quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

No Mundo, no País e outras notícias


Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)
No Mundo
Apesar da relativa diminuição de sua hegemonia, não há dúvida que os EUA seguirão sendo, por muito tempo, a principal potencia militar e uma das principais economias do mundo. Contudo, na medida em que as imensas quantidades de dólares sem lastro, até agora entesouradas por outros governos, sejam usadas e lançadas em circulação a moeda estadunidense sofrerá um colapso e as consequências serão apocalípticas.
 
Evitar tal cenário ou ao menos retardá-lo é a estratégia que orienta a política norte-americana, deste início de século. É fundamental compreender este quadro para colocar as peças no quebra-cabeça geopolítico, ainda mais  que os EUA, as principais potências ocidentais seguem em depressão econômica, com aspectos perversos que lembram a  iniciada em 1930. A depressão econômica daqueles tempos apresentou invasões e conflitos localizados, além de sangrenta guerra civil na Espanha, com participação de forças militares estrangeiras e culminou na terrível II Guerra Mundial.
O mundo nunca foi um lugar tranquilo, mas não se espera, por hora, guerra entre nações, muito menos uma nova guerra global. As tensões no Oriente Médio continuam estáveis, com os EUA menos decidido a atacar a Síria e o Irã e o conflito Israel x Palestinos sem imediatas perspectivas  de escalada.
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No Extremo Oriente, a divergência China x Japão, apesar do potencial de confronto, tende a estabilidade, pois a última coisa desejada pelos EUA seria uma guerra naquela região, onde teriam que se envolver por força de tratado com o Japão. Na verdade ninguém quer a guerra pela guerra e mesmo que haja algum infeliz incidente será mais provável o prevalecimento do bom senso.
Entretanto, guerras internas podem eclodir, principalmente na Ucrânia e na Venezuela. A Ucrânia tende a se aproximar da OTAN ou se dividir e a Venezuela a mudar para um governo menos hostil aos EUA, que como prováveis vencedores nessas disputas levarão as principais vantagens. Pululam notícias ainda não confirmadas de tropas chinesas e cubanas para auxiliar o governo venezuelano se isto for confirmado pode-se esperar uma escalada, com intervenção estadunidense, que forçosamente será bem sucedida.
Em termos gerais, o futuro imediato apresenta-se risonho aos EUA, principalmente se o gás do xisto corresponder ao anunciado mas, é claro, se o dólar perder a credibilidade, tudo pode desmontar.
No País
Com a economia declinante em função da corrupção, da má administração e da sabotagem da oligarquia financeira internacional, a população está descontente. As invasões indígenas, do MST e quilombolas afastam os produtores rurais do Governo. A falta de Segurança Pública aliena a população urbana, que desesperada com a simpatia governamental pelos malfeitores começa a fazer justiça pelas próprias mãos.
 
