segunda-feira, 20 de abril de 2015

Violência epidêmica torna Brasil campeão em homicídios



Brasil apresenta um quadro epidêmico de violência nas grandes cidades, onde os homicídios, por motivos passionais banais, uso e tráfico de drogas e assaltos a mão-armada a pessoas e estabelecimentos comerciais, em especial bancos, supermercados e postos de combustíveis, se transformaram nas melhores atrações dos programas de televisão e manchetes de jornais e revistas.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, referentes a 2012, o Brasil registrou 64 mil homicídios, liderando a estatística mundial, que apresenta o total de 475 mil, dos quais 52 mil na Índia (segundo lugar) e apenas 17 mil nos Estados Unidos (oitavo lugar), mesma posição da Venezuela.
Quem assiste na televisão ou lê nos jornais os principais noticiários policiais do Brasil não tem como deixar de manifestar seu repúdio à banalização do crime e da própria morte, em razão da impunidade e do favorecimento da legislação aos bandidos, muitos desses menores de idade, cuja inimputabilidade, até os 18 anos, atualmente, pode cair, se for aprovada no Congresso Nacional nova legislação que permite a punição ao criminoso a partir dos 16 anos de idade.
Em março passado, a Presidenta Dilma Rousseff sancionou lei que tipifica o feminicídio como crime hediondo, em face do elevado índice de violência doméstica e discriminação de gênero contra a mulher. Mas, também nas festas (”baladas”), e eventos noturnos que reúnem multidões, o perigo ronda os frequentadores, quase sempre envolvendo uso de drogas e bebidas alcoólicas.
O projeto se justifica pela estatística registrada entre 2000 e 2010, período em que foram assassinadas no Brasil 43,7 mil mulheres, das quais mais de 40% dentro de suas casas e pelos seus companheiros ou ex- companheiros, “machões” cruéis que a os órgãos de comunicação e as redes sociais mostram diariamente.
Crimes em sua maioria praticados por razões passionais e motivos banais, como o recente assassinato, com requintes de crueldade, que deixou até a polícia assustada, de uma dançarina de funk no bairro de Posse, em Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro. Amanda Bueno, 29 anos, foi assassinada pelo seu companheiro Milton Severiano Ribeiro, 32 anos, a tiros de pistola e escopeta, depois de ter sido espancada. As cenas foram gravadas por câmeras instaladas na residência do casal.
Outra imagem que correu o mundo foi a chacina, no último dia 18, de oito jovens torcedores do clube de futebol Corinthians, em São Paulo. Na sede do clube, três homens renderam os torcedores e executaram-nos com tiros na nuca. A Polícia diz que a motivação foi tráfico de drogas, e não rixa entre torcidas.
São dois exemplos pontuais da violência nas principais cidades brasileiras, que especialistas atribuem a diversos fatores: Abismo entre ricos e pobres, falta de oportunidade e de emprego para jovens, deficiências do sistema educacional, etc. Mas há quem veja o instinto natural do homem para matar ou morrer, como teorizou Freud, estimulado por vários fatores ambientais no mundo inteiro.

 

 

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