segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto

Um 2015 com mais harmonia, menos confusão; mais coragem, menos bravata; mais amor, menos desamor; mais qualidade de vida, menos miséria; mais lealdade, menos hipocrisia; mais sinceridade, menos covardia; mais inteligência, menos burrice; mais isenção, menos rancor; mais luz, menos escuridão; mais emprego, menos desemprego; mais lealdade, menos maldade; mais justiça, menos impunidade; mais alegria, menos tristeza; mais desprendimento, menos ressentimento; mais atitude, menos omissão; mais firmeza, menos torpeza; mais dignidade, menos opressão; mais pão, menos corrupção.
Collor
Equivoca-se o jornalista Bernardo Mello Franco (Opinião, FSP- 28/12) quando afirma no artigo "Sobre rãs e jacarés', que Fernando Collor de Mello foi reabilitado para a politica ao "se tornar um defensor dos interesses do PT no Senado".
Collor foi eleito senador por Alagoas sem nenhum apoio declarado, pessoalmente ou em vídeo, do então presidente Lula. Na mesma linha nas eleições de outubro deste ano, Collor foi reeleito graças a seus méritos e esforços pessoais, sem contar com o apoio velado de Lula nem de Dilma. Contudo,  ao lado do candidato a governador Renan Filho, teve participação efetiva na expressiva votação que Dilma obteve em Alagoas. Saiba também o jornalista Bernardo Mello Franco que Collor não é nenhum criança nem sabujo de ninguém. Suas ações politicas seguem o interesse da coletividade e do Brasil.
Gaiato
O cronista Guilherme Fiuza, gaiato fantasiado de humorista que escreve idiotices no Globo,  recorda que quando tramitava o impeachment contra Collor, Bussunda foi vestido de tomara-que-caia para a frente do Palácio do Planalto. O asno Fiuza insinua que novamente algum desocupado e imbecil poderia repetir o gesto do falecido humorista na  patética tentativa de golpear o mandato de Dilma. 
Creio que o próprio Fiúza seria o mais indicado. Faria mais sucesso usando tomara-que-caia do que como reles cronista.  O problema é Guilherme Fiuza gostar da experiência e querer usar tomara-que-caia o resto da vida.
Ainda no palanque
A oposição é incompetente até mesmo para produzir relatórios paralelos, sem valor e utilidade. A oposição se julga barulhenta e atuante. Não passa de bravateira e demagógica. Perdeu as eleições, mas não desmontou o palanque. Melancólica, destrambelhada, caótica, insossa e incapaz. Dilma vai começar o segundo mandato e Aécio Neves e seguidores continuam perdidos.
Maluquetes atiram no escuro para ver se acertam uma. Difícil saber quando a oposição vai crescer se tornar adulta. O Brasil repele oposição raivosa, que inutilmente tenta engessar o governo com ameaças e infâmias. O povo sonha com uma oposição destemida. Que critique com respeito e serenidade. Que contribua com propostas que ajudem a coletividade. Que realmente trabalhe, sem lorotas e acusações levianas. A população quer uma oposição vigilante.
E não uma oposição que mais parece um bando de insanos eternamente tutelados e pautados pela banda podre da mídia, à frente os rebotalhos da pornográfica, mentirosa e pretensiosa "Veja". Resultado: o ano acabando e a oposição vociferando...
Bolsonaro
Cena patética: grupo de senadoras exigindo punição para Jair Bolsonaro. Na verdade estavam todas mais interessadas em aparecer diante das câmeras de televisões, cobrindo a votação do novo Código Civil, do que defender a deputada petista, Maria do Rosário.
As senadoras também não perderam a chance de mostrar cômica indignação ao ministro Luiz Fux, sentado ao lado do presidente Renan Calheiros, que relatará no STF a ação contra Bolsonaro, movida por vestais grávidas e eternos candidatos a Papa e a Madre Tereza.
A propósito, a apresentadora Raquel Sheherazade, do jornal do SBT, em entrevista a rádio Jovem Pan, defendeu, com todas as letras, o deputado Jair Bolsonaro. Afirmou, com razão, que grupelhos de demagogos encastelados em partidos ávidos por refletores fáceis, insistem em deturpar as palavras de Bolsonaro dirigidas a santíssima deputada Maria do Rosário.
 

Vantagem americana,as marionetes e quem maneja os cordéis

Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
NO MUNDO
Gigantesca queda de braço
Na queda de braço entre os EUA e a Rússia, os primeiros estão levando vantagem, pois ,mais do que as sansões econômicas, a baixa forçada do preço do petróleo está castigando a última, ao mesmo tempo em que atinge duramente a economia do Irã e da Venezuela. Apesar dos problemas que enfrentam na Síria e na Criméia, os  EUA e seus aliados da UE estão ganhando na América Latina onde os ventos sopram a favor deles, pois aproveitando a incompetência e corrupção dos governos que lhe são hostis provavelmente conseguirão substituí-los por outros mais favoráveis.
O fim das sanções contra Cuba acabará de derrubar o perigo no seu quintal, quebrando a ponta da lança vermelha na América Latina, pois os devotados guerrilheiros comunistas daqui ficam sem entender nada. Acabou-se a causa. Só lhes restarão a defesa do meio ambiente e dos “direitos humanos”; em ambos os casos ,estarão fazendo o jogo dos “inimigos” do norte.
Aproveitando a melhor posição, os EUA prosseguem a escalada adotando medidas de  isolamento da Rússia, fornecendo armas à Ucrânia e fortalecendo a presença militar nos vizinhos da Rússia, o que no conjunto, constituem a segunda Guerra Fria.
O mesmo tipo de sansões econômicas induziu o Japão à guerra, mas nesta queda de braço a  Rússia conta com a impossibilidade da Europa de substituir a importação de gás russo pra suprir sua necessidade de energia, contudo, a grande aposta russa seriaa criação de uma aliança anti-dólar com países (os Brics?) dispostos e capazes de deixar o dólar de lado no comércio internacional e evitar manter as reservas monetárias em dólar, o que quebraria o poderio econômico-financeiro estadunidense, mas arriscaria a uma reação bélica.
Aliás, ficando evidente a superioridade de um dos lados o outro pode arriscar um lance desesperado  assumindo a possibilidade de guerra total e portanto,  nuclear.  Várias agências de segurança fazem planos já para o Day After nesta hipótese.
No momento, só quem está lucrando com a baixa do petróleo são os importadores. Noticiou-se que a China economiza dois bilhões por dia.
As Marionetes e quem maneja os cordéis
Ao invés de criarem seu próprio dinheiro, há governos que tomam emprestado aos cartéis bancários, controlados pela linhagem financeira dos Iluminati, pagando juros  (e as vezes, pequena parte do principal), com dinheiro arrancado diretamente do bolso dos contribuintes. Uma quantia astronômica de dinheiro vai, portanto, direto aos cofres dos banqueiros internacionais para o pagamento de empréstimos que poderiam ter sido evitados se os governos simplesmente emitissem. Então por que  não fazem isto?
É porque os Iluminati controlam facilmente os governos corruptos com propinas e comissões. Apelidam de privatização a venda de ativos dos Estados-nacionais em resposta às cobranças dos débitos engenhosamente criados pelos bancos com a conivência dos maus governos. Quanto mais corruptos mais cedem o controle de seus recursos naturais e seu parque industrial, enfim, da sua soberania simplesmente porque não têm como pagar esses empréstimos-armadilha, criados artificialmente para enredá-los em situação deplorável.
A ‘Dívida do Terceiro Mundo’, especialmente a dos países ricos em matérias primas estratégicas, foi fabricada para substituir a antiga ocupação física, dos tempos do colonialismo, pela ‘ocupação financeira’, induzindo-os à rendição e à entrega total das suas riquezas e de seu mercado.
No País
O Momento político
A situação político-institucional agrava-se dia a dia e as esquerdas ainda pretendem forçar o Governo a atender suas reivindicações, mas o Governo ficará realmente numa encruzilhada quando os “movimentos sociais”, (MST, MTST, VIA CAMPESINA etc), começarem as ações de guerrilha que estão preparando para impedir o cerco sobre os corruptos, tendo como objetivo longínquo implantar o comunismo.
Poderia até ser a oportunidade para passar o País a limpo, mas se o governo, por seu partido ser o beneficiário dessas ações, não determinar a repressão aos “movimentos”, as Forças Armadas terão de agir por iniciativa sob pena de instalar-se no país uma guerra civil de porte e consequências imprevisíveis.
Não é de hoje a tentativa governamental de que quebrar a espinha das Forças Armadas, reminiscência do positivismo internacionalista, redivivo com força no final do século passado quando o governo de então criou o Ministério da Defesa entregando-o a um elemento ligado ao Crime Organizado e tentou matar a míngua as Forças, retirando-lhes as verbas para equipamentos, para munição, uniformes e até para alimentação.
A partir daí, governos sucessivos atenuaram o mau tratamento mas mantiveram as nomeações de indivíduos incapazes (quando não desqualificados moralmente) para Ministros da Defesa procurando sempre antagonizar as Forças com a população .

Já temos a deletéria Comissão da Verdade a reabrir feridas. Somando a nomeação de indivíduo desqualificado moralmente como novo Ministro da Defesa  que pelo seu passado tenderia a obstaculizar as operações militares e a apoiar os baderneiros auto intitulados de movimentos sociais talvez tenha ultrapassado a linha vermelha.  Nesta hipótese não existe saída sem intervenção militar. O primeiro a ser neutralizado teria que ser o próprio Ministro.
Queiram ou não queiram os apátridas da Esquerda ou da Direita, toda nação tem um exército a ocupá-la: o seu ou o de estrangeiros e nenhum governo se sustenta sem ao menos o seu consentimento. No nosso caso tanto as forças políticas como a sociedade civil tendem a querer a substituição do atual Governo, só não sabem por quem.
Numa situação dessas não basta o consentimento das Forças Armadas, mas o Governo só se sustentará se tiver o seu apoio e isto não pode ser conseguido na ausência de uma faxina geral e de um repúdio firme à maligna Comissão da “Verdade”. Não se tenta quebrar o orgulho de uma Força Militar impunemente. Também será impossível a concordância das Forças Armadas com essa idéia de dissolver o País no seio de uma hipotética organização internacional seja a UNASUL seja qualquer outra.
Preparemos nossas armas e aguardemos os acontecimentos, pois talvez tenhamos que por ordem na casa. Não se sabe o que acontecerá, mas não estaremos do lado de quem queira nos espezinhar.
 
A Comissão da Verdade e o novo Ministro
O Ministério da Defesa é  instituição mais desprestigiada da Nova república. Já teve de tudo. Gato, rato, berinjela, marionete, melancia, chifrudo e agora um bêbado...Alguns não apresentaram o mínimo de atributos exigidos ao ingresso  em qualquer das Forças entretanto, jamais houve algo tão mesquinho, desonesto e imbecil como a proposta do petista Pedro Dallari da “Comissão da Infâmia”, no Congresso Nacional.
Baseado em testemunhos mentirosos propôs a diminuição dos orçamentos militares, que contemplam projetos estratégicos na área de Defesa do País, tendo como objetivo forçar os chefes militares a reconhecer violações de direitos humanos, segundo ele, ocorridas durante os governos militares.
Pensa esse mentecapto que pode quebrar o espírito de corpo de um Exército brioso? O que quer realmente? Destruir a já pequena capacidade defensiva do País? Provocar uma reação militar, onde seria preso imediatamente? Reabrir a Guerra Fria dentro do País, mas em proveito de quem, se é certa a vitória das Forças Armadas?
Se provocar uma reação foi o objetivo visado, andou perto de o conseguir pois nós da quase totalidade dos militares já o teríamos prendido  e alguns de nós o teriam querido fuzilar. Fomos inibidos apenas pela lealdade ao nosso comandante, que se limitou a ir equipando o Exército, dando como moeda de troca os serviços da Engenharia.
Muitos camaradas de armas recriminaram o Comandante Enzo considerando-o muito complacente, mas pode ser que ele esteja certo pois a tal Comissão tende a se dissolver no vento. Nunca a nossa população a quis e os maus políticos tremem ao pensar nas consequências. Apenas tentam, inutilmente, desviar a atenção do escândalo do BNDES, que segundo parece envolverá 90% dos Senadores e provocará ou a faxina geral ou a mudança de Governo.
Mais por análise geopolítica do que por dever militar, respeito o atual Comandante do Exército. Nem sempre respeitei aos comandantes anteriores, desde os inúteis como o Chico Albuquerque, ou no longínquo passado, o protótipo do subversivo mentiroso que foi o Benjamin Constant (ver o adendo), mas os limites estão perto de serem ultrapassados. A nomeação de um inimigo declarado para Ministro da Defesa talvez seja o ponto de ruptura.
A “Nossa” Guerra
Apesar da situação conturbada a nossa guerra não é a política partidária. Enfrentamos duas batalhas mais importantes: a da sobrevivência da Petrobrás como empresa nacional e a de impedir criação de nações indígenas independentes. Investidores norte-americanos entraram com ações judiciais  pela desvalorização de seus papéis, o que é uma jogada psicológica, já que o jogo das Bolsas não conta com garantias, mas se colar, colou.
A pressão para a alienação da Petrobrás é evidente, lastreada na corrupção petista, como se a corrupção fosse o apanágio das estatais num ensaio de ampliar a desnacionalização dos anos 90, que atingiu entre outras a Telebrás,que gerava excelentes resultados em produções realizadas com tecnologia nacional,  esvaziada pela concessão entreguista. Hoje, com  a Petrobras, desmoralizada, tem suas ações desabando na bolsa, mas George Soros aproveita e as compra a baixo preço.
Contudo, uma questão inquieta: “Como ficará o Pré-Sal se o barril for a US$ 50?” - A resposta é: “Ainda viável. O custo do petróleo do Pré-Sal está na casa de US$ 45 por barril, de forma que teremos uma margem pequena, mas ainda positiva. O petróleo da Bacia de Campos, com custo em torno de US$ 14 por barril, não estará de forma alguma ameaçado”. Esta posição privilegiada do Brasil é consequência, além da natureza, da capacidade técnica e empresarial da Petrobrás. A baixa do preço vai prejudicar os próximos investimentos, mas não os impedirá além disto a baixa pode não durar.
Quanto a Questão Indígena, a traidora Funai está perdendo força e a própria Presidente já não tolera mais o apátrida do Ministro da Justiça e nem o recebe mais e se porventura este Governo for substituído, a leniência petista para com as ONGs internacionais terá sido um dos motivos.
Segurança Publica
 Talvez seja o que mais preocupe o nosso povo e com razão. Quando o estatuto do desarmamento foi aprovado, em 2003, o Brasil estava atônito com a  quantidade de homicídios e a nova lei se apresentava como solução através de rígidas restrições ao acesso às armas pelo cidadão comum. O Estatuto reduziu a posse de armas de fogo apenas pelas pessoas de bem O número de assaltos cresceu exponencialmente e homicídios  aconteceram em maior número ano a ano, sucessivamente batendo seu recorde anterior.
O Estatuto é um fracasso! Certamente não é a única causa da violência indiscriminada, mas é a principal; a errônea maioridade penal e uma legislação frouxa que visava proteger o cidadão de uma pretensa ditadura tem contribuído para a impunidade, mas é a certeza da impossibilidade de reação o que mais estimula os malfeitores mais ainda do que a possibilidade de uma punição em um futuro longínquo.
Isto todos vêem, o que poucos percebem é que o Estatuto, estimulado pela ONU, visa acostumar aos povos a nunca resistires e cederem face a ameaças assim, os dominadores não precisarão matar nem morrer para conseguirem o que querem. Bastará ameaçar.
Uma das maiores incentivadoras desse Estatuto que deu errado é a Maria do Rosário, uma diaba com nome de santa, que processou o Deputado Bolsonaro por ter dito que ela não merecia ser estuprada. Será que ela acha que merece?
Que Deus proteja a todos nós!
 

 

 

 

 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Cuba volta a ser "uma ilha do Caribe"


O Terrorismo, e não mais o Comunismo, passa a ser o inimigo número um dos Estados Unidos, o que leva Washington a restabelecer relações diplomáticas e econômicas com Havana, depois de 50 anos de rompimento e embargo norte-americano  ao regime de Fidel Castro em Cuba.
O anúncio feito, ontem, pelos presidentes Barack Obama e Raul Castro, abre caminho para o relaxamento do fluxo comercial e turístico entre os dois países, embora o embargo econômico ainda persista.
Tempos atrás, conversando com um amigo meu, diplomata, indaguei o que aconteceria se os Estados Unidos e Cuba reatassem suas relações, e ele deu uma resposta curta e grossa: ”Cuba voltará a ser apenas mais uma pequena ilha do Caribe.”.
Outro amigo, professor universitário, narrou uma conversa entre colegas seus que visitaram a ilha e Fidel Castro. Um dos visitantes indagou a Fidel sobre a sua sucessão e a continuidade de sua obra. Fidel respondeu, sorrindo: “Não haverá outro Fidel.”
Com cerca  de 11,4 milhões de habitantes, Cuba tem mais de três milhões de emigrantes esparramados pelo mundo, a maioria  radicada nos Estados Unidos, na América Latina e na Espanha. De certa forma, a ilha se transformou na pátria dos fugitivos com o Socialismo implantado por Fidel Castro e o embargo imposto pelos Estados Unidos.
Obama afirma que o isolamento de Cuba não deu certo e que hoje, mais perigoso do que a ameaça comunista é o terrorismo praticado por grupos como Al Qaeda e Estado Islâmico. Na verdade, o Presidente talvez queira evitar algum tom triunfalista, mas é óbvio que o embargo econômico dos Estados Unidos selou o empobrecimento de Cuba, apesar de alguns êxitos isolados obtidos pelo regime, em especial nas áreas de saúde e educação.

