quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Frase negativa coloca Brasil na UTI


Frase que considero de forte carga negativa para o Brasil foi proferida pelo então candidato do Partido Socialista Brasileiro - PSB-, Eduardo Campos, antes de falecer em acidente de avião, no último dia 13: “Não vamos desistir do Brasil”.
Frase que foi manchete de capa da última edição da revista “Veja”, que repercutiu em todo o Brasil e que voltou a ser pronunciada pela nova candidata à Presidência pelo PSB, a ex-senadora Marina Silva, ao ser confirmada ontem pela direção partidária junto com o novo candidato a vice-presidente, deputado Beto Albuquerque.
Com todo respeito à memória do jovem e  promissor político Eduardo Campos, essa frase induz o leitor ou ouvinte a pensar que a situação do Brasil é trágica, que o país se encontra na UTI e que é caso de perdição, quando , na realidade, o País se situa entre as dez principais economias do mundo, é um dos poucos na atualidade que apresentam excepcionais fundamentos do poder, pelas suas riquezas e potencialidades e pelo papel de liderança na América Latina e de destaque entre os BRICS.
Por que exaltar o pensamento negativo que ,no Brasil, desperta no seu povo pessimismo e desânimo, logo após o clima de desolação causado pelo vexame da seleção brasileira na Copa do Mundo?  Há nichos excepcionais em todas as expressões do poder nacional, que são dignos de exaltação do Brasil no mundo inteiro. Tais nichos não foram construídos nem pelo PSDB e nem pelo PT. Aliás, por nenhum partido de esquerda ou direita, pois constituem conquistas históricas da nacionalidade.
A projeção do poder nacional ocorre automaticamente em função do formidável peso específico que o País desfruta no cenário internacional, não cabendo aqui, em nenhum instante, a imitação da cultura do “reino cadaveroso” de Portugal descrito por Antônio Sérgio, em 1926, em sua crítica a um país (Portugal) com medo de fazer e agir e sem consciência crítica, desde a morte de Dom Sebastião e de boa parte das elites em Alcácer -Quibir.
Os partidos envolvidos na disputa do poder em outubro próximo não têm o direito de cultivar algum complexo de inferioridade nacional, como se a vitória nas urnas fosse uma questão de crença ou convicção, sem as quais o Brasil ficaria à deriva e exposto à sanha dos que ambicionam suas riquezas e trabalham inteligentemente contra seu progresso.
A vitória sempre será o produto do consentimento popular majoritário a um projeto de desenvolvimento do País e da Nação, apresentado de forma convincente pelo partido vitorioso, superando a inteligência competitiva das potências que atuam diuturnamente contra o progresso do Brasil.
Um candidato a presidente nos Estados Unidos jamais diria “Não vamos desistir dos Estados Unidos”; idem algum candidato na Inglaterra, na Alemanha, no Japão ou na Rússia. A frase denuncia uma situação de abandono e caos do Brasil, que não condiz com a realidade, e alimenta  ambições externas  danosas ao País, como se este fosse alguma carcaça em disputa  pelas hienas e leões.
Falta um candidato com proposta nacionalista nessas eleições, capaz de romper o círculo vicioso que vem marcando, nos últimos anos, somente  a escolha de candidatos  à Presidência comprometidos com  a subordinação do Brasil  aos interesses políticos e econômicos  estrangeiros.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário