1. O calor escaldante e a secura
do clima em Brasília aumentaram consideravelmente o consumo de água-de-coco, rica
em sais minerais. Caminhões procedentes do Nordeste estacionam às beiras das
rodovias vendendo coco natural a 1,50 real, enquanto outros vendedores
ambulantes vendem a três reais. Nos supermercados, a água-de-coco
vendida em caixa custa de seis a sete reais. Ainda é um produto acessível ao
assalariado, mas a tendência é que venha a custar mais caro neste verão que promete
ser um dos mais causticantes do Brasil.
2. Impressionante a quantidade de
belas repórteres tomando conta dos programas policiais de televisão no Brasil
inteiro. Dá gosto vê-las em ação, sempre impecavelmente vestidas com elegância
e maquiladas, entrevistando policiais e bandidos em locais de difícil acesso e
marcados por tragédias. As TVs Bandeirantes e Record em Brasília colocam essas
repórteres na linha de frente e conseguem belas audiências.
3. Os nortistas e nordestinos de
Brasília matam a saudade da culinária regional na Feira da Torre de Televisão,
onde, na área de alimentação, se servem o sarapatel, o caruru, o tacacá, o
tucupi e outras iguarias, como o açaí e o cupuaçu, tudo a preços módicos. O
acarajé baiano é um caso à parte, pois há vários pontos em que é vendido,
inclusive nas feiras do Guará, Sobradinho e Núcleo Bandeirante, e nada deve em sabor ao
vendido nos tabuleiros da Bahia.
4. Uma cena que era muito comum
em Brasília era a reunião de babás com crianças nos parques. Mas, estes hoje se
tornaram perigosos, porque têm manutenção precária, são desconfortáveis e se
transformaram em recantos de marginais. Mais fácil hoje é encontrar criadores
de cães passeando com seus amiguinhos nos gramados das quadras e batendo papo
com seus vizinhos.
5. As floriculturas (uma das
principais do Distrito Federal é a São José, no Polo Verde, perto da Ponte da
Bragueto) estão vendendo legumes, couves e outras hortaliças em vasos de
plástico, para quem não tem terra e espaço para compor uma horta. A verdura pode
ser consumida de imediato e demora um pouco mais para a rebrota, mas oferece ao
freguês, pelo menos, o prazer da vida rural. As hortas comunitárias também vêm
sendo testadas por diversos condomínios urbanos do Plano Piloto. Em Paris,
planta-se nos terraços, e no Japão no miolo das praças. Colhe-se arroz em Quioto
ao lado do trânsito de automóveis e motocicletas. É o uso do espaço vital
otimizado...
6. Muita gente fala com saudades do
ex-governador Joaquim Roriz, que não deixava muita greve criar raiz, como vem
acontecendo hoje no Distrito Federal. Roriz, “o Rei do Cerrado”, se recolheu da
vida pública, mas continua acompanhando atentamente a política local,
orientando amigos e familiares. Não haverá tão cedo um governador como Roriz, o
melhor de todos que passaram
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