Como modelo de Foquismo para disseminação do Socialismo na América Latina, com apoio da antiga União Soviética, Fidel entrou para a História arrastando Cuba para uma situação de miséria que as mídias do mundo inteiro reconhecem e o próprio Brasil, que vem recrutando médicos cubanos e investindo, nos últimos anos, em projetos de infraestrutura para o desenvolvimento da ilha, entre os quais o porto de Mariel, que gerou muitas críticas da oposição  a Lula e Dilma, por causa do emprego de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e  Social –BNDES-.
 
 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O Brasil e a Petrobrás


Adriano Benayon * -
1. O Brasil vive batalha decisiva de sua História: a da sobrevivência da Petrobrás como empresa nacional. E isso com qualquer resultado, pois a eventual derrota poderá ser o marco, a partir do qual o povo brasileiro resolva partir para o basta e reverter o lastimável processo dos últimos 60 anos em que praticamente só acumula derrotas do ponto de vista estrutural.
2. Principalmente desse ponto de vista, porque, mercê da estrutura que se formou na Era Vargas, ainda foram colhidas - por muito tempo e até os dias de hoje - grandes vitórias em termos de desenvolvimento de tecnologia e capacidade produtiva no País.
3. O progresso estrutural do Brasil ocorreu, até 1954, não apenas em função de investimentos do Estado, mas também por ter este agido como promotor da indústria privada, tendo, antes daquele ano fatídico, surgido firmas nacionais de ótima qualidade, algumas das quais já se tinham tornado grandes. 
4. Essas foram as primeiras e grandes vítimas do modelo de dependência financeira e tecnológica adotado desde 1955 e no quinquênio de JK, quando o Estado, foi usado como promotor da desnacionalização da indústria, o que gradualmente levou à da dos demais setores da economia.
5. Os governos militares (1964-1984), embora se tenham submetido às regras e imposições do sistema financeiro mundial - criaram estatais importantes, como a EMBRAER, em 1969, possibilitada pela criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em 1946, e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em 1950.
6. A EMBRAER foi uma das inúmeras grandes estatais criminosamente privatizadas pela avalanche de corrupção dos anos 90, que atingiu também a TELEBRÁS, fundada em 1972, a qual igualmente gerara excelentes resultados em produções realizadas com tecnologia nacional, e foi  totalmente esvaziada pelas concessões entreguistas  do sistema de telecomunicações.
7. Em 1990, Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto – de resto,  mediante incríveis manipulações, negadoras da essência da democracia – encaminhou a Lei de Desestatização, juntamente com denso pacote de legislação antibrasileira, formulado em Washington e meteoricamente aprovado pelo complacente Congresso.
8. Interessante que os governos militares – não só haviam mantido as estatais da Era Vargas - mas criaram várias outras. Entretanto, os indivíduos  ideologicamente amestrados atribuem comunismo ou esquerdismo aos que, em favor do desenvolvimento, reconhecem  a importância de empresas e de bancos estatais.
9.  Se não estivessem mentalmente controlados pelo sistema de poder mundial veriam que as estatais, além do que realizam diretamente, são fundamentais para viabilizar, ao abrir concorrências,  encomendas e financiamento a empresas privadas nacionais, que, com isso, geram empregos qualificados e elevam o padrão tecnológico do País.
10. Ademais, acabar com as estatais significa deixar à mercê dos cartéis e grandes grupos privados o grande espaço estratégico – como é o caso da indústria do petróleo e derivados – inevitavelmente ocupado por empresas de grande porte, nos quais a dimensão inviabiliza a concorrência honesta entre empresas privadas.
11. Antes de explicar por que a corrupção não é inerente à natureza das estatais – ao contrário do que imaginam os impressionados pelos inegáveis escândalos de corrupção que têm assolado a Petrobrás – convém lembrar a incoerência dos que se escandalizam com a brutal concentração de renda, cada vez mais acentuada em todo o mundo, e propõem privatizações, cujo efeito tem sido tornar a concentração econômica ainda mais aguda e sociamente insuportável.
12. De fato, todos estão tendo acesso a informações de que, neste mundo de mais de seis bilhões de habitantes, pouco mais de cinquenta grupos financeiros controlam praticamente todas as transnacionais em atividade no Planeta. Fosse isso pouco, o analista da moda, Thomas Piketty, tem observado que  a concentração de riqueza tem sido grandemente subestimada,  mesmo nos países sedes da oligarquia financeira mundial.
13. E por que foi implantada a corrupção na Petrobrás? Porque a estrutura de poder político já se tornara dominada pelos interessados em desmoralizá-la e eventualmente privatizá-la e/ou liquidá-la. Amiúde, o primeiro passo dos agentes imperiais é minar e desmoralizar a administração estatal, para justificar a privatização.
14 De fato, a corrupção foi intensificada durante governos aqui instalados (Collor e FHC) com o projeto de tornar definitivo e irreversível o atraso do Brasil e sua submissão aos centros de poder mundial, na vil posição de fornecedor de recursos naturais, presidindo a abertura de buracos no lugar das estupendas reservas de minerais estratégicos e preciosos, sem que isso sequer impedisse o crescimento vertiginoso dos déficits de comércio exterior e do endividamento público
15. A desnacionalização predadora não começou com os dois que foram os primeiros eleitos sob o novo regime pretensamente democrático.  Mas eles fizeram profundas reformas na estrutura de mercado –  com o usual beneplácito do Congresso - para torná-la ainda mais  talhada de acordo com os interesses dos carteis transnacionais.  E o PT não fez reverter essa tendência.
16. Em relação à Petrobrás, FHC promoveu a aprovação da Lei 9.478, de 06.08.1997,  que eliminou, na prática, a norma constitucional do monopólio da União na  produção,  refino e transporte do petróleo, não formalmente revogada.
17. Essa lei permitiu, assim, a exploração de imensas jazidas descobertas pela Petrobrás na plataforma continental,  por carteis transnacionais, liderados pelas gigantes empresas angloamericanas - que,  há mais de um século,  têm preponderado no produto de maior expressão no comércio mundial.
18. Ademais, dita Lei criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) no esquema de esvaziar a administração do Estado, terceirizando-a para  agências ditas públicas, dotadas de autonomia e postas sob a direção de executivos e técnicos ligados à oligarquia financeira anglo-americana.
19. Um desses, genro de FHC, David Zylberstajn, foi nomeado diretor-geral da ANP. Como lembrou o engenheiro Pedro Celestino, em excelente artigo, teve início, sob o comando de Zylberstajn,  ”o leilão das reservas de petróleo brasileiras, em modelo que não se aplica no mundo desde o primeiro choque do petróleo, permitindo à concessionária apossar-se do petróleo produzido, remunerando o Governo com royalties, ao invés de receber por prestação de serviços.” 
20. As constatações de corrupção nas encomendas da Petrobrás -  em inquérito da Polícia Federal, ainda não terminado -  estão servindo de tema para a campanha de desestabilização e impeachment da presidente da República, e também de argumento favorável à privatização.
21. Nenhum desses objetivos sustenta-se em bases justificadas, pois o autor da delação premiada tornou-se diretor da Petrobrás no governo de FHC, mentor do partido que se pretende beneficiar com a derrubada de Dilma Roussef ou sua transformação em títere completo do capital estrangeiro, o qual tem no PSDB seus principais serventuários locais.
22. Ademais, o delator Paulo Roberto Costa praticou, ele mesmo,  os crimes que denuncia,  em prejuízo do patrimônio público e em ofensa à moralidade da Administração, como também cometeram políticos de diversos partidos que têm exercido cargos diretivos na Petrobrás.
23. Paulo Metri, outro competente e experiente engenheiro da Petrobrás, reafirma ser indispensável investigação profunda na estatal.  Ressalva, porém, que a exposição antecipada de fatos  investigados pode ter tido por meta somente  derrubar as intenções  de votos pró-Dilma.   
24. Assinala que a presidente não tolheu as ações da Polícia Federal, nem tem um engavetador para sumir com os processos. Nota: alusão ao PGR de FHC, conhecido como  engavetador-geral da República. 
25. Metri considera imprescindível punir, com rigor, os agentes públicos comprovadamente corruptos e também os esquecidos corruptores. Até porque, mais que o desvio de dinheiro, a corrupção com a Petrobrás atinge a auto-estima de que o País precisa para realizar seu projeto nacional.
26. Em relação à Petrobrás, é fundamental corrigir os vícios nela implantados e viabilizar seus investimentos, cuja enorme rentabilidade está assegurada em função das colossais descobertas que a estatal obteve na plataforma continental e no pré-sal. 
27. A  Petrobras – aduz  Metri - tem vencido  obstáculos, como extrair, de grandes profundidades e a distâncias da costa cada vez maiores, petróleo escondido abaixo de camadas incomuns, mercê de tecnologias especiais desenvolvidas  por técnicos da estatal.
28. A qualidade destes  depende da motivação e  de que não sejam preteridos por políticos em cargos de direção nem por terceirizados.
29. Celestino e Metri lembram que FHC elevou desmesuradamente o salário de gerentes e superintendentes, o que os fez, por demais, temerosos de perder seus empregos, e omissos em resistir contra decisões suspeitas, tal como ocorre com terceirizados. Ademais, FHC liberou a  Petrobrás de  cumprir a Lei de Licitações, apoiado por decisão do ministro Gilmar Mendes, no STF. 
30. Não basta para reverter o descalabro, evitar que Dilma seja substituída por alguém mais propenso a aceitar as imposições imperiais. Há que dar passos na restauração da soberania nacional, ferida inclusive pela alienação, quase graciosa, de 40% das ações preferenciais da Petrobrás, após a promulgação da Lei 9.478/1997, e pelos leilões do petróleo da plataforma continental e do pré-sal, nos governos do PT.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Lula adota estratégia de leão-alfa e desafia Caiado

