quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Com 61 votos contra 20,Senado afasta Dilma e efetiva Temer


O Senado Federal aprovou hoje, por 61 a 20 votos, o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, pela prática de crimes financeiros durante sua gestão, determinou o seu afastamento da Presidência, mas, numa segunda votação, manteve seus direitos políticos, podendo Dilma concorrer a cargos eletivos.O vice-presidente Michel Temer assume efetivamente o governo, depois de quatro meses na interinidade.
O impeachment não foi golpe de estado contra a presidenta Dilma Rousseff, que teve 54 milhões de votos em 2014 - uma legitimidade razoável -, mas não soube conquistar eficácia, tornando-se responsável pelo caos político e econômico que tomou conta do Brasil e que representa um sério desafio para o seu substituto, o vice-presidente Michel Temer, e sua equipe.
Quando Dilma afirma que é inocente e que o golpe com jeito de legalidade é o novo modelo de destituição de governantes na América Latina, no lugar dos tradicionais golpes militares,  demonstra não ter consciência  crítica da sua incapacidade de governar e de se compor com uma base sólida de apoio no Congresso Nacional.
Dilma levou o Brasil a 12,8 milhões de desempregados e um déficit fiscal de 96 bilhões de reais, corrigidos pelo governo interino de Michel Temer para 170,5 bilhões de reais. A Presidenta deposta fez sua defesa perante os senadores e a imprensa do mundo inteiro sem reconhecer o seu fracasso como governanta e dizendo-se inocente e vítima de golpe parlamentar.
O que importa em política não são as versões, mas o resultado final. Dilma perdeu completamente a chance de governabilidade, caindo nas pesquisas de opinião e frustrando-se completamente na realização de medidas políticas e econômicas essenciais para sua sustentação. Há quatro meses, escrevi  que a Presidenta Dilma Rousseff estava numa queda livre e que  não prosseguiria em seu mandato.
Esse impeachment é o segundo na história do Brasil. O primeiro foi o do Presidente Fernando Collor, em 1992. Hoje senador, Collor discursou no Senado reconhecendo que Dilma caiu “porque fez da cegueira econômica o seu calvário e da surdez política o seu cadafalso”.
Os aliados de Dilma no Senado Federal e na Câmara dos Deputados e os seus advogados insistem na versão do golpe de Estado, mas qualquer observador percebe que se trata de uma versão falaciosa, pois o Legislativo atuou conforme a Constituição Federal determina, sob o olhar atento e a participação do Supremo Tribunal Federal – STF-, cujo presidente, ministro Enrique Ricardo Lewandowski, presidiu a sessão de julgamento de Dilma no Senado Federal.
Os políticos, a imprensa e os cidadãos brasileiros  que navegam pelas redes sociais consideram que o impeachment é um processo traumático, que  contraria a democracia. Pode ser por alguns aspectos, mas é um mecanismo que, no Brasil, pode ser aprimorado, podendo ser agilizado em suas partes normativa e operacional. Do jeito que está se transforma num calvário para o presidente-réu, que passa a ser confinado no Palácio da Alvorada, e para o País, que fica paralisado diante da interinidade do substituto.
Um aspecto negativo seria sua utilização para desestabilizar o governo. Mas, essa seria uma teoria questionável, porque um governo forte e com legitimidade e eficácia (governabilidade) garantidos não se permite chegar ao ponto que chegaram Collor e Dilma, dois presidentes que não souberam formar uma sólida base parlamentar.
Como presidente efetivo, Michel Temer, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- com sua habilidade de tecelão e timoneiro, já começa a costurar com seus aliados partidários, o Partido da Social Democracia Brasileira –PSDB- e o Democratas-DEM, a aprovação, no Congresso Nacional, de importantes medidas para a economia brasileira com vistas à atração de investimentos internacionais. Além da questão do reequilíbrio fiscal e financeiro dos estados, da reforma da previdência e da contenção de gastos pela máquina pública, Temer se empenhará na aprovação da abertura da exploração do petróleo na camada do pré-sal para empresas estrangeiras, com base em projeto do senador José Serra, seu ministro das Relações Exteriores e um dos prováveis candidatos ao Palácio do Planalto em 2018 pelo PSDB.
Os políticos brasileiros enfrentam a denominada “Operação Lava Jato”, comandada pelo juiz federal Sergio Moro, que ameaça levar à prisão dezenas de figuras acusadas de práticas de corrupção. O próprio presidente Michel Temer enfrenta problemas de acusações por ter recebido dinheiro indevido na campanha de sua chapa com Dilma Rousseff nas últimas eleições. Temer trabalha nos meios jurídicos para desvincular sua condição de vice na chapa  da titular Dilma. O Tribunal Superior Eleitoral controla o processo, que, em caso de atingir Temer, levará à presidência a ministra Carmem Lúcia, que assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal no próximo ano.
Temer cumpre seu primeiro compromisso internacional viajando  hoje para a China. Assume a presidência, em seu lugar, conforme determina a cadeia sucessória, o presidente da Câmara dos Deputados, o jovem deputado Rodrigo Maia, 46 anos, do   Democratas, recém-eleito após a destituição do deputado Eduardo Cunha , do PMDB.
Agora que Michel Temer se instala efetivamente na Presidência, o grande fato político do Brasil passa a ser a realização das eleições municipais de outubro próximo, que terão, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral, 503.200 candidatos, sendo 17 mil para prefeito, 17 mil para vice-prefeito, e 469.200 para vereador. Desse pleito emergirá a nova composição de forças partidárias nacionais, que definirá os rumos do poder no Brasil.
Desgastado pelos 12 anos de exercício do poder, o Partido dos Trabalhadores -PT- se apresenta como a grande incógnita dessas eleições, com seu líder maior, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentando acusações e investigações de prática de corrupção, abrangendo familiares seus bem próximos, acossados pelas investigações da “Operação Lava Jato”.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

"Janela de Brasília XLI"

1.Frente fria no Distrito Federal esquenta e esfria o tempo num verdadeiro tobogã climático, mas chuva mesmo veio muito pouca, nos dias de lua cheia. Agora é veranico  impiedoso, segundo a meteorologia.
2.Pode-se afirmar que as Olimpíadas lançaram uma pá-de-cal sobre qualquer ideia que a Presidenta Dilma Rousseff pudesse ter de que continuaria no cargo.O êxito do evento e as medalhas conquistadas pelo Brasil, em especial a de outo no futebol, mostraram que o vice-presidente Michel Temer é pé-quente...enquanto no governo Dilma o Brasil levou aquela triste goleada da Alemanha.
3.Os policiais civis do Distrito Federal se encontram em greve, enquanto o Rio de Janeiro experimentou o maior esquema de segurança já visto, para as Olimpíadas.Agora que essas terminaram, melhor que o governo federal ajude o governo Rollemberg a cuidar da segurança  na Capital da República.
4.O lixão urbano no Itapoã, um bairro popular que se localiza perto do Lago Norte, continua a céu aberto e desafiando a competência das autoridades da saúde pública. Será que não tem solução para o desafogo  dos entulhos e restos de construção produzidos pela população?
5. É caótica a situação da Câmara Legislativa do Distrito Federal, diante do escândalo das propinas na área da saúde. Por pior que seja uma representação política, ela é essencial para a democracia, mas não parece ser esta a visão das elites políticas do Distrito Federal.
6.A quirera teve seu preço aumentado com a falta de milho no mercado e arrastou para o alto os preços do painço, do alpiste e do girassol. Os criadores de pássaros e outras aves, além daqueles que se divertem alimentando as aves livres na natureza, estão gastando por volta de 60 reais por mês para adquirir esses alimentos.
7. Meu primo violinista Leonardo Feichas se exibirá dia 9 de setembro, às 20 horas, na Casa Thomas Jefferson, em Brasília, quando  promoverá seu livro "Da porteira da Fazenda ao Batuque Mineiro:O violino Brasileiro de Flausino Valle". Leonardo é professor titular de música da Universidade Federal do Acre e acaba de participar de um debate musical na "Scotland-Internacional Society of Music Education(Isme), em Glasgow, na Escócia.

Pré-sal é o "Rubicão" do Governo Temer


O Presidente em exercício Michel Temer reconduz o Brasil com firmeza aos trilhos, depois de 13 anos de desastrosa administração do Partido dos Trabalhadores-PT-, que deixou legado de 12 milhões de desempregados e déficit fiscal de 170,5 bilhões de reais, além de uma vasta rede de corrupções nas empresas estatais, como a Petrobrás e a Eletrobrás , e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –BNDES-, objetos de investigações pela “Operação Lava Jato”, coordenada pelo juiz Sérgio Moro.

Essas investigações ainda não chegaram aos mentores principais do esquema de roubos, cujos nomes o Brasil inteiro pronuncia exigindo punição severa e acerto de contas nas eleições municipais de outubro, que desenharão o perfil do mais forte candidato presidencial para as eleições de 2018. Um candidato que resgate os princípios éticos e morais da administração pública e da política no Brasil.

O start dessa recondução do Brasil aos trilhos foi dado pela exitosa realização das Olimpíadas, numa demonstração para o mundo inteiro de que a Nação e o Estado são capazes de conviver num clima de harmonia e construção da ordem e do progresso, com todos os desafios advindos da globalização.

Com o impeachment da Presidenta afastada Dilma Rousseff praticamente definida para o julgamento a se iniciar no próximo dia 25, Michel Temer, o timoneiro e tecelão do Tietê, vai acertar na Câmara dos Deputados a situação fiscal dos estados e adotar medidas estruturais de contenção do déficit orçamentário da União, e em seguida, junto com seus generais, tal como o imperador romano Júlio César, atravessará o seu “Rubicão” aprovando, na Câmara dos Deputados, o projeto-de-lei que permite a outras empresas, além da Petrobrás, a exploração das jazidas petrolíferas da camada do pré-sal.

O atual modelo de exploração, defendido por Dilma, o PT e outros aliados das esquerdas, é o de “operador único”. O argumento é a preservação da soberania nacional na exploração do petróleo, argumento um tanto falacioso, considerando-se a demolição promovida pelos governos de Lula e Dilma na estrutura da Petrobrás. Uma demolição feita com tanto empenho, nas finanças da empresa, à custa de incompetência e jogadas de corrupção, que hoje acaba beneficiando as empresas estrangeiras interessadas no pré-sal, pois de fato a Petrobrás não tem condição de operar sozinha nas gigantescas jazidas de petróleo.

Após atravessar seu “Rubicão”, ainda antes das eleições municipais, Michel Temer poderá concluir a estabilização política e econômica do País com o aporte de vultosos investimentos nos setores geradores de empregos.

 

 

 

 

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Brasil aliviado
Finalmente, chegou a hora, na decisão das Olimpíadas. Brasil levou o ouro.Nada mais justo. Merecidamente. Acabou a paranoia. O Brasil enterrou, de uma vez por todas, o fantasma alemão que atormentava o futebol pentacampeão do mundo desde aqueles 7 x1 da Copa.

