sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Janela de Brasília(IV)


1. No País inteiro, há uma espécie de descrença nos políticos, em decorrência das irregularidades e práticas de corrupção que vêm sendo apuradas nos últimos anos, em especial nos processos do “Mensalão”, BNDES, Eletronorte, Eletronuclear, Petrobrás, etc.

Em Brasília, locus da política nacional, se comenta que muitos dos que chegam, oriundos dos vários quadrantes do País, para o exercício de mandatos legislativos e de cargos nos três Poderes, não têm interesse no bem-comum, mas, apenas, no enriquecimento pessoal.

Nesse clima, a denúncia do Ministério Público contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não passa de mais um capítulo de uma novela que parece não ter fim. Para alguns brasilienses que ouvi, todos os nomes até aqui denunciados pelo Ministério Público são cartas conhecidas de um tarô que ainda promete outras revelações que abalarão a república.

2. A suspensão dos empréstimos com consignação em folha dos bancos privados para funcionários públicos, determinada pelo Governo Federal, por período indeterminado, afeta em muito a oferta de crédito no País inteiro. Em Brasília, o impacto é menor, porque o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm ofertas mais amplas para os funcionários federais, porque muitos desses recebem seus vencimentos em suas contas nestas instituições. Ou seja, clientela cativa.

3. A Feira de Importados de Brasília, sempre vista com interesse pelos turistas, está perdendo credibilidade junto à população, depois que a Polícia apreendeu uma variedade de artigos falsificados. Os preços também estão perdendo competitividade.

4. Circula pela internet um vídeo em que um indivíduo acusa a embaixada da Palestina em Brasília de ser a sede de articulações terroristas do grupo Hamas. A obra, segundo o vídeo, foi edificada em terreno ao lado da Procuradoria da Justiça Militar, doado pelo Presidente Lula junto com ajuda de 25 milhões de reais. Não pretendo julgar a procedência desta acusação, mas, penso que a imprensa tem dado pouco ou quase nenhum destaque à presença diplomática dos palestinos em Brasília, assunto que era tabu no regime militar.

5. A chanceler alemã Angela Merkel veio a Brasília com ar triunfante sob todos os aspectos: É competente governanta de uma  Alemanha que enfiou sete gols no Brasil e tem liderança econômica na União Europeia. Não bastasse seu glamour, fez um happy-hour no bar do Hotel Royal Tulip, depois de ter jantado com a Presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.

6. Injustificável o elevado custo dos estacionamentos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck. Tanto espaço para conforto dos motoristas se transforma numa conta salgada quando o viajante retorna. O preço é de 10 reais a hora no aberto e 15 reais no coberto, sendo a primeira diária no aberto ao preço de 36 reais, e no coberto 64 reais. Nos shoppings, o preço é de cinco reais a hora no espaço aberto.

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