1. Greve bancária e em diversos órgãos públicos e colapso nas áreas
de saúde, transporte, educação e segurança, por falta de equipamentos, recursos humanos e verbas,
acrescidos da crise política e econômica e do imenso calor seco, beirando aos
37 graus, tornam o Distrito Federal um local pouco ameno para turistas e
habitantes, em plena primavera, que é a estação das flores.
2. Enquanto o governo federal
prossegue em sua sanha arrecadadora, ameaçando a população com a volta da
maldita CPMF, um imposto que incide sobre a cabeça dos pobres, o governo do
Distrito Federal anuncia o enxugamento da folha de pagamentos, demissão de
servidores e aumento das tarifas de diversos serviços públicos. Não há esboço
de nenhuma medida criativa em todas as esferas administrativas do País, que vive
uma pasmaceira sem planejamento de governo e ao sabor das promessas de
palanque.
3. Falta ar condicionado em
muitos restaurantes de Brasília considerados como de excelente qualidade. Como
comer uma peixada ou um churrasco suando num ambiente afetado pelo calor acima
de 30 graus? É preciso pesquisar esse detalhe antes de sair de casa, em
especial aos domingos, para frequentar qualquer restaurante do Plano Piloto ou
das Cidades-Satélites.
4. Não há reza capaz de mobilizar
o DETRAN para colocar policiais sinalizando o trânsito nas imediações do balão que
demanda o Paranoá e a Escola Fazendária e São Sebastião, como quem vem do
Jardim Botânico. Qualquer motorista se sujeita a risco de vida ali. Outro ponto
muito perigoso do trânsito é o acesso à ponte da Bragueto, como quem demanda o
Lago Norte e a saída para Sobradinho.
5. A Terracap coloca à venda muitos
imóveis residenciais e comerciais, enquanto combate a grilagem de terras. Fica
a impressão de que estabelece uma concorrência desleal contra os grileiros,
porque atua mais como uma imobiliária, com fins comerciais, do que como
instrumento a serviço da regularização urbana do Distrito Federal. Seus preços
são bem salgados e favorece aos cidadãos mais aquinhoados financeiramente.
6. Depois da descoberta de água
líquida em Marte, os cinemas de Brasília vêm registrando um público crescente
para assistir o filme “Perdido em Marte”, que já promete ser recorde de
bilheteria no mundo inteiro. O filme tem ficção misturada com realismo tecnológico.
7. Certo estava Hélio Doyle,
homem forte que deixou o governo Rollemberg já no início, porque não aceitava
as pressões de políticos incapazes de deixar de lado o fisiologismo em prol de
uma administração realista e condizente com as necessidades do Distrito
Federal. Há muita espuma na Câmara Legislativa e poucas soluções de
planejamento para o funcionalismo e os setores da educação, dos transporte e da saúde. Tudo
continua sob medidas de improviso e panaceias.
8. Há em Brasília uma forte torcida para que o Tribunal de Contas da União rejeite as contas de 2014 do Governo Dilma, por causa das pedaladas fiscais. Conheço bem o ministro Augusto Nardes, o relator que o governo quer destituir do cargo, gaúcho que estudou administração na Suíça. Osso duro de roer, longe de ser o golpista insinuado pela senadora Gleise Hoffman.
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