segunda-feira, 21 de julho de 2014

No Mundo, BRICS, Eleições e Golpe, Indígenas e Imigrantes indesejados

Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa) 
 
No Mundo
 
Sucedem-se os focos de tensão: A China e o Japão se estranham por umas ilhotas desabitadas e os EUA procuram demonstrar que não abandonarão o Japão. Pode ser, mas dificilmente arriscariam uma guerra nuclear por umas ilhotas que ninguém sabe a quem deveriam pertencer, mais facilmente controlariam o Japão. A China também não se arriscaria a enfrentar o Japão e os EUA só por isto, e quando o Vietnam e as Filipinas se aproveitariam para acertar as contas, muito menos ao sentir que o tempo trabalha em seu favor. Dai não deve sair a 3ª Guerra.
 
O recrudescimento das hostilidades entre israelenses e palestinos é só mais um capítulo de uma disputa que ainda vai longe, mas não vai, desta vez, provocar a 3ª Guerra e nem tampouco a crise na Ucrânia. Lá ainda não se sabe quem atirou o míssil  que abateu o avião da Malasian Airlines. Os americanos procurarão comprovar que foram os separatistas e os russos que foram os ucranianos. Certamente haverá suspeitas de participação tanto russa como estadunidense, mas dificilmente algo ficará comprovado e se ficar, a guerra será só de retórica.
 
As experiências anteriores de guerras mundiais já ensinaram que todos saem perdendo e mais ainda nas guerras nucleares. Os líderes não são mais tão tontos, nem tampouco os povos. As guerras entre as potências nucleares serão apenas no campo econômico e psicológico pois ninguém atacará ou pressionará demasiadamente uma potência nuclear. Guerra convencional somente será possível contra os que não quiseram ou não puderam desenvolver seus armamentos.       
 
BRICS
 
Duas visões dominam o debate a respeito: ou o grupo é apresentado como um  meio de aumentar a autonomia nacional em face do poder norte-americano ou como aliança constrangedora, devido ao autoritarismo de seus membros mais fortes. Discussão estéril pois não considera o interesse nacional e dos demais.
 
É claro que Putin quer contrabalançar a tentativa de isolamento da Rússia e isto nos interessa. Os chineses querem garantir o suprimento de commodities e mercados para seus produtos, evitando bloqueios, o que nos interessa apenas em parte, a Índia e a África do Sul parecem  interessar-se mais pelos efeitos internos e como o nosso País, pelo aumento da autonomia em face aos EUA, mas necessitamos estar alerta para evitar substituir uma dependência por outra.
 
Internamente, Dilma usa o grupo como uma prova de que seu governo não se "ajoelha" diante dos países mais poderosos, como o fez o FHC. Neste ponto seria nitidamente superior aos seus concorrentes, não fossem os afagos de seu partido aos governos esquerdistas sul-americanos e caribenhos.
 
Um dos principais benefícios diz respeito à China, país cada vez mais importante para nossa economia. Como ainda não temos canais que nos permitam exercer algum tipo de influência em Pequim, os encontros do grupo oferecem a oportunidade de vocalizar demandas, como foi a liberação da venda de carne. Em termos gerais a aproximação com os BRICS é benéfica ao nosso País, mas também tem seus riscos: A China tem mais poder que os outros membros e como a Rússia e a India é uma potência nuclear.
 
Neste caso, o nosso Brasil e a África do Sul só tem voz quando os nucleares concedem. Nós , como a áfrica do Sul podemos ser apoios preciosos, mas não podemos ter políticas independentes sem consentimento dos demais. Contudo, quer no aspecto econômico, quer para a política externa brasileira, o grupo BRICS é de utilidade incontestável.
 
Eleições
 
As pesquisas ainda dão vantagem para Dilma, mas o inferno despenca sobre o PT e o processo de desmoronamento político parece irreversível. Dentro do partido a banda sindical, que nunca engoliu a candidatura da Presidente trabalha contra..  Os mensaleiros são fonte permanente de desgaste. Os “reeducandos” do Mensalão apenas esperam que o novo arranjo político no STF, após a saída de Joaquim Barbosa, mande soltá-los, agravando ainda mais a crise imagética sofrida pelo partido que desmoralizou a honradez e a Operação Lava Jato parece ter descoberto esquemas que fazem o velho Mensalão parecer roubo de galinha do vizinho.
 
