terça-feira, 6 de outubro de 2015

Janela de Brasília(XV)


1. Greve bancária e em diversos órgãos públicos e colapso nas áreas de saúde, transporte, educação e segurança, por falta de equipamentos, recursos humanos e verbas, acrescidos da crise política e econômica e do imenso calor seco, beirando aos 37 graus, tornam o Distrito Federal um local pouco ameno para turistas e habitantes, em plena primavera, que é a estação das flores.

2. Enquanto o governo federal prossegue em sua sanha arrecadadora, ameaçando a população com a volta da maldita CPMF, um imposto que incide sobre a cabeça dos pobres, o governo do Distrito Federal anuncia o enxugamento da folha de pagamentos, demissão de servidores e aumento das tarifas de diversos serviços públicos. Não há esboço de nenhuma medida criativa em todas as esferas administrativas do País, que vive uma pasmaceira sem planejamento de governo e ao sabor das promessas de palanque.

3. Falta ar condicionado em muitos restaurantes de Brasília considerados como de excelente qualidade. Como comer uma peixada ou um churrasco suando num ambiente afetado pelo calor acima de 30 graus? É preciso pesquisar esse detalhe antes de sair de casa, em especial aos domingos, para frequentar qualquer restaurante do Plano Piloto ou das Cidades-Satélites.

4. Não há reza capaz de mobilizar o DETRAN para colocar policiais sinalizando o trânsito nas imediações do balão que demanda o Paranoá e a Escola Fazendária e São Sebastião, como quem vem do Jardim Botânico. Qualquer motorista se sujeita a risco de vida ali. Outro ponto muito perigoso do trânsito é o acesso à ponte da Bragueto, como quem demanda o Lago Norte e a saída para Sobradinho.

5. A Terracap coloca à venda muitos imóveis residenciais e comerciais, enquanto combate a grilagem de terras. Fica a impressão de que estabelece uma concorrência desleal contra os grileiros, porque atua mais como uma imobiliária, com fins comerciais, do que como instrumento a serviço da regularização urbana do Distrito Federal. Seus preços são bem salgados e favorece aos cidadãos mais aquinhoados financeiramente.

6. Depois da descoberta de água líquida em Marte, os cinemas de Brasília vêm registrando um público crescente para assistir o filme “Perdido em Marte”, que já promete ser recorde de bilheteria no mundo inteiro. O filme tem ficção misturada com realismo tecnológico.

7. Certo estava Hélio Doyle, homem forte que deixou o governo Rollemberg já no início, porque não aceitava as pressões de políticos incapazes de deixar de lado o fisiologismo em prol de uma administração realista e condizente com as necessidades do Distrito Federal. Há muita espuma na Câmara Legislativa e poucas soluções de planejamento para o funcionalismo e os setores da educação,  dos transporte e da saúde. Tudo continua sob medidas de improviso e panaceias.
8. Há em Brasília uma forte torcida para que o Tribunal de Contas da União rejeite as contas de 2014 do Governo Dilma, por causa das pedaladas fiscais. Conheço bem o ministro Augusto Nardes, o relator que o governo quer destituir do cargo,  gaúcho que estudou administração na Suíça. Osso duro de roer, longe de ser o golpista insinuado pela senadora Gleise Hoffman.

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