quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Gargalos e empecilhos na Zona Franca de Manaus
Quem também se posicionou à respeito dos 49 anos da implantação da Zona Franca de Manaus foi o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), em reunião que lotou o auditório da entidade e na qual foram destacados os atuais gargalos que funcionam como empecilho ao crescimento dos vários segmentos instalados no PIM, além de estudar medidas para enfrentar as atuais dificuldades econômicas e políticas do País que impactam diretamente nas atividades econômicas do Estado.
Medidas após prorrogação
Prorrogada por mais 50 anos, faz-se necessário, segundo o secretário de Planejamento, Thomaz Nogueira, enfrentar o desafio histórico de desconcentrar as atividades produtivas, ora centradas em Manaus. Como metas ele apresentou projetos que já estão em discussão para a diversificação e interiorização de fato da ZFM, entre os quais os produtos da biodiversidade, a produção de alimentos, de cosméticos, nutracêuticos, capazes de tirar o Estado do Amazonas da dependência exclusiva dos projetos industriais instalados no PIM.
Soluções em pauta
Na pauta das soluções para desemperrar o modelo ZFM no aniversário dos seus 49, muitos e amplamente conhecidos são os projetos que precisam ser executados, desde que se trabalhe em uma sintonia respeitosa entre o Governo do Estado, Prefeitura de Manaus, Suframa e empresários representados por suas instituições.
Ensino, pesquisa, diversificação do setor produtivo voltado para as vocações regionais são alguns desses projetos que, não se sabe a razão, não são priorizados e encarados para implantação de fato. É preciso, de igual forma, discutir a questão do escoamento da produção (frete) via conclusão da BR-319, para tornar nossa indústria mais competitiva. Alguns diriam que a pauta é grande, mas com o esforço de cada um, com certeza teremos, em 2017, bons motivos para comemorar os 50 anos da Zona Franca de Manaus. Ninguém duvida.
Aldo é do ramo
A matéria do Correio Braziliense( 21-2) com o ministro Aldo Rebelo começou bem. Nos trilhos do caminho certo: "Nos governos Lula e Dilma , Aldo Rebelo fez um pouco de tudo". E o fez com maestria e competência. Nenhum governante tem queixas de Aldo Rebelo, porque ocupou com exemplar espirito público todas as funções para as quais foi designado.  Tranquilo, respeitado e respeitoso, fala mansa e português irretocável, Aldo também foi presidente da Câmara Federal.
Aldo conhece como poucos os bastidores e as personagens da atribulada vida politica. Nessa linha, perguntado pela reportagem do CB se Eduardo Cunha "vai cair", Rebelo mais uma vez foi claro, didático e enfático: "Eu acho que ele ainda demonstrou muita força na eleição da liderança do PMDB. O governo venceu, mas o Eduardo Cunha ainda demonstrou uuma capacidade de articulação e que tem uma bancada que guarda um relativo nível de fidelidade às orientações dele".
Tietagem ridícula
Dificil surgir em 2016 tietagem mais ridícula, patética, melancólica e apelativa , do que aquela ao  "Japonês", da policia federal.
Romário demagogo
O obscuro senador Romário que costuma encher a boca se proclamando ético e acima de qualquer suspeita, na verdade é do timeco dos santos-de -pau-oco.  Cospe para cima, mas o cuspe acaba caindo na própria cabeça.Na inútil, fracassada e demagógica CPI do futebol, Romário transborda sangue e rancor pelos olhos. Se julga o cidadão mais puro do mundo. Só ele presta. Pena que não olhe para o próprio rabo.
Segundo Ancelmo Gois, do Globo, Romário, desde 2014, deve à dona do imóvel onde funcionou a boate dele, na Barra da Tijuca, mais de 9 milhões de reais de IPTU.  A proprietária do imóvel entrou com ação na justiça. O processo está em fase de execução.  O ex-peixe precisa pagar o que deve. Só assim terá autoridade e moral para cobrar atitudes corretas dos outros.
Fera solta
O canalha e assassino Pimenta Neves ficou preso apenas cinco anos, embora tenha sido condenado a 20 anos.  Constata-se, mais uma vez, que as leis penais brasileiras afrontam e humilham os cidadãos de bem.  O cretino só faltou sair da cadeia com uma bíblia debaixo do braço. Tenho ânsia de vômito.
Ainda usando fantasia
O arrogante Rodrigo Janot acusa Eduardo Cunha de ser "extremamente agressivo e dado a retaliações".  Passou o carnaval, mas Janot não tira a fantasia de pseudo dono da verdade. O presidente da Câmara é homem afável e atencioso.
Consciente de seus deveres e obrigações.  Cunha defende seu mandato com firmeza. Fato que desaponta descaídos e hipócritas. Retruca com rigor torpezas e mentiras. Não se intimida com maledicências. Cunha é agressivo quando paladinos de meia pataca lhe jogam as patas. É firme e contundente porque não é servil aos poderosos de plantão. Tornou a Câmara dos Deputados um poder independente. O que, seguramente, desagrada  alguns segmentos. 
Para Mariana Godoy
“Saindo de casa aos 16 anos para enfrentar as dificuldades do dia-dia, e chegando aos 79 anos de idade com a conduta irretocável como cidadão, venho assistindo, através dos tempos, o entusiasmo do povo brasileiro com demagogos e irresponsáveis postulantes ao poder.O povo da Bahia já teve duas experiências trágicas, com uma comunista e um comunicador, que afirmava "matar a cobra e mostrar o pau".
Digo isso, pela presença constante nos meios de comunicação do meu amigo Jair Bolsonaro, que passa a todos nós eleitores a ideia de que seja possível governar sozinho.Você sabe Mariana, que sozinha você sequer apresentaria o seu programa, imagina então governar uma nação gigantesca como o Brasil?!
O mais preparado, brilhante e audacioso Presidente na história deste País chama-se Fernando Collor e, por não ter a base no Congresso, perdeu o mandato por causa de uma perua Elba, embora antes tenha modernizado o nosso país.Sou bem informado, embora semi-alfabetizado e espero que a qualquer momento, você e a direção do programa me ofereçam a honra de participar do mesmo."
Insegurança em Brasília
Os policiais civis e militares de Brasília são os mais bem pagos do país. Tinham por dever e obrigação zelar pela segurança da população. Mas não o fazem. Não sabem trabalhar, os brasilienses sofrem. São reféns da bandidagem. Nessa linha, estamos também a mercê de policiais incompetentes. Apenas sabem fazer um farol dos diabos.
Brasília não tem morros, não tem favelas. O Distrito Federal é todo plano. Portanto, as polícias civil e militar precisavam ser mais eficientes. Não têm desculpas para trabalhar tão mal. Adoram fazer greves. Choram de barriga cheia. O cidadão paga impostos caros e não tem o retorno necessário: Paz, segurança, sossego e garantia de ir e vir, como determina a Constituição.
Carnaval terapêutico
Carnaval e futebol sempre foram as válvulas de escape do povo brasileiro. Não tem preço a alegria de sambar, de improvisar fantasias, de beber, pular, paquerar e beijar até o sol raiar.  Vale todo o sacrifício. Da mesma forma ir ao estádio.  Com sol ou com chuva. Ingressos exorbitantes. Torcer, berrar, xingar, abrir o peito gritando gol. É no carnaval e no futebol que o povão extravasa o que tem no coração. Esquece o desemprego, o transporte ruim, a roubalheira quase institucional, a falta de remédios, postos de saúde caindo aos pedaços e sem médicos, a insegurança avassaladora. Mas como a alegria tem preço, "tudo acaba na quarta-feira".
O general Golbery do Couto e Silva, o mago dos governos militares, lamentava não ter carnaval e copa do mundo diversas vezes no ano. Assim o brasileiro sofrido, mas guerreiro, daria uma trégua aos  graves problemas do país e também aos maus governantes,  responsáveis pelas desgraças  que diariamente afligem  e humilham o cidadão.
Farmácias exorbitam nos preços
Seguramente a pergunta não é apenas minha: Quem fiscaliza os preços dos remédios? As farmácias deitam e rolam. Com frequência somos roubados com o maior descaramento. Os preços das farmácias, mesmas naquelas da mesma empresa, são absurdamente diferentes. Ou seja, a população continua refém dos empresários inescrupulosos.
Levianos
Terça-feira. no Plenário do Senado Federal, já quase 19 horas: Dois senadores travavam patético arranca- rabo.  Nervosos, pareciam dois colegiais. Imaturos e destemperados. O paraibano Cunha Lima defendia FHC e Aécio Neves. Para ele, todos os tucanos já nasceram imaculados. Inclusive ele próprio, claro. Por sua vez, o outro "debatedor", histérico, Lindbergh Farias retrucava, botando Lula e Dilma no céu e no paraíso. Até aí, problema da dupla.
Melhor fariam se estivessem interessados em resolver os grandes problemas que afligem a população brasileira. Foram eleitos com esse objetivo. Ocorre que ambos resolveram colocar o senador Fernando Collor como alvo de suas diatribes. Foram grosseiros, injustos e covardes com o ex-presidente da República. 
Cunha Lima e Lindbergh Farias foram ainda mais infelizes e patéticos porque Collor não estava no plenário. Coisa feia. Duvido que insultariam o senador Collor se ele estivesse presente. Na minha terra isso se chama molecagem.
Cândido e o príncipe saudita
Acompanhado do deputado Vicente Cândido (PT-SP), o príncipe da Arábia Saudita, Fahad Bin Faisal Al Saud, visitou, dia 29 de janeiro, a sede da CBF, no Rio de Janeiro. O príncipe saudita participou de reunião com diretores da entidade, além de conhecer o Museu Seleção Brasileira. “Gostei muito dessa visita, de conhecer a diversidade de produtos da CBF e, em particular, do museu, com toda sua interatividade”, comentou o príncipe.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Janela de Brasília (XXXIII)