Dilma Rousseff está em situação precária não por culpa dela, mas a verdade é que depois de um ensaio de faxina, deixou o País ser pilotado pelo PT e partidos aliados. Errou feio. Em nome da falsa governabilidade trocou o apoio (e mesmo o entusiasmo) popular pelo apoio político e será traída por eles. A corrupção descontrolada a desgastou irremediavelmente e o grande capital internacional – que até lucrou muito na era Lula-Dilma - não quer a continuidade do poder petista no Brasil. Motivo simples: não há segurança para negócios bilionários.
 
A derrocada nas urnas é indicada pelo pessimismo que afeta a maioria dos brasileiros. A mudança de governo já está programada no imaginário do eleitor, como se a Dilma fosse a única responsável pela corrupção, pelos impostos absurdos e juros escorchantes. A frustração causada pela impunidade pela impossibilidade de auto defesa das pessoas de bem, o esquerdismo infantil do PT juntamente com a imprensa da oligarquia financeira internacional faz com que a Presidente seja detestada por larga camada da população e tal como ensina Maquiavel, não pode o Príncipe ser odiado, pois o ódio faz não temer as consequências.
 
Ela ainda teria uma chance se “libertando-se do PT”, fizesse uma faxina geral, acabasse com a provocativa Comissão da Verdade, baixasse os juros, prendesse os corruptos e castigasse os criminosos mesmo ao arrepio da lei. Enfim, fazendo o que a sociedade aspira. Completando ainda, se isolasse os governos inconfiáveis de Cuba e da Bolívia, ela ainda poderia ser reeleita e se não o fosse, deixaria saudade. Entretanto, é claro que a Dilma não terá coragem para essas medidas, mesmo que deseje tomá-las. Se for reeleita não será por suas virtudes nem pela gratidão dos beneficiários do populismo do PT, mas porque os adversários são ainda piores. 
 
Ganhe quem ganhar,a situação exigirá uma faxina geral O processo de limpeza pode demorar um pouco, mas o desfecho é inevitável. No processo de queda do PT certamente haverá violência pela resposta dos marginais da política, mas é certo que o tempo da corrupção se esgotou historicamente.
 
Nessas eleições, não há bons candidatos a Presidente, mas podemos garimpar bons candidatos ao parlamento. Já ouviram falar de um político que não aceita mordomias nem 14º salário? Existe, chama-se Reguffe e é candidato ao Senado pelo DF.Verifiquem também se há algum candidato militar em seus Estados, esses em principio, não roubam e trabalham pelo País.
 
Golpe de Estado
 
Não adianta esconder o Sol com peneira. Há muita gente pensando em golpe, seja lá o nome pelo qual se queira chamar uma mudança irregular de governo, sem chegar a haver uma revolução. Tal medida existe desde os primórdios da civilização humana. Antes de  um golpe de estado costuma haver um clima de deterioração e caos político reinante, causado por políticas que desagradam certas parcelas da população em detrimento á outras a ponto de haver  suficiente hostilidade contra o governo para se manifestar a favor da queda do regime.
 
Ainda que Golpes de Estado sejam considerados assuntos internos, muitas vezes são estimulados por um governo estrangeiro para colocar um governo amistoso que facilite seus interesses, mas evitando um confronto direto. Em qualquer caso esses golpes só são possíveis com dissidências internas suficientemente fortes para que o país não tenha a coesão necessária e mais fácil ainda se houver atritos no interior do próprio governo. 
 
É desnecessário aprofundar a análise para concluir que estão presentes condicionantes que tornam o nosso País vulnerável a um golpe. Naturalmente, que não haverá golpe algum antes das eleições, mas não podemos garantir o depois, qualquer que seja o vencedor. Se a oposição for vitoriosa a motivação seria o medo das revanches, mais os fanatismos e ódio de classes. Vitoriosa a situação, os pretextos seriam as políticas injustas para quem produz e a ameaça de comunização, neste caso fortemente estimulado pelo “estabelecimento” financeiro internacional.
 
