sábado, 31 de maio de 2014

Barbosa e o risco de abraçar a política

O ministro Joaquim Barbosa anunciou seu afastamento do Supremo Tribunal Federal, por desejo de aposentadoria, mas também cedendo a ameaças que estariam sendo feitas pela sua atuação decisiva na condenação dos políticos e empresários envolvidos no "Mensalão", o processo referente à  compra de votos parlamentares durante o Governo Lula.
Não se sabe até que ponto Joaquim Barbosa fez ou deixou de fazer o jogo de interesses do ex-presidente Lula, que o nomeou para a colenda Corte, ou se agiu conforme as suas convicções pessoais. Afinal, num tribunal superior cujos membros foram, majoritariamente, nomeados por influência do Partido dos Trabalhadores - PT-, a unanimidade absoluta nas decisões seria uma burrice política. Um, dois ou três contrapontos são necessários, e Joaquim Barbosa é um deles, ao lado dos ministros Marco Aurélio Mello e Gilmar Ferreira Mendes.
O arcabouço jurídico brasileiro não difere muito dos arcabouços dos demais países desenvolvidos e em desenvolvimento, no tocante à essência da ética e da moral, cujos princípios remontam a milhares de anos antes de Cristo, bem antes do próprio Código de Hamurabi e dentro da cultura sumeriana e acadiana. O que muda no processo normativo são os aspectos relacionados à cultura de cada povo, as tais idiossincrasias culturais, que o levam a agir com rigor, permissividade, indolência, coragem, etc..
Quando Joaquim Barbosa, o primeiro negro a presidir o Supremo Tribunal Federal, procurou estabelecer procedimento rigoroso para a condenação e prisão dos envolvidos no "Mensalão", o Brasil e o próprio exterior chegaram a duvidar da capacidade do ministro de levar adiante tão ousada posição. Afinal, ele foi diversas vezes confrontado por vários colegas diante das câmeras de televisão, sendo alvo às vezes de insinuações preconceituosas na própria mídia, baseadas em sua cor, em seus hábitos populares de frequentar bares e espetáculos musicais, e até mesmo em suas dores-de-coluna.
Joaquim Barbosa cresceu como nome potencialmente candidato a cargos eletivos, entre os quais o de Presidente da República. Seu nome virou estrela nas redes sociais, mas nem isto parece ter motivado o ministro a se filiar a partido político e disputar algum cargo, hipótese que ele não elimina em suas declarações de afastamento das lides judiciárias.
Barbosa sabe que, entre a teoria e a prática de se transformar em político, existe um imenso fosso a ser superado, pois a figura de um ministro do STF impõe respeito na mídia e na opinião pública em geral, mas a figura do político está sujeita atualmente a imenso desgaste, em face da dicotomia entre as práticas existentes e as aspirações e os interesses da sociedade brasileira. De estilingue, o ministro passaria a ser vidraça, uma transformação nada confortável.
A conversão de um potencial candidato a cargo eletivo em titular de mandato requer o preenchimento de, pelo menos nas minhas contas, no meu “Manual de Campanha Eleitoral”, 22 requisitos, que variam desde a vontade de querer disputar um cargo eletivo até a estratégia de reeleição. Ou seja, a conquista e manutenção do poder político, entre a pretensão e a realização como ator, não se constituem  numa empreitada fácil, como o senso-comum imagina.
Acredito que, ponderando a respeito de suas chances numa carreira política,  até mesmo em função de suas condições físicas, o ministro fará prevalecer o seu bom- senso, mantendo-se distante da fogueira das vaidades que arde na arena política, ainda que o convençam de que os braços do povo o esperam. Dificilmente, conseguiria superar como político os marcos virtuosos que conseguiu superar como juiz.
 
 

 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto

 Diálogo e bom-senso no futebol
Aproveitando o clima da copa do mundo, Dilma recebeu integrantes do Bom Senso FC. Creio que, nesta linha, sem trocadilho, será também de bom senso, que Dilma receba dirigentes da CBF. É saudável que a presidenta queira se informar, realmente, sem ser monitorada por paladinos de araque e pseudos analistas, dos assuntos ligados ao futebol penta campeão do mundo.
Registre-se que a CBF jamais se negou a trocar ideias com Dilma.Foram os parvos ressentidos da banda podre da imprensa que cretinamente criaram um fosso, uma indisposição tola, injusta e absurda, entre a presidenta e dirigentes da CBF. Os mesmos rebotalhos fizeram de tudo para sabotar a copa do Mundo. Ao mesmo tempo em que faziam intrigas e plantavam sandices e mentiras para afastar Dilma do presidente da CBF, José Maria Marin.
É assim que agem os canalhas. Um deles agora chama a presidenta de "Dilma Pop". É o mesmo rebotalho da crônica esportiva que sonhava em ser ministro dos Esportes com FHC. Tentou depois com Lula. Agora, cinicamente, torce(morro de rir!) para Dilma ser reeleita para lamber os pés dela e de Lula para tentar tomar o lugar de Aldo Rebelo. É mais fácil o mar secar...
Voltando aos pleitos dos atletas profissionais de futebol. Dilma precisa ser informada, por auxiliar isento e que enxergue os fatos, que a CBF, através de Marin e do presidente eleito da entidade, Marco Polo, nunca deixou de conversar com o Bom Senso FC. Saiba também Dilma que sem o aval da CBF dificilmente o Bom Senso FC terá sucesso em suas pretensões. Bobagem se esguelhar e se esfolar. Muito menos ter como padrinhos asnos que jamais ergueram um tijolo em beneficio do futebol. São os escolados na bravata e na lorota.
Carlos Alberto Parreira definiu com autoridade e correção: "A CBF é o Brasil que deu certo". A trajetória de êxitos do futebol brasileiro começou com João Havelange, ainda na CBD. Com o ex-presidente da FIFA, que modernizou e tornou milionária a maior entidade do futebol mundial, o Brasil conquistou três copas do mundo. A seguir, com Ricardo Teixeira na CBF, o Brasil ganhou mais duas copas. Agora, com Marin e Marco Polo, o Brasil prepara-se, com determinação e união, para ser hexacampeão do mundo. Fato que, seguramente,  vai doer na alma dos decaídos de espírito.
Patrulheiro
Patrulheiro da corja dos pinoias e movido a querosene  da sarjeta dos esgotos das ratazanas, um vulgo Aldir Blanc jogou as patas imundas no senador Fernando Collor. O fato de escrever  canalhices e sandices no Globo não dá o direito ao canalhão Aldir Blanc nem a ninguém, de insultar as pessoas. E o mais grave, vomitando banca de jurista. Só se for jurista de copo de cachaça.
Venais como Blanc não se enxergam. Terão que se acostumar com a segunda certidão de correção e zelo com a coisa pública, que o STF concedeu ao ex-presidente e senador Collor. Aldir Blanc e outros da mesma laia terão que se enquadrar dentro da verdade dos fatos e passar a recontar a verdadeira história politica brasileira. Ou, então, se preferirem, cortar os pulsos, se jogar do alto do Corcovado, atear fogo ás vestes ou, ainda, se jogar debaixo da linha do metrô.  Nestas opções, a humanidade agradeceria. Mais: A carapuça é do tamanho do novo Maracanã.
Charge
Quero dizer ao Chico (charge de 27/05) que é melhor e mais saudável Collor ter pentelhos brancos no lugar certo e adequado do que na alma ou no coração, como têm alguns.  A meu ver, Chico pisou feio na bola. Escorregou na maionese. Assinou uma charge grosseira, injusta e, sobretudo sem graça. Pelo visto Chico precisa se reciclar. “O Globo”, em decisão infeliz, ainda estampa a patética charge na primeira página.  Um primor de deselegância.
Cultura amazonense
Dentre as sedes da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, o Amazonas é o Estado com a maior programação cultural dirigida ao público local e turistas durante o torneio. O projeto a ser realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura é intitulado de Amazonas de Todas as Artes e está orçado em R$ 1,3 milhão.
No total, serão 1.200 eventos promovidos pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, entre os dias 1º de junho e 13 de julho em 20 espaços como praças, parques, museus, teatros, centros culturais, bibliotecas e outros administrados pelo órgão e que passarão a funcionar das 9h às 22h, diariamente.
Collor retruca à mídia
Discursando no senado, o senador Fernando Collor(PTB-AL) retrucou à decana , "e bota decana nisso", turma midiática que "confunde liberdade de imprensa com denuncismo irresponsável, sempre em beneficio deles próprios".Collor salientou que ,depois da sua "completa e irreversível absolvição pelo STF", os meios de comunicação em geral, e particularmente a "Veja", "continuam inconformados, desiludidos e sem aceitar a realidade da História,que precisa ser recontada e reescrita".
Declarando estar com a consciência tranquila e serena, Collor manifestou a convicção de que "mais este embuste midiático da factoide "Veja",  tem como pano de fundo "o inconformismo, a revolta e a sordidez de um veiculo de comunicação que se diz responsável, mas que não se conforma em ouvir verdades e, menos ainda, perder processos na justiça". 
Nesta linha, o senador Collor informou  que a Editora Abril , por "mentiras e má-fé", foi obrigada pela justiça a indenizá-lo em 1 milhão e 400 mil reais. "A maior indenização em nossa história já paga por um meio de comunicação por perdas e danos morais movida por crimes de calúnia, injúria e difamação".
Concluindo, Collor recordou e frisou declarações do Juiz Federal Sérgio Moro, responsável pela “operação lava-à- jato”, ao ministro do STF, Teori Zavascki: "Observo que não há qualquer indicio do envolvimento do referido parlamentar(Fernando Collor)nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas".
Verdade dos fatos
 
É preciso que se diga, a bem da verdade e da informação correta, que o senador Fernando Collor não tem nada a ver, o menor envolvimento, com a referida operação. Apenas comprou dólares. Através de depósito bancário. Dentro da lei. Pelo que consta, ainda não seja pecado comprar moeda estrangeira.  Qual a função do doleiro?    Vender e comprar dólares. Mas, fazem um escarcéu medonho. Pelo visto, parte da imprensa, aquela que se julga acima do bem e do mal, continua em choque, moída, não assimilou o cruzado no queixo, da segunda absolvição do ex-presidente pelo Supremo Tribunal Federal. O jeito, então, é atear fogo ás vestes. O fato mais esclarecedor da "noticia da semana", de acordo com a cabeça oca dos açodados e ressentidos, embora o noticiário tenha colocado em segundo plano, é a clara, firme e definitiva declaração do Juiz Federal Sérgio Moro, que atua na “operação lava-à- jato:" Observo que não há qualquer indicio do envolvimento do referido parlamentar(Fernando Collor) nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas".
Investimentos no Brasil
Falando na Comissão de Infraestrutura do senado, o secretário de politica Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holanda de Brito afirmou que o Brasil deverá alcançar nos próximos anos uma taxa de investimento equivalente a 24% do produto interno bruto (PIB).
Acentuou que o Brasil tem todas as condições para fazer investimentos "amplos e diversificados" em infraestrutura, citando os setores de logística, energia, segurança e insumos para a atividade econômica.
Presidindo a reunião, o senador Fernando Collor (PTB-AL) foi duro com a burocracia. A seu ver, ela compromete e prejudica o desenvolvimento do país. Collor também criticou a "licenciocracia, a auditocracia  e a controlocracia que na realidade se tornaram os verdadeiros gestores do Brasil, em função de distorções da máquina burocrática.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Brasil político no divã do futebol


Com os olhos de quase o mundo inteiro voltados, nos próximos dias, para os jogos da Copa do Mundo, o Brasil, pentacampeão de futebol, é um país à beira do divã da psicanálise, tantas são as suas contradições e suas crises existenciais nessa modalidade de esporte que ajuda na projeção do poder nacional. 
Em ano de eleições presidenciais e parlamentares, quando a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer tentarão se reeleger para o Palácio do Planalto, o fracasso da seleção brasileira será o estopim para revolta geral do povo brasileiro contra os gastos de quase 30 bilhões de reais na preparação de estádios e infraestrutura para o evento, quando faltam escolas, hospitais, transportes e segurança pública suficientes para atendimento da população. Só um milagre de proporções inimagináveis livraria o atual governo da derrota nas urnas.
Em caso de vitória do Brasil, não se garante que a alegria de alguns milhões de aficionados do futebol venha a se converter em votos para Dilma, porque o futebol tem o poder de mobilizar multidões, fazendo “a Pátria de Chuteiras”- como diria Nelson Rodrigues - mas não tem o condão mágico de justificar o desencanto dos eleitores, em especial os da classe média, com a inflação e outras mazelas  políticas e sociais. Durante o regime militar, em 1970, o Governo do General Médici conseguiu transformar a conquista da Copa em fator de contabilidade política.
Mas, os tempos mudaram...O Brasil, na atualidade, ostenta o título de pentacampeão mundial de futebol, mas apresenta algumas contradições desconcertantes para um observador atento:
Não tinha estádios à altura de um certame como a Copa do Mundo; tem competições nacionais de qualidade duvidosa, seja em termos de organização ou em termos de jogadores; os treinadores brasileiros vivem tentando imitar seus colegas europeus, impondo aqui esquemas táticos e treinamentos como se os pentacampeões fossem eles, e não os brasileiros, numa visível tentativa de ampliar mercados para exportação de atletas; um goleiro como Rogério Ceni, do São Paulo Futebol Clube, com recordes fantásticos no clube e na posição, reconhecidos no mundo inteiro, não joga na Seleção; o estado de São Paulo tem o mercado de futebol mais caro do Brasil, mas não tem nenhum jogador convocado pelo técnico Felipão, nem mesmo o estilista de meio-campo, o jogador Ganso, pretendido por clubes do mundo inteiro; Pelé, o “Rei do Futebol”, que garantiu seu estrelato parando de jogar na hora certa e promovendo o “soccer” nos Estados Unidos, jogando pelo Cosmos, não conta com a simpatia dos brasileiros (estranha dicotomia entre o ídolo e a massa), embora seja admirado no mundo inteiro; ainda prevalece a mentalidade colonialista, segundo a qual o jogador brasileiro para a seleção de hoje tem que jogar no exterior; e, finalmente, a indiferença da imprensa e das elites do País a João Havelange, o brasileiro, ainda vivo, que revolucionou o Brasil no futebol e transformou a Federação Internacional de Futebol Associado –FIFA- na potência que é hoje, tão ou mais influente do que a Organização das Nações Unidas –ONU-.
A associação do esporte com a política é uma prática antiga no Brasil. Ser presidente de federação estadual  de futebol proporciona um maná de votos para o titular ou candidatos  a mandatos eletivos que contam com o seu apoio. O presidente é um grande eleitor, ainda que as torcidas  dos clubes filiados à entidade não percebam seu trabalho de bastidor. Não só o futebol, mas todas as demais modalidades desportivas ajudam a conquistar votos. Isto já vem das antigas olimpíadas da Grécia e das próprias arenas de gladiadores em Roma, que tinham importância esportiva e, principalmente, política, conforme o “panis et circenses.” Algumas empresas privadas aplicam verbas em esportes como artifício de contabilidade política.
Estima-se que haja 30 milhões de praticantes de futebol no Brasil, 800 clubes profissionais, 13 mil times amadores e 11 mil atletas federados (dados da Wikipédia). A modalidade de futebol  feminino se desenvolve timidamente, pois há falta de vontade política para sua promoção.
Qualquer que seja o resultado desta Copa do Mundo, há um estiolamento do Brasil em focos de descontentamento com o Governo e com a Copa, especialmente em cidades  como São Paulo e  Brasília, nichos populacionais de eleitores do governo e  de torcedores fanáticos por  futebol, independentemente da política. Os três  segmentos , naturalmente emulados pelas redes sociais, ditarão os rumos das eleições vindouras.
 