O adversário não interessa. Que seja a Alemanha. Nada de paranoia, lembranças ruins ou sentimento de vingança. A seleção evoluiu. Júnior frisou com razão. Passou a jogar com objetividade e coletivamente. Melhorou a qualidade do passe. Nada de correria e precipitação. Renato Augusto e Wallace acertaram o meio campo. Renato Augusto merecendo louvores. Administrando o jogo com paciência e eficiência. Alertando os mais jovens. Perfeito.  Futebol é falado. Não é esporte de mudos.
Doria odeia povão
A foto não mente: Cara de nojo, do candidato a prefeito de São Paulo, João Dória, bebendo um pingado (café com leite), no boteco, evidencia  quanto o candidato do PSDB odeia o povão. Faz campanha baseada na hipocrisia e no cinismo. Tomara que o eleitor paulistano disponha de melhores opções.
Rebecca na FIESP
Em reunião com dirigentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na sede da entidade, em SP, a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, participou de debates sobre Pesquisa e Desenvolvimento.
Rebecca Garcia aproveitou o encontro com as lideranças da indústria do país para buscar apoio à iniciativa da Suframa com vistas a encaminhar ao governo federal medida provisória para regulamentar/autorizar o parcelamento ou reinvestimento de glosas no âmbito das indústrias. A superintendente da Suframa explicou que o apoio da FIESP se justifica, vez que, apesar de ser uma iniciativa da autarquia, vai beneficiar indústrias de todo o país.
A carta de Dilma
Realmente, Dilma não aprendeu a lidar com o povo nem com os políticos. A carta que mandou para os senadores é desinteressante. Não comove e não sensibiliza. Perda de tempo. Estratégia furada e pretenciosa.  
Tiro no pé. Quem tem raiva de Dilma, passou a ter ódio. A carta não tem gestos de desprendimento, atitudes de grandeza nem verdadeira autocrítica. Dilma deveria, pela última vez, ser alertada pelos seus arrogantes alquimistas, que os políticos em geral e os senadores em particular, são cobras mais do que criadas. O jogo acabou. Melancolicamente.
Jornalismo do ódio
Perfilado como dono do monopólio da verdade, O Globo escancara ódio pelas ventas contra Eduardo Cunha. O vergonhoso editorial "Câmara deve ao país a cassação de Cunha” (12/8) é um primor em arrogância e torpeza. Um monumento ao moderno, cretino e covarde jornalismo fantasiado de isento, que humilha e depõe contra o verdadeiro jornalismo em todas as linhas; o absurdo, o cinismo e a covardia vencem  o bom senso e a ponderação. O editorial é típico das ditaduras. Intimidador, autoritário, presunçoso e raivoso. É como se o jornal estivesse decidido a fazer justiça com as próprias mãos. É melancólico, trágico e patético.
Resolveram tirar o fígado de Cunha. O ex-presidente da Câmara é proibido de se defender.  Cunha que se lasque. O Globo mandou Cunha para o paredão. Sem dó nem piedade. O medonho editorial acintosamente dá ordens aos deputados  para esfolar o couro de Cunha, como se todos eles fossem vassalos e assalariados do jornal.
Com o editorial O Globo também chuta o traseiro dos juízes, dos membros do MP e dos ministros do STF. São eles as legítimas autoridades, por dever e por méritos, que devem apreciar e julgar envolvidos ou acusados em delitos. O Globo não pode se arvorar de policial, de carrasco ou de juízes. Não tem autoridade para condenar ou fuzilar ninguém. Não é dono do mundo, da razão e nem da consciência alheia.
Vaidade na Corte
Cláudio Humberto revela no diariodopoder.com. br  que, em breve, o Tribunal de Contas da União(TCU) abrirá  salão de beleza para atender ministros e servidores. Obra sensacional. Era o que faltava para  enriquecer o patrimônio e as dependências do imaculado e discreto edifício.
Os preços cobrados serão os mais baixos da praça. Nada e tirar o couro. Depilações sem dor.   Para manter a coerência com a formação dos austeros ministros, responsáveis por zelar pelas contas públicas do governo federal.
Ministros passarão a trabalhar com os cabelos, unhas  e barba nos trinques. Não precisarão mais ajeitar os cabelos as pressas  diante dos holofotes das televisões. Funcionários também  felizes   com a alvissareira notícia. Ruim para os salões de Brasília e do Brasil, que perderão clientela.  O salão não aceitará vale refeição nem vale transporte como pagamento. Cartão só no débito. Sem parcelas. Fiado nem pensar.  Já tem ministro estrebuchando. Com cara feia. 
Patrulheiros ansiosos
A tropa dos enfurecidos  patrulheiros e paladinos de barro está  perto de atear fogo às vestes. Tudo porque o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, adiou  para setembro a sessão em plenário que decidirá pela cassação ou não, do mandato do deputado Eduardo Cunha.
Bobagem estrebuchar. Amadores não percebem que o xadrez do jogo político é marcado por sutilezas , barganhas, recuos e avanços  muitas vezes inesperados inclusive para políticos rodados e calejados.    Rumores apontam Michel Temer como mentor da decisão de Rodrigo Maia. Não se pode afirmar. Mas Temer é do ramo.  Não perde de vista que é presidente interino, com reais certezas de dentro de poucos dias será finalmente efetivado no cargo. Graças   a Eduardo Cunha, que  colocou em votação o processo de impeachment de Dilma.
A constatação é verdadeira e irretrucável. Temer sabe que a gratidão é a primeira grande virtude do homem. Explica-se, então,   o oceano  de raiva e desprezo que os aliados de Dilma dedicam a Eduardo Cunha. Fantasiados de policiais e magistrados,  querem o couro de Cunha de qualquer jeito.
Rafaela
Sugiro que a corja de imundos, calhordas,  parasitas e covardes que insultaram nas redes sociais  a  medalhista de ouro, Rafaela Silva,  que enfiem a cabeça no vaso sanitário e dêem a descarga. A humanidade agradece

