O Partido do Movimento Democrático
Brasileiro –PMDB- se prepara para uma campanha nacional da legenda, no próximo
dia 26, destacando a presença de seus seis ministros no Governo Dilma Rousseff e
os seus respectivos programas de ação. Também entram na campanha o Vice-Presidente
da República, Michel Temer, e os presidentes do Senado Federal, Renan
Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Os ministros que devem expor suas
atuações são Kátia Abreu, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Helder
Barbalho, a Pesca e Aquicultura; Eliseu Padilha, da Secretaria de Aviação Civil
da Presidência da República; Eduardo Braga, das Minas e Energia; Edinho Araújo,
da Secretaria de Portos da Presidência da República e Vinicius Nobre Lages, do
Turismo.
Essa propaganda, por todos os meios
de comunicação, seria ato corriqueiro na vida de um partido político, anda mais
se tratando do PMDB, esteio da coalizão governamental que elegeu e reelegeu a Presidente
Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores – PT-. Mas não é...
No momento em que as redes
sociais e os demais meios de comunicação, estimulados pelos institutos de
pesquisas, que apontam vertiginosa queda de popularidade da Presidente Dilma Rousseff,
em meio a denúncias de corrupção na Petrobrás e no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES-, envolvendo o PT, além da situação
da economia brasileira, pautada pelo crescimento da inflação, ocorre-me uma
indagação quase automática:
O PMDB está reforçando sua imagem para blindar
a coalizão governamental com o PT, ou está preocupado em descolar, perante o
eleitorado nacional, sua imagem da coalizão diante de uma hipotética e eventual
possiblidade de um processo de impeachment
contra a Presidente Dilma
Mostrando sua força, o PMDB, mais
uma vez, estaria repetindo o que aconteceu quando o Presidente Collor, em 1992,
foi defenestrado por um golpe parlamentar legitimado pelos "caras-pintadas”, e o
seu vice, senador Itamar Franco, assumiu
a Presidência sem nenhuma reação popular.
Estaria o PMDB, novamente,
trabalhando com a hipótese de um novo impeachment,
lançando essa campanha nacional, cujo objetivo parece bem claro: Mostrar
que o PMDB é um partido sem jaça e não tem nada com o PT de Lula e Dilma.
Mas, quando se propagam denúncias
sobre o “Mensalão, BNDES, “Petrolão”, se cobram responsabilidades dos Governos
Lula e Dilma, esquecendo-se - a sociedade e os meios de comunicação - de cobrar
o silêncio e a ineficácia da Oposição, que, certamente, durante todos esses
anos, sabia de tudo que vinha acontecendo, porque, no meio político, não há segredo
que não se desvende. Uma oposição eficaz inibe os desmandos de um governo, mas,
uma oposição omissa e ineficaz até estimula as práticas "não republicanas".
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