1. Hoje experimentei o óleo de côco, extraído a frio, como substituto da manteiga ou do azeite-de-oliva. O sabor é delicioso e me faz indagar por que o tal óleo ficou de fora do mercado de consumo, deixando espaço nas prateleiras e mesas para óleos diversos, como os de soja, girassol, amendoim, arroz, algodão, canola, etc., se a produção de côco no Brasil é imensa.
Há 50 anos, era muito consumida a gordura-de-côco hidrogenada, que era produzida pela  Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro -SANBRA-, mas  não era um produto muito saudável. Vinha numa lata azul, em bonita embalagem, e ficou na lembrança de muitos brasileiros a marca "Carioca".
 
2. Os chineses estão investindo pesado na produção de soja e milho nos municípios  situados nos arredores do Distrito Federal, entre os quais Formosa, São João da Aliança, São Gabriel e Alto Paraiso, em Goiás. Campos vastíssimos dessas produções se abrem a cada dia podendo levar ameaça ao santuário ecológico da Chapada dos Veadeiros, onde as terras planas atraem os produtores. Como o santuário é reconhecido internacionalmente, espera-se que seja devidamente protegido pelo governo brasileiro.
 
3. Essa "mosquita" que a Presidenta Dilma Rousseff inventou para fêmea do mosquito da dengue ainda vai picar muita gente do governo. É um neologismo inoportuno para quem está ameaçada de impeachment e, seguramente, não teria passado pelo crivo do marqueteiro João Santana, denunciado pela Operação Lava Jato.
 
4. Muita gente apaga as luzes de suas casas, quando Dilma e Lula aparecem na campanha eleitoral  do Partido dos Trabalhadores - PT- pela televisão. É o início de um boicote ao partido e seus líderes, pela onda de corrupção que assola o Brasil.
 