 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Cristovam em êxtase
O senador Cristovam Buarque melou a sucessão presidencial. Calem o mundo. Apaguem as estrelas. Parem a respiração. Toquem os clarins: Buarque ainda não decidiu se será candidato a sucessão de Michel Temer.
Caramba, que noticia triste. Estarreceu o mundo politico. Foi o que decidiu a lâmpada mágica do senador. Buarque não sai de casa sem consultá-la. Afinal, a peça rara custou uma nota preta na feira dos importados. A mal fadada geringonça não erra uma. Acertou em cheio quando anteviu que Buarque seria o pior reitor da UnB, o mais desastrado governador de Brasília e, seguramente, entrará para os anais da política como o mais incompetente senador do Distrito Federal.
Mas, quem disse que Buarque perde a pose? Preparem os remédios de Michel Temer. O senador avisou que não pertencerá à base do governo. Nem que a vaca tussa.  Buarque não é de brincadeira. Quando ela abre a boca para recitar suas pantomimas e escrever seus bolorentos artiguetes que fazem tremer a Casa Branca, o mundo fica mais encantado e feliz.  Os jardins ficam mais floridos. Obama corre para ligar a televisão. Putin suspende a temporada de esqui e Ivete Sangalo tem enxaqueca dos diabos. Não sei o que seria da humanidade se Cristovam Buarque não existisse.
Dois Reis
Quem disse que Pelé não participou dos jogos olímpicos? O Rei marcou presença através de Bolt, que representa bem a magia de Pelé, que encantou o mundo; agora quem encanta o mundo é Bolt.
Pelé, o maior de todos no futebol, era venerado pelos torcedores. Em toda parte do mundo. O carismático Bolt também. Bolt, o maior de todos no atletismo. Nenhum jogador de futebol será melhor do que Pelé. Nenhum atleta no atletismo será maior do que Bolt. Pelé era veloz como Bolt. As passadas largas de Bolt deixam os adversários para trás. São idênticas as passadas de Pelé quando driblava os adversários em direção ao gol; era impossível detê-lo.
Pelé e Bolt gênios do esporte. Pelé e Bolt, indomáveis. O sorriso deles atrai o sucesso e a vitória. No final dos jogos olímpicos, o mundo se emocionará com o encontro Pelé e Bolt. Glorificados e eternizados pelos deuses do esporte.
Medalhas
Cada medalha conquistada pelos atletas brasileiros nas olimpíadas do Rio significa um grito de esperança que sai do peito. Uma explosão de fé e alegria sacudindo corações. Desabafo coletivo que espanta o pessimismo e sacode a alma. São lágrimas e suor clamando por um país mais justo, tolerante e feliz.  
Prossegue o escarcéu em torno da melhor notícia do ano,  segundo  a qual o ex-senador Luiz Estevão mandou reformar algumas dependências do presidio da Papuda. E daí, qual o mistério?
É uma tremenda falta do que fazer. O Estado é quem deveria fazer as reformas, para melhorar as áreas onde os presos vivem. Não faz porque é incompetente e indolente. A imprensa divulga com estardalhaço e ainda faz ilações injustas, inconsequentes e irresponsáveis, comparando a iniciativa de Estevão com a de Pablo Escobar, que mandou reformar um presidio inteiro.
Completando o patético circo vem o Ministério Público e a Secretaria de Segurança disputando migalhas na imprensa, para ver quem aparece mais, à custa de Luiz Estevão e do episódio. Seria cômico, se não fosse melancólico e surreal.
Inconformismo petista
Petistas estão indóceis, raivosos e inconsoláveis porque a sessão que poderá cassar ou não o deputado Eduardo Cunha foi adiada para 12 de setembro. Alegam que a data cai numa segunda-feira. E daí?Segunda não é dia de trabalho?
Estão injuriados porque a cassação do ex-presidente da Câmara teria sabor de vingança, já que Cunha é o maior responsável por Michel Temer  ocupar a presidência da República, porque colocou  para votar, no plenário, o pedido de impeachment de Dilma.
Patrulheiros de Maia
O deputado Rodrigo Maia atendeu prontamente as ordens dos torpes patrulheiros: o presidente da Câmara Federal diz ser contra o pedido dos advogados de Eduardo Cunha para suspender o resultado da CCJ favorável a cassação do seu mandato. Rodrigo Maia nem leu o pedido de Cunha e já colocou os carros diante dos bois. É gênio. Usa má-fé. Maia não  pode se manifestar politicamente sobre o assunto.
A atribuição de analisar o pedido de Eduardo Cunha é dos técnicos da Câmara, que estudarão  o pedido do ex-presidente da Câmara baseados  em fatos, argumentos e evidências, e não em conchavos políticos. 
Antes do que se previa, Rodrigo Maia já mostra ser refém de carteirinha dos torpes patrulheiros da mídia e da manada de politicos medíocres, parasitas e demagogos, que querem usar o nome de Eduardo Cunha como palanque eleitoreiro, para saciar seus apetites doentios de covardia e canalhice.
Collor aniversariante
Meu forte abraço, minha amizade e minha solidariedade, ontem, hoje e sempre, para o grande brasileiro, senador Fernando Collor, que completa 67 anos dia 12 de agosto. Com vigor e determinação, trabalhando pelo Brasil e pela coletividade.  Com o mesmo inabalável espírito público dos demais cargos que ocupou. Prefeito, deputado federal, governador e Presidente da República. Collor é contundente porque não é servil nem hipócrita. Enfrenta os problemas de frente. Não dissimula. Gostem ou não gostem os decaídos, parasitas, covardes, desinformados e ressentidos de plantão. Sofreu impeachment político. Foi absolvido por unanimidade no Supremo Tribunal Federal - STF. Um dia a verdadeira história republicana fará justiça a Fernando Collor de Mello. Saúde para ele.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

"Janela de Brasília XL"

1.Muito veículo nas ruas do Distrito Federal causa a impressão de uma "Babel Candanga". São milhares de motoristas que vão e vêm com impressionante fluxo imposto pelo horário de funcionamento das repartições públicas. Nos dias de jogos das Olimpíadas, o fechamento de algumas vias tornou tudo mais caótico.
Esse trânsito se torna mais nervoso à medida em que vai chegando o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Tem gente que chega do interior do País para assumir cargos no novo governo e gente que se prepara para sair da Capital perdendo seu emprego.Uma verdadeira balbúrdia social, que se reflete nos restaurantes, nas lojas e nos bancos.Aliás, os estabelecimentos oficiais (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil)  estão sempre lotados e com suas agências eletrônicas funcionando a meio vapor, como se houvesse alguma "OperaçãoTartaruga nessa fase política.
 
2.A falta de chuvas no Distrito Federal não afeta o abastecimento de água para a população e nem sugere qualquer medida de racionamento, pois o Lago Paranoá, segundo se noticia, se apresenta razoavelmente cheio. Mas o crescimento populacional recomenda que o governo se empenhe mais numa campanha  permanente para o uso racional do precioso líquido, porque há muito desperdício.
 
3.Numa pesquisa espontânea junto à opinião pública, eu teria curiosidade de saber quais são as três personalidades mais populares do Distrito Federal, nestes 56 anos de existência de Brasília. Acho que as respostas seriam Juscelino Kubitscheck, Joaquim Roriz e Ulisses Guimarães, que ajudaram a consolidar a nova capital. Mas, se me perguntassem, eu me lembraria do empresário Paulo Octávio, o levantador de edifícios.
 
4.Aumenta no Distrito Federal a prática dos condomínios residenciais de adoção de síndicos profissionais para sua administração, ficando o subsíndico da chapa oficial eleita como espécie de adjunto para casos emergenciais. Os condomínios com moradores idosos são os que mais adotam síndicos profissionais, que oferecem seus serviços a dois, três ou mais prédios.
 
5.Quebra da safra de milho no Distrito Federal torna o ´produto mais caro no mercado, principalmente para alimentação do gado, dos porcos e das aves. O sorgo vem sendo bem produzido como opção para as rações, mas não tem o mesmo prestígio do milho.
 
6. A seleção masculina de futebol brilhou no jogo contra a Dinamarca vencendo de 4x0, além de ter dado um show de passes e conjunto. Neymar não marcou até agora nenhum gol, mas desequilibrou neste jogo. Dizem que jogou com o sutiã da Marta, a nossa Pelé de saias... Quero ver se desta vez ganhamos a medalha olímpica de ouro, porque a seleção principal de Tite é uma incógnita, diante das distorções que acometem o futebol brasileiro dentro e fora do campo. Gabriel Jesus e Gabigol são extraordinários...
 

Esquerdas mudam de pele e cabeça


Com a situação da Presidenta afastada Dilma Rousseff praticamente definida pelo seu julgamento final e impeachment a ocorrerem ainda neste mês, no Senado Federal, dois fatos novos merecem observação no quadro político brasileiro: A proposta do ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral-TSE-, Gilmar Mendes, de se avaliarem as denúncias contra os partidos acusados de receberem propina da Petrobrás em suas campanhas, entre os quais se destaca o PT –Partido dos Trabalhadores -, com risco até de extinção dessas siglas, e a tentativa das esquerdas de recorrerem ao discípulo de Antonio Gramsci, o norte-americano Saul Alinsky, para substituir seu mestre como novo ideólogo no Brasil.

Após 13 anos no Poder, O PT deixa, com a saída de Dilma Rousseff, não apenas um país com economia destroçada e minado perla corrupção, mas deixa as esquerdas do Foro de São Paulo sem o discurso e a estratégia do filósofo italiano Gramsci de conquista gradativa do poder e destruição do Capitalismo por dentro. Seu discípulo, o pragmático Alinsky, autor do livro “Regras para Radicais” (Rulles for Radicals), faz a cabeça de Obama e Hillary Clinton, a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, ex-secretária de Estado e esposa do ex-presidente Bill Clinton.

Qualquer partido que transgrida a lei pode ter sua sigla cassada. Não seria má ideia o PT livrar-se dessa sigla que se tornou maldita para oferecer uma nova opção à esquerda brasileira identificada com o Lulopetismo. O partido abriria mão de Gramsci e adotaria Alinsky como ideólogo. Afinal, no Foro de São Paulo, houve petistas entusiastas de Alinsky... O problema é que ele está mais para inspirador dos tucanos, do Partido da Social Democracia Brasileira –PSDB- do que dos petistas.

Parece-me que ao PT não resta alternativa senão a de trocar de pele, como as cobras fazem, se quiser manter o controle majoritário das correntes populares de esquerda no Brasil. O partido se desgastou irremediavelmente nesses 13 anos e terá sérias dificuldades para obter uma votação razoável e uniforme em todo o território brasileiro nessas próximas eleições municipais. A dica de Gilmar Mendes é mais um favor do que uma ameaça ao lulopetistas.

Quanto ao Governo interino de Michel Temer, vai conseguindo repor o País nos trilhos, apesar da sua baixa legitimidade popular. Temer, o tecelão e timoneiro de Tietê, foi vaiado no Maracanã, ao declarar abertas as Olimpíadas, mas eram vaias esperadas, porque o público carioca é por natureza antigovernista, desde que a capital brasileira se transferiu para Brasília.

Vamos aguardar o desfecho do processo de impeachment de Dilma Rousseff para avaliar a nova fase política e econômica brasileira, mas, com o trabalho da “Operação Lava Jato” em curso, as próximas eleições municipais serão um teste decisivo para a reforma política que se reclama para o Brasil.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O que o Brasil oferece para os Jogos, e ninguém vê, nem mesmo os brasileiros.


Aylê-Salassié F. Quintão*
              
            Perdendo por 38 x 0 para o Canadá no rugby, goleando a Romênia por 26 a 13 no handball,  empatando com os melhores e também com os piores, o Brasil, no seu lento e confuso processo de desenvolvimento atlético, persegue seu lugar na classificação geral, ao mesmo tempo em que contribui para recompor os padrões das Olimpíadas   . Com a Rio 2016, os  Jogos da Era Moderna, já na sua XXXI edição,  revela algumas  contradições, que os transformaram de um encontro amistoso de integração social via esporte num espaço de disputa política hegemônica e, sobretudo, comercial. Pela primeira vez realiza-se na América do Sul. Nunca aconteceu na África e, certamente, no formato em que se encontra  hoje, todos os países pobres estão fora da possibilidade de recebê-los.
        
         Um dos dilemas das Olimpíadas está nos seus próprios objetivos.  Os atletas que vêm no esporte a razão de viver  ou um  espaço de superação de limites individuais encontram nele um entendimento difuso entre o vencer, o competir e  o celebrar . A maioria dos atletas, países ou patrocinadores defendem claramente o vencer e vencer. Mortais, os atletas  esperam conquistar reconhecimentos iconizados em medalhas, coroas de louros e na    hiperbolização dos seus feitos pela mídia, o que termina por lhes render também valores  monetários e outras vantagens materiais.
 
             Mas, a dimensão iconográfica alcançada pelos Jogos na Era Moderna terminaram por inspirar  uma repaginação total dos seus  propósitos originais, que levaram à introdução de conexões entre esporte e economia e esporte e política. Quase sempre o número de medalhas conquistado por um país nas Olimpíadas é usado na política para estimular a auto-estima nacional. Concomitantemente, as qualidades, virtudes e recordes olímpicos são associados comercialmente  a produtos ou serviços, nem sempre guardando qualquer relação ou similitude. É o caso dos suplementos alimentares, cujas virtudes são amplamente falsas. Os equipamentos esportivos estão praticamente todos relacionados hoje com as marcas olímpicas. Os Jogos geraram uma máquina de fazer dinheiro e, com ela, também muita corrupção (Simson e Jennings,1992.), afastando-se gradualmente do espírito olímpico.
 
         Responsável pelo renascimento dos Jogos na chamada Era Moderna (1886), o barão de Coubertin conferiu ao evento a idéia de que o importante era competir: mais fraternal e bem menos ambicioso. A maior recompensa de um atleta seria fazer parte do grupo de elite do esporte mundial, e assim ser introduzido no imaginado Panteão dos Deuses. No entender do barão, que era um professor, os Jogos teriam um caráter mais celebrativos e menos competitivos.  A celebração vinha dos Jogos da Antiguidade na Grécia, nos quais se  configurou a idéia despretensiosa de um lúdico compartilhamento de práticas esporto recreativas, ritualizadas por regras, na relação de sujeitos estranhos entre si, mediadas pela busca do prazer  físico e mental, que eleva os vencedores à condição de espíritos avançados.
 
               Enfrentando resistências pontuais dos xerifes do esporte, dos caciques da política e dos capitalizadores comerciais de valores sociais e culturais, os Jogos no Brasil, em plena crise de Estado, agrega a curiosidade e a alegria do brasileiro. País multicultural e membro destacado do grupo dos “Biodiversos”, o Brasil tem perseguido modelos sustentáveis para todos os segmentos da sociedade, independente de serem eles considerados produtivos ou não, sem medo  inclusive  dos desafios  das novas tecnologias. Tudo isso ajuda a dar materialidade à idéia da celebração. Por aqui realizam-se de dois em dois anos   os  Jogos dos Povos Indígenas que, mesmo administrado com a modéstia por dois irmãos índios, Carlos e Marcos Terena, expande-se a cada edição tornando-se num  modelo de evento planetário. Seus referenciais contemplam tanto práticas lúdicas e recreativas , próximas do lazer, do entretenimento e do esporte, como os rituais tradicionais de diferentes povos . Em geral, são confundidos com as competições. Assim, os Jogos como expressão de interpretações põem em prática um sincretismo cultural, ambiental e existencial , ocupando um vazio nas concepções de mundo,  ao mesmo tempo em que resposde à cobrança do filósofo Gadamer (  1999    ), segundo a qual sempre que se interpreta deve-se criar uma intenção.  
          
           A celebração a que se propõem os Jogos dos Povos Indígenas traz consigo um significado seminal e, diria,  refundante da interpretação das relações sociais e dentro dos próprios Jogos  enquanto tal, indispensável para a compreensão dos propósitos desportivos e também memoriais. Os índios fundem rituais festivos memoriais com modalidades esportivas do próprio homem branco. Excluem, entretanto, dos Jogos a idéia metaforizada do vencer e vencer. É mais que isso. Mais ainda que a competição de Coubertin. São encontros alegres, marcados pela amizade e o reconhecimento entre povos diferentes, bem como momentos de comunhão e agradecimento por habitarmos poeticamente este mundo - significado dado por Hoderlin (1976) - e, nele, poder compartilhar experiências existenciais, espirituais ou materiais com outros. A terra e um só mundo e nós seus habitantes.
Jornalista, professor. Doutor em História Cultural

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Olimpíadas: cadê o país cordial? Agora já era!..

Ayle-Salassié F. Quintão*
 
           
              O Brasil retorna à globalização pela porta dos fundos .  Cerca de 47 mil homens fazendo a segurança só em pontos estratégicos do Rio de Janeiro, sem contar a quantidade enorme de policiais das delegações de quase 100 países. É de assustar. Vai pro brejo aquela imagem de um povo cordial, cativante, hospitaleiro  e intrigante, perfil próprio para evento Olímpico, de caráter puramente celebrativo .  O brasileiro se descobre repentinamente  numa guerra. Até parece que este cenário foi forjado intencionalmente por aqui. Sim, porque o “revolucionário”  exército islâmico (EI) caracteriza-se por dois tipos de militância:  jovens patologicamente desequilibrados e uma corrente de desempregados.   
             
