quinta-feira, 24 de setembro de 2015

"Janela de Brasília XIV"


1. O cinismo, o diversionismo, a desfaçatez e a demagogia campeiam à vontade na política brasileira. Não é que o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, receberá um prêmio por sua gestão à frente da crise hídrica daquele estado?

O deputado federal paulista João Paulo Papa, do Partido da Social Democracia Brasileira –PSDB- indicou o Governador Alckmin para receber o prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação, a ser entregue pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. Foi apoiado por unanimidade.

Tudo isto acontece com milhares de paulistas tomando banho diário com caneca de água, embora o governo estadual tivesse tomado conhecimento, antecipadamente, da estiagem que atingiria o Estado, e não fez nenhum planejamento para amenizar a situação. Pobre Brasil!

2. Os hospitais do Distrito Federal estão em petição de miséria. Faltam médicos, funcionários, remédios e equipamentos. Não deveria ser essa a situação, pois o último governador, Agnelo Queiróz, é médico de carteirinha e funcionário da Secretaria de Saúde.

3. Imigrantes paquistaneses chegaram a Brasília e vêm recebendo algumas orientações para se acomodarem na cidade. O problema é que são desqualificados como mão-de-obra, a exemplo de haitianos, bolivianos e africanos que chegam ao Brasil diariamente. Não há humanitarismo nessa acolhida que recebem, mas, sim, irresponsabilidade das autoridades brasileiras, porque são imigrantes expostos a diversas vicissicitudes, entre as quais o trabalho escravo.

4. Se o metrô continuar parando, como vem acontecendo no Distrito Federal, será o caos completo para os milhares de trabalhadores que usam esse meio de transporte diariamente para se deslocarem das cidades-satélites para o Plano Piloto. A deficiência do sistema de transporte urbano com as linhas de ônibus é crônica  em todos os governos.

5. O mais famoso cavalo da equoterapia do Instituto Federal de Brasília, que se chama “Abençoado”, foi roubado misteriosamente. Ninguém sabe, ninguém viu, e nem mesmo a Polícia tem algum suspeito. Sinal dos tempos...

6. Com a seca dos últimos dias, diversas partes do cerrado em torno do Plano Piloto, em especial do Lago Paranoá, acabaram pegando fogo. Não existe coisa pior para os grileiros e invasores de terras, cujas construções precárias acabam sendo  reveladas pelos terrenos nus e devastados pelas chamas.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário