segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Economia e corrupção geram "handcaps" para a Oposição


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, é alvo de críticas por sua visão panglossiana, tendo sido comparado com o personagem “Cândido”, de Voltaire, por prever que o Brasil chegará à quinta potência econômica antes de 2015,quando o País registra um PIB de 1,6%,bem aquém das expectativas para este ano, apesar dos estímulos que o governo vem anunciando para a economia: 100 bilhões para o PIS em 2013, desoneração da folha de pagamentos do setor de construção civil e redução do custo de energia em 20%.
Na visão de alguns políticos,esse fraco desempenho da economia derruba a idéia de uma competente gestão, que o governo Dilma tenta projetar, e, certamente, será um dos pontos falhos a serem explorados pela oposição nas eleições de 2014, juntamente com o caso da “Operação Porto Seguro”, envolvendo corrupção no âmbito da representação da Presidência da República em São Paulo.
A candidatura de Aécio Neves já está decidida e acertada com o governador Geraldo Alkmin, de São Paulo, segundo afirma o deputado e empresário mineiro Lael Varella (DEM-MG),que não considera importante definir o vice da chapa neste momento. O discurso de Aécio dará destaque às falhas apresentadas pelo atual governo de coalizão.
O deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia, considera que Aécio não tem um projeto de governo ,embora o senador venha defendendo que o PSDB crie uma nova agenda para o Brasil:"Não se sabe até agora qual sua proposta de governo para o Brasil".
Continua a incógnita sobre o vice a compor a chapa de Aécio Neves. Comenta-se a possibilidade de que o governador de Pernambuco e atual presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro –PSB-, Eduardo Campos, venha ser o nome para vice, desde que o PSB deixe a base aliada do governo, o que não parece tão inviável como alguns analistas apontam,embora amigos mais íntimos de Campos vejam-no como nome presidenciável.
A estratégia do PSB para 2014 não é permanecer incondicionalmente com a coalizão governamental liderada pelo PT e PMDB. Enquanto o próprio PMDB procura se livrar da imagem de partido caudatário e não protagonista principal das decisões de governo e já se prepara para lançar candidato próprio à Presidência em 2018, o PSB levanta a ponta do véu de sua estratégia nacional abandonando a coligação que elegeu o governador Agnelo Queiroz, do Partido dos Trabalhadores, no Distrito Federal.
A figura principal do PSB no Distrito Federal, o senador Rodrigo Rollemberg, apoiou a decisão da direção partidária, insatisfeita com a atuação do governador Agnelo Queiroz e com os rumos da coalizão com o PT, o PMDB e o PDT.Não deixa de ser um indicativo regional para o cenário nacional,pois,obviamente, a declaração de independência do PSB/DF teve o beneplácito,ou até o estímulo, do governador Eduardo Campos.

 

 

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