              O esquema de segurança remete aos anos 70. Para qualquer lado que se virasse havia um escuta, um “dedo duro”.  Mesmo assim, a ousadia era maior. Acontecia de tudo: assalto a banco, seqüestros de aviões, sabotagens. Mas, hoje, o ministro da Defesa, Raul Jungman, um dos relatores da Lei Antiterrorismo, atribui a violência ao   “stress pré-olímpico”, e assim justifica o surgimento desse exército com prerrogativas quase paramilitares. Vi coisas similares em Pequim, em Atenas, em Dakar. Os marginais mais conhecidos e alguns ativistas políticos eram retirados previamente de circulação. Em Pequim, chegaram a deter jornalistas, intelectuais e políticos que gostavam de ver o circo pegar fogo. Certo dia, o hotel foi invadido por uma tropa à busca de  nacionalistas  tibetanos. Saíram de lá com dois deles arrastados e uma bandeira  do movimento de libertação de quase 20 metros. Na Grécia, antes do início dos Jogos, foram registradas várias explosões pelas ruas.  De outra feita, em Dakar, acompanhei  a profilaxia para o Festival Mundial da Cultura, em que o governo mandou interiorizar os leprosos  que viviam nas ruas da capital do Senegal.
 
              Aqui , o país pacífico e tropical “já era”, como diz a minha amiga Marly Gonçalves, lá do blog do Brickmann. Não há espaço mais para ser contra as Olimpíadas. É preciso preocupar agora é com a segurança da população interna  que, já mal amparada pela polícia, vai ficar, durante 60 dias, à mercê da bandidagem, banalizada em discursos oficiais e pela mídia. O chargista de um grande jornal, ilustrou, com ironia, um diálogo possível. Ao ser assaltado na rua, o cidadão coagido indagara do ladrão: “Você é só assaltante, não é terrorista, não é?”  Os ministros pregam que a força compacta que atuará  nas olimpíadas, com prerrogativas repressivas ampliadas, vai servir  também de instrumento de dissuasão  para os marginais. Que conversa hein! A liberdade agora será quase completa. A lei 13.260/2016  autoriza a detenção do sujeito, desde que  identificado como envolvido em “atos preparatórios”. Estão nesse caso, os 12 presos,  ingênuos ou não, suspeitos de ligação com o EI . Vão ficar lá apodrecendo até o final dos jogos. Não haverá juiz para mandar soltá-los neste “período de exceção” imposto pelos comitês Olímpico(COI) e Paralímpico (CPB).
             
            A preocupação mesmo é com os viéses do “terror” e a entrada no Brasil, pela “triplíce fronteira”, desses estrangeiros estressados. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes,  acaba de ter um encontro preventivo com seus pares do Mercosul. O das Relações Exteriores, José Serra, reúne-se com representantes dos países participantes  para acertar uma atuação integrada capaz de desestimular possíveis crimes transfronteiriços.  Os EUA estão entrando no Brasil com uma tropa de mais de 100 policiais. Inglaterra, França e Alemanha não vão deixar por menos. Haverá um Centro Internacional de Inteligência operando dia e noite no período dos Jogos.
 
            Enfim , o Brasil recupera a inocência perdida, e volta a ser global, pelo menos em matéria de  violência explícita. A insegurança interna vai servir de palco  para demonstração de como funciona o combate ao terrorismo no mundo, tema que passava já longe dos brasileiros. Com a economia em frangalhos e o descrédito político , voltamos a ser  inseridos globalmente pelo terrorismo. Isso poderá vir a ser um legado: há uma mudança de patamar  nos sistemas de segurança no planeta. O mundo está se integrando pela violência ou o seu combate. Até aqui o Brasil permanecia fora dessa inter relação. Agora, é inevitável nossa projeção global.
              
            Na realidade, o Brasil não teria tanto a oferecer para os terroristas não fosse por sediar os Jogos Olímpicos de 2016, palco privilegiado para quem procura os 15 minutos de fama. Cabe todo tipo de ação destinada a alcançar um apelo global e instantâneo. Serão mais de 10 mil jornalistas, representando 30 a 40 mil meios de comunicação no mundo: conexão total.  O espetaculoso esquema de segurança dos Jogos poderá empalidecer a realização do próprio  evento, a imagem do Brasil com um país cordial e até o Rio de Janeiro como paradisíaco. Assim, o que vier de lucro vai custar muito caro. É mesmo uma oportunidade com o máximo de risco, tanto interno quanto externo. Para o Brasil vir continuar a ser visto como o País do futuro,  vai ser preciso encontrar uma nova fórmula de preservação do mito que se desintegra: só isso nos salvará.
 
