quarta-feira, 13 de abril de 2016

Janela de Brasília(XXXVI)


1. Clima de impeachment hoje, que poderá se confirmar no próximo domingo, em nova etapa, quando será a votação na Câmara dos Deputados, mas que terá outras etapas no Senado Federal ou até mesmo no Supremo Tribunal. Senão...As Forças Armadas teriam que decidir. Do jeito em que se encontra, estagnado, o Brasil não pode continuar. Estagnado por causa da corrupção, esta, sim, um golpe contra a democracia, mais forte do que a ineficácia do governo no cumprimento de suas metas políticas, econômicas e sociais.
2. É curioso como o debate sobre o impeachment no País omite que a roubalheira e a falta de ética e moral na política têm sido, nos últimos anos, a causa dos males nacionais. Governar exige lisura, patriotismo, desambição pessoal, competência, planejamento, eficácia, e não aventuras políticas. A expectativa de crescimento do Brasil  para este ano chega a 3,6% pontos negativos, impactando para baixo o crescimento da América Latina. Tínhamos a sexta economia do mundo, há uma década.
3. Fazer política não deve e não pode ser roubar: É aplicar os recursos  materiais e imateriais da Nação para o  seu desenvolvimento integral.Essa é a propedêutica republicana, muito diferente do quadro de contaminação de quase toda a cadeia sucessória brasileira no momento e dos poderes constituídos.
4. Ocorrendo o impeachment de Dilma,  Michel Temer assumirá com um discurso e um projeto prontos e até já divulgados, mas será um governo-tampão, que possa restabelecer os investimentos externos no País a curto prazo e a volta imediata da governabilidade. Até que venha a reforma do sistema eleitoral ( maior controle do poder econômico) e partidário (com 36 partidos, não há solução à vista). De Gaulle dizia que a França era quase ingovernável com tantos tipos de queijos...
5. O que acontecerá com os 316 nomes de políticos, empresários e funcionários envolvidos na roubalheira que quebrou o Brasil, em especial o "Mensalão" e o "Petrolão" e o BNDES, conforme apurou a "Operação Lava Jato" sob o comando do juiz Sérgio Moro? Aliás, não custa perguntar: "O que acontecerá com a "Lava Jato", com ou sem o impeachment?
6. O governo do Distrito Federal colocou aquele grotesco muro metálico na Praça dos Três Poderes para separar os simpatizantes e antipatizantes do "impeachment", como se houvesse equidade nesse processo, que envolve, de um lado, os brasileiros indignados com a corrupção generalizada, e de outro, os que se recusam a aceitar que a corrupção é o maior golpe contra a democracia, ainda mais quando visa esse golpe à implantação de nova ordem socialista inadequada para nossos trópicos.
7. Seria cultural a corrupção no sistema político brasileiro? Simon Bolívar dizia que pregar a democracia nas Américas é como "lavrar no mar..." Entre os óbices que mencionava, estão o autoritarismo e a índole corrupta enraizados  na região que ele considerava um "viveiro de ditadores".
8. Muita gente se preparando em Brasília para ir  á Esplanada dos Ministérios no domingo para não deixar a peteca do impeachment cair e deixar claro que não aceitará que  a "Operação Lava Jato" seja controlada por esse e outro governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário