terça-feira, 4 de novembro de 2014

PT,PMDB e PSDB fecham cimeira do poder


A bela recepção ao senador Aécio Neves, em seu retorno hoje ao Senado, teve do candidato à Presidência da República derrotado por Dilma Rousseff resposta igualmente bela aos militantes do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB-: ”Olha, eu não sou golpista, sou filho da democracia... Não acho que exista algum fato específico que leve a impeachment.”
Aos que pediram intervenção militar no País e o impeachment de Dilma Rousseff, em passeata de quase 2,5 mil manifestantes em São Paulo, no último sábado, Aécio Neves, o novo líder da oposição brasileira, ressaltou que é radicalmente contra os que agem de forma autoritária e truculenta.
Seguindo os passos do seu avô, o ex-senador e Presidente eleito Tancredo Neves, que comandou a oposição ao regime militar, Aécio promete fazer uma oposição sem adjetivos ao governo Dilma, o que em si revela dificuldades enormes para a presidenta reeleita, que será empossada em janeiro, com o Partido dos Trabalhadores –PT- prometendo o comparecimento de grande massa de militantes na solenidade em Brasília, para comemorar um ciclo de quase 16 anos de governo petista.
A legitimidade da reeleição de Dilma não foi em nenhum momento questionada pelo senador Aécio Neves, embora o PSDB tenha pedido ao tribunal auditoria nos resultados das eleições. Aécio foi um dos primeiros a reconhecer a vitória de Dilma, ligando para ela após a apuração dos resultados. O inconformismo do eleitorado anti-petista ante a derrota não é estimulado pela cúpula partidária e pelo próprio senador, que fareja oportunismo de golpistas de outros matizes infiltrados na massa.
Aécio percebe que muitos que querem derrubar Dilma são pescadores de águas turvas, dispostos a desestabilizar o quadro político-institucional e criar condições para outras forças interferirem no atual equilíbrio estabelecido, de um lado, pelo governo Dilma, e, de outro, pela oposição liderada por Aécio. Assim, PT, PSDB e PMDB procuram manter o controle do processo político, como têm feito nos últimos anos, sem permitir condôminos novos na cimeira do poder.

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