domingo, 29 de julho de 2012

600 mil índios têm mais espaço do que 200 milhões de brasileiros


Gélio Fregapani ( Membro da Academia Brasileira de Defesa)

Com a edição da Portaria 303 da Advocacia Geral da União-AGU-, o governo Dilma Rousseff emitiu o sinal de que pretendia limitar a interferência do aparato internacional na política indigenista,  restabelecendo  a soberania do Estado brasileiro sobre a ocupação física do território nacional. Isto, naturalmente atraiu uma imediata e feroz reação do aparato indigenista internacional, que se mobilizou com a maior presteza para pressionar o governo brasileiro a retirar a medida.

O previsível  contra-ataque indigenista foi imediato, dentro e fora do País. A Fundação Nacional do Índio -FUNAI - divulgou uma nota oficial contrária à medida governamental, alegando que ela restringe o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas - em especial os direitos territoriais, garantidos pela Constituição. 

A reação mais ruidosa veio da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB-, vinculada às ONGs do Reino Unido, da Suécia, dos EUA e da Alemanha. “Essas entidades “exigem”, via COIAB, a revogação imediata da Portaria, dizendo que esta afronta a memória das numerosas lideranças indígenas ”mortas pelo latifúndio”, deixando clara a orientação de travar o desenvolvimento e a ocupação brasileira da Amazônia. Claro, somente para nós,brasileiros... Elas, muitas vezes, exploram clandestinamente as jazidas minerais.

Diante da forte reação, o Governo Federal recuou e determinou um adiamento da medida para 25 de setembro, para proporcionar e ouvir os povos indígenas. O adiamento deixa dúvidas sobre a disposição do Palácio do Planalto para um confronto direto com esse insidioso aparato intervencionista supranacional.

Sem a neutralização desse aparato, na formulação das políticas públicas do País, será impossível avanços significativos em uma estratégia de desenvolvimento que contemple a ocupação racional do território nacional.

Acovardar-se-á a Presidente Dilma neste caso? Esperamos que não!

P.S. - Quase 200 milhões de brasileiros ocupam 11% do território. 600 mil índios ocupam mais de 12%. E índio ainda quer mais. Ou melhor, as ONGs querem...

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