terça-feira, 21 de maio de 2013

A questão indígena no balanço do poder nacional, Uma hipótese sobre as intenções políticas do grupo Lula e O perigo da desunião


 
 Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)

A questão indígena inserida no balanço do poder nacional

A possibilidade de declaração de independência de “nações indígenas” tem sido denunciada por várias autoridades militares e civis. A Fundação Nacional do Índio-Funai- foi duramente criticada recentemente até por ministros do governo. Sabemos que há um bando de vigaristas na Funai e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária –Incra -, mas suspeitamos que haja outros motivos além do financeiro apesar de lá existir um verdadeiro balcão de negócios de terras .

O País começa a reagir, muitos deputados (214) já assinaram um requerimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI- que deverá investigar a atuação da Funai - e do Incra-, os dois órgãos responsáveis pelas demarcações de terras indígenas e quilombolas, que tem, sistematicamente criado conflitos em suas áreas,  a ponto de merecerem, juntamente com o Ibama, o apelido de dentes do garfo do diabo.

A reação contra os desmandos da Funai já começou, mas o problema é mais profundo:  há um plano arquitetado pelo “Estabelecimento  financeiro mundial" para enfraquecer os países emergentes, sufocando-os de todas as maneiras, financeira, econômica e moralmente, e se possível dividir o território, dos mais extensos, em retalhos, como o fizeram na África na época da descolonização.

A Índia e a Rússia também sofrem pressões separatistas estimuladas do exterior, mas  detentoras de apreciável poder militar estão, no momento, fora do alcance. Com a China, a segunda economia do mundo, então nem pensar, mas nós, possuidores de abundantes recursos naturais, da água ao titânio, passando agora pelo petróleo oferecemos um “prêmio extra”.

O nosso País é o mais vulnerável, quer pela nossa debilidade militar, quer pela ausência de uma cultura arraigada como na China e na Índia. Em consequência fica fácil nos dominarem usando os métodos da Guerra de 4ª Geração. Proíbem-nos o acesso à moderna tecnologia bélica no tocante a engenhos nucleares, e na área espacial.

Fabricação de mísseis, nem pensar. Sabotam-nos. A explosão do terceiro VLS brasileiro, com a perda de vinte e um cientistas foi emblemática. Até a proibição da comercialização de armas de defesa pessoal tentam impor à nossa população. Pior ainda é a fabricação de munição, provavelmente já na mão de estrangeiros, desta forma, fica mais fácil intimidar e até agredir, direta ou indiretamente.

O uso da força, se necessário, será “justificado” para apoiar a independência de áreas indígenas, para defender os direitos dos grupos minoritários ou mesmo o meio ambiente. Pretextos não faltarão, e não parece difícil, pois mesmo que possamos dispor do armamento adequado, é impossível defender um País com a população acovardada até ante os bandidos comuns.Claro, ainda podemos virar essa situação.

Considerações sobre análises de Inteligência

Em uma análise de Inteligência se procura avaliar o que existe por trás dos fatos e vislumbrar o que pode haver adiante. Para isto, se formulam hipóteses, onde avultam as deduções das reais intenções, ou seja, aonde os analisados querem chegar. Depois, ao contrário de uma análise policial, que tenta provar a exatidão da hipótese estudada, na análise de Inteligência, se procura verificar se ela pode estar errada. Enquanto não se consegue verificar o erro, a hipótese continua em validade. Este preâmbulo é apenas para explicar a hipótese abaixo.

Uma hipótese sobre as intenções políticas do grupo Lula

Descontentes com a perda de poder e com a (ainda pequena) independência da Presidente atual, uma importante facção do PT planeja o retorno de Lula à Presidência. Verificando que a Dilma está com mais prestígio popular do que o Lula,  pode ter decidido não bater de frente, mas fingir apoiá-la até que em setembro ela não mais possa trocar de partido. Então em convenção, o PT escolhe Lula como seu candidato.

Além do PT sindicalista (que nunca suportou a Dilma), teriam a mesma idéia os ministros da base aliada, colocados e mantidos pelo Lula, a quem naturalmente são gratos por seus cargos e insatisfeitos com as (ainda pequenas) cobranças de austeridade e eficiência por parte da Dilma.

Certamente o futuro com Lula lhes seria bem mais risonho. Vale lembrar a atuação de amigos pessoais do Lula em cargos de importância como no Gabinete da Presidência e no Ministério da Justiça, ambos entrando em divergência com a mandatária, um no caso da “Rose”, outro pela questão indígena. As novas, nomeadas com independência – Gleisi Hofmann e Graça Foster já mostraram a que vieram, contrariando o esquema anterior, corrupto e indianista. Esta hipótese, até agora, não foi invalidada!

Neste contexto, como pode se inserir a Comissão da Verdade? Para um analista desavisado ela parece procurar por vingança, mesmo arriscando provocar uma rebelião militar. Para quem procurar avaliar o que existe por trás dos fatos seria lícito imaginar a possibilidade de uma manobra para afastar as Forças Armadas da Presidente. Afinal, apoio popular é muito importante, da mesma forma que ter maioria no Congresso. Muito importante em tempos normais. Em tempos anormais só as Forças Armadas podem garantir um Governo. Todos sabem disto.

O perigo da desunião

Diversos países se autodestruíram por rivalidades internas, que facilitaram a intervenção externa e até ataques e conquistas. Poderíamos citar a Iugoslávia, mas o mais emblemático teria sido Bizâncio. O mais recente certamente a Síria. Nós estamos nesse caminho.

Os comunistas e seus simpatizantes cada vez mais põem as unhas de fora, provocando uma justa reação que se avoluma dia a dia. Entre seus opositores há gente nossa que só vê o maniqueísmo comunismo x anticomunismo e confundem nosso nacionalismo com tendências esquerdistas.

O Governo, desde o Collor até o Lula vem provocando a divisão étnica, e a intranquilidade no campo, uma herança maldita que a atual governante só agora inicia, timidamente, a controlar. A justa reação mobiliza os proprietários rurais contra as invasões; os militares contra o revanchismo, e a errônea ação governamental tem estimulado as invasões e em consequência os conflitos. Felizmente, há esperança de mudança.

Uma casa dividida não se sustenta em pé. Muito menos uma nação. O ministro da Justiça, homem do Lula, contrariando a atual orientação presidencial nada fez  até hoje para impedir  os problemas de demarcação e os conflitos de terras.  Entretanto, agora ele criticou a Funai. Em entrevista, anunciou que a Pasta terá mais poder sobre as demarcações de terras no País. Haverá esperança de mudança?

O reabrir das feridas de 50 anos que deveriam estar cicatrizadas leva a maus resultados. O momento é de União. O passado foi-se. O nosso Pais depende da nossa coesão. Chega de ódio e sentimento de vingança! Se houve excessos foram de ambos os lados e, em nome do futuro, devemos lutar ombro a ombro contra as formidáveis ameaças existentes ao nosso Progresso.

Que Deus guarde a todos nós!

Nenhum comentário:

Postar um comentário