Desafiando o vaticínio do senador eleito oposicionista Ronaldo Caiado, de Goiás, o ex-presidente Lula se prepara para disputar sua reeleição em 2018 e conquistar um quinto mandato petista no Governo, segundo informa meu amigo e jornalista João Domingos, em matéria publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, edição do último dia 14. Não seria preciso consultar o Oráculo de Delfos para saber que Lula não deixaria, por vontade própria, a política...
Lula, segundo a matéria, acredita que tem boas chances de vencer as eleições em 2018, se conseguir rejuvenescer o Partido dos Trabalhadores - PT-, cooptando participantes dos últimos movimentos de rua, e mantiver sua saúde em dia, depois de superar um câncer na laringe. Lula estaria também se inspirando na biografia de Getúlio Vargas, que deixou e voltou ao poder.
O senador Caiado, do Democratas, afirmou, em recente entrevista, que Lula não tem chances para 2018 em decorrência das repercussões da Operação Lava Jato, que apura o processo de corrupção na Petrobrás, com citações do ex-presidente e outros petistas.
Creio que Lula adota, com antecipação, uma estratégia de preenchimento de espaço político dentro do partido, para evitar que outros nomes surjam em disputa intestina e causem fissuras no PT, dificultando até mesmo a governabilidade para Dilma. É o que o leão-alfa, geralmente, faz, quando o bando se debruça sobre uma vítima para devorá-la, impondo sua autoridade e garantindo seu melhor bocado no espólio.
Ainda que queira de fato retornar à Presidência da República, quando estará com 73 anos de idade, Lula sabe que não pode deixar arder à vontade a fogueira das vaidades dentro do partido. Está em jogo o futuro do PT, depois da difícil reeleição de Dilma. Um novo governo mal sucedido de Dilma decretará o fim do protagonismo petista, com ou sem governo de coalizão com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB-.
Independentemente do vaticínio do carismático e combativo senador  eleito Ronaldo Caiado, o fato é que o PT tem no Brasil cerca de 1.600 mil filiados, superado apenas pelo PMDB, com cerca de 2.400 mil filiados, num total de 15 milhões de filiados dos 29 partidos existentes.Ninguém melhor do que Lula para catalisar esse potencial  eleitoral e partidário.
Lula tem razão em acreditar que o PT possa continuar no poder, em virtude da estrutura do seu partido, e ainda pelo seu próprio carisma, que ajudou a reeleger a presidenta Dilma Rousseff. Seu patrimônio político ainda é respeitável e só se dispersará mesmo depois de sua morte, pois essa é uma lei política, apesar de todas as denúncias sobre corrupção que brotam contra sua pessoa e seu governo.

sábado, 13 de dezembro de 2014

O establishement americano através dos tempos

                        

·          Manuel Cambeses Júnior

        Desde o final da Segunda Guerra Mundial até meados dos anos setenta do século passado, a representação centro-liberal dominou o pensamento político-estratégico  estadunidense. Muito além do turbulento e efêmero movimento macartista - estilo político-filosófico adotado pelo senador Joseph McCarthy -, que assolou os setores progressistas norte-americanos, durante a primeira metade dos anos cinquenta do século passado, o grosso dos setores geradores de matrizes de opinião e de pensamento provinha, habitualmente, desse atuante grupo.
        O chamado establishment dominava inteiramente, sem rivais, o firmamento político dos Estados Unidos. O mesmo se encontrava conformado por uma coalizão de diversos organismos: centros de análises, pesquisa e investigação, como o Centro de Relações Internacionais de Nova York, fundações privadas como Rockefeller, Ford e MacArthur; meios de comunicação diversos, em que sobressaíam o New York Times, universidades tradicionais da Costa Leste, tais como Harvard, Yale e Princeton. Na essência, o establishment mantinha um respeito quase obsessivo pelas posturas racionais e moderadas e via com horror a intolerância ou o fanatismo, característicos de certas vertentes políticas emanadas do Sul e do Centro-Oeste desse país. Suas posturas, habitualmente, demonstravam ser moderadamente liberais e modernamente reformistas e seu instinto apontava para o centro do espectro político.
        O establishment entrou em crise profunda ao final dos anos sessenta e começo dos setenta, como resultado das imensas contradições internas geradas pela Guerra do Vietnã e ante o voo desatado dos setores liberais. Se bem que, a partir desse momento, sua condição de epicentro de uma ampla coalizão se diluem significativamente, mas os impulsos que davam vida à mesma seguiram de pé. Diários como o New York Times e o Washington Post mantiveram, durante todos esses anos, uma atitude contestatória frente aos excessos da Casa Branca e do Pentágono, da mesma maneira que de Harvard espocavam vozes profundamente críticas. Definitivamente, podemos inferir que a seiva vital que alimentava o pensamento político norte-americano mantinha, sistematicamente, seu vezo progressista.
        Na atualidade, muito pelo contrário, é da direita política desse país que emanam as matrizes de pensamento de maior força. Uma poderosa coalizão de centros de análises, meios de comunicação, universidades e fundações de direita, ocupam o espaço que no passado correspondeu ao establishment. Centros de análises como Enterprise Institute, Heritage Foundation, Center for Strategic and International Studies, Cato Institute e Hoover Institute constituem os lugares de onde emergem as ideias políticas que, fundamentalmente, alimentam o país conservador. Meios de comunicação como Fox, Weekly Standard ou New York Post, de Rupert Murdoch, ou o National Interest e New York Sun, fundados por Conrad Black, se unem à página editorial do The Wall Street Journal ou a diários como Washington Times e a colunistas como Kristol, Krauthammer ou Boot, para criar uma matriz de opinião claramente reacionária.
        De maneira análoga, universidades como Rochester, Chicago ou George Mason e fundações como Scaife ou Bradley, apontam para a margem direita do cenário político e econômico estadunidense. Esta poderosa coalizão conforma o novo establishment. A ela se une, com a força das paixões desatadas, mas não com ideias, um amplo espectro de comentaristas radicais, meios de comunicação evangélicos e web blogs.
        Certamente, diante deste curioso e instigante cenário, podemos entender claramente a virada conservadora evidenciada nos Estados Unidos, nos últimos tempos.
·         Coronel-aviador; membro emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército e conselheiro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. 

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Comissão da Inverdade
Muito carnaval em torno do relatório final da Comissão da Inverdade. Açodados do jogo politico e indignados por oportunismo insistem em demonizar as Forças Armadas. Os excessos ocorreram dos dois lados.   Dores profundas e sequelas também atingiram famílias de militares. Idiotas que nunca pegaram nem cascudos na cabeça, mas que ganham mesada graças a lei da Anistia, agora aparecem como vítimas. A corja de asnos esquece que foram as Forças Armadas que evitaram que o Brasil acabasse dominado pela praga do comunismo. 
Brasília às traças
Brasília foi literalmente tomada por postes e cones. Gastos desnecessários, estranhos e estúpidos. A população exige e precisa é de transporte urbano, bom atendimento nos hospitais e prontos-socorros. Ruas limpas. Segurança nos bairros. Escolas que orgulhem alunos, pais e professores.