 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto

Senador Benedito de Lira protesta contra o atraso na liberação dos genéricos veterinários 
 
A paciência do senador Benedito de Lira pela regulamentação dos genéricos para uso veterinário está chegando ao fim. Nesta quinta-feira (22), o senador foi obrigado a cancelar a audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado justamente para ouvir do ministro Neri Geller as razões pelas quais não vingou a lei sancionada em 2012 pela presidente Dilma Rousseff.
Benedito cancelou a audiência por dois motivos: primeiro a pedido do ministro da Agricultura, que alegou outros compromissos; segundo porque a Anvisa, também convidada, se justificou informando que a regulamentação de medicamentos veterinários não é de sua competência.
A senadora Ana Amélia discordou do argumento da Anvisa. Disse que o registro de qualquer medicamento é competência da Agência reguladora. O senador Vladimir Moka também se mostrou indignado, e lembrou que era deputado federal junto com Benedito de Lira quando o agora senador apresentou o projeto que obriga os laboratórios a produzir medicamentos genéricos para uso veterinário. “Foram várias audiências públicas na Câmara, no Senado, depois a aprovação nas duas Casas e finalmente a sanção da presidente da República, e a insensibilidade da burocracia não permite que esse benefício chegue aos pecuaristas brasileiros”.
O senador Rubem Figueiró (PSDB/MS) chegou a sugerir a convocação do ministro da Agricultura, mas Benedito de Lira entendeu que a Comissão de Agricultura deveria marcar uma nova data para as explicações.
Mais uma vez, os senadores da Comissão de Agricultura hipotecaram apoio à luta de Benedito de Lira na questão dos genéricos por entenderam que isso poderá propiciar uma economia de cerca de 30 por cento nos custos da atividade pecuária no Brasil.
O projeto de lei que torna obrigatória a produção de genéricos veterinários no Brasil é de autoria do senador Benedito de Lira e foi apresentada em 2004 quando ele era ainda Deputado Federal. Tramitou nas duas Casas do Congresso e só foi aprovada em 2012 quando pode ser finalmente sancionada pela presidente da República, tendo sido fixado prazo de 90 dias para a regulamentação. De lá para cá, o agora senador Benedito de Lira tem feito contatos constantes com as autoridades do Ministério mas nenhuma providência foi tomada o que acaba favorecendo os laboratórios, que sempre foram contrários à produção de medicamentos genéricos para uso veterinário no Brasil.
Tostão x Ganso
As oportunas, sinceras e verdadeiras ponderações  do colunista Tostão( FSP-Esporte de 21.05) ao jogador Paulo Henrique  Ganso seguramente serão bem vindas e recebidas com apreço e respeito pelo talentoso jogador do São Paulo. Como bem frisou Tostão, a não convocação de Ganso para a copa do mundo serviu, paradoxalmente, como estimulo ao jogador, que tem jogado bem e encantado o torcedor com seu objetivo, vistoso e inteligente futebol. Agora tudo vai depender do próprio Ganso: se esmerar cada vez mais em campo, evitando contusões e procurando, como pessoa e atleta, ser mais expansivo e participativo. Porque, breve,  Ganso será titular da seleção brasileira.  As  palavras  de Tostão também são endossadas por outros eternos craques, como Gerson, Rivelino, Carlos Alberto Torres e Paulo Cezar Caju, igualmente admiradores e incentivadores do futebol de Ganso.
 
Jornalismo patife
Carta Capital se esmera em sordidez e canalhice. Tudo indica que deseja concorrer com a pornográfica "Veja".  O jornalismo sobre os citados na capa,  João Havelange e Ricardo Teixeira, é repleto de denúncias vazias. Algumas delas velhas, superadas e esclarecidas. A equipe de Mino Carta vestiu a fantasia da torpeza e da leviandade. Debochar, acusar sem provas e insultar, são instrumentos de uma imprensa ruim e viciada em montar calúnias. Carta Capital trilha o abismo da mentira. Vale tudo para que a revista não continue encalhada nas bancas. 
 

 

 

O Tabuleiro, A Auto Estima, Plataformas de candidatos

Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)
 
O tabuleiro do “Grande Jogo”
Quando o Muro de Berlim foi demolido, estrategistas aventaram o fim dos Estados nacionais soberanos que levaria a um "governo mundial". Em consequência da não-proliferação nuclear (pretexto para um "apartheid tecnológico") ,do uso dos direitos humanos, para justificar intervenções e do ambientalismo para obstaculizar a industrialização dos “periféricos,da desnacionalização das empresas e  da destruição das tradições familiares, para que os povos nunca mais se levantassem, além de outras medidas visando a liberalização financeira e comercial do planeta, garantido por um poder militar aparentemente irresistível que se mobilizou em uma "guerra de recursos" - do Afeganistão à Líbia, passando pelo Iraque. Entretanto, a quebra do grupo Lehman Brothers demonstrou a incapacidade dos governos dos EUA e da Europa de controlar as próprias oligarquias, as mesmas que dirigem o núcleo do sistema financeiro global.
A aspiração anglo-americana de um Governo Mundial durou pouco. A ascensão da China deixava dúvidas quanto ao futuro, mas foi a partir da crise na Ucrânia que a arquitetura geopolítica da "Nova Ordem” foi desafiada. É evidente a queda de braço entre a Rússia e os EUA/OTAN onde a vitória tende para a Rússia. Espera-se que nessa queda de braço predomine o bom senso  que a Rússia não estenda demais suas legitimas ambições e que os EUA se conformem coma perda de posição, ou seja, que não degenere em uma escalada de desafios, mas ninguém pode ter certeza disso.
Auto-Estima
Sem auto- estima não há orgulho. Sem um pouco de orgulho as pessoas, as famílias e as nações desmancham, mas isto passa.
Nós, brasileiros, nunca antes estivemos com tão baixa auto-estima; tudo nosso parece ruim. A nossa corrupção é a maior do mundo (o que não é verdade), o nosso sistema de saúde é o pior de todos (o que também não é real) temos a pior distribuição de renda ( também é mentira) etc.
 
Sem auto-estima nada dá certo, nada se realiza,  obviamente que os motivos para a baixa auto-estima são reais – temos maus governos há mais de duas décadas e a corrupção grassa no varejo e podemos começar a preparar-nos para fortes decepções .
O País poderá ser submetido a uma fase mais intensa da guerra irregular - ou "guerra de quarta geração" - movida, nas últimas décadas, pelo aparato ambientalista-indigenista e de "direitos humanos”, dirigidos por órgãos governamentais e fundações anglo-americanas .
Manifestações aparentemente desconectadas entre si ocorreram no Brasil e na Alemanha, com poucos dias de intervalo, aliadas a intenso noticiário negativo em todo o Primeiro Mundo exagerando as nossas mazelas pois, sugerem que há uma intenção na esteira da onda de descontentamento que se espalha pela nossa sociedade.
 
"Derrubar o Brasil”, em especial, impedir o desenvolvimento da infraestrutura. Como já podíamos esperar, a reação  com tal aparato intervencionista têm sido bastante dificultada devido à omissão e à conivência de setores do governo federal, com setores radicais dos chamados movimentos sociais, cuja manipulação por certos interesses estratégicos internacionais é visível à luz do dia.
Tudo indica que se aproximam tempos difíceis, que podem desembocar até na desagregação do País. O consolo é que sabemos que a auto-estima pode mudar  e rapidamente. A História nos mostra que depois da I Grande  Guerra os alemães nem queriam mais ser alemães e em 1929  a auto-estima dos EUA estava no chão.
Em 1940 estava no auge, assim como a auto-estima americana após a vitória na II Guerra. Nós mesmos observamos a diferença entre a nossa auto-estima de antes do Governo Militar, da época do Médici e a atual. Podemos até sentir a diferença de antes das manifestações (Quando uma revista estrangeira nos chamava de a 6º economia do mundo) e o baixo astral em que estamos, quando a mesma revista afirma que a nossa economia vai para o brejo.
Nós ainda nos levantaremos. Só precisamos acreditar em nós mesmos e de confiar menos no que vem de fora.
Esta não!
O governador de um Estado localizado na fronteira foi preso por ter uma pistola em sua casa, registrada, mas com a licença vencida. Incrível, só os malfeitores podem ter armas, e sem licença. Proteção, não existe e justiça muito menos. Claro, um governador pode determinar escolta da PM, mas o cidadão de bem, proibido de ter uma arma, não tem como se defender. E isto é orientado do exterior, para que os brasileiros se acostumem a não reagir quando ameaçados.
No afã de desarmar as pessoas de bem, o Exército, erroneamente, declara que seus oficiais  não tem capacidade técnica para dar instrução de tiro e assinar um laudo, ou seja não podem ensinar oficialmente o uso de uma pistola, necessitando para isto uma autorização, como se fosse civil.Ser um instrutor nato,é um dos requisitos para ser um oficial e treinar a tropa no uso e manuseio de varias armas. Provavelmente seja o único país no mundo em que o seu próprio Exército declara a incapacidade de seus oficiais. Deve ser coisa do Ministro da Defesa, o mesmo que assinou a Convenção dos Direitos dos Povos Indígenas.
Protocolos superdimensionados, que forçam as altas patentes a interromperem suas agendas de trabalho para, em Brasília, reverenciar visitantes das mais modestas origens – como as delegações militares da Serra Leoa, de Antiguae Barbados –, são parte do legado de punhos de renda que a Era Amorim deixa ao funcionamento interno do Ministério. Eta ministro pernicioso!
O Min. Zawascki, ao avocar para o STF o julgamento da Operação Lava- jato, mandou liberar todos os 12 investigados, inclusive o doleiro Youssef . Avocar o julgamento para o STF é justificável por envolver um deputado (o  André Vargas), mas mandar liberar todos os investigados do desvio de 10 bilhões, não é. Pressionado talvez pela opinião pública o ministro voltou atrás, menos quanto ao mais importante. 
A raposa no galinheiro - Citado pelo ex-secretário do Tesouro americano como 'confiável e competente', Armínio Fraga está cotado para comandar o Banco Central americano. Fraga presidiu o Banco Central brasileiro durante o governo de FHC e atua como conselheiro econômico do candidato à presidência, Aécio Neves. Perguntaríamos: a serviço de quem?
Existe a guerra comercial SIM,. E o  povo brasileiro deve saber .
- Os EUA sabem que sua riqueza depende de suas empresas e cuida delas como cuida das suas Forças Armadas, mesmo sem leis específicas, não permite a venda de empresas estratégicas e conservam as estatais de infraestrutura. Na França, a venda de certas empresas para estrangeiros passa a ser proibida. Um novo decreto do governo francês amplia a medida já existente para o setor de defesa e segurança. O  veto do executivo francês agora abrange também os setores de energia, água, telecomunicações, transporte e saúde.Da China nem se fala.
- O uso da espionagem para obter segredos industriais e vantagens comerciais sempre existiu e continua, cada vez mais eficiente graças às novas tecnologias. Nós não espionamos, não protegemos nossas indústrias, Assim não teremos nunca condições de competir.
O Governo cuida das nossas empresas como cuida das nossas Forças Armadas, isto é, faz tudo para prejudicá-las.
- Podemos sentir as digitais desta guerra na invasão das grandes empresas (Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez e outras).  Na campanha “Copa sem povo”, no grupo encapuzado que atacou o prédio da embaixada brasileira em Berlim, justificando como um protesto contra os gastos excessivos da Copa, na atuação das Fundações apoiadoras e financiadoras do aparato ambientalista-indigenista em campanha contra os grandes projetos de infraestrutura e a energia nuclear.
 
Chama a atenção a fúria da guerra contra a Petrobrás, muito além dos desvios e roubos realmente existentes. “Os militares chamam isto de Guerra de Quarta Geração”. Assinale-se o vale tudo para estancar a proliferação de concorrentes na área do enriquecimento do urânio e a evidente sabotagem nos nossos lançamentos  de foguetes em Alcântara. A partir destes fatos é fácil tirar conclusões.
- Nossos Governos, em maior ou menor grau, tem se pautado pela predominância do dinheiro, notadamente de estrangeiros, para os quais, criar bilhões (sem lastro)  depende de um clic nos  computadores, o que os habilita a comprarem o que quiserem, tanto bens de produção, como patrimônios, como consciências.
- Tudo tem acontecido desde a queda de Vargas para gaudio das transnacionais e mesmo de estatais estrangeiras, que compram os nossos meios de produção com dólares sem lastro e garantem os lucros e os transferem ao exterior. Essa é a origem das brutais dívidas públicas, em cima das quais as taxas de juros se encarregam de levá-las à estratosfera, com a composição deles.
Brasil, Desperta!
Plataformas dos candidatos
Ainda não começou, oficialmente, a campanha eleitoral, portanto este ensaio se refere apenas à impressão que os candidatos deixaram até o momento. As opiniões basearam-se nas plataformas apresentadas, em seus discursos e em programas de partido. Deve ser considerado como um”flash” instantâneo, que ainda pode evoluir.
 Dilma Roussef
O programa do PT usa o mote “de um "projeto nacional de desenvolvimento”. As diretrizes  pregam maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para o setor produtivo.
Dilma ainda não apresentou um claro programa para um possível próximo governo, mas deu a entender um esforço na questão da habitação urbana e na expansão do agro negócio e manutenção da política de valorização do salário mínimo.  Não se pronunciou quanto a questão indígena, nem evidenciou qualquer planejamento coerente para modificação do atual descalabro na segurança pública, nem na saúde ou educação. Não há evidências de metas coerentes para a política fiscal e monetária. Nos últimos tempos tentou contentar, sem sucesso, o mercado financeiro tendo tornado sua atuação semelhante a era FHC com prejuízo do País. Ainda não definiu seu vice, o que representará o grupo com que pretende governar, mas a tendência parece ser para o grupo mais corrupto (e mais influente)
Num novo governo pode-se esperar a manutenção de excessiva solidariedade aos governos esquerdistas da América do Sul e a hostilidade aos EUA. Não foi evidenciado que haveria um forte combate à corrupção, que é seu principal defeito. Isto dependerá principalmente da necessidade de aliados e do apoio desses para governabilidade.
É provável que a oligarquia financeira internacional procure impedir a reeleição e não conseguindo tudo fará para que seu governo não dê certo. Especula-se que a radicalização insuflada por ela jogue a reeleita totalmente para os braços dos que a apóiem, ou seja para a esquerda e isto tende a levar o País a uma guerra civil. A esperança, pequena, é que, abandonada pelos radicais da esquerda, Dilma se apóie nos nacionalistas das Forças Armadas, da industria e do agro-negócio.
Os indicadores, até agora, apontam para a probabilidade de que um segundo governo Dilma seja ainda pior do que o atual, com possibilidade e guerra civil. 
Aécio Neves
O ideário do PSDB tende para o neo-liberalismo com fortes ligações com o Primeiro mundo, em situação subordinada.
Aécio também não apresentou um claro programa para um possível próximo governo, mas genericamente afirma encarnar a “mudança de verdade" para o país, e querer valorizar o Legislativo, que considera estar “de cócoras" em relação ao governo do PT.  Em seus discursos foca a comparação entre o governo do PT com os governos comandados pelo PSDB. Defende uma reconciliação do país com o passado, com a gestão de FHC na presidência. Também não se pronunciou quanto a questão indígena ainda que tenda a tratar deste assunto de forma ainda mais internacional do que o governo atual.
Também não evidenciou qualquer planejamento coerente para modificação do atual descalabro na segurança pública, embora nesta última haja expectativa de um saudável endurecimento na atual permissividade da legislação. Em certa ocasião disse ser a favor da redução da maioridade penal para 16 anos em casos "específicos", como na prática de crime hediondo e reincidência.
Num possível governo pode-se esperar o afastamento não só dos governos esquerdistas da América do Sul como do resto do Terceiro Mundo, inclusive dos BRICS,  uma aproximação com os EUA e a renuncia a tentativa de política independente. Quanto a corrupção, há a expectativa que seja combatida no varejo, embora no atacado se espere a continuação das desnacionalizações do governo FHC a preço vil.
É provável que os petistas nomeados que infestam os cargos públicos, antes de entregarem suas funções, façam o possível para inviabilizar a administração, causando graves prejuízose que os movimentos radicais, auto intitulados de sociais, agora apoiados pela cúpula dos partidos derrotados, criem badernas em conjunto havendo possibilidade de guerra civil, especialmente se contarem com a participação do bloco nacionalista, revoltados com as desnacionalizações e com a subordinação do País .
Os indicadores, até agora, apontam para a probabilidade que um governo Aécio tenha poucas ligações com o País e que tenda a aceitar um desmembramento do mesmo.
Eduardo Campos / Marina
O programa do PSB prega o estabelecimento de um regime socialista que pretensamente aboliria os antagonismos de classe. A socialização realizar-se -ia gradativamente,  até a transferência ao domínio social de todos os bens passíveis de criar riquezas, mantida a propriedade privada nos limites da possibilidade de sua utilização pessoal, sem prejuízo do interesse coletivo. Um programa essencialmente comunista, como suas raízes.
Campos também ainda não apresentou um programa claro de governo, e tudo indica que não tem programa algum, salvo de uma socialização difusa  e seu discursos fala da falta de diálogo atual, promete reduzir a inflação de 6% para 4% sem dizer que para isto precisaria reduzir os salários.
Escolhendo Marina para vice, comprometeu-se com a agenda ambientalista-indigenista que pretende paralisar o progresso. Seu governo seria de um descalabro total e não resistiria três meses.         Marina exigirá, em troca de seu apoio, a  perseguição ao agro negócio, às grades empresas, expansão da agenda indigenista e quilombola, em resumo, exigências que por si só acabariam com o progresso e com os empregos .
Os indicadores apontam para que não pense realmente na possibilidade de ser eleito, mas sim de popularizar seu nome para o futuro e ampliar sua força política, significativa apenas em Pernambuco .
Jair Bolsonaro
Seu partido não tem maior significação para ele. Foi escolhido só porque apresentou menores exigências de cargos e ele foi aceito porque  puxa votos que servem para eleger mais deputados.
A posição do Bolsonaro é conhecida: orgulho nacional e desenvolvimento. Sua personalidade algo destemperada, que tem sido o obstáculo a aceitação dele pelas massas, no momento em que o País ameaça voltar ao caos de 1963 deixa de ser desvantagem para se tornar a personalidade necessária para o momento, com o handicap de não estar alinhado com os EUA como os conspiradores do início da Revolução.
Embora ainda sofrendo restrições  pelos violentos ataques da imprensa comunicante, aos poucos encarna as aspirações dos nacionalistas e dos que se ressentem da indução à desorganização familiar por setores do atual governo.
Bolsonaro, até agora, foi o único a apresentar uma plataforma , com as intenções descritas a seguir:
Redução da maioridade penal;
Política de planejamento familiar;
Política de defesa da família (contra o Kit Gay);
Revogação total do Estatuto do  Desarmamento;
Contra a indústria de demarcação de terras indígenas;
Contra o exame de Ordem (OAB);
Contra quaisquer tipos de  cotas (estimulam o ódio);
Pelo fim da ideologia nas escolas;
Valoração das Forças Armadas (contra a Comissão da Verdade);
Contra o Marco Civil da Internet ( regulamentado por decreto)
Contra as atuais políticas de direitos humanos;
Contra o auxílio reclusão , e
A favor do trabalho forçado em presídios.
Os indicadores apontam para que, tal como Campos, não pense realmente na possibilidade de ser eleito, mas sim de difundir suas idéias, mais ainda  do que popularizar seu nome para o futuro e ampliar sua força política entretanto, parte das idéias apresentadas, cada vez mais são desejo explícito de significativa parte do povo brasileiro e pode repetir o fenômeno Enéas ou mesmo os do Jânio e do Collor.O que é certo é que o Bolsonaro , na remota possibilidade de ser eleito, realmente tentará realizar o que se propõe
 Que Deus ilumine os eleitores!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Eleição presidencial em pinça


Em propaganda partidária recente, quando invoca os “fantasmas do passado”, para amedrontar o eleitorado com um possível retrocesso político e econômico, caso a presidente Dilma Rousseff não seja reeleita, o Partido dos Trabalhadores – PT- tenta conter o processo de declínio de Dilma nas pesquisas sobre intenções de votos para as eleições presidenciais de outubro próximo. Novas sondagens deverão indicar que Dilma parou de cair, mas não garantem um cenário tranquilizador para sua reeleição. Números recentes apontavam 38% para Dilma,16% para Aécio e 10% para Eduardo Campos. Aguardemos os novos percentuais a serem divulgados nas próximas horas.

