sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Collor versus Janot
Assisto perplexo e enojado, pela televisão, o rosário de bajulações de alguns senadores durante a sabatina no senado do procurador-geral, Rodrigo Janot. O cenário é repugnante. Alguns parlamentares exageram tanto nos elogios ao Sr. Janot, especialmente aqueles que ainda poderão ser denunciados pelo Ministério Público Federal, que vão acabar lançando o nome de Janot para vir a ser o próximo Papa. Deveriam ser mais firmes e menos dóceis. Lamentável. 

-Gostaria de discordar do leitor Antonio José G. Marques (cartas@oglobo.com.br, 21/8) ponderando que Fernando Collor pode ter defeitos (quem não os tem que atire a primeira pedra), mas "fanfarrão"

-A diferença de Collor para a maioria esmagadora dos políticos, é que Collor é contundente porque não é hipócrita nem subserviente. Encara os problemas de peito aberto, com franqueza e espirito público. Isto é que dói na alma dos decaídos.

-O senador Fernando Collor chamou Rodrigo Janot de "catedrático do vazamento".  O procurador-geral também é, a meu ver, catedrático da dissimulação, do cinismo, da arrogância, da mentira e da falsa humildade. Janot chegou na CCJ senhor de si. Com o rei na barriga. Se achando intocável , isento e santo.  Orgulhoso em ostentar sua deslumbrante vaidade e arrogância. 

Foi elogiado fartamente por senadores dóceis. Janot foi ao céu e achava que permaneceria por lá. Contudo, perdeu a pose, ficou nervoso, tropeçou nas palavras, ficou vermelho, quando começaram as duras e implacáveis perguntas do senador Fernando Collor.  Janot mais gaguejou do que retrucou as acusações de Collor.
Inutilmente, tentou manter a tranquilidade. Algumas vezes forneceu informações truncadas aos senadores, logo repelidas por Collor, fundamentado em vasta documentação. Collor arrancou a máscara de falso Deus de Janot.
-Não importa o noticiário desencontrado e parcial, nem as análises truncadas, claramente elogiosas ao procurador-geral. Filtrando tudo, a conclusão é uma só: Fernando Collor foi o astro de primeira grandeza na sabatina de Rodrigo Janot.

O senador honrou a cobertura politica. Não negou fogo. Não optou pela cômoda bajulação, como grotescamente preferiu a maioria. Como era esperado, Collor foi duro com o titubeante Janot. Tanto que Janio de Freitas. no artigo "Collor, a seu dispor"(Folha- 27/8) salientou que Collor foi o único senador "que questionou Janot para esclarecer obscuridades". 
Por sua vez, nessa linha, Marcelo Coelho(Poder-Folha- 27/8), igualmente tratando da sabatina, admitiu ser Fernando Collor  , "sem dúvida um ponto fora da curva na politica brasileira". A nação ficou sabendo, mais uma vez, que Collor é contundente porque não é capacho.

Kaká
Francamente, nos Estados Unidos, time do Kaká levou de 4 a zero e ele ainda foi substituído. Ou seja, antes de  fazer teste para ver se tem condições de  jogar na minha "pelada', Kaká vai reforçar a seleção do Dunga. Seria cômico se não fosse patético.

 

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