5. Lua cheia com muito calor  resulta em chuvas esparsas no Distrito Federal, mas há quem reclame ainda da pouca chuva para enchimento dos reservatórios de água potável. O Lago Paranoá está com água ainda abaixo do nível ideal, pois ilhotas ainda podem ser vistas perto da ponte da Bragueto, na Asa Norte, ótimo local para observação.
 
 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Radio Sputnik marca Brasil no Socialismo


A agência de notícias e rádio Sputnik é a nova versão de “A Voz da Rússia”, cujo site brasileiro divulga amplo noticiário sobre a Rússia, com enfoque nas suas relações com o Brasil. Para acessar, basta clicar em http://sputiniknews.com.

Nos tempos da “Guerra Fria”, década de 60/70, em que o regime militar brasileiro vigiava os movimentos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas –URSS- na América Latina e na África, o máximo que se tolerava no Brasil era o funcionamento da Embaixada da URSS, com seus serviços de divulgação, e o credenciamento de correspondentes da agência TASS junto ao Itamaraty.

Como editor internacional do “Correio Braziliense”, eu tinha dificuldades em divulgar textos confiáveis sobre a União Soviética, pois o material panfletário do setor cultural e de imprensa da Embaixada e as versões dos correspondentes da TASS dispunham claramente sobre apologia ideológica em detrimento da informação jornalística.

As  principais agências noticiosas ocidentais (United Press Internacional  –UPI - e Associated Press – AP-, norte-americanas, ANSA, italiana, e Reuters, inglesa) também noticiavam fatos de interesse dos Estados Unidos e seus parceiros ocidentais.Com raras exceções à fidelidade jornalística, era a “guerra-fria” entre Washington e Moscou, e havia patrulheiros ideológicos de todos os lados, e nem os noticiários do Pravda, órgão oficial do Partido Comunista Soviético,  e do Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba,  escapavam dos filtros da censura quando entravam no Brasil.

Quem lê hoje o site do Sputinik não tem idéia da massiva presença dos russos no Brasil, se comparada com a discreta divulgação e presença dos soviéticos há quatro ou cinco décadas. O acordo de cooperação militar firmado recentemente pelos dirigentes dos dois países, Dilma e Putin, que abrange não apenas o fornecimento de equipamentos de defesa antiaérea, mas também a troca de informações e treinamento, possibilitando a livre circulação de até 40 mil militares russos no Brasil, tudo justificado pela participação nos BRICS - grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, vem causando perplexidade em vários setores.

O próprio silêncio dos Estados Unidos diante dessa guinada do Brasil para o Socialismo, consolidada pelo acordo militar com a Rússia, a nomeação de um comunista para o Ministério da Defesa, o deputado Aldo Rebelo, e mais recentemente de comunistas para cargos de assessoria de Aldo, como a deputada Perpétua Almeida, do PC do B do Acre, que assumiu a estratégica secretaria de Produtos da Defesa, são fatos que ainda não foram digeridos por setores mais conservadores das Forças Armadas.

Algumas cabeças, na ativa e na reserva das três forças, consideram que o Brasil vive hoje uma república marxista gerada pelo Foro de São Paulo, sob inspiração da cartilha de Gramsci e difundida por todos os países da América do Sul, não se justificando que alguns expoentes militares possam admitir “engolir sapos pelo bem da instituição”, quando as forças estão sucateadas e sem recursos orçamentários para sua manutenção, enquanto comunistas se enriquecem na corrupção.

O filósofo Olavo de Castro, considerado de direita, responsabiliza o governo de Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira –PSDB- por esta guinada brasileira à esquerda, observando que o Partido dos Trabalhadores –PT- é mais operacional e menos ideológico, enquanto o PSDB é um partido da Internacional Socialista e de falsa oposição.

Pelas redes sociais, muitos internautas duvidam que a manifestação prevista para o próximo dia 13 de março, em favor do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, provoque algum resultado concreto, mas aumenta a corrente dos que desejam soluções mais duras para mudar a atual situação política e econômica do Brasil.  Mas, ainda falta o nome salvador da pátria para recolocar o Brasil no seu tradicional nicho de país liberal,  democrático e capitalista. Em caso contrário, só falta proclamar a República Socialista do Brasil mudando-se a Constituição...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Pílulas do Vicente Limongi Netto

Collor no páreo
 
Carlos Heitor Cony ("Deserto de nomes"- 14/02) procurou e não achou nomes para disputar a Presidência da República em 2018. A meu ver, Fernando Collor ainda é nome capaz de voltar a exercer a chefia da nação com eficiência, determinação e autoridade.
Collor tem apenas 66 anos. Foi inocentado em dois julgamentos pelo STF de todas as acusações de seus detratores. Hoje, Collor faz parte de listas de denunciados pelo Ministério Público, sem que existam fatos concretos que desabonem sua conduta de homem público. Saliente-se que Collor não foi apeado do cargo por corrupção, mas por torpe jogo politico orquestrado  por políticos derrotados por ele na disputa presidencial
Lula está vivo
 
Ao contrário da opinião de alguns analistas, a maioria delas açodada,  afetada e raivosa,  raras são isentas e equilibradas,  não creio que Lula esteja liquidado para o exercício da política. É preciso que se respeite a vitoriosa trajetória política do ex-presidente.
Não pode ser sugado pelo ralo do brutal, feroz, mesquinho e sanguinário jogo político, o acervo de lutas democráticas travadas pelo  operário que tornou-se Presidente da República. Sou apartidário.
Acredito que o contraditório é essencial ao debate político. Ninguém tem o direito de pretender ser dono da verdade. Todos devem e podem falar o que bem entender. Desde que não seja monitorado pela má-fé, pelo ressentimento ou pela hipocrisia.
A  escalada furiosa contra Lula significa que o ex-presidente incomoda os adversários e desafetos. Caso   contrário Lula não seria alvo de colossais pedradas e patéticas diatribes. Alguns imaculados de araque  da manada do ódio que investe contra Lula, não podem passar sequer pela porta de uma delegacia de policia.
Einstein e o Zica
Einstein bem que poderia mandar uma força para cientistas descobrirem   no universo novo buraco negro que destrua e leve para outros planetas  as pragas dengue, zica e chikungunya.
Reino dos marginais
 
O cidadão trabalhador sofre cada vez mais com a avassaladora violência e insegurança que literalmente tomou conta do Brasil. Não se tem mais sossego e paz em lugar nenhum. Os marginais matam pelo prazer de matar. Brincam e debocham da justiça. Sobretudo, os bandidos "menores", porque sabem que as leis brasileiras foram feitas para eles. Continuam matando e roubando inocentes, e não acontece nada. Para as famílias destruídas pelos assaltantes, resta apenas a revolta e a indignação.
A constatação é medonha: A justiça brasileira é refém da impunidade. Se os políticos pretendem recuperar o tempo perdido e voltar a merecer o apoio e crédito da população, que tratem urgentemente de trabalhar para que as leis comecem de fato a zelar pelo cidadão de bem, não pelos marginais, delinquentes, assassinos, sequestradores e estupradores. Também é urgente que presos perigosos deixem de ter privilégios. Autênticas saídas de férias nos dias das mães, dos pais, da criança... A maioria não retorna ao presídio. Claro, diante de tanta facilidade, prefere o bandido continuar solto, roubando, matando, traficando drogas e rindo da nossa cara. Até quando, Santo Deus?
Maestro Ganso
 
Quem achou que Ganso jogou mal não sabe de nada. Nunca jogou nem bola de gude. Quanto mais futebol. Evidente que não merecia sair, embora o jogo estivesse perto do final. Jogador de brios não gosta de sair. Ganso mostrou a categoria habitual. Excelente movimentação, chamou o jogo para si, buscou espaços, deu passes sensacionais. Ocorre que nem todos entendem  nem acompanham o raciocínio rápido dele. O adversário peruano realmente era fracote. Jogar contra adversário ruim às  vezes complica. O gol não sai, a irritação e a precipitação começam a tomar conta dos nervos. Contudo, Ganso sabe controlar a ansiedade.
Ganso, ao contrário de muitos jogadores,  sabe que a bola não morde. Tem intimidade com ela. Mostrou, mais uma vez, a alta e apurada técnica que tem. Em espaços reduzidos, domina a bola, enxerga o companheiro para dar o passe limpo. Apesar de marcado por  2 ou 3 adversários. Também foi primoroso,  uma obra-prima, o lançamento de Ganso para Calleri marcar o gol de empate do SP, no jogo em Lima. Lembrou o gênio Gerson Nunes.   
Ganso está mais motivado. Participa do jogo. Não se omite. Não se esconde. Fala mais em campo, orienta os colegas. Nessa linha, percebe-se o dedo forte e competente do técnico argentino. Ganso só tem a lucrar com as ponderações do novo treinador. Assim, seguramente, fica mais perto o retorno dele à seleção. Já não é sem tempo. Dunga pode ser teimoso, mas não é cego.
Mônica Bergamo

Creio que foi o segundo carnaval que a colunista Mônica Bergamo cobriu com sucesso, para a Folha de São Paulo.  Contando histórias , engraçadas e pitorescas, de celebridades, artísticas e politicas, nos camarotes  dos carnavais de São Paulo e do Rio de Janeiro. A propósito, a colunista Hildegard Angel foi a pioneira nesse tipo de cobertura. Através do jornal "Última Hora", no carnaval de  1974/75. Mais tarde, com o pseudônimo de Perla Sigaud, no "O Globo", a partir de 1976.

Sair do caos

Adriano Benayon*
 
No artigo anterior, avaliei que as saídas não emergem das discussões entre economistas monetaristas, autointitulados liberais, versus keynesianos.
 
2. Quais são os problemas maiores? Desemprego, aperto financeiro e dívida pública imensa, em contraste com a abundância de recursos naturais e de gente querendo trabalhar e progredir na vida.
 
3. Há que tratar da produção e da finança em conjunto. Finança  não é problema: cria-se crédito e emite-se moeda para realizar as produções necessárias ao desenvolvimento econômico e social.
 
4. Este deve ser assim definido: o progresso em atender as necessidades reais da população, inclusive defesa e segurança, por meio da produção de bens e serviços, realizada no País com tecnologia e capitais nacionais, sem deteriorar o ambiente, e até recuperá-lo.
 
5. Haveria que erguer os órgãos de planejamento, financiamento e promoção das empresas agentes dessa construção:
 
1) empresas privadas em competição,  basicamente médias e pequenas,  e cooperativas formadas por pequenas e micro;
2)   estatais e mistas, nas indústrias de base e na infraestrutura, regidas sob estatuto orientado pelo mérito, admitidas demissões, se comprovado o descomprometimento com a elevação da qualidade e outros objetivos essenciais
 
6. Tal composição pressupõe a criação de órgãos de defesa econômica aparelhados para assegurar concorrência  legítima nos mercados,  avaliar a administração das estatais e mistas, e influir nela. Há que vedar aquisições por empresa estrangeira e modificar o conceito desta na Constituição.
 
7. Conjuntos de empreendimentos formariam o setor produtivo em interação, desenvolvendo o mercado interno, em patamar superior de tecnologia, com conexões intersetoriais e apoio das estatais e mistas e da política econômica.
 
8. Estimular-se-iam, nesse patamar, indústrias baseadas em  experiências anteriores à desindustrialização (a produção industrial, 35% do PIB nos anos 80, caiu a 10%).  Também, novas produções de consumo para necessidades reais desatendidas (em lugar das artificiais criadas pelo marketing); e dos respectivos bens intermediários e de capital.
 
9. A infraestrutura tem de ser reorientada em função das interações no mercado interno, da lógica dos recursos naturais e posição geográfica deles e das regiões utilizadoras.
 
10. Indispensável fomentar indústrias de alta tecnologia, como aeronáutica/espacial; eletrônica e informação; nuclear; defesa; materiais estratégicos, como petróleo, terras raras, nióbio e quartzo e seu aproveitamento em bens intensivos de tecnologia. 
 
11. Na infraestrutura: 1) ênfase na energia de biomassa, com produção descentralizada, combinando alimentos, etanol, óleos vegetais e seus subprodutos, bases de nova química; 2) energia hidroelétrica, eclusas e integração com os transportes aquaviários, sem ingerências pseudoambientalistas e indigenistas a serviço de potências imperiais; 3) desenvolvimento de linhas de transmissão; 4) estatizações no setor elétrico e supressão do escandaloso sistema tarifário atual; 5) proibição de novas termoelétricas; 6) substituição de importações dos equipamentos de energia solar e eólica, desenvolvendo-os em escalas menores e  melhor tecnologia; 7) destinação  do petróleo a usos mais nobres, à medida que a biomassa assegure o fornecimento de combustíveis líquidos; 8) nacionalização do petróleo e da petroquímica; 9) desenvolvimento de tecnologias de transportes interestaduais e urbanos de massa, trens de velocidade, metrôs e mais meios econômicos e não poluentes; 10) fomento a empresas nacionais de transportes fluviais, marítimos, ferroviários  e aeronáuticos; 11) constituição de empresas nacionais e estatais de telecomunicações estratégicas.
 
12. Na economia agrária, inclusive o programa da biomassa descentralizada, criação de empregos de qualidade, prioridade ao suprimento da demanda alimentar interna  e de matérias-primas para a indústria nacional. Excluir sementes transgênicas e limitar fertilizantes químicos e agrotóxicos; preservar matas ciliares, nascentes e solos. Mineração com objetivos semelhantes.
 
13. Não haverá dificuldade de realizar os investimentos para esses empreendimentos, que poderão ter, em 5 a 10 anos, massa bastante para caracterizar um país em franco desenvolvimento.
 
14. De fato, este não surge tanto de dinheiro, como de realizações concretas, articuladas num conjunto de interações.   Não há lógica em imaginar que possa ser de outro modo.
 
15. O Brasil precisa ganhar expressão tecnológica, antes de retomar maior volume de comércio externo. Ponto importante é abandonar o apego a manter o  País em organizações internacionais que o atam a acordos  inconvenientes, como os da OMC.
 
16. Cumpre revogar a Lei de Propriedade Industrial de 1996, que  reforça as disposições leoninas dos Acordos da OMC (1994/1995), e promove o atraso tecnológico do Brasil.
 
17. Também as regras de comércio têm de ser objeto de revisão, inclusive reinstituindo a Lei de Valoração Aduaneira, suprimida pelos  acordos do GATT.
 
18. Os acordos de comércio têm de ser celebrados com base no interesse dos contratantes.  O TPP (TransPacific Partnership), promovido pelos EUA, nem merece consideração: visa a radicalizar um tipo de relações internacionais intolerável, chegando a submeter  Estados nacionais a tribunais  arbitrais das transnacionais.
 
19.  Impõe-se expurgar da Constituição a Emenda Kandir,  que isenta de tributos as exportações de produtos primários, ficando a mineração sujeita desprezível imposto sobre o faturamento da extração, estimulando as mineradoras a superfaturar despesas.
 
20. A hecatombe de Mariana ilustra a insana e corrupta privatização da Vale, em 1997, até hoje mantida sub judice, e salienta o despautério de incentivar a extração de minérios, destrutiva do solo, subsolo, águas e terras adjacentes.
 
21. A associação da Vale com a mineradora anglo-australiana BHP, na Samarco, exemplifica a regra: carteis transnacionais, liderados por gigantes britânicas, controlando os minérios estratégicos e preciosos, abuso que está sendo ampliado com a demarcação de imensas reservas indígenas e ambientais, na Amazônia, por pressões imperiais.
 
22. O favorecimento à devastação, sem retribuição,  do solo e subsolo deve ser substituído pela exploração por empresas nacionais, tributada considerando a natureza não-renovável dos recursos e serem eles indispensáveis à produção de bens de elevado  valor agregado.
 
23. São outras fontes óbvias de arrecadação, sem falar na cobrança dos débitos fiscais:  1)  tributar rendas financeiras, como dividendos e títulos de renda fixa, em nível, no mínimo, igual ao da alíquota mais alta do IRPF; 2) suprimir subsídios federais, estaduais e municipais em favor de montadoras de veículos automotores, entre outros feudos de carteis transnacionais.
 
24. Economistas pró-sistema de poder reinante condenam o governo por abrir mão de R$ 264,3 bilhões em isenções ou reduções tributárias por ano, mas só aludem às que favorecem pequenas e micro empresas.
 
25. Sobram, pois, recursos financeiros para grande programa dos investimentos produtivos, sem necessidade de criar moeda e crédito, mormente eliminando gastos indevidos e improdutivos, como o  “serviço da dívida”  pública interna, que cresce exponencialmente, sendo pago com novos  títulos.
 
26. Convém desindexar os títulos da dívida interna e fixar para eles juros de nível mundial: isso implica reduzir-lhe o serviço de 17,5% para 3% aa. 14,5 pontos percentuais sobre R$ 3 trilhões implica economia de R$ 435 bilhões.
 
27. Maior economia, ainda, resultará da urgente auditoria da dívida pública externa e interna, nos moldes da realizada no Equador, de que participou a brasileira Maria Lucia Fattorelli.
 
28. Se tudo isso não bastasse, poder-se-ia, sem problema algum,  custear os investimentos mediante emissão de moeda e/ou de crédito por bancos públicos (impondo-se acabar com o art. 164 da Constituição).
 
29. Aos que se escandalizam com déficits orçamentários, lembre-se que os EUA saíram da depressão econômica de 1929 a 1941, convocando 14 milhões para servir nas Forças Armadas e financiando investimentos de armas e equipamento industrial e militar.
 
30. Os déficits federais resultantes, nos anos 1942/44, foram mais de 100% do PIB, e nada de grave aconteceu com as finanças estadunidenses. Já os que programaram amarrar a Europa, submeteram-na, pelo Tratado da União Europeia, em 1992, ao déficit máximo de 3% do PIB.
 
31. Poderíamos mesmo importar técnicos e engenheiros - estrangeiros e brasileiros -  para se fixar entre nós, e fazer investimentos pesados em segurança pública e na defesa. Convocar para o serviço militar, a curto prazo, um milhão de jovens, até para se educar na disciplina,  alguns para  colaborar em obras públicas. Além disso, engajar um milhão de professores em programas de educação em tempo integral.
 
* - Adriano Benayon é doutor em Economia, pela Universidade de Hamburgo, Alemanha; autor de Globalização versus Desenvolvimento.
 

Janela de Brasília( XXXII)


1. Ninguém pode reclamar do atual clima em Brasília. Muito sol, muito calor, muita chuva e muitos mosquitos, como sempre acontece todos os anos, mas essa campanha do governo  para combater  a dengue e a Zica é para desviar a atenção da população do noticiário sobre a dantesca corrupção e do processo de impeachment da Dilma.

2. Dia desses o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, foi expulso da cerimônia de sepultamento de um policial militar. Aos berros, amigos e parentes do falecido pediram que o governador se retirasse. Nunca vi fato semelhante no Distrito Federal, que tem a polícia mais bem paga do Brasil, e toda ela subordinada ao ocupante do Palácio do Buriti.

3. Ainda não apareceu nenhum concorrente para desbancar o Bar da Codorna, na 204 norte, desde que um estabelecimento do Guará, há anos, lançou esse prato: Codorna frita com farofa de ovo. A  bem da verdade, o prato incorporou o pescoço-de-peru refogado, que também faz muito sucesso.

4. Há um clima de quase deserção de funcionários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ávidos pela aposentadoria e desmotivados para o trabalho, em face da nova ética imperante no serviço público em geral, que é a de tráfico de influência dos poderosos em favor dos seus apaniguados, a maioria contratada sem concurso, em detrimento da qualidade do trabalho e da meritocracia.

5. Falando francamente, não se vê nada de espetacular na atual gestão do governador Rollemberg, e a culpa sempre é da crise e da falta de recursos financeiros e orçamentários, ou ainda da herança maldita deixada pelo Partido dos Trabalhadores- PT.  Mas, se tudo fosse  fácil, qualquer um poderia ser governador... Ninguém consegue implantar esse pensamento na política brasileira, onde a lei é a do menor esforço, como vem provando a batalha  que o governo trava pela CPMF no Congresso.

6. Vi um pé-de-araçá, na 102 sul, botando frutos ao chão numa quantidade incomum. Tentei provar um, dois, três frutos, e vi que estavam bichados. Falta de trato. É lamentável, porque o araçá, que parece goiaba, é delicioso e merece ter seu cultivo mais difundido, pois tem ação calmante, diurética e anti-inflamatória. Há 150 espécies diferentes.

7. Um amigo ofereceu-me em sua casa um prato típico da Ilha do Marajó, o turu, do qual eu nunca ouvira falar. Parece um minhocuçu, sendo cultivado em madeira podre. Foi preparado ao molho e ficou uma delícia. Provei tomando vinho suave. Ele trouxe da ilha, mas não sei onde poderia adquirir a iguaria no Distrito Federal.

 

 

Brasil de hoje é cardume de sardinhas sob ataque


Um crime contra o Povo e a Democracia essa omissão dos órgãos de imprensa sobre a corrupção e a impunidade de maus brasileiros a serviço de centros de poder internacionais e de suas próprias ambições, verdadeiros componentes do que poderíamos denominar  como “elite herodiana”, referência ao papel de Herodes, O Grande -  Rei da Judéia a serviço do Império Romano. Não fossem as redes sociais, o País estaria narcotizado pela imprensa  chapa-branca, que, de resto, tomou conta de quase todos os países da América Latina.

Em linguagem coloquial e chula, Herodes segurava a vaquinha para que os romanos ordenhassem-na, tal como vários políticos e intelectuais vêm fazendo no Brasil de hoje, que semelha-se àqueles cardumes  com bilhões de sardinhas  nos estreitos marítimos servindo de repasto para tubarões, baleias, golfinhos, atobás e outros predadores do céu e do mar. No final, o que sobra mesmo são alguns milhões da espécie apenas suficientes para a reprodução e reposição desse peixe da base da cadeia alimentar, porque a natureza é sábia e sabe impor os limites da matança. O que certamente vai acabar acontecendo no Brasil, pela ação da natureza entre predador e presa.

Os programas sobre economia na televisão, em especial o Globonews, com jovens analistas da atual situação econômica, preocupados em manterem seus empregos, parecem ignorar completamente que o excesso de impostos, os juros altíssimos, a inflação, o faturamento astronômico dos bancos e a corrupção desenfreada nos setores público e privado, com malversações de verbas, são a causa da crise que o País enfrenta. Hospitais, escolas e órgãos públicos à deriva e à mercê  dos saques.

Os “analistas” limitam-se, simplesmente, a mostrar que a economia se desaqueceu ou vai se reaquecer, como se fossem dois fenômenos sazonais, e chegam a recomendar ao pobre assalariado aplicações em poupança e medidas de educação financeira. Ignoram, olímpica e maldosamente, que o Brasil estaria melhor sem necessidade de Operações Lava Jato, Zelotes e aprovação da famigerada CPMF para financiar o PT, PMDB e demais partidos do governo nas próximas eleições municipais. O desgoverno faz o povo pagar caro pela busca do superávit primário.

E o ministro Eduardo Cardoso, da Justiça, chega ao cúmulo de usar o combate à forjada epidemia do Zica e da dengue para justificar a aprovação da CPMF. Difícil entender porque os militares estão aceitando participar desse jogo de combate à epidemia para ocultar a insatisfação da sociedade para com  o quadro atual do País.

Até o PSDB é capaz de apoiar a aprovação da CPMF no Congresso Nacional para pegar uma boquinha na arrecadação, porque, como já sinalizou o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, líder dos tucanos,  não é bom quer o PT desapareça do cenário.

Vale dizer, há um conluio para que se mantenha o atual status quo partidário, esse sistema moderadamente predominante e útil para coligação, onde o PMDB, partido por excelência das empreiteiras, há mais de 70 anos, atua como viga-mestra. E até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB-, e a insípida, inodora e oportunista Ordem dos Advogados do Brasil –OAB-, que não se preocupa com o estado de direito, já saíram em defesa do PT e de Lula, o que equivale a um posicionamento contra o impeachment de Dilma, processo que hoje depende visceralmente do destino de Lula.

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

CPMF lança Dilma às mãos de Lula


Começou, no Brasil, o linchamento moral da Família de José Ignácio Lula da Silva, com velocidade e intensidade tais, que se torna imprevisível o desfecho político, social e econômico desse processo, cuja natureza é a mesma daqueles processos que todos sabem como começam, mas ninguém sabe como terminam.
Há o risco iminente de uma grave conturbação envolvendo as forças lideradas por Lula (não necessariamente pelo seu partido, o Partido dos Trabalhadores, que vem sofrendo desfiliações) e as forças de oposição compostas por radicais de direita e de centro interessadas em punir os responsáveis pela corrupção que vem sangrando os cofres do País.

Lula vendeu a alma ao diabo, ganhou poder e riqueza para toda sua família, mas, agora, quando o demo(o povo) vem cobrar a conta, o ex-Presidente procura o seu Daniel Webster, o advogado Nilo Batista, para  sua defesa. Situação similar a do conto "The Devil and Daniel Webster", de Stephen Vincent Benét.

O esperto criminalista Nilo Batista já avisa que não acredita em acusação formal contra  Lula, mas teme o sentido de “tsunami” que as denúncias vão criando junto à opinião pública contra Lula e seus familiares, diariamente citados  nas Operações  Lava-Jato e Zelotes.

Basta uma simples observação dos noticiários dos jornais e das emissoras de rádio e televisão (até a TV Globo!) e nas redes sociais, em especial o Faceboock, para se constatar que o foco da ira da opinião pública são Lula e sua família e o Partido dos Trabalhadores –PT-.

Dilma pega a rebordosa por conta de sua conivência com Lula e o PT e de sua incapacidade de assumir as rédeas do governo, transformando-se num fantoche dos oportunistas de fora e de dentro do Brasil.

A aprovação pelo Congresso, em 17 de dezembro passado, em rito quase sumaríssimo, da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira-CPMF-, imposto de elevadíssimo custo político, como receita orçamentária, decreta a total desmoralização de Dilma, do atual governo e do Congresso Nacional. É óbvio que o imposto visa criar verbas para as disputas eleitorais municipais deste ano.

Agora, é tudo uma questão de tempo, e não é Lula quem depende de Dilma, mas, sim, Dilma que depende desse “tsunami” sobre a família Lula. A capacidade de resiliência de Lula determinará a duração de Dilma no cargo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Em causa própria

Michel Temer garante para o Brasil e para o mundo que o PMDB terá candidato à Presidência da República em 2018. Tudo bem.Desde que o candidato não seja ele.

Falta de educação

A meu ver, Rodrigo Janot não cumprimentou Eduardo Cunha, na solenidade no STF, porque é mal- educado, ressentido, prepotente, arrogante , vingativo e deslumbrado. Como procurador-geral da República, Janot tem o dever de cumprir e zelar pela liturgia que o cargo exige. Não lhe cabe a prerrogativa de escolher quem deve citar ou cumprimentar em atos públicos.  Numa foto, o imaculado por correspondência Janot  aparece rindo. De quê? Seguramente, por causa da sua colossal boçalidade e imenso e patético cinismo. 

Carlos Alberto mata a pau

Carlos Alberto Torres, eterno craque, por favor, sem aspas, detonou, domingo, no Sportv, o colossal festival de ôba- ôba em torno do técnico Tite, patrocinado por deslumbrados analistas. O capitão do tri foi categórico: Agora, com o time do Corinthians desfalcado de seus principais jogadores, é que Tite precisará mostrar que realmente é técnico merecedor de frequentes, longos e enfadonhos elogios.

Gaiatos, que nunca jogaram nem pedra em mangueira, colocaram Tite no pedestal, como se ele fosse o único treinador competente do futebol brasileiro. Francamente. Nenhum dos analistas presentes no programa ousou retrucar Carlos Alberto Torres. Grande capita.

Tostão furado

Atenção, leitores, com vocês, Tostão, o novo expoente do time dos amargos e recalcados, que escreve no caderno de esportes da Folha de São Paulo. Deixou de merecer meu apreço.   Tostão segue os passos do ídolo dele, o ressentido e venal  Juca Kfoury, o príncipe dos rebotalhos da crônica esportiva.

Carnaval chegando e Tostão aproveita para se fantasiar de paladino. Fantasia que o asno Kfoury resolveu usar, faz tempo, na tentativa de ser levado a sério.  Já que os dois panacões enchem a boca para vomitar sandices contra a CBF, deveriam ter a hombridade de candidatar-se à presidência da entidade.