*Jornalista, professor. Doutor em História Cultural

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Suframa visita empresa de industrialização de suínos no Acre
Participaram da visita a coordenadora geral de Estudos Econômicos e Empresariais, Ana Maria Souza, o coordenador regional da SUFRAMA em Rio Branco, João de Deus, e técnicos das coordenações gerais de Estudos Econômicos e Empresariais e de Comércio Exterior da autarquia, acompanhados, ainda, da vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre, Adelaide de Fátima. A equipe foi recepcionada pelo diretor presidente da  Dom Porquito, Paulo Santoyo, e pelo gerente industrial, Alder Cruz, que conduziram a comitiva por uma visita às instalações da fábrica.
Com investimento total de R$ 86 milhões, a Dom Porquito possui frigorífico com capacidade para abater cerca de dois mil animais por dia, em dois turnos, e capacidade de industrializar 20 toneladas de carne em um turno. A empresa emprega 350 funcionários diretos e tem a previsão de aumentar para 800 empregos diretos até 2018.
Com localização estratégica, a empresa está situada na Área de Livre Comércio de Brasileia e Epitaciolândia, numa região de tríplice fronteira, com acesso marítimo via estrada do Pacífico e também acesso à hidrovia do Rio Madeira. “Muita gente pergunta porque estamos aqui em Brasileia e não em Rio Branco. São vários motivos, mas certamente é decisivo o posicionamento da nossa indústria aqui por conta dos benefícios da Área de Livre Comércio associados à SUFRAMA. Esse é um ponto positivo de operação logística e de competitividade”, afirma Santoyo
Além de comercializar para os Estados do Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima, Santoyo afirmou que a Dom Porquito exporta para Hong Kong. A empresa também está em negociações com a China e aguarda os mercados da Bolívia e do Peru, que estão em processo de regulamentação, para dar início às vendas para esses países.
A empresa conta ainda com uma unidade de reprodução de 2.500 fêmeas, que é considerada a mais moderna do Norte do País, e uma unidade de terminação, com capacidade de 15 mil animais, onde trabalham os produtores familiares que finalizam a criação dos porcos para a empresa. “Tiramos o leitão da nossa unidade com 63 dias, levamos para o nosso produtor parceiro e ele entrega com aproximadamente 140 dias o animal pronto para nós. Eram produtores que estavam numa zona de extrativismo e que hoje saíram dessa situação, com um compromisso assinado conosco contratualmente”, explica Santoyo.
A empresa também possui uma fábrica de subprodutos, onde aproveita os resíduos sólidos para a produção de farinha, sebo ou compostos para serem incluídos na fabricação de ração. Os efluentes líquidos são tratados no biodigestor, transformando-se em gás que é utilizado pela empresa.
Tite precisa observar seleção olímpica
Gostei do Brasil. Excelente primeiro tempo. Calor forte mas todos se apresentando bem. O Japão mostrando ser bom adversário. Espero que o técnico brasileiro não altere o time. Para o comentarista Roger, Renato Augusto, que não jogou, é titular. Porque tanta certeza? Por causa do nome, porque era titular na seleção de Dunga?
A meu ver Renato Augusto tem que mostrar, em campo, que merece ser titular. Neymar entrou no jogo. Começou a jogar, mas, perto dos meninos da frente. Ficou mais fácil.  E o jogo mais atraente. Com belas e rápidas jogadas. Digo mais, posso até atrair a ira dos beócios, mas imagino Paulo Henrique Ganso enfiando bolas e trocando passes com o trio Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol. Seria sensacional. Quem sabe? A seleção olímpica mostrou no ótimo primeiro tempo que, realmente, tem condições de ganhar a medalha de ouro. 
Tite precisará observar, com carinho, pelo menos uns cinco jogadores da seleção olímpica. Elias e outros jogadores apenas medianos, bons apenas em seus clubes, porque têm que ser titulares absolutos na seleção principal? Tite está no estádio, de olhos bem abertos. Os medalhões terão que mostrar serviço para permanecer titulares na seleção principal.
Cunha merece busto
Discordo, enfaticamente, dos leitores que desejam a cassação do deputado Eduardo Cunha. Que pague seus pecados na justiça de Deus e dos homens. Sem hipocrisia, por favor, quem nunca errou que atire a primeira pedra. Ou seja, não haveria pedreiras suficientes no mundo para atender a todos os pecadores.
Nessa linha, creio que ao invés de ser cassado pelos paladinos de araque na Câmara Federal, Eduardo Cunha merece ser homenageado, por exemplo, com um busto em cada praça pública, por ter sido o responsável pelo inicio do processo de impeachment de Dilma, inviabilizando assim o prosseguimento da farsa petista que arruinava o Brasil.
Senador Buarque consulta oráculo
O senador Cristovam Primeiro e Único Buarque avisou ao mundo que vai consultar o oráculo para saber como deve votar no impeachment de Dilma. O Cristovam Primeiro e Único também se diz preocupado com a violência no Brasil. O comitê organizador das olimpíadas obrou mal. Deveria ter convidado Buarque Primeiro e Único para ser o porta-bandeira da delegação brasileira. Com seu vasto poder de unir povos e nações, bastaria um sopro de Cristovam Primeiro no microfone para mandar a violência cantar noutro planeta.
O impoluto senador continua sonhando com a presidência de qualquer coisa. Depois de ser o pior reitor da UnB, o mais desastrado ministro da Educação e o mais obscuro senador por Brasília. Cristovam Primeiro garante que foi urgido por Deus para resolver os problemas brasileiros. Buarque Primeiro é intelectual "acostumado a pensar novo", diverte-se um de seus milhares de admiradores. Buarque Primeiro já começou a divulgar sua plataforma: Brigar para que todos os presidentes se comprometam com a "continuidade às políticas de valores", em particular "a solução prática dos conflitos entre as nações".
Um barato. Ninguém jamais pensou nisso, desde Atila, o Rei dos Hunos, e Genghis Kan. Coisa de gênio. Formidável.  Pelo que soube, na moita, Cristovam Primeiro e Único também acabará com a AIDS. Baixará medida provisória, criando a lei da responsabilidade sexual. Durante sua vigência só poderá ser "papa et maman". Para infratores, cana. E assim, Cristovam Primeiro e Único vai enriquecendo os anais do Senado com suas brilhantes e inesgotáveis ideias. Michel Temer não sabe o ministro que está perdendo.
Arrogância
Considero uma colossal afronta, arrogância e prepotência a iniciativa de três deputados do Partido Democrata norte-americano mandando carta ao secretário de Estado John Kerry, alertando para que ele tenha a "máxima cautela" nos contatos com o governo interino de Michel Temer. O espetáculo de sandices dos três patetas e demagogos  parlamentares  acentua que o secretário deve evitar ações de apoio ao impeachment de Dilma. É muito descaramento. O melancólico trio seguramente acredita que o Brasil é colônia dos Estados Unidos.
Alckmin bondoso
Peço encarecidamente ao bondoso governador Geraldo Alckmin (Folha- 24/7) que me ajude a acabar com meu tormento, dando o seu jeitinho especial para saldar minhas dívidas. Fique sossegado porque não tenho cartel com ninguém. É quantia boba. Para o senhor, tão dadivoso com as multinacionais, sai na urina. Deus lhe pague, porque eu não posso.