O Tribunal Superior Eleitoral  -TSE- já vetou a divulgação da propaganda , mas o público pode tomar conhecimento do receio imperante nas hostes oficiais sobre a tendência do eleitorado, que chegou a delinear  um tipo de “eleição em pinça”, com  decisão em segundo turno, onde as duas pontas ,com os desafiantes de Dilma , o senador Aécio Neves e o governador de Pernambuco, Eduardo, Campos, se fecharão contra Dilma  em favor daquele que apresentar melhores condições de se eleger. Pesquisas recentes indicaram a possibilidade de realização de segundo turno eleitoral, depois de Dilma liderar por longo período as intenções de votos.

Essa “eleição em pinça”, típica de aliança conjuntural, não refletirá a tendência de uma coligação entre o Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB-, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e o Partido Socialista Brasileiro-PSB-para governar, caso um dos dois desafiantes vença a presidente Dilma, mas significará apenas uma sintonia fina de interesses pela partilha do poder, que tanto pode significar o esvaziamento do PT (caso o vencedor seja Aécio Neves), ou a acomodação de quadros petistas e peemedebistas (em caso de vitória de Eduardo Campos).

A aproximação da Copa do Mundo vem gerando preocupação dentro do Governo e apontando uma insatisfação dos eleitores e torcedores com a alta da inflação (atualmente em 6,5%), esta, sim, fantasma do passado que o PT e PMDB trouxeram de volta no atual governo. Então, o PT atira no seu próprio pé tentando amedrontar o eleitorado, extremamente sensível à inflação e ao desemprego. 

Os problemas da economia vêm sendo congelados pelo Governo, e a Copa do Mundo, por um tempo, servirá como biombo para os mesmos e até para certos escândalos do PT, mas, ainda que a seleção brasileira venha a levantar a taça, não amenizará o fato de que a população e alguns segmentos sociais  e profissionais –dentre os quais se destacam os militares e os juízes de todas as instâncias – têm demonstrado impaciência com os valores dos seus vencimentos,  diante de uma inflação cada vez mais corrosiva.

Em resumo: A situação da Presidente Dilma Rousseff não é confortável para sua reeleição e os candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos tendem a fechar o cerco, cada um com as suas armas e estratégias, para forçar a realização de um segundo turno nas eleições, quando uniriam suas forças em torno do candidato melhor situado. Uma eleição em pinça, é o que acontecerá, se Dilma não vencer em primeiro turno, o que parece uma tendência cada vez mais perceptível.

 

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

“Passaporto braziliano”


Aylê - Salassié F. Quintão
Fiquei assustado.
-Essa Copa já acabou! Não vai dar certo! Ninguém apóia esta corrupção e esta violência generalizada .

Há 22 dias do início da Copa do Mundo de Futebol, ouvir me filho, um jovem, com um enorme futuro profissional pela frente, fazer uma declaração dessas, e nela insistir com ênfase e convicção, é de assustar. É muita adrenalina e frustração represadas.

Não é momento mais de insistir no fracasso da Copa no Brasil - pensei. Ao contrário: é embarcar na canoa, e tentar fazer as coisas darem certo. Porque?

-  Porque tudo que acontecer na Copa agora vai refletir na vida do brasileiro por muitos anos aqui dentro e lá fora. São coisas como essas que são sinalizadas pela experiência.
- Mas, não é isso que você insinua no seu livro Rupturas, observou Alexandre.

 -  Eu?!
-Sim, é você mesmo! Qualquer pessoa que tiver o mínimo de informação sobre a sociedade do conhecimento, e ler seu livro está pronta para iniciar uma revolução.

Não havia pensado nisso.  O livro é um registro do que a minha vista alcançou sobre o comportamento das novas gerações. Só que há uma fronteira quase intransponível  entre o analógico – as coisas, costumes e expectativas dadas - e o digital – os efeitos  tecnológicos rupturais e viralmente inovadores  - que  certamente não consegui ultrapassar.
Isso me fez lembrar quando retornava de navio, pelo mar Adriático, da cobertura dos Jogos Olímpicos de Atenas.  No navio havia conhecido o Presidente do Comitê Olímpico do Paquistão, que viajava com sua família  por ali, e pretendia conhecer Veneza. Como já estivera na região em viagens anteriores, prometi ajudar-lhe nos translados e até na indicação de hotéis.    Descemos em Trieste. Era domingo. Os paquistaneses com muitas malas . Já fora da área do porto,  numa pequena praça, pedi licença ao grupo para ir até um bar à frente chamar um táxi por telefone.  Quando retornei encontrei a polícia italiana cercando os paquistaneses : o presidente, a mulher, duas crianças pequenas, seu sogro e sua sogra que viajavam juntos.
- Que sucede?!

- O policial virou-se para mim, e perguntou se eu estava com eles: Conosce questi signori?

-Si, cognocciamo nella nave.

- Passaporto! Voglio vedere il passaporto....Hum,... braziliano... Si, andate. Vade presto!
- Virou as costas , enfiou os paquistaneses amontoados dentro de um camburão, e desapareceu com eles.

Sem saber o que fazer, o táxi  já à espera, embarquei, e segui para a estação da estrada de ferro, onde tomaria o trem para Veneza. Nunca mais ouvi falar dos paquistaneses. O taxista me contou que eram ainda os reflexos do atentado ao World Trade Center, em Nova York. A seguranças dos países do Ocidente passaram a tratar com mais rigor viajantes asiáticos, sobretudo, aqueles que vinham do mundo árabe e de países mulçumanos:  Iraque, Síria,  Pasquistão, Afeganistão, Turquestão etc... 
Como  foi boa aquela sensação de sentir-me brasileiro. Concluo: perderemos muito mais, se o Brasil fracassar na Copa por causa de  incompetência, corrupção e violência, mas também discordo das conclusões cretinas  de que os legados da Copa são mais importantes que a construção de hospitais ou de escolas.
*Jornalista/professor/consultor da Catalytica Empreendimentos

segunda-feira, 19 de maio de 2014

China, EUA e Brasil

 
 
Adriano Benayon *
 
1. Qual será o melhor regime para o Brasil? Aquele que lhe garanta autodeterminação e lhe assegure desenvolvimento tecnológico e social.
 
2. Para chegar a isso, não poderá continuar com a economia desnacionalizada e concentrada, nem com suas políticas sendo determinadas por carteis financeiros e econômicos. Então, o que se deve fazer? Para conceber algo próximo ao ideal, há que avaliar o que ocorre na prática.
 