A sina de Brasília é oferecer maus exemplos para brasileiros em geral. Nos hospitais  públicos falta comida inclusive para os acompanhantes. O matagal tornou-se paraiso para ratos e marginais.   Nas ruas, avenidas e quadras tem mais buracos do que asfalto. O governo atual vai embora sem deixar saudades. Apenas indignação e desapontamento.
Simon não fará falta
Ao contrário do jornalista Bernardo Mello Franco (Folha do dia 12/12), que considera Pedro Simon o politico mais ético da atualidade, não creio que o veterano senador gaúcho  desfalcará o Congresso Nacional. Saiba Bernardo Mello Franco que combater a corrupção não é privilégio de Pedro Simon. Centenas de outros parlamentares igualmente costumam repudiar com energia a corrupção. A diferença é que  também têm tempo para trabalhar.

Desempenho do PIM
Com R$ 8,9 bilhões (US$ 3.6 bilhões) registrados, o mês de outubro representou o melhor resultado mensal de faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM) deste ano e colaborou para que o parque fabril incentivado da capital amazonense fechasse o acumulado dos dez primeiros meses de 2014 com faturamento global de R$ 71,7 bilhões (US$ 31 bilhões), o que representa um crescimento, em reais, de 5,35% e uma queda, em dólar, de 2,85% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
A mão de obra efetiva, temporária e terceirizada do PIM totalizou 119.619 trabalhadores em outubro, o que significa diminuição de 0,5% em relação ao mês imediatamente anterior (120.228 trabalhadores em setembro) e de 6,8% na comparação com outubro de 2013 (128.360 trabalhadores). Apesar da queda registrada em outubro, a média mensal de empregos do PIM em 2014, de 122.497 trabalhadores, ainda se mantém em patamar recorde, superando a melhor média até então, de 121.629 trabalhadores, registrada no ano passado.
O segmento Eletroeletrônico (incluindo Bens de Informática), responsável tradicionalmente por cerca de 50% do faturamento do PIM, apresenta resultados ascendentes em 2014. O faturamento de R$ 36 bilhões no período de janeiro a outubro corresponde a um crescimento de 6,41% em relação ao mesmo período do ano passado, ao passo em que produtos representativos desse polo apresentam aumentos de produção, dentre os quais tablets (crescimento de 20,2%), televisores com tela de cristal líquido (crescimento de 8,99%) e televisores com tela de plasma (crescimento de 163,35%).
Outros segmentos que apresentam números positivos no balanço dos dez primeiros meses do ano são Termoplástico, com faturamento de R$ 3,7 bilhões e crescimento de 12,62% em relação ao mesmo período do ano passado; Metalúrgico, com faturamento de R$ 3,25 bilhões e crescimento de 15,87%; Mecânico, com faturamento de R$ 3,47 bilhões e crescimento de 11,59%; e Químico, com faturamento de R$ 8,62 bilhões e crescimento de 4,89%.
O segmento Mecânico, em particular, tem sido impulsionado pela forte produção de condicionadores de ar, tanto do tipo split system quanto de janela. No período de janeiro a outubro de 2014, foram fabricadas aproximadamente 3,3 milhões de unidades de aparelhos split e cerca de 655 mil unidades de aparelhos do tipo janela, o que representa crescimentos de 21,53% e 21,13%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado.
 Satisfatório
De acordo com o superintendente em exercício da Zona Franca de Manaus, Gustavo Igrejas, as expectativas são de que o PIM feche 2014 com resultados levemente superiores aos do ano passado, o que caracterizaria, novamente, recordes de faturamento (em reais) e empregos. “Precisamos aguardar a consolidação dos dados do último bimestre para fazer uma avaliação final sobre 2014, mas podemos dizer que, até o momento, os resultados são satisfatórios, levando em consideração a situação da economia internacional e do restante do País”, avaliou.

Infame queda
 
Ao contrário de Ricardo Noblat (8/12), que considera a queda de Collor um acontecimento politico natural, creio que o então Presidente da República foi arrancado do cargo por um infame jogo politico orquestrado pelos políticos derrotados por Collor na disputa pelo comando da Nação.
Derrubaram Collor por causa de um carro Fiat Elba que servia à Casa da Dinda. Collor caiu porque não tinha sustentação politica no Congresso. Seus algozes aproveitaram o fato para violentar e rasgar a Constituição. Tanto que Collor foi inocentado pelo STF em dois julgamentos. É o único homem público  merecedor de dois atestados de honestidade dados pela Suprema Corte. Constatação que seguramente dói na alma dos descaídos de espírito, parasitas, fracassados e demagogos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Relatório é granada sem pino de segurança


O relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que menciona 377 nomes de militares e civis como responsáveis, direta ou indiretamente, pela morte de 191 pessoas e o desaparecimento de 243 oponentes ao regime militar instaurado em 1964, pode ser comparado a uma granada da qual se tirou o pino de segurança e  se encontra prestes a explodir mandando estilhaços para todos os lados. Com esta granada sem pino de segurança, tudo pode acontecer, ou nada acontecer, mas vale recordar a declaração do general celta Breno, comandante dos gauleses, depois de capturar e saquear Roma, em 347 A.C.:"Vae Victis!"(Ai dos Vencidos!).
O relatório inclui os ex-presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, a junta militar composta pelo general Lyra Tavares, almirante Augusto Rademaker e brigadeiro Souza e Melo, Emílio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo.
Comenta-se que o próprio governo está preparado para uma forte reação contra o documento, por parte dos setores mais conservadores, civis e militares, remanescentes do regime militar, mas, a verdade é que nunca se sabe quais são a extensão e profundidade do impacto de tal denúncia, quando o próprio Clube Militar divulga documento-resposta com a relação de 120 militares que perderam a vida vitimados pelos grupos armados terroristas; a própria presidente Dilma Rousseff pertenceu a um desses grupos -o Vanguarda Armada Revolucionária –Var-Palmares. Para o presidente do Clube Militar, general Gilberto Rodrigues Pimentel, o relatório é “peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes da esquerda brasileira”.
O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, até este momento, foi o único dos três chefes militares a se pronunciar e disse que a Comissão cumpriu seu papel, mas a reação da presidente do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, Victoria Grabois, foi de insatisfação  com o documento da Comissão da Verdade; e  ela acha o governo Dilma Rousseff acomodado e pede a abertura dos arquivos do período militar, a exemplo de sua colega de São Paulo, Rose Nogueira. O Clube Naval publicou documento, assinado pelo seu presidente, vice-almirante reformado Paulo Frederico Soriano Dobbin, em desagravo aos militares da força citados pela comissão, entre os quais almirantes Álvaro Resende Rocha, Maximiano Eduardo da Silva Fonseca e Alfredo Karam.
Reproduzo aqui artigo de autoria do general-de-exército reformado Rômulo Bini Pereira,ex-chefe do Estado-Maior da Defesa, publicado no jornal “O Estado de S.Paulo”, edição do último dia 10:
“O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO”
Em 1987 o Congresso Constituinte deu início aos trabalhos legislativos que culminaram na elaboração da nova Constituição Brasileira, promulgada em 05 de outubro de 1988. Por mais de quinze meses, intensos debates foram realizados pelos congressistas, não sendo, entretanto, observada qualquer referência ou simples menção quanto à Lei da Anistia (Lei 6683, de 28 de agosto de 1979). As lideranças políticas da época consideraram que, além de ser uma via para a reconciliação nacional, a lei era um compromisso político acordado, no passado, pelos seus antecessores, e que efetivamente cumpria a sua missão, encerrando um ciclo de luta fratricida. O STF, em 2010, diante do mesmo consenso político de que ela seria ampla, geral e irrestrita, validou a Lei da Anistia, mantendo-a sem alteração no seu conteúdo.
Em novembro de 2011, a presidenta Dilma sancionou a Lei 1258, instituindo a Comissão da Verdade (CNV) “a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. Novamente nenhuma referência ou menção sobre a Lei da Anistia foi observada em seus artigos. Após três anos de trabalhos e elevados custos, o que se pode deduzir de seu relatório final é que a memória é unilateral, a verdade aparece pela metade e a reconciliação está a cada dia mais distante e difícil.
A imparcialidade preconizada pela lei não foi atendida e o maniqueísmo está presente a propalar que existe o “lado bom”, o seu; e o “lado mau”, o outro. E, ainda, —  sem surpresas para quem acompanha o tema —  o relatório propõe que A Lei Da anistia seja reformulada responsabilizando criminalmente os agentes do Estado, um escopo obsessivo das esquerdas brasileiras. A bilateralidade da lei seria, então, revogada.
Já que foi reeleita, a presidenta Dilma poderia esforçar-se exatamente como fez no primeiro mandato, no sentido de também ser criada outra comissão com idênticos parâmetros da Lei 1258, atendendo, no mínimo, o princípio universal de Justiça: o contraditório. Estaria dando uma demonstração de seu espírito democrático ao mundo, em particular a nós brasileiros. Esta nova lei poderia se denominar Segunda Comissão Nacional da Verdade, com a sigla SCNV, tão a gosto de muitos intelectuais, e teria o mesmo caráter pluralista e os mesmos recursos dados à CNV. Seria constituída por militares e civis comprometidos com os ideais democráticos. A título de cooperação, seis “recomendações” poderão ser úteis nos trabalhos que serão conduzidos pela SCNV. A saber:
1 - Que seja definitivamente esclarecida ao povo brasileiro que tipo de democracia as organizações terroristas almejavam: uma de caráter ocidental ou uma do proletariado, esta à semelhança dos antigos regimes russo, chinês, ou albanês, ou então dos atuais regimes cubano e bolivarianos.
2 - Que sejam registrados os países que apoiaram a luta armada em nosso país com recursos financeiros e cursos de guerrilha a partir de 1960, e a relação dos que se especializaram nas ações terroristas.
3 - Que sejam apontadas as lideranças de esquerda (vivas e mortas) que, irresponsavelmente, empregaram jovens idealistas  despreparados para tais ações de guerrilha, urbana ou rural.
4 - Que sejam detalhados todos os crimes perpetrados por essas organizações de esquerda — mais de duzentos — antes e depois do Ato Institucional no 5, tais como atentados, sequestros com mortes, assassinatos bárbaros de inocentes e de militares estrangeiros, justiciamentos, roubos a bancos, instituições e casas de governantes, bem como o nome completo e o codinome dos que realizaram tais crimes.
5 - Que sejam apurados somente fatos e não versões. A atual comissão se especializou em criar versões que tiveram enorme repercussão em toda mídia. Envenenaram um presidente, assassinaram outro, acusaram um general de ter sido subornado, criaram organizações militares especializadas em torturas, fornos crematórios, casas de terror, acidentes com artistas, e até a utilização de répteis peçonhentos em interrogatórios, sem contar os testemunhos de pessoas inidôneas e psicologicamente doentias.
6 - Finalmente, a nova comissão deverá rever os milhares de indenizações e salários pagos aos perseguidos pelo regime militar. Um verdadeiro festival de benesses onde o lema das esquerdas foi seguido à risca: "Se for preso ou interrogado, diga que foi torturado". E o total pago já atinge a cifra dos bilhões, tudo na conta do cidadão brasileiro. Uma vantajosa venda de ideais e um lucrativo investimento que deverá ser dado a conhecer à sociedade brasileira.
Caso seja aceita esta sugestão, o seu conceito junto aos três Chefes militares e admiração que estes lhe devotam terão significativo aumento.
A SCNV deverá apresentar seu relatório em curto prazo. Ele se tornará uma peça fundamental para que o povo brasileiro seja esclarecido das razões que o segmento militar foi levado a defender o Estado brasileiro. Seria a verdade do outro lado. A comparação dos dois relatórios revelará como a Lei da Anistia foi sábia. Ela viabilizou uma transição conciliadora e pacífica entre os dois lados confrontantes, por mais de trinta anos.

