O estudado gesto do presidente do
Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, ao negar friamente cumprimento
à Presidente Dilma Rousseff, na frente do Papa Francisco, durante encontro no
Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, poderia significar um recado ao povo brasileiro:”
Não cumprimento minha futura adversária...”.
Sim, o ministro Joaquim Barbosa,
primeiro negro a presidir a mais alta corte de justiça do País, firma-se cada
vez mais como potencial candidato à Presidência da República em 2014, embora o
negue e diga que não tem nenhuma pretensão política. Não quer e não tem mesmo pretensão, mas quem ousaria fugir do abraço popular?
Em política, ou você escolhe, ou
é escolhido, e essa segunda alternativa é a que se aplica ao ministro, que foi
relator do processo do “mensalão”, referente à compra de votos parlamentares
realizada durante o Governo Lula, que resultou na condenação de importantes
líderes do Partido dos Trabalhadores –PT -.
Esse maior escândalo político da
história brasileira ainda não teve seu desfecho, porque o ex-Presidente Lula afirma que não sabia de
nada e os condenados ainda não foram para a prisão, o que dependerá de
pronunciamento, nos próximos dias, do STF, julgando recursos apresentados pelos
advogados de seis parlamentares, entre os quais o ex-ministro José Dirceu e o
ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, figuras de destaque do
PT.
Pela internet, além de uma
campanha bem orquestrada de difamação do ministro Joaquim Barbosa, acusado de
privilégios em seus direitos de funcionário público, de abuso contra recursos
do erário, de investimentos suspeitos em imóvel em Miami, violência contra sua ex-esposa,
consumo exagerado de bebida alcoólica e prática de luxúria, corre a notícia de
que Joaquim Barbosa estaria pronto para renunciar ao cargo e abandonar a Corte,
caso os condenados do “Mensalão” continuem fora da cadeia.
Hoje, com 30 % das intenções de
voto, nas sondagens realizadas pelos institutos de pesquisa para as eleições
presidenciais, e com a popularidade da Presidente Dilma caindo, Joaquim Barbosa
é o mais forte candidato em potencial, quer queiram ou não seus inimigos e
detratores, e, caso ele renuncie, deverá ser procurado pelo povo e levado em
seus braços ao Palácio do Planalto. E com as bênçãos da Igreja Católica, hoje
sob o comando dos jesuítas, os padres de batina preta chefiados pelo “Papa
Negro”, Adolfo Nicolás.
Em política, muita coisa muda,
mas Joaquim Barbosa continua popularíssimo neste momento, e o Papa Francisco
pode aferir pessoalmente o clima de
insatisfação popular contra o Governo Dilma.
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