quinta-feira, 27 de abril de 2017

Clima tenso não impede reformas de Temer

O Presidente Michel Temer conseguiu aprovação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, o que provocou a convocação, pelas centrais sindicais, de uma greve geral em todo o País para amanhã, com mobilização feita pelas centrais sindicais com apoio de importantes dioceses ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB-.
 
A reforma trabalhista, que será votada no Senado Federal, elimina a contribuição sindical compulsória, tornando-a optativa, e ajusta as relações entre patrões e empregados em negociações coletivas, dando prevalência ao acordado entre as partes sobre a lei aprovada. As centrais se mobilizam para derrubar a mudança da contribuição sindical, mas também aproveitam para insuflar a classe operária contra a reforma da previdência, que o Governo Temer espera aprovar na próxima semana como o maior desafio de seu governo.
 
Duas outras decisões importantes, o Senado Federal aprovou o fim do foro privilegiado, que beneficiava 35 mil pessoas, deixando o privilégio somente para os chefes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e alguns ministros. Com as investigações da "Operação Lava Jato", centenas de políticos foram mencionados como praticantes de atos de corrupção  com diversas empreiteiras. O clima em Brasília  é de grande expectativa com a possível prisão de importantes figuras. As denúncias envolvem os ex-presidentes Fernando Henrique, Lula e Dilma e o atual Michel Temer.

Pensando nas eleições de 2018, os políticos denunciados temem sua reprovação nas urnas, diante da pressão exercida pelas redes sociais. Muitos dificilmente voltarão ao seu mandato, segundo analistas políticos preveem em função da gravidade das delações  premiadas feitas por diretores das empreiteiras.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Reformas do Governo Temer bailam nas ondas da "Lava Jato"

O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, divulgou lista de 108 nomes de políticos, empresários e funcionários públicos mencionados nas delações premiadas feitas por 78 executivos da empresa Odebrecht, no âmbito. Desta lista, 80 nomes correspondem a  29 senadores, 42 deputados federais  e oito ministros do Governo Michel Temer.
 
O clima em Brasília é de impacto entre os políticos, em meio à necessidade que o Governo Temer tem de aprovar no Congresso Nacional as reformas trabalhista, previdenciária e política, que viabilizarão investimentos necessários para a recuperação da economia do Brasil.
 
Um verdadeiro "tsunami" em Brasília, é o que se denomina esse impacto da lista de Fachin, que autoriza a Justiça a abrir investigação contra os nomes citados: Os ministros Elise Padilha, chefe do Gabinete Civil; o ministro Moreira Franco, chefe da Secretaria de  Governo da Presidência da República; ministro Blairo Maggi, da Agricultura; ministro Aloysio Nunes Ferreira, das Relações Exteriores; ministro Bruno Araújo, das Cidades; ministro Gilberto Kassab, da Ciência e Tecnologia; ministro Marcos Antônio Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e ministro Hélder Barbalho, ministro da Integração Nacional.
 
Entre os políticos,  destacam-se o ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello;os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício de Oliveira; o ex-presidente do Senado Federal, Renan Calheiros; os presidentes do PMDB, senador Romero Jucá, e do PSDB, senador Aécio Neves; o ex-ministro das Relações Exteriores e senador José Serra;e o senador Edison Lobão, presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ainda o presidente do Tribunal de Contas da União, senador Vital do Rego; os governadores Renan Filho, de Alagoas, Robinson Faria, do Rio Grande do Norte, e Tião Viana, do Acre.
 
Acredita-se que o impacto não vai parar nesta lista, pois outras listas serão realizadas com base em delações premiadas de executivos de outras grandes empreiteiras que estão sendo ouvidos pelo juiz Sérgio Moro.