Nos momentos críticos pelos quais passa a nação, com uma economia fragilizada, escândalos de corrupção diários e um país dividido eleitoralmente, a CNV veio agravar a atual crise brasileira, quebrando qualquer possibilidade de conciliação. É de se perguntar como seus integrantes — ditos intelectuais, mas extasiados pelas ideologias de esquerda e pela notoriedade —  não perceberam que suas ações poderiam fomentar ainda mais o clima de desunião presente no país. Agora, se desejavam o agravamento desta crise com consequências imprevisíveis, a conclusão é clara: estariam pondo em prática o que preconizam os intelectuais gramcistas do Foro de São Paulo.’
 

 

 

sábado, 6 de dezembro de 2014

O superávit fiscal em clima geral felliniano


E daí que o governo tenha reduzido meta de superávit primário de 2014, de 49,1 bilhões para 10,1 bilhões, decisão da qual participou com peso o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy?
Oriundo do Grupo Bradesco, ligadíssimo à banca internacional, Levy talvez seja o ministro da Fazenda que, nesses anos de regime petista de governo, tenha recebido maiores poderes, em face da situação difícil da economia brasileira e dos desafios políticos que aguardam a Presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato.
É válida e até louvável a estratégia do governo de adotar manobra fiscal para fechar suas contas desse ano, e o Congresso Nacional, mesmo pressionado, agiu acertadamente, aprovando a redução da meta de superávit de deste ano de 3% para 0,8% do Produto Interno Bruto e fixando, para 2015, 2% do PIB.
O superávit primário não deve ser considerado uma camisa-de-força, pois é uma meta de poupança para pagamento da dívida, traçada conforme o período de governo, em consonância com certas exigências do mercado internacional e do Fundo Monetário Internacional – FMI. É o somatório das contas públicas excluindo os juros, recursos usados para o pagamento dos juros e a quitação de parte das dívidas do País. Pode ser flexibilizado como meta em função da variável independente, que é a política.
Para o mercado financeiro internacional, os investidores, trata-se de uma importante sinalização a manutenção das contas públicas em ordem, mas, no momento em que a própria diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, prenuncia tempos nublados para a economia da América Latina, em 2015, não há por que manter metas ilusórias para 2014 e 2015, em se tratando do Brasil, cuja economia cresceu pouco.
O Brasil continua, como o carismático ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, gosta de comentar entre amigos, “o último e mais cobiçado peru recheado do Planeta para investidores.” Tão cedo será desprezado pelos investidores, que, ao contrário do que se possa imaginar, disputam a tapa o espaço para expandir seus negócios aqui, principalmente nos setores de transportes, energia e defesa,.
Em 1999, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso implantou a meta de superávit primário. Com essa medida, vieram, complementarmente, a Lei de Responsabilidade Fiscal, sancionada em 2000, por FHC, para ajudar no cumprimento das metas de superávit ,e, em 2009, no mandato do então presidente Lula, a Lei de Transparência, que só começou a valer em 2010.
Mas essa meta não é inflexível como um decreto ou dispositivo constitucional. É um propósito governamental, uma intenção consensual. Propósitos e intenções podem ser alterados conforme a conjuntura nacional e internacional.
Com exceção da Alemanha, com 0, 9%, da Itália, com 0,8%, e do Chile, com 1,5% positivos, grandes economias patinaram no fechamento de suas contas em 2014, entre as quais as dos Estados Unidos, com 7,8% negativos, do Canadá, com 3,9% negativos, Reino Unido, com 5,7%, França, com 2,7% negativos e (pasmem!), China com 0,7 negativos.
Por que o Brasil, necessariamente, teria que ir à contramão dessa tendência de seus grandes e importantes parceiros econômicos, nesse mundo globalizado? Modéstia também pode ser consistente estratégica econômica, ainda mais abençoada pelo Bradesco e outros gigantes do mercado. “Sorry, periferia!”, como diria Ibrahim Sued. Ou um clima geral digno de La Nave Va, do genial Fellini.

