quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Brasil tem o que o mundo quer:petróleo,água e comida


O grande desafio do Brasil para esse século é manter sua integridade cultural e territorial. Resumindo, é a questão federativa.

No mundo global, em que a soberania de cada país é considerada, em determinadas visões e circunstâncias, como relativa, as riquezas naturais mais estratégicas (água, petróleo, minérios, e o próprio solo agricultável, passam a ser alvos de cobiça dos páises mais poderosos que enfrentam o risco ou a realidade da escassez.

O petróleo foi, e continua sendo, matéria-prima impactante em todos os vetores do poder mundial, razão de inúmeros conflitos no mundo inteiro. A água idem, principalmente no Oriente Médio, onde, nesse momento, os palestinos reivindicam a criação de seu estado na faixa de Gaza, situada sobre um lençol de água subterrâneo. A produção de comida depende de energia e água.

Sobre o petróleo, especialistas acreditam que o mundo já deve ter chegado ou chegará, em duas décadas, ao chamado “peak oil”, quando a produção mundial entra em curva descendente e o preço do produto dispara.

O petróleo tem relação direta com a produção de alimentos e o aumento da população mundial. Mat Saviner, em seu livro “A vida após o fim do petróleo”, ressalta
“A agricultura baseada no petróleo é o fator principal que levou ao aumento em flecha da população mundial, de 1000 milhões em meados do séc.XIX até aos 6.300 milhões no virar do séc.XXI. Enquanto a produção petrolífera subiu, subiu igualmente a produção alimentar. Enquanto a produção alimentar subiu, subiu igualmente a população. Enquanto a população subiu, subiu também a procura de alimentos, o que levou ao aumento da procura do petróleo”.


Ocupando atualmente a 13ª. Posição na produção mundial de petróleo, o Brasil poderá chegar à 6ª posição por volta de 2030, mantida sua marcha atual de produção, inclusive nos contratos a serem firmados pra o pré-sal. No pique do “peak oil”, o Brasil estará dando as cartas...

No tocante à água, o Brasil tem mananciais que o colocam como maior “exportador virtual” de água do mundo, um conceito que já está fazendo parte do planejamento estratégico das empresas. São necessários 15,5 mil litros de água para produzir um quilo de carne, e o Brasil é um dos líderes mundiais na produção de carne (bovina, suína e de frango), com 14 milhões de toneladas. Até 2030, estima-se que a população mundial chegará a 8,1 bilhões, e o Brasil, que atualmente produz 150 milhões de toneladas de grãos, será um dos “celeiros do mundo”.

Com petróleo, carne e outros alimentos em abundância, o Brasil apresenta excelentes condições para emergir, ainda em meados desse século, como potência de primeira grandeza, aumentando seu peso específico nas decisões internacionais. Mas esse estágio exigirá muito esforço brasileiro, e não contará com o beneplácito de países concorrentes...

É nesse aspecto que se torna fundamental a manutenção da integridade cultural e territorial do País, no momento em que há, no Congresso Nacional,  projetos de redivisão territorial  mediante criação de novos estados federativos e “fatiamentos” da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal em extensas áreas  indígenas e de proteção ambiental,notoriamente de interesses de organizações internacionais.


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