terça-feira, 28 de maio de 2013

Conflitos e a questão indígena, Sem noção e Preconceito e discriminação


 
Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)

Conflitos de terras

Teoria dos conflitos -  Reza a moderna ciência da polemologia que, na ausência de uma força esmagadora, o confronto das vontades precede o confronto físico, e,  normalmente, decide o resultado antes mesmo do primeiro contato físico.

Imaginemos o seguinte cenário: um grupo de “sem terra” invade certa propriedade. Imaginemos que os “sem terra” sejam antigos empregados rurais expulsos de seus empregos pela mecanização e que só conhecem o trabalho na lavoura,   que,  para sustentar seus filhos, precisem de um pedaço de terra e que para conquistá-lo estejam dispostos a lutar até a morte.

Imaginemos que seu opositor, o fazendeiro, encare a sua fazenda como um negócio e que, sentindo-se espoliado, esteja disposto a se defender amparado nas leis ou até mesmo a matar, mas não a morrer por causa disto, deseja apenas que outros lutem e morram por ele, sejam policiais ou jagunços, a soldo. Não deixa dúvida o resultado do confronto.

Em outro cenário, imaginemos o fazendeiro que esteja disposto a lutar até a morte pelas suas terras, seja por sua índole, seja por estarem lá enterrados seus pais ou por ser o fruto do  labor de toda sua vida. Imaginemos que seus opositores sejam como a ralé urbana de aproveitadores reunidos pelas esquerdas, que nem tenham interesse nas terras a não ser para vendê-las e tirar um lucro que nem merecem. Podem estar até dispostos a matar para consegui-lo, mas nem pensam em morrer por causa disto. No primeiro tiro que receberem, correrão como coelhos assustados.

Certo, esses cenários pressupõem que tanto os “sem terra” como os fazendeiros tenham condições de reunir forças equivalentes e que não haja interferência externa (governamental), como tem havido até agora em favor tanto dos “sem terra” com dos índios invasores.

Ainda a questão indígena - Uma virada antes da rebelião

Seguindo o exemplo bem sucedido dos “sem terra”, muitas tribos, orientadas pelas ONGs estrangeiras, invadiam e ocupavam terras numa proporção nunca vista em nenhum país e ainda, quando necessário, com o apoio da estrutura policial.

Os produtores prejudicados queixavam-se amargamente, mas não os enfrentavam, e ,quando o faziam, era isoladamente. Parecia um galinheiro: Quando pegavam um, os outros cacarejavam, ”cococó, cococó, ufa, não foi a minha fazenda. A reação coletiva acontecida na Raposa-Serra do Sol foi dominada pela força esmagadora da Polícia Federal do Tarso Genro agindo por ordem do Lula, que, covardemente, cedeu às pressões internacionais.

Agora, a situação está mudando. As demarcações da Funai terminaram por convencer aos produtores rurais que teriam que reagir a bala. Depois de terem vindo a público as violentas invasões, incluindo o arrasamento de uma vila com 700 casas destruídas (no Mato Grosso do Sul), multiplicaram-se as manifestações em defesa da garantia da terra e contra as fraudes nas demarcações.

Até mesmo militares da Força Nacional ficaram abalados e a opinião pública evoluiu de uma indiferença simpática aos “pobres” índios para a consciência da injustiça e da necessidade da produção rural. Pressionados, mas agora com o apoio da opinião geral, os desesperados produtores, gente inteligente, sentiram que precisavam armar-se.

Armaram-se. Contrataram não apenas jagunços, mas também mercenários estrangeiros, que lhes ensinaram a fazer explosivos com fertilizantes, pois sentiam que, abandonados pelo Governo, teriam que enfrentar até o aparato policial para ter chance de justiça. Reuniram recursos e muitos deles colocaram-se à frente. O circo estava pronto para o início do sangrento espetáculo, que ninguém sabia que vulto tomaria, mas a principal mudança foi da atitude do Governo.

O vice-presidente Temer ficou impressionado com os relatos dos produtores rurais numa audiência com deputados ligados ao setor. A entrada dele nas negociações parece ter neutralizado a influência de Gilberto Carvalho e Paulo Maildes nas decisões sobre a Questão Indígena.

O fato é que o Estado Brasileiro se deu conta das fraudes nos laudos antropológicos, do perigo da reação, e das consequências  que poderiam advir, desde a drástica redução da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, quando em jogo os interesses dos países hegemônicos.