Só um alerta e O cerco à indústria brasileira de defesa


Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)
Só um alerta
O Petróleo e a Corrupção
A crise internacional do petróleo deve intensificar a ofensiva externa para que o Brasil privatize a Petrobrás e o pré-sal. Desgastar a imagem da estatal é uma forma de criar condições políticas para que isso ocorra. Vale tudo para desmoralizar a Petrobrás, de modo a tornar irreversível a privatização da empresa. 
Apesar das licitações viciosas, apesar de todas as corrupções, as encomendas da estatal petrolífera nacional dinamizam a indústria nacional para fabricação de insumos, peças e equipamentos que impulsiona o desenvolvimento dos componentes nacionais, sendo razão principal do desenvolvimento da indústria brasileira, no campo do desenvolvimento tecnológico e na criação de empregos de qualidade. Isto, naturalmente, mesmo sem a corrupção, deixaria a produção mais cara, mas não podemos deixar que a crise que estamos vivendo mate a indústria e o desenvolvimento tecnológico.
É obvio que as firmas estrangeiras estão de olho nesse mercado além de punir os corruptos temos que desenvolver os componentes nacionais e isto tem um custo extra, mas é o único caminho para a independência.Temos que punir os ladrões sem desmanchar nem privatizar as empresas.
Na Energia Nuclear
Uma notícia de sentido estratégico. A usina nuclear Angra I receberá, pela primeira vez, na próxima recarga de combustível de 2015, urânio enriquecido no Brasil. Até o presente momento, todo o urânio usado como combustível na usina era enriquecido no exterior.
Não tem sido fácil o nosso avanço no setor nuclear. O enriquecimento do urânio é tido como uma atividade perigosa, pois pode levar à confecção da bomba atômica. Enriquecer urânio, mesmo em proporção inferior à necessária para a fabricação da bomba, sempre foi atividade obstruída pelos Estados Unidos e países. Isto terminou impedindo, ou dificultando muito, o uso da tecnologia nuclear mesmo para fins pacíficos pelos demais países, criando um fosso entre os que detêm essa tecnologia e os demais.
Entre os países que foram mais atingidos por esse cerco, está o nosso Brasil, que dispõe da sexta maior reserva de urânio do mundo, capaz de abastecer uma dezena de usinas por muito tempo, mas devido a covardia (ou a traição) de três Presidentes, ficamos privados de lançar mão dessa enorme riqueza disponível com que a natureza nos dotou.
No Transporte - Nova traição?
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, garante que o governo fará força para ser aberto 100%  do mercado de aviação a estrangeiros. Hoje, uma companhia de fora não pode ter mais do que 20% de capital em uma empresa aérea nacional.
Em navegação marítima, a abertura já está em vigor. Um grupo estrangeiro, que se estabeleça no Brasil – mesmo com 100% do capital em mãos de acionistas do exterior –, tem todos os direitos dos brasileiros, o que inclui o acesso ao crédito do Fundo de Marinha Mercante.
A exigência é ter subsidiária no país. Abrir mão de uma Marinha Mercante nacional é renunciar a uma posição proeminente no concerto das nações. A navegação, especialmente a cabotagem, é estratégica para uma nação. Abrir mão dela é ficar a mercê dos estrangeiros, mais ainda do que no caso das empresas aéreas.
Na Indústria Bélica
Já há algum tempo, tivemos informes de que a nossa única fabricante de munição leve – a CBC, poderia não ser brasileira e que teria sua sede numa ilha do Caribe, que ainda vendia munição para o estrangeiro por nove vezes mais barato do que para o nosso Exército. Se confirmados esses informes, isto caracteriza uma grave vulnerabilidade, facilmente perceptível. O que confirmamos é que o próprio Exército tem bloqueado empresários que desejem fabricar munição no País, a pretextos burocráticos que não dá para aplaudir.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

No primeiro mundo, na América do Norte, na América do Sul...

Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
No Primeiro  Mundo – velhas tensões
São continuas as notícias que, graças ao petróleo e gás de xisto, os EUA estão se tornando os maiores produtores de petróleo e gás natural. Os benefícios estendem-se além da auto-suficiência; reforça o poder hegemônico e a influência sobre seus principais aliados como o Japão e a Coréia do Sul. A baixa dos preços, uma das consequencias da produção americana, causa preocupação para os países exportadores, principalmente para a Rússia e a Venezuela. Se a atual produção do shale gás durar, significa que os Estados Unidos superaram a crise financeira e industrial e terão melhores condições para impor a desacreditada Nova Ordem Mundial.
A Rússia afirma que a Nova Ordem  é um acordo entre os anglo-saxões e alguns aliados para implantar um Governo Mundial, que no fundo será exercido pelas oligarquias financeiras transnacionais e para isso, pretendem desvirilizar os estados nacionais, fragmentando os maiores territórios para sua melhor administração comercial. Isto nós já sabíamos. Acrescentemos que entre os alvos principais (os BRICS) o nosso Brasil é o alvo mais vulnerável.
É conhecida a tentativa em desmembrar o nosso território em nações étnicas e embora não esteja comprovada a influência dos EUA na atual conversa de separatismo pós eleitoral é duvidoso que não aproveitem a oportunidade para enfraquecer a nossa coesão da mesma forma, tentam desmembrar os uigures e os tibetanos da China e a Criméia da Rússia. Hipocritamente ao reclamar da intervenção na Ucrânia omite as suas intervenções na Iugoslávia, no Iraque, no Afganistão, na Líbia e na Síria.
Por dever de justiça acrescentemos ainda que os EUA serão tão vítimas como nós pois é com o sangue de seus filhos que esse plano será operacionalizado e no final também eles não estarão isentos desse desmembramento, contudo ,persiste alguma dúvida: Sería a atual ofensiva estadunidense um esforço supremo para garantir sua posição antes da queda do dólar como padrão internacional? Essa política de intromissão, que arrisca a desencadear uma III Guerra Mundial visaría ganhar apenas no blefe ou estaría disposta à guerra enquanto não perderam a posição vantajosa?
Assinale-se que nem sempre os EUA são bem sucedidos em seus intuitos,quando em retaliação impôs sanções contra a Rússia e esta aproximou-se da China –. Não apenas a Rússia abriu suas reservas de gás à China, mas também aceitou fornecer à China sua sofisticada tecnologia militar, inclusive o formidável sistema de defesa aérea S-400, o que no passado, a Rússia sempre resistiu em fazer e assim  ficam os chineses sem acreditar em tal boa sorte. Tudo indica que o blefe não vai funcionar.
Ainda embrionária, a "guerra santa”, especialmente no Iraque e Síria, contra todos os princípios, parece ressuscitar os enfrentamentos religiosos de séculos passados. Não nos iludamos, a adesão de tantos jovens, inclusive ocidentais, mostra que não se extinguirá facilmente, mas haverá algo por trás disso?.
Hoje, estamos talvez assistindo ao Mundo sendo outra vez arrastado para a guerra, por mentiras e propaganda, para uns visando manter uma hegemonia ilusória, mas é difícil descobrir que grupo realmente está manuseando os cordéis das marionetes.
 Na América do Norte – racismo exacerbado
Tumultos irromperam em 150 cidades com a Absolvição do Policial Branco, pela morte de um Jovem Negro, no Estado do Missouri, colocando um balde de gasolina na Velha Mística do “Racismo”, nos Estados Unidos. A questão permanece viva, mesmo passados muitos anos do assassinato do Pastor Martin Luther King, que sonhara que os “Homens não fossem considerados à partir da Cor da sua Pele”,novamente, por vários Estados Americanos, pessoas vão às ruas, queimando carros e prédios, apesar dos pedidos de moderação do próprio Presidente.
 
É um problema difícil de lidar, quer pelo racismo dos “wasp” quer pelo dos próprios negros de lá, historicamente muito mais maltratados do que os nossos.
O problema, se tratado inadequadamente, pode ser o estopim de uma violência geral.  Um tratamento eficaz para o problema teria que compreender justiça e bondade. Justiça os ianques costumam ter, bondade nem sempre.
Na América do Sul - A ilusão da Unasul e do Mercosul
A integração aos países da América Latina está previstas nos princípios fundamentais na Constituição de 88 ( Art. 4º, Parágrafo único). Uma constituiçãozinha maligna! Um país com um pingo de conhecimento geopolítico jamais colocaria em sua constituição a decisão de integrar-se política, econômica ou culturalmente a outras soberanias. Essa aberração foi colocada na constituição pelo enganador do Ulysses,incrementada pelo inconsequente do Sarney e pelo corrupto do Lula, este último provavelmente como meio de apoiar os regimes esquerdistas mais caros ao coração dele.
Não atentaram esses maus políticos que o objetivo da Unasul é o de afogar as independências nacionais sul-americanas a favor de uma nova "Pátria Grande", sujeita aos ditames das decisões dos demais países que nos rodeiam como se o nosso Brasil não fosse grande suficiente.
Felizmente isso não será assimilado pelo nosso povo, nem mesmo o Mercosul que nunca nos trouxe vantagem. É voz comum que “eles ficam com o nosso mercado e nós ficamos com o “sul”.
Se o Mercosul já era uma utopia, agora se desmancha. O Paraguai vai entrar para a área de influência dos USA comercialmente e além disso, permitiu que os americanos instalem uma base militar no seu território, talvez nos falte a coragem de retaliar cortando o porto livre, mas com a Argentina falida, a Venezuela as vésperas de uma revolução sangrenta e a Bolívia com um presidente mais inconsequente que o Lula, o Mercosul está condenado e sem ele as bases da Unasul cairão por terra. Podem retirar aquela  bandeira que hastearam ao lado do nosso pavilhão sagrado no Palácio do Planalto.
As veias abertas no nosso País  – A corrupção na História
Certamente houve anteriormente corrupção na administração federal, mas no tempo antigo, tal como pequenas esfoladuras, sangravam mas não chegavam a comprometer a saúde. Certamente a corrupção tomou vulto na construção de Brasília e  terá sangrado a economia, mas compensou.Os sangramentos foram consequencia da necessidade.
Sem a corrupção, semioficializada, certamente não teria acontecido a construção da Capital, que criou condições para a ocupação do Centro-Oeste, sendo a maior jogada geopolítica desde a Independência. Até onde se sabe, não foram para o Governo nem para os partidos.
Com certeza a corrupção diminuiu durante o Governo Militar. A modéstia das posses dos generais-presidentes o comprova. Se houve então alguma corrupção terá sido nos baixos escalões da administração e passou despercebida da rigorosa justiça da época, mas a partir da “redemocratização” romperam-se as veias.
 