3. À parte as questões da tradição e da cultura, o  regime e as políticas da China têm obtido êxitos consideráveis na consecução dos objetivos nacionais, inclusive ombrear-se com as grandes potências, e elevar o  bem-estar social.  Mas seu sistema pode ser criticado, entre outros aspectos, por não estar evitando excessiva concentração de renda no setor privado, embora esta seja ainda muitíssimo menor que a das tradicionais economias capitalistas e suas dependências periféricas.
 
4. Tem-se falado muito na ascensão econômica da China. Segundo  novas estimativas  do Banco Mundial, conforme a PPP (paridade do poder de compra) o PIB da China já supera o dos EUA, ficando ultrapassadas as que não atualizavam os dados, desde 2005. Essas só o previam para 2019.
 
5. Alguns números não fecham. Diziam que, pela PPP, o PIB da China equivalia em 2003 a 60% do dos EUA. Ora, se aplicarmos as respectivas taxas de crescimento acumuladas de 2003 a 2013 (164,1% e 16,05%), resulta que o PIB chinês já superava o estadunidense em 35,5%.
 
6. Ademais, o BM não retrata as coisas com precisão, já que: 1) as estatísticas dos EUA superestimam o produto real e subestimam a inflação; 2) com a enorme financeirização da economia, parte significativa da “renda”, não deveria ser considerada produto real; 3)  os gastos militares astronômicos – e nisso os EUA batem de longe qualquer país – não representam algo que possa ser contado, se adotarmos  um critério de bem-estar ao valorar a “produção econômica”.
 
7. Há mais considerações denotativas de que os aspectos qualitativos têm importância bem maior que cifras monetárias do PIB. Um dos feitos do regime chinês foi tirar mais 600 milhões de pessoas da linha de pobreza, em apenas 10 anos. Outro, tem sido a elevação dos salários reais acima do crescimento da produtividade.
 
8. Norton Seng, especialista brasileiro em assuntos chineses,  destaca a qualidade da educação e que a ênfase no emprego de engenheiros na administração tem  viabilizado planejamento capaz de promover o emprego de centenas de milhões de pessoas em atividades de crescente conteúdo tecnológico.
9. Ora, isso requer eficientes infra-estruturas urbanas, de transportes, telecomunicações e outras. Diz Norton:Tudo meticulosamente planejado: das fronteiras agrícolas até os grandes centros habitacionais. Com toda a infraestrutura necessária para comportar, adequadamente e sem maiores conflitos sociais,  a sua gigantesca população com complexos viários compatíveis com o crescimento exponencial de suas cidades em harmonia com o crescimento das várias demandas.”
 
10. Muitos observadores espantam-se com o fato de, mesmo após mais de 30 anos seguidos, até 2012, com média acima de 10% aa., as taxas de crescimento do PIB chinês ainda estarem elevadas, acima de 7% aa., não obstante  a estagnação reinante nos EUA, Europa e Japão, desde 2008.
 
11. A ideologia faz alguns crerem que a economia obedece a leis inexoráveis, independentes da política. Esses preveem crise, agora, na China. Diferentemente deles, penso que só há crise em países em que assim deseja o sistema de poder nele dominante.
 
12. A meu ver, o capitalismo caracteriza-se pela ilimitada concentração do poder financeiro e político nas mãos de pequeno grupo de famílias e indivíduos.
 
13. Na medida em que a China não seja – pelo menos, por enquanto - país capitalista – as tendências de crise que ali surjam, podem ser afastadas sem dificuldade, pois,  detendo-se poder sobre as finanças e havendo vontade política, estas podem pôr a economia em rumo certo.
 
14. Os seguidores de Deng admitem que o desenvolvimento econômico obtido desde o final dos anos 70 não teria sido possível sem ter havido Mao, sob cuja direção a China, além de conseguir alimentar população superior ao bilhão, construiu significativa indústria pesada e colocou a China entre as grandes potências militares e nucleares.
 
15. Após 1978, o Estado continuou a dirigir a economia e permaneceu com sua maior parte estatizada, além de  manter o controle do sistema financeiro. Mas abriu grandes espaços para o crescimento de capitais privados nacionais e admitiu investimentos diretos estrangeiros de grandes corporações transnacionais. Isso, entretanto, foi feito em condições diametralmente opostas às que prevalecem no Brasil, especialmente a partir de 1954/1955.
 
16. Enquanto o governo egresso do golpe que derrubou o presidente Vargas em 1954, propiciou aos pretensos investidores transnacionais ganharem capital no Pais e esvaziá-lo dele -   controlando o mercado brasileiro e recebendo subsídios escandalosos -  o planejamento central chinês fez as transnacionais cumprirem condições que levaram à absorção e à melhora de tecnologias estrangeiras.
17. Na China, os investimentos diretos estrangeiros são submetidos a regras rigorosamente  aplicadas,  pois  o sistema político ali não depende de campanhas eleitorais influenciadas por dinheiro privado ou estrangeiro.
18. E quais as regras essenciais?  Não se trata somente de favorecer as produções intensivas de tecnologia, poupadoras de matérias-primas, sobre tudo locais,  e menos nocivas ao ambiente. É exigido: 1) quanto à propriedade, haver associação com capitais chineses; 2) ser assegurada transferência de tecnologia à China.
19. Em geral, próxima a  uma fábrica de empresa transnacional, encontra-se uma controlada por capital chinês, replicando a mesma produção e  inovando-a para torná-la mais competitiva.
20. Já no Brasil, desperdiçam-se os investimentos públicos em ciência e tecnologia, na proporção da ausência de empresas nacionais em competição no mercado, e exponenciam-se as consequências da subordinação às transnacionais estrangeiras: preços absurdamente altos, transferências de ganhos ao exterior sob todas as formas, endividamento acelerado por taxas de juros abusivas, política e administração corrompidas etc.
 
21. Não nos devemos iludir com as estatísticas de 6ª ou 7ª maior economia do mundo. Para começo de conversa, o grosso do PIB aqui gerado não pertence a brasileiros, e o que resta para estes está muito mal distribuído.
 
22. Além disso, pelo critério da paridade do poder de compra, o Brasil cai para 9º. Mais importante, o crescimento não decorre de ganhos qualitativos, mas, sim, da ocupação de parte dos imensos espaços territoriais e da exploração desmedida de recursos naturais, tanto na agropecuária como nos minérios, tudo para servir a grupos concentradores estrangeiros.
 
23. Desde o colapso de 2007/2008, amplia-se a vantagem da China sobre as principais economias capitalistas, vinculadas à oligarquia financeira angloamericana, porque a estagnação destas se acentua, com infra-estruturas físicas em deterioração, desemprego muito grande, implicando deterioração do “capital humano” e da infra-estrutura social.
 