Dilma, que já demonstrara não ter entusiasmo pelas demarcações, contrariando tanto a pressão internacional como a de seus partidários, interrompeu a criação de novas reservas e ensaia rever as desproporcionais reservas já demarcadas. Estaremos despertando?

Óbvio, se isto acontecer, serão terríveis as pressões internacionais. Traidores levantarão a voz contra o nosso País, tendo talvez como símbolo a enigmática Marina Silva. Esperemos que a Dilma não seja como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto, mas na questão dos juros já teve que recuar.

Independente de posições políticas, é hora de apoiá-la nisto, se ela demonstrar a coragem que esperamos. Dias difíceis virão: novos boatos, pressões econômicas, atritos, bloqueios e quem sabe sabotagens de Forças Especiais estrangeiras, mas o que está em jogo é a integridade do nosso Brasil .

Sem noção

Entidades como o Conselho Indigenista Missionário – Cimi- respondem pela decadência da Igreja Católica no nosso País. De cristãos, essa gente não tem nada. Muito ocupados para cuidar de almas, preferem incentivar conflitos e promover as bárbaras religiões pagãs. Qual é a Bíblia dessa turma?

O Ministro da Justiça, até agora, exerceu um método para evitar conflitos de terras: Prende os legítimos proprietários. Isto pode estar mudando, aliás, tem que mudar, mas só mudará quando a Dilma se libertar da influência do Lula, o que está demorando.

A Ministra dos Direitos Humanos defende os direitos humanos de criminosos empedernidos, mas  jamais os direitos humanos das vítimas, e ainda quer desarmar os policiais, para que não possam fazer dano aos pobres malfeitores. Entre as autoridades, há os incapazes e também os capazes de tudo.  Maria do Rosário reúne ambas características: É uma incapaz capaz de tudo...

O governo de Evo Morales vem usando os 12 torcedores brasileiros injustamente presos lá, como moeda de troca para que entreguemos um senador asilado dentro da embaixada brasileira. Já era tempo de darmos uma lição naquele cocaleiro.

Seis mil médicos? Existem duas faculdades de medicina em Cuba: “La Habana”, que forma 200 médicos por ano, e “Elam”, que forma só 100, portanto Cuba gradua apenas 300 médicos anualmente. Para reunir seis mil deles seria necessário juntar todos os médicos formados nos últimos 20 anos. Se a vinda deles não for boato, não estaremos recebendo médicos, mas sim ativistas políticos. ATENÇÃO ABIN!

Só para lembrar.

No grande jogo geopolítico, as posições relativas dos diversos países se alteram segundo a evolução de suas potencialidades e da atuação de cada um.

A nossa posição já é potência regional e, em função de nossos recursos naturais, temos todas as condições de nos tornarmos uma potência global. Explorando apenas uma pequena parte de nossas terras agricultáveis, já somos chamados de celeiro do mundo. Temos espaço para crescer, energia hídrica e as jazidas minerais, inclusive petróleo. Não temos fatores físicos que freiem o nosso desenvolvimento. Se compararmos o potencial do Brasil com o dos demais, percebemos as vantagens evidentes do nosso País; podemos, se quisermos, ser independentes do resto do mundo.

Naturalmente, estes fatores despertam ambições. Além disto, tornam o nosso País uma ameaça ao ordenamento econômico  de potências estabelecidas, algumas das quais  vêem diminuir sua influência a cada ano. É lógico que essas potências, para manter o “status quo”, procurarão bloquear a ascensão dos demais, entre os quais o de maior potencial certamente é o nosso e o mais frágil militarmente também.

A primeira das barreiras que nos impuseram foi a socioambiental, que, somada ao incentivo à divisão étnica de indígenas e quilombolas, asfixiaram o nosso progresso impedindo ou retardando a construção de hidrelétricas, estradas e portos e prejudicando a produção agropecuária.

Há uma guerra, onde somos atacados por enorme exército irregular de ONGs, instituições e pesquisadores orientados por uma agenda ideológica, escrita e orquestrada pelos EUA, Inglaterra, Canadá, Noruega, Dinamarca e Alemanha, que pagam a conta e financiam este aparato.

É claro que se trata de uma guerra, e numa guerra o primeiro embate é o das vontades. Nisso estávamos em desvantagem, pois não percebíamos o solerte ataque.  Era como se numa conversa amigável nos surrupiassem a carteira e até nossos títulos de proprietários sem que percebêssemos.