A corrupção do Sarney ainda em um caráter regional prossegue sem grandes abalos. Na era Collor ficou conhecida a “República das Alagoas” que resultou no impeachment, mas pouco se sabe de quanto poderia ter recebido para criar a área ianomâmi. Quem pagaria? O Cartel Internacional do Ouro, ou seja a oligarquia financeira internacional, ou seja, à corrupção somou-se a traição à Pátria. Passada a era Collor a corrupção e a traição expandiram-se exponencialmente.
 
Nada antes se comparou às privatizações/desnacionalizações do FHC. A hemorragia  atingiu as principais artérias da economia e entre as 58 empresas vendidas (em grande parte ao estrangeiro) avultam a Vale do Rio Doce,  as telefônicas, as siderúrgicas, os bancos estaduais, muitas hidrelétricas, linhas de transmissão, distribuidoras etc, vendidas em média por 10% de seu valor. Talvez as mais maléficas atuações de FHC e seu  preposto Reichstul possam ter sido os leilões do petróleo e a tentativa de venda da Petrobras.
 
Disse o governo de então que arrecadou 85,2 bilhões. O valor justo passaria de um trilhão, mas mesmo assim não teria valido a pena pois as remessas de lucros e a falsa compra de tecnologia passam a representar um sangramento permanente. Quanto FHC e seus asseclas teriam amealhado para trair a própria Pátria? É difícil saber. Imagine o leitor.
A indignação popular (hoje quase esquecida) foi tão grande que propiciou a eleição de um indivíduo despreparado, inculto, reconhecidamente inepto e para muitos, representando uma ameaça comunista. Apesar da inépcia, o Lula evitou a continuidade das desnacionalizações, mas loteando os cargos entre seus vorazes partidários multiplicou os ferimentos, estes ainda que significativos, quase se eclipsam diante da hemorragia iniciada pelo FHC e não controlada nos governos Lula e Dilma.
Agora, no final do primeiro governo Dilma aparecem providências para diminuir a hemorragia. Diminuir, não estancar. Pois para estancar seria necessário retomar o que foi desnacionalizado. Contudo, graças a boa atuação da Polícia Federal alguns ferimentos serão tratados e quem sabe alguns dos corruptos punidos.
Como seria de esperar, a politicalha toda tenta se aproveitar de tais eventos. O Governo afirmando que sua administração foi a única que permitiu a devassa e a oposição mostrando que os corruptos apanhados são em maioria gente do próprio Governo.
Apesar de tudo fica uma mensagem de esperança: Nem FHC/ Reichstul nem  Lula/Gabrielli nem toda a quadrilha que  loteou a Petrobrás conseguiu destruir a nossa Petrobras!!!!  A produção de petróleo no Brasil atingiu recorde em outubro com 2,126 milhões de barris por dia. Outubro foi o nono mês consecutivo de crescimento da produção no país", conforme comunicado oficial.
O maior roubo da História
Revistas, políticos, judiciário, pessoas comuns até jornais do exterior dizem que mensalão e Petrolão foram os maiores roubos da nossa Historia.   Sem diminuir a importância dessa ladroagem, devemos nos lembrar da   venda da CVRD .Avaliada no CONSENSO DE WASHINGTON DE 1982, (FHC presente), por  Rockfeler  e Jorge Soros, de que o valor seria algo em torno de 5,5 TRILHÔES DE DÓLARES. Pois bem, a CVRD, foi privatizada 15 anos depois, por FHC, por 3,3 bilhões de dólares, compreendendo 7.500 áreas de mineração com as maiores jazidas do mundo, 03 ferrovias, 03 portos de grande calado, 30,navios da Docenave e mais outras menores.
 
Seus funcionários comentam que ainda haveria muito dinheiro em caixa e que o pagamento seria pago com lucro de 06 meses. Que a Vale, estatal, não dava tanto lucro pelos programas de assistência social que executava e que  o preço justo em 1987seria algo em torno de 7 a 8 trilhões de dólares.
Contudo não podemos nos iludir pensando que não havia corrupção. Havia sim e muita, mas a da venda caberia no livro dos recordes..
Dinheiro emprestado
Uma pessoa pode necessitar de dinheiro e ter que pedir emprestado, mas para um país que pode imprimi-lo só a necessidade urgentíssima de divisas para compras no exterior (de petróleo ou de alimentos) poderia justificar, mesmo consciente que terá que pagar com juros. Internamente, quando um governo tem despesas maiores do que suas receitas, se deseja fazer determinadas obras ou o que for, poderá imprimi-lo em vez de contrair um empréstimo. Ambos causam a mesma inflação e o empréstimo tem os juros e sendo externo,causa a perda parcial da autonomia. Há razões para crer que os pedidos de empréstimo visam mesmo as “comissões”, da mesma forma que as “licitações” dirigidas.  
Há que se levar em conta o prejuízo que os juros da dívida tem causado ao nosso País, comendo quase a metade do superávit primário. Vem de longe o golpe da agiotagem da dívida. Esta explodiu com a decisão de FHC que a remunerou a juros exorbitantes. Nós pagamos 11% da divida, talvez os juros mais altos do mundo. Isto é um crime contra a economia nacional e vem causando a maior parte dos males que enfrentamos,  desemprego, problemas sociais, falta de verbas para obras essenciais, violência urbana, etc. Os EUA pagam 0,5% para os juros da divida interna, a Alemanha paga menos de 1%, a Rússia 1,5%.
O que um bom governo faria, uma vez tendo herdado essa maldita situação?  Certamente baixaria os juros.  – Mas então os credores retirariam o dinheiro emprestado, não é?   Claro que sim e certamente o investiriam em atividades produtivas assim aconteceu quando abolido o tráfico negreiro o capital migrou para a agricultura e indústria, trazendo o progresso.
 
Com juros altos só um tolo empregaria seu capital em um empreendimento produtivo podendo, só com os juros ganhar mais do que o empreendimento lhe remuneraria.  - E daí? Haveria numerário suficiente para honrar o capital retirado? - Se não houver, o que fazer? -  Fácil, imprimir se necessário.
 ONGs usam índios para impedir o progresso
Enquanto discutimos política, ativistas do Greenpeace reuniram uns 60 índios Munduruku, para protestar contra a construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós, no Pará. Uma enorme mensagem foi marcada com pedras na areia de uma praia próxima à cachoeira de São Luiz do Tapajós, local previsto para receber a primeira das cinco hidrelétricas planejadas para ao longo do rio .
 
Com potência de 8.040 MW, a usina São Luiz do Tapajós teve seu leilão anunciado após o governo ter conseguido a licença ambiental prévia, mas logo voltou atrás por pressão dos Mundurukus, insuflados pelas ONGs internacionais, pelo jeito o movimento ambientalista ignora que as necessidades de energia serão supridas, na ausência de hidrelétricas, por outras mais poluentes como as térmicas. Escondem esse dado pois o que querem é evitar a nossa ocupação da Amazônia, tarefa deles facilitada em época de crise política.
 O protesto é parte das manifestações contra a construção das hidrelétricas do Tapajós. Outro ato desses prevê  mobilizar a presença de Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu, junto a outros três bispos e lideranças Munduruku, movimentos sociais e organizações como o Greenpeace, a Fase e naturalmente o antinacional Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
O Advogado do diabo
Faleceu, no  último dia 20 de novembro  Márcio Thomaz Bastos. Não nos alegra a morte de ninguém, mas sim o afastamento da influência nefasta desse advogado apátrida, cuja habilidade em explorar a Lei para frustrar a Justiça prestou imenso desserviço à sociedade nacional. Ministro da Justiça do governo Lula, se um dia o nosso País for dividido em “nações” étnicas, indígenas ou não muito terá a ver com a atuação dele.
Permaneceu por longo tempo no cargo e é, com certeza, o artífice da impunidade daqueles que dilapidaram o patrimônio público e amealharam dinheiro suficiente para pagar por seus serviços. Não há dúvida que  foi um advogado brilhante,mas a nação brasileira foi recompensada, até porque foi subtraído de nosso meio um habilidoso e dedicado advogado dos corruptos. 
Seu lema amoral, que lhe rendeu tanto dinheiro era: “defendo meus clientes da culpa legal. Julgamentos morais deixo para a majestosa vingança de Deus. Se acreditava em Deus certamente saberia que, mais cedo ou mais tarde,  estaria face a face com “Sua majestosa vingança” e que teria muitas contas a prestar. Chegou a hora e para esse acerto de nada lhe valem seus bens materiais, conquistados ao arrepio da moralidade. Só arrependimento pode tê-lo salvo. Que Deus se apiede de sua alma.
Que Deus nos livre de outro Ministro da Justiça assim!