturais? Tuitando e facebookando, o general apresenta
condições excelentes de participação como candidato a cargos eletivos, a menos
que não queira... Mas, nesse caso, seria sua decisão de foro íntimo.
Para os leitores que,
eventualmente, sintam dificuldade em acessá-la, republico abaixo a postagem de
2012:
“General Heleno
empolga internautas com suas “Tuitadas”:
O general-de-exército Augusto
Heleno, já na reserva remunerada, resolveu “tuitar” sobre política, tornando-se
a principal voz ativa militar nas críticas ao governo e, potencialmente, um
nome para disputar as eleições presidenciais em 2014. Foi chefe da força de paz
no Haiti e, recentemente, exerceu o comando militar da Amazônia.
Por razões óbvias, manteve
silêncio quando estava na ativa, em respeito ao Regulamento Disciplinar do
Exército e ao Estatuto dos Militares, mas, seu silêncio, em alguns momentos,
foi loquaz, quando,em depoimentos nas comissões do Congresso Nacional e em declarações
à imprensa, criticou a política indigenista do governo Lula e defendeu a
soberania brasileira, com enfoque especial na Amazônia. Agora aponta sua verve
ferina para a corrupção.
Sim, o general Heleno tem verve
ferina... Usa boutades como esta, para suas críticas: ”Sugiro que
aumentem o número de ministros. 48 é o número ideal. Dá para programar a queda
de um por mês, ao longo de um mandato de quatro anos. kkk” Alguém de porte no
país, inclusive na Oposição, fez tão contundente crítica à faxina ministerial
executada pela Presidente Dilma?
Em outros tempos, a UDN era
acusada de ser uma “vivandeira de quartéis”, o mesmo acontecendo depois com uma
ala da ARENA, durante o regime militar. Hoje, a expressão ganhou emprego não
somente para políticos, mas também para artistas e empresários suspeitos de
saudosismo e interesses golpistas.
Não se aplica tal expressão ao
general Heleno, muito elogiado pelos internautas, que deixa claro aos civis
mais entusiastas de sua candidatura o desinteresse das Forças Armadas pela
tomada do poder: ”Querem apenas estar em condições de defender a Pátria.”
Heleno adverte, em suas
“tuitadas”, que é fácil ser popular quando a economia vai bem, por fatores
conjunturais, e se tem uma oposição submissa e solidária “às maracutaias”. Nada
de golpe, deixa bem claro. Mas – é bom lembrar-, Napoleão empolgou o poder na
França diante da conjunção explosiva de dois fatores: O recrudescimento da
corrupção e da indignação popular...
O general internauta já é um
retrato pronto para as eleições presidenciais de 2014, mas ainda falta sua
moldura: Filiação partidária e uma plataforma eleitoral. Como a farda não abafa
no peito o cidadão, e ele já se encontra na reserva, pode reunir as condições
para subir aos palanques em 2014, como todo cidadão brasileiro “ficha-limpa”
perante a justiça eleitoral.
Resta saber como o
"sistema" acompanha a sua desenvoltura, porque há,pelo menos, uns 10
dispositivos do Anexo I do Regulamento Disciplinar do Exército que dão margem à
imposição de restrições ou punições ao envolvimento de militares com a política
partidária. Os generais Euler Bentes Monteiro,Andrada Serpa e Newton Cruz
, mesmo na reserva,enfrentaram sutis pressões desse tipo, mesmo na vigência do
regime militar".
Prezado Martins bom dia!
ResponderExcluirParabéns pela matéria!
Att Cel PMDF Bulat