Fartamente
noticiada no mundo inteiro, a eleição nos Estados Unidos se realiza hoje com as
pesquisas de intenção de voto, divulgadas pela CNN, apontando empate técnico em
49% entre o presidente Barack Obama, que disputa reeleição, e seu desafiante
republicano, Mitt Romney. Mas, em número de delegados, Obama estaria liderando,
com 237 delegados, contra 191 do oponente, o que pode tornar a disputa
acirrada.
Cerca
de 200 milhões de eleitores participarão da votação, que definirá com qual
candidato ficará a maioria de 270 dos 538 delegados componentes do Colégio
Eleitoral, correspondentes aos números de cadeiras de deputados (435) e
senadores (100), e mais três representantes do Distrito de Colúmbia.
O
candidato que obtiver a maior votação popular em cada estado leva todos os
delegados do mesmo estado (são 50 estados e mais o Distrito Federal). Dos cerca
de 315 milhões de habitantes, estima-se que votarão 213 milhões de pessoas com
registro para o exercício do voto. Detalhe importante, pois a comunidade
hispânica, de 50,5 milhões de habitantes, tem apenas 13 milhões de eleitores
registrados.
É
na Flórida, que tem 29 delegados, que se concentram os eleitores hispânicos,
que poderão ter participação decisiva no resultado final, razão pela qual Obama
e Romney dedicam especial empenho na captura dos votos naquele estado,
tradicionalmente indeciso e atualmente preocupado com a questão da saúde, de
olho no candidato que oferecer um programa mais convincente.
Campanha
eleitoral é a conquista do eleitorado indeciso, porque os votos aliados e
adversários são conhecidos com pouco tempo de campanha. Em qualquer parte do
mundo é assim. O problema é conquistar os indecisos sem gerar desconfiança,
pois o discurso demagógico não apenas os afugenta como pode se alastrar pelas
hostes aliadas gerando perda de de votos.
Qualquer
escorregão de Obama, à esta altura, poderia ser fatal para sua reeleição, mas
tudo indica que a população reconhece seu esforço para debelar a crise
econômica de 2008/2009, embora os Estados Unidos ainda estejam convalescendo da
mesma.
Mas essa lenta recuperação norte-americana já
é muito importante para o mundo, em especial para a Europa, o Japão e Israel,
por razões políticas, econômicas e militares. O Brasil e demais países
latino-americanos têm razões para se alinharem com Washington, diante do quadro
mundial recessivo. A Rússia acompanha pragmaticamente o processo, enquanto que a China sabe que a contenção do seu
crescimento se transformou numa obsessão de Obama e que o segundo mandato deste
exigirá muita paciência e resistência de Pequim.
O
segundo mandato dos presidentes norte-americanos, principalmente dos
democratas, sempre é mais intervencionista, voltado para a política externa, sendo
certo que Obama, que deve ser reeleito, tenderá a mostrar ao mundo maior
agressividade contra os adversários dos
Estados Unidos,no jogo do poder internacional.
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