quarta-feira, 30 de março de 2016

Cadeia sucessória contaminada deixa Brasil quase acéfalo


O Brasil está à beira da acefalia governamental e de colapso politico-institucional, com a cadeia sucessória quase toda comprometida e contaminada pela corrupção, excetuando-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowsky -que passará em maio a presidência à ministra Carmem Lúcia - e o deputado mais votado nas últimas eleições, o palhaço Tiririca. Um STF que muitos criticam por estar composto, em sua maioria, por ministros indicados pelos Presidentes Lula e Dilma, mas que, neste momento, é o único órgão ouvido pelas Forças Armadas.

A Presidenta Dilma Rousseff está sob  ameaça de impeachment e, praticamente, sem poder de governabilidade; o Vice-Presidente Michel Temer também é acusado de ter recebido recursos de empreiteiras para sua reeleição, e os Presidentes da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha, e do Senado Federal, senador Renan Calheiros, estão sob o fogo cerrado das investigações da “Operação Lava Jato” capitaneada pelo juiz federal Sergio Moro.

A corrupção política contaminou quase todos os principais quadros do governo e da Oposição, ficando aos brasileiros a certeza de que houve uma locupletação geral, que exige agora, em contrapartida, com a mão pesada da Justiça, a restauração geral da ética e da moralidade, de acordo com a velha máxima de autoria atribuída ao folclórico “Barão de  Itararé, Stanislaw Ponte Preta,”: “Restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos." Especula-se que o PMDB de Temer iniciará uma ofensiva contra a "Operação Lava Jato". Seria inútil e o fim do PMDB perante seu eleitorado. Nada vai segurar a varredura da corrupção nos próximos cinco anos, conforme consenso entre analistas políticos.

Com a fuga em massa dos deputados e ministros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- da base de apoio do governo, anunciada ontem pela direção nacional da agremiação, não se consegue mais aprovar no Congresso Nacional as medidas necessárias para tirar o Brasil da crise político-econômica em que o País mergulhou, com tendência, ainda que monitorável, a agravamento para o emperramento das instituições.

Os poderes Executivo e Legislativo funcionam precariamente,mas as instituições não apresentam sinais de falência, e o STF observa atentamente o desenrolar dessa situação, devidamente respaldado pelos militares, que só interviriam constitucionalmente e por iniciativa do Judiciário. Com 69% de desaprovação da opinião pública, o Governo Dilma vive o seu réquiem. Se a cadeia sucessória não estivesse contaminada, a aguerrida Presidenta talvez já tivesse sido renunciada.

E o clima ferverá amanhã, dia 31 de março, data de aniversário da instalação do regime militar de 1964, que terá manifestações de simpatizantes em todo o País, contra a militância do Partido dos Trabalhadores - PT-, que está arregimentando participantes para marcharem rumo a Brasília, pagando 100,00 reais a cada pessoa, e colocando dezenas de ônibus para transporte dos petistas. Os órgãos militares acompanham essa iniciativa que visa a apoiar a Presidenta Dilma e de olho nos saudosistas de 64.

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