A sociedade estava ofuscada pela conversa mole de dívida histórica, a imprensa bem paga pelas ONGs estrangeiras e o próprio governo eleito com o beneplácito dos “inimigos” ocultos. Agora o jogo está virando. O embate das vontades já está começando. O nosso mal é a mania de nos menosprezarmos e de falar mal de nós mesmos. Mudando esse complexo de vira-lata, incentivando o amor próprio, criando um pouco de orgulho, estaremos em condições d e vencer o embate das vontades, e quando vencermos esse embate, se houver embate físico, a vitória estará  assegurada.


Preconceito e discriminação

Há, hoje, no Brasil há, uma mania de achar que todo preconceito causa discriminação, e se  observa uma exagerada reação a alguns tipos de atitudes que poderiam ser  rotuladas de mal- educadas, mas são consideradas “tabu” por objetivos políticos. Pode-se chamar as loiras de “burras’. Pode-se chamar um rapaz de pele clara de “branquelo azedo”, mas se alguém chamar um afrodescendente de “negão”, soam os alarmes e os ativistas gritam: preconceito!

Discriminação

O preconceito pode existir ou não. Quanto mais mal formado o caráter mais preconceito haverá, como também pode ser criado por experiências anteriores. Pode haver preconceitos sobre carecas como sobre cabeludos, sobre pretos e sobre brancos, sobre judeus e sobre árabes. São atitudes mentais errôneas e mesquinhas, mas reconheçamos que têm sido fomentadas em todos os conflitos como parte da guerra psicológica. Só diminuirá com a convivência, mas nunca poderá ser completamente erradicado.

Quanto à discriminação, essa, sim, pode ser coibida pela lei, desde que não haja um motivo plausível; por exemplo, não se pode aceitar um obeso ou um cardíaco num curso de paraquedismo, por mais discriminatório que isto seja. Tampouco seria lógico aceitar um homossexual numa Academia Militar de um Exército, onde, por preconceito dos soldados, não o aceitem como chefe.

Outro aspecto interessante é o uso de certas características como injúria;  se alguém chamar alguém de “negro  ladrão”, certamente estará expondo seu preconceito, mas, se chamar de branco ladrão não seria a mesma coisa?

Estão confundindo injúria com discriminação. Há injúria de “ladrão”, sem que ele o seja; mas não há discriminação se alguém chamar um assaltante negro de “nego ladrão”...   Se ele for negro e é ladrão!  Como poderia ser loiro... e ladrão.

Fica difícil, hoje em dia, conseguir um adequado equilíbrio entre a liberdade de expressão e o uso de certas características como injúria, até mesmo quando são usados apelidos. No  Sul, é comum chamar-se as descendentes de alemães de “alemoas”; e os descendentes de italianos de “gringos”. Ainda  há os “polacos”, os “aratacas”;  e assim por diante.  Sem problemas, mas quando se trata de negros, a característica é intocável.

Outro exagero é no tratamento aos homossexuais. Não são apenas intocáveis, mas querem ser discriminados como melhores, como exemplos a serem seguidos.  Pode-se chamar um rapaz de garanhão, mas ai de quem se referir a um desviado como viado... ( Aliás, sobre a palavra “viado”, convém esclarecer que a expressão é proveniente de “desviado” e não do animal veado – com E – que consta ter uma vida sexual normal, com as suas corças... )

Esses exageros conduziram a sérias distorções de enfoque social, que vêm desembocando numa inadequada atribuição de quotas, pretensamente compensatórias.  Atribuir quotas é, em princípio, discriminar!  Hoje vemos quotas nas universidades, quotas no emprego público, quotas na concessão de crédito e na alocação de moradias subsidiadas.  Quotas não corrigem injustiças anteriores. Quotas discriminam e desestimulam a busca pelo mérito.

Nós, hoje, não temos culpa por ter existido a escravidão.  É abominável.  Foi abolida.  O que se tem que fazer, agora, é proporcionar oportunidades e tratamentos iguais para todos, independentemente da cor da pele, ou da opção sexual que tenha. Se quisermos ter união, temos que firmar o conceito de que todos os brasileiros são iguais, nos direitos e nos deveres


Que Deus guarde a todos nós e que nos ajude a manter a união!

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