sábado, 29 de agosto de 2015

Janela de Brasília(VII)


1. Um absurdo contra a cidadania a mudança do nome da Ponte Costa e Silva para Ernestino Guimarães. É a desconstrução da memória brasileira e, em especial, de Brasília como capital da república e centro das decisões políticas nacionais.

Nessa de apagar a memória do regime militar, os promotores dessa mudança, municiados pela Comissão da Verdade, que tanta polêmica tem causado, apagam um período de governo, bom ou ruim, que faz parte da dialética cultural brasileira. Não é apagando a memória ruim que há de se consolidar o juízo crítico nacional.

Não se trata aqui de desmerecer alguma homenagem ao líder acadêmico da Universidade de Brasília –UnB- desaparecido, mas, sim, de preservar o que já existe nos monumentos. Há outras obras que podem servir para essa homenagem a Ernestino Guimarães, mas, mudar o nome da ponte é também aviltar a obra de Costa e Silva, que foi um presidente que consolidou a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, quando exigiu por decreto que todos os órgãos públicos viessem para cá. Havia relutância de vários órgãos institucionais para com essa transferência.

2. Nem a chegada da lua cheia, que sempre transforma o clima, foi suficiente para mandar para Brasília uma chuva que aplaque a seca que atormenta a população. Há uma leve brisa, algumas nuvens, a torcida geral por umas gotas miraculosas, mas São Pedro continua indiferente ao clamor geral...

3. O trânsito em vários pontos do Distrito Federal, nos horários de pico, continua caótico, mas o que incomoda é a falta de policiais ou agentes do Departamento de Trânsito para ajudar na sinalização. Perto da ESAF, naquele balão, o acesso para a pista que leva a São Sebastião ou ao Paranoá é um risco enorme para qualquer motorista. Um risco que poderia ser reduzido se houvesse guardas fazendo sinalização, como ocorre em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. O mesmo cabe dizer para as saídas Sul e Norte de Brasília.

4. O setor de entretenimento no Distrito Federal está “bombando”, neste fim-de-semana e no próximo, com a apresentação de vários artistas de renome nacional (Lenine, Raça Negra, Zezé de Camargo/Luciano e Gustavo Lima, Zeca Baleiro, Gil e Caetano, Zé Ramalho, etc.).

Mas, os preços dos ingressos continuam salgados, o que não deixa de ser uma contradição, pois são artistas populares e o povo enfrenta as agruras da crise financeira. A mesa ouro do show de Zezé de Camargo/Luciano e Gustavo Lima chega a custar 2000 reais e a mesa preta 1500 reais.

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