sexta-feira, 12 de julho de 2013

Manobra liberticida em articulação


Aos poucos, o governo Dilma Rousseff vai explorando o argumento de que é preciso combater a espionagem dos Estados Unidos via web para tentar estabelecer uma censura institucional sobre a internet no Brasil, que tem sido fonte de mobilização da população insatisfeita com seu governo.

Essa censura nada mais é do que uma inspiração do jornalista Franklin Martins, assessor do governo Lula para a área de comunicação, um profissional que, ultimamente, vem frequentando o círculo de consultores especiais da presidente Dilma, juntamente com o ministro da Educação, Aloisio Mercadante, e o marqueteiro João Santana, além da secretária de comunicação Helena Chagas.

Durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevidéu, Dilma defendeu medidas “cabíveis” contra o esquema de espionagem dos Estados Unidos e empresas daquele país, conforme denúncias feitas pelo ex-agente da CIA, Edward Snowden.

No bojo do episódio de restrições à aeronave do presidente boliviano Evo Morales, na Europa, os países do Mercosul, liderados pelo Brasil, vêm mobilizando parlamentares e jornalistas para denunciar espionagens praticadas por Washington, algo tão sabido e conhecido  nos quatro quantos do  mundo, há décadas.


A Câmara dos Deputados brasileira chegou a providenciar uma inusitada manifestação oficial de repúdio aos Estados Unidos, como se o Brasil e todos os países do mundo não tivessem seus esquemas de espionagem e de inteligência competitiva. Faz parte da encenação justificadora do cerceamento dos internautas e das redes sociais.

Usar o antiamericanismo latente na América Latina e outras regiões, para institucionalização da censura aos meios eletrônicos de comunicação, em especial a internet, e controle da liberdade de expressão é uma estratégia dos inimigos da sociedade aberta no mundo global, e o governo Dilma parece sucumbir a essa tentação, ainda atordoado pelas manifestações de junho e a queda violenta de sua popularidade.
Blogueiros, tuiteiros, internautas e frequentadores do facebook que se preparem para essa manobra liberticida no universo virtual. Já foi aplicada na China, Cuba, Irã, Coréia, alguns países árabes, etc. O perigo é real no Brasil e países vizinhos...
 

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