24. Isso porque, diante da crise, o Estado, comandado pela oligarquia financeira, só trata de socorrer os bancos e apenas adia novas bolhas, pois: 1) o dinheiro fica nos bancos ou é aplicado em mercados especulativos e títulos públicos; 2)  o Estado vai falindo, mesmo sem investir o que deveria na economia real ou em favor dela, diretamente ou através de empréstimos para a produção. 
25. Se o Estado tem real poder sobre a economia, se deseja que a sociedade eleve  seus padrões de vida, se dispõe de quadros que sabem o que fazer, qualquer crise financeira pode ser debelada, e a casa arrumada: dívidas podem ser simplesmente canceladas, e novos mecanismos monetários e de crédito, instituídos.
26.  A finança, portanto,  é algo que sempre pode ser posto em ordem, de uma vez, por decisões políticas, enquanto que são necessários decênios para construir estruturas e infra-estruturas econômicas e sociais, bem como ativos tecnológicos para viabilizar níveis adequados de produção e de atendimento às necessidades sociais.
27. Em suma, dinheiro e crédito criam-se à vontade, com ou sem lastro, só com impulsos nos computadores. Já atender adequadamente a demanda (sem  reprimi-la) por bens e serviços reais depende de bem mais que isso.
28. Nota final. Há mais de 100 bilionários da China. O Brasil mostra 77 bilionários, mas o PIB do País, além de não pertencer, na maior parte, a brasileiros - equivale a menos de 1/6 do da China. Os 15 mais ricos do Brasil totalizam U$ 116,5 bilhões, e os da China, US$ 79,6 bilhões. Entre os brasileiros, muitos pertencem aos mesmos grupos e famílias.
 
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto

Discursando no Senado Federal, o senador Fernando Collor afirmou, a propósito da sua absolvição pelo Supremo Tribunal Federal -STF, a segunda certidão de honestidade e zelo com a coisa púublica, que recebeu da Suprema Corte brasileira, que "os meios de comunicação continuam desvirtuando fatos, concluindo com base em premissas que não se sustentam e ludibriando a população com informações erradas, como, por exemplo, insistindo na tese da prescrição- que não ocorreu em nenhum caso-, e da demora judicial como favorável ao réu, o que também não ocorreu".

Refutando todas as torpes e equivocadas ilações da midia, todas elas recheadas de amargura, ódio e arrogãncia,  sobretudo da Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Veja, Collor salientou com palavras de Maquiavel: "Nada mais dificil de manejar, mais perigoso de conduzir, ou de mais incerto êxito, do que liderar a introdução de uma nova ordem de coisas". Veja o discurso na íntegra:
 
 Projeto de autoria de Alfredo Nascimento torna crime hediondo a exploração sexual de menor
 
A  Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira, 14, o projeto de autoria do senador Alfredo Nascimento, (PL 1220/14) que torna crime hediondo a exploração sexual de crianças e adolescentes. Agora, o condenado ficará impedido de obter anistia, indulto e de pagar fiança. Já ratificada pelas duas Casas do Congresso Nacional, a proposta será sancionada nos próximos dias pela presidente Dilma Rousseff.
 
O objetivo central do projeto é punir severamente esse tipo de crime. Quem é condenado por crime hediondo tem ainda de cumprir um período maior em regime fechado para pedir a progressão de pena. É exigido o cumprimento de, no mínimo, 2/5 do total da pena aplicada se o apenado for primário, e de 3/5, se reincidente.
 
 "Demos um passo decisivo para fortalecer o combate a esse crime", comemorou Alfredo. "O Brasil precisa avançar na proteção ao menor, com a aplicação de leis mais duras", acrescentou. Segundo Alfredo Nascimento, a exploração sexual se revela como a face mais nefasta da pedofilia. "Eu, como pai e avô, estou convencido de que o crime de exploração sexual de crianças ou adolescentes, pela repulsa que desperta no meio social, precisava ser tipificado como crime hediondo. O Congresso também entendeu e essa é uma vitória da nossa sociedade". 
 
 De acordo com o senador, é difícil dimensionar o tamanho do problema no país. Ao elaborar o projeto, o parlamentar apurou que somente pelo ‘Disque 100’, canal de denúncias criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República foram registradas, no período entre maio de 2003 e abril de 2010, mais de 120 mil denúncias apenas sobre esse tipo de crime. 
 
O projeto considera hediondo, o crime tipificado no Código Penal de submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual a alguém menor de 18 anos ou vulnerável. A pena é de 4 a 10 anos de reclusão e é aplicável também a quem facilitar essa prática.  Iguais penas também serão atribuídas a quem for pego praticando sexo ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 no contexto da prostituição. Da mesma forma, pode ser enquadrado o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que ocorre o ato.
 
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, comemorou a aprovação do projeto. “Essa foi uma das contribuições inestimáveis que os parlamentares deram para eliminar essa forma de violência no país”, afirmou. Neste 18 de maio, se comemora o Dia Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Pregoeiros do caos
O Brasil não tem vocação para se transformar em escombros.  A democracia brasileira é forte e foi obtida com muita luta popular e politica. A nação jamais servirá de pasto para saciar o apetite doentio de ressentidos, recalcados, parasitas, fracassados e eternos pregoeiros do caos.
 
Setores que deveriam ter responsabilidade com a coisa pública alimentam o ódio e a torpe vingança. Utilizam a copa do mundo para semear a discórdia, a baderna, a desinformação e a barbárie.  Sórdidos que saem das trevas da mediocridade para  insultar quem trabalha pela coletividade. Põem defeitos em tudo e torcem para que a copa seja um fracasso. Quebrarão a cara.
 
 A sordidez aumenta porque além da copa do mundo, teremos eleições gerais em outubro. Não existe, então, melhor momento para tumultuar, para insistir na lavagem cerebral dos inocentes inúteis.  É  o timeco dos maus brasileiros. Dos adeptos do quanto pior, melhor. O legitimo e ordeiro torcedor já está pronto para torcer pelo Brasil. Para gritar gol e comemorar. Brasileiro que se preza, que raciocina e não vocifera, felizmente a maioria esmagadora da população, jamais permitirá que o Brasil seja humilhado aos olhos do mundo.
 
 Quem não gostou do Brasil sediar a copa do mundo deveria ter protestado em 2007, quando a decisão foi anunciada pela FIFA. Desçam do palanque, parem de espalhar canalhices pelas redes sociais. Tenham vergonha na cara. Procurem honrar a calça que vestem.  

Molecagem de Felipão com o Ganso
 
Molecagem do técnico Felipão, convocando mais sete jogadores para finalizar a lista com 30 atletas, exigida pela Fifa, e, mais uma vez, deixa de chamar Paulo Henrique Ganso. Um escárnio e um intolerável absurdo. Uma agressão ao bom senso e ao verdadeiro futebol.
 
Creio que a diretoria do São Paulo deveria protestar, oficialmente, por mais esse desrespeito com o talentoso meia Ganso, seguramente muito mais jogador do alguns convocados pelo pretensioso e turrão Felipão. E o mais grave, Ganso tem provado, jogando bem pelo São Paulo, que realmente merece ser lembrado para a seleção.
 
Saliento que Felipão deu chances para diversos jogadores, mas não teve a grandeza nem a sensibilidade de chamar ou de testar Ganso uma única vez. Um absurdo e uma colossal burrice. Claro que torcerei para que o Brasil conquiste o hexa, sem, contudo, perdoar Felipão pelo excesso de bobagem.
 
Livreco
 
Leitor de bom gosto e que tem mais o que fazer na vida, seguramente não perderá tempo Andrew Jennings. Igualmente irresponsável o jornalista Juca Kfoury, autêntico baba ovo da "obra", e porta-sabujo dos parasitas que torcem para que a copa do mundo no Brasil seja um fiasco. Quebrarão a cara,
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