A rendição da Dilma às exigências internacionais, as incríveis doações a países estrangeiros irritam a todos que pensam no bem do País. A condescendência com a corrupção e as provocações inconsequentes às Forças Armadas criam um clima fértil até para um movimento militar. Realmente, o País está mal,  mas, ainda pode piorar; aliás, vai piorar.
Certamente, o STF libertará os mensaleiros, cuja prisão havia lavado a alma de significativa parte do povo. Breve ,o ministro Lewandowisky assumirá a presidência do STF, causando  a perda dos últimos pontos de esperança na Justiça. O MST anuncia que passará a fazer invasões urbanas ( Carnaval Vermelho) e o entrar nas residências, incendiará até a pacata e acovardada classe média.
O banditismo generalizado atinge também a classe baixa, que desprotegida, já anseia pela repressão. Em todos os segmentos sociais existe a sensação que cada um só pode contar com sua própria segurança e os linchamentos de bandidos se espalham.O cenário está pronto, agora a dois passos da guerra civil.
Com a Pátria dividida em etnias hostis e posições políticas irreconciliáveis e radicalizadas, pouca energia sobrará para a defesa dos interesses nacionais e tudo indica que as diferentes facções políticas procurarão apoio externo para suas pretensões, causando sério risco até para a unidade nacional.É bom ficarmos alertas.
Outros assuntos
-É imperioso reduzir o número de senadores, deputados e vereadores pelas incríveis despesas que causam. No Executivo um Presidente tem que existir, mas 39 ministérios? Claro que é para comprar alianças. O pior é a inutilidade, tanto   do número de ministérios quanto do número de parlamentares. Ambos são apenas sorvedouros de recursos. Quanto ao STF, não merece confiança. Foi ele quem determinou a entrega da Reserva Raposa do Sol. Todo mundo sabia que a Funai havia demarcado com laudos fraudulentos com base nas riquezas do seu subsolo,  a serviço das ambições estrangeiras.  Por algum tempo,  a direção de Barbosa nos deu esperança de que um dos Três Poderes cumprisse a sua missão, mas tudo indica que esse período áureo acabará já no julgamento dos recursos do mensalão. Não sobra nada nos altos escalões do Governo.
 - A elite pensante do País já tem conhecimento da mutreta do subfaturamento do Nióbio, onde há quem veja isto as digitais do Zé Dirceu Em outras mutretas não se fala, por exemplo, numa época em que se teme o colapso do dólar e quando todos que podem juntam o ouro, cadê o ouro de Serra Pelada? E os diamantes da reserva dos indios Cintas Larga. No Brasil é que não estão. Seria, inicialmente um trabalho para a ABIN, se ela recebesse ordem ou se tomasse a iniciativa como seria o dever dela.
- As leis que proíbem o porte de armas desarmam apenas àqueles que não são inclinados nem determinados a cometer crimes. Essas leis tornam a situação pior para a vítima e melhor para os assaltantes pois servem mais para encorajar que para prevenir homicídios, onde um homem desarmado pode ser atacado com mais confiança do que umhomem armado
- Após a descoberta da ação de "justiceiros" dispostos a fazer justiça com as próprias mãos no Rio de Janeiro, outros casos de linchamentos em praça pública e punições decididas à revelia da lei começaram a surgir pelo país. Na periferia de Teresina, no Piauí, um homem acusado de assalto foi amarrado e colocado em um formigueiro. A cena de barbárie foi filmada e publicada nas redes sociais. Nos últimos dias, casos semelhantes foram registrados nos Estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Rio de Janeiro.
- Insatisfeitos com as imposições da presidente nas votações na Câmara, e sobretudo com a distribuição de cargos, a base aliada se articula em “blocão” informal, com PMDB, PP, PROS, PSD, PR, PDT e PTB, para medir forças com o Planalto. O Governo, que nos últimos tempos tem governado mal e sido condescendente com os vândalos, com as invasões dos índios, com as estripulias do MST e congêneres e com as exigências da oligarquia financeira internacional agora ficará inteiramente refém do grupo mais corrupto que temos notícia e terá que ceder tudo.  Senhora presidente, seu governo acabou. Se quiser ressuscitá-lo junte-se aos militares e atenda as recomendações da Escola Superior de Guerra – o único órgão que estuda as soluções para os nossos problemas. Lembre-se que boa parcela da população já está pedindo aos mesmos para por ordem no caos de seu governo.
- Seguindo a tradição legalista de Caxias, os militares procuram não se imiscuir em assuntos do Governo. Se o País escolheu um mau governo foi porque quis. Podem, até certo ponto, aguentar calados as provocações da inconsequente Comissão da (in) Verdade, mas a divisão do País em etnias indígenas ultrapassa o limite. Retire, senhora presidente, o trapalhão do Min. da Justiça e extinga a Funai enquanto é tempo. 
- As mais modernas maneiras de avaliação do poder nacional baseiam-se na “formula de Cline”, onde se considera que o poder é a multiplicação do potencial  nacional pela “vontade nacional”. Vontade nacional? Se é assim estamos mais perdidos que cego em tiroteio. Há uma divisão ideológica evidente que fragmenta a nossa vontade, sem contar que a herança cultural não nos dá arcabouço de nacionalismo (ou patriotismo como queiram) que consolide essa Vontade (ou mesmo que dificulte essa fragmentação).
 
Hoje, ela praticamente não existe em termos estritos de nação. A própria "guerra ideológica" está destruindo valores que são fundamentais na construção e sustentação dessa Vontade. As vezes a vontade nacional de algum país é estimulada aproveitando um Pearl Harbour ou simulando um ataque inimigo, mas a “vontade” só pode ser forjada pela educação. Lembro que já tivemos uma “vontade “ forte nos tempos do Getulio, do Juscelino e do Médici, mas sob a batuta do atual governo a educação se esforça apenas para destruir os valores da Pátria e da família.
O “Potencial”, mesmo que muito grande, multiplicado por zero,  resultará em zero.

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