Nenhum golpe pode existir sem o apoio ou ao menos a aceitação do Exército. No golpe parlamentar contra o Collor o Exército, aborrecido com o caso ianomâmi e ressabiado com 64, aceitou passivamente. Na verdade não é função dos Exércitos decidir qual deve ser o regime ou o governo de sua nação num possível próximo golpe, o Exército de novo aborrecido com as ofensas da Comissão da Verdade e ainda lembrando de quando o tucano FHC tentou matá-lo de fome dificilmente tomará partido, mas certamente agirá para evitar uma guerra civil, desde que se mantenha unido. Dividido, aí teremos o caos.
 
Cresce indignação com aparato indigenista
    
Obedecendo as ONGs orientadas do exterior, diversas tribos que viviam em paz passam a invadir terras e mais terras sob a orientação de antropólogos perjuros, aldeias e vilas de pessoas comuns passam a se declarar índios de tribos extintas ou mesmo que nunca existiram para receberem as benesses da legislação racista ao contrário. Numerosas são as denúncias sobre a "importação" de indígenas guaranis, do Paraguai para o Paraná e Santa Catarina.
 
Em Roraima, na “preparação” para a entrega da Raposa–Serra do Sol, a Funai promovia a vinda de índios da Guiana visando aumentar a densidade deles. Interpelada, respondeu que índios não tem fronteiras. Quem testemunha sou eu, que como Secretário de Segurança, fiz a interpelação. A situação tende a ultrapassar a fase de quistos tipo “bantustões”  e chegar a  divisão do País. Há algo mais que devoção antropológica ou desejo de reparação em pauta. Há, sim, interesses  graúdos, que passaram durante muito tempo ignorados pela sociedade brasileira.
 
Felizmente a situação está mudando. Fatos recentes demonstram que a tolerância com as ações do aparato indigenista está se esgotando. Produtores rurais de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul têm manifestado uma crescente disposição de reagir aos abusos. No Maranhão os antigos produtores ameaçam voltar para as terras confiscadas, agora abandonadas pelos índios. Este mês indígenas venezuelanos foram deportados de Roraima, pela Polícia Federal e, na contramão da proliferação de arbitrárias e danosas demarcações existentes desde o Collor, a Presidente determinou a paralisação de todas as demarcações.
 
Agora, aguardamos preocupados o pronunciamento da Presidente sobre a Convenção 169 da OIT. O prazo para a denuncia está acabando. Podemos ter esperança. Precisamos também saber o que penam a respeito os demais candidatos à presidência.
 
Novo perigo - imigrantes indesejados     
 
Além da justa indignação com a chegada de milhares de haitianos sem qualificação, talvez trazidos para engrossar os eleitores do PT agravando todos os nossos problemas, precisamos abrir os olhos com os ganeses que infestam Caxias do Sul e outros lugares do Sul-Maravilha. São todos muçulmanos ortodoxos e consideram a sua “Sharia” acima das leis nacionais. O Brasil não tem por que acolher essa gente que ainda vai criar problemas. Já chega o excessivo  número de haitianos, que não somam nada. Nós temos os nossos pobres, desvalidos, deserdados e com problemas terríveis nas áreas de saúde, educação, segurança e temos que lhes dar prioridade, mesmo porque depois das eleições o desemprego ganhará novas dimensões. Que não venham para cá criar problemas religiosos e sobretudo, ideológicos.
 
Esta na hora de estabelecermos regras claras sobre imigração, impedindo o ingresso de imigrantes indesejados e favorecendo a vinda de pessoas e famílias que possam agregar melhorias imediatas nas condições de trabalho e de riqueza do Brasil.Essa historia de receber bem todo o mundo é muito bom para uma visita, mas não para se meterem dentro da nossa casa as nossas custas e ainda quererem nos impor as suas leis.
 
Que Deus abençoe o que existe de correto em nosso País!

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