Trabuco

Não vejo novidade quando alardeiam que o melhor discurso da Conselhão de Dilma é o do presidente do Bradesco. Não é a toa que ele tem um trabuco no nome

Abraciclo

Diante dos impactos ocasionados pelo atual cenário econômico nacional no segmento de Duas Rodas – cuja produção se concentra no Polo Industrial de Manaus (PIM) –, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) e representantes de empresas associadas reuniram-se, no último dia 28, com a superintendente da SUFRAMA, Rebecca Garcia, na sede da autarquia, a fim de apresentar estudos e propostas que busquem garantir a competitividade da indústria, seja ela fabricante de bens finais, seja componentista.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, iniciou sua apresentação abordando o panorama da indústria de Duas Rodas, demonstrando a evolução do segmento nos últimos 10 anos e as dificuldades enfrentadas, em especial a partir de 2011. Os estudos feitos pela associação demonstram que é preciso a tomada de ações para garantir e aumentar a competitividade e assegurar os empregos do setor.

O levantamento apresentado pela Abraciclo dá conta, ainda, das principais dificuldades que devem ser enfrentadas, entre as quais a revisão do modelo de comercialização, adequando-o à nova realidade de mercado. A logística de distribuição dos produtos oriundos do PIM também foi abordada por Fermanian, que destacou os benefícios dos entrepostos em outras regiões do País. “O desenvolvimento dos entrepostos é algo que pode beneficiar as empresas do setor, em especial no que tange ao atendimento ao consumidor final”, disse.

A superintendente Rebecca Garcia aproveitou a oportunidade para destacar o trabalho que vem sendo realizado pela SUFRAMA e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no sentido de dar maior enfoque à pauta de exportação do Brasil, com destaque às empresas instaladas na Zona Franca de Manaus (ZFM).

 “Hoje mesmo, técnicos da autarquia estão em Brasília participando da primeira reunião do Grupo de Trabalho designado especificamente para lidar com as pautas do modelo Zona Franca de Manaus. Esta foi uma proposta do próprio governo, atento às necessidades e dificuldades da indústria. E o comércio exterior é algo que temos direcionado grande atenção, tendo em vista o potencial que podemos explorar”, comentou Rebecca.

Marcos Fermanian concordou que é preciso explorar a questão, em especial por conta da atual taxa cambial, e acrescentou que é preciso discutir uma série de aspectos a serem desenvolvidos para concorrer com a indústria asiática, cujo baixo custo se contrapõe ao chamado Custo Brasil. “Isso faz com que o preço de produtos brasileiros ainda não sejam competitivos internacionalmente, mesmo com a taxa de câmbio favorável”, afirmou.

Durante a reunião, ficou acertado que a Abraciclo apresentará à SUFRAMA, durante um encontro no mês de abril, uma pauta mais abrangente, elaborada com maior participação de suas indústrias associadas, para que o segmento de Duas Rodas possa voltar a apresentar índices positivos de produção, geração de empregos e faturamento, com reflexos positivos para a economia brasileira.

 “Independentemente das demandas apresentadas, a equipe da SUFRAMA já vem estudando medidas para colaborar com o setor”,  lembrou Rebecca Garcia ao fim do encontro, reafirmando a importância do segmento para a Zona Franca de Manaus.

 

 

Janela de Brasília (XXXI)


1.      Só mesmo em Brasília para o turista atento perceber que há tanto quero-quero que esse pássaro parece doméstico, convivendo com tudo e com todos sem a menor inibição. Mas, sua aparente docilidade e inação são enganosas, principalmente, quando alguém ousa se aproximar de um filhote. Os pais se transformam em perigosos dardos voadores, porque atacam o rosto do intruso.

2.      Entra ano e passa ano, e a “Sopa da Vovó”, no posto Colorado, na estrada para Sobradinho, continua sendo um ponto diferenciado para quem gosta de caldos de vários sabores, sempre antecedidos de uma pipoca e podendo ser acompanhados por vinhos secos e suaves, além de outras bebidas e refrigerantes. O preço é ótimo para a casa e o frequentador. Lugar simples como convém, como diria mestre Apicius, que adorava comer em postos de gasolina, nos finais-de-semana.

3.      Delfim Netto diz que Dilma precisa assumir o protagonismo para, é óbvio, implementar medidas de interesse da banca internacional... Armadilha montada pelo sibilino ministro, que foi o “czar” da economia no regime militar e sempre foi consultado pelo PT. Dilma está naquela condição de ter na sua fragilidade a sua força, porque ninguém quer presidente forte e carismático, no jogo de interesses por cargos e verbas, em pleno ano de eleições municipais.

4.      Criatividade é  algo sério no ramo do comércio. Uma loja distribuidora de botijões de gás no Lago Norte atende à domicílio com eficácia e presteza, e ainda escreve com pincel atômico, em cada botijão entregue, três ou quatro números de seus telefones, de tal modo que o consumidor não pensa em procurar outro fornecedor na hora do aperto.

5.      O senador Requião tem o direito de defender Lula como alma inocente, mas tem o dever, perante seus eleitores, de cobrar os responsáveis pela desmoralização da Petrobrás, do BNDES, dos fundos de pensão, etc. Ninguém está questionando a figura de Lula na história como presidente por dois mandatos.

6.      Os pescadores nunca viram o Lago Paranoá dando tanto peixe... Depois do expediente no trabalho, tem muita gente, homens e mulheres, que vai buscar no Lago, em questão de pouco tempo, uma boa fieira de tilápias e carás para uma fritada com cerveja gelada. Fartura no Lago e penúria na economia.

7.   Há um surto de diarreia em Brasília. Ninguém comenta oficialmente, se é algum vírus ou bactéria gerado pela estação chuvosa, mas o seu vizinho pode confirmar isso dizendo que soube de um familiar, amigo ou conhecido com o problema.