quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A política como risco de vida



A eliminação física de governantes é uma prática tão antiga como a própria civilização, seja derivada da inveja e ambição naturais do homem, ou seja como recurso operacional dos grupos empenhados na disputa e manutenção do poder.

O Brasil não escapa dessa prática, que pode ser constatada pelo assassinato ou atentados contra Presidentes. O próprio “suicídio” do Presidente Getúlio Vargas teria sido um assassinato a tiros, praticado por quatro homens, conforme afirma a sua amante, a vedete Virgínia Lane, com 87 anos,em entrevista concedida à Rádio Globo, em 2007.

Na gravação com o comunicador Roberto Canazio, que pode ser acessada pelo link  http://www.4shared.com/audio/REdDmIGy/Virginia_Lane_Getulio_Vargas.html, Virginia Lane afirma que estava no quarto com Getúlio Vargas e foi testemunha ocular do seu assassinato.

Aparentemente, essa gravação é autêntica e pode mudar a história daquele período, mas ficam duas perguntas no ar: Como a declaração de Virgínia, de tamanha gravidade, foi ocultada durante quase quatro anos e porque agora foi vazada?

A idéia básica dos escritores “monarcômonos” da Idade Média, no combate ao Absolutismo, é que os tiranos ou governantes que se tornassem indesejáveis ao povo deveriam ser destronados ou até eliminados.

Alguns radicais, da linha do padre jesuíta espanhol Juan de Mariana, justificavam até mesmo o “regicídio”, desde que não fosse por envenenamento, que era comum na Antiguidade, com uso de substâncias extraídas de plantas e animais, como a cicuta e o veneno de serpentes  e – mais na Idade Moderna – do arsênico e do mercúrio.

 O Presidente Hugo Chávez, da Venezuela, levantou recentemente a curiosa hipótese de os Estados Unidos terem inventado uma tecnologia para causar o câncer em estadistas na América do Sul, onde cinco governantes da atualidade estão com a doença: O próprio Hugo Chávez; Cristina Kirchner, da Argentina; Dilma Roussef, do Brasil; Fernando Lugo, do Paraguai, e o ex-presidente Lula. Teoria conspiratória de Chávez, obsessão antiamericana ou simples delírio?

 O jornalista cearense Pedro Porfírio, em seu “Blog do Pedro Porfírio”, entende que a insinuação de Chávez tem certo embasamento, pois nenhum dos líderes infectados é aliado dos Estados Unidos:

“Não me surpreenderia se os inescrupulosos laboratórios mantidos principalmente pelo complexo industrial-militar de Washington estivessem por trás dessa onda cancerígena absolutamente inédita”.

Observa que os agentes químicos bacteriológicos e climáticos se transformaram em poderosas armas de guerra, muito pesquisadas e desenvolvidas em centros especializados da Europa e dos Estados Unidos.

A tecnologia mortal pode ter avançado segundo creio, até o campo da nanologia, onde foi inventado um biochip similar ao código de barras e com fita magnética como forma de identificação automática, para ser usado em animais e também em seres humanos.

Tamanho de um grão de arroz pode ser implantado por cirurgia, injeção e até via oral, sendo biocompatível com o organismo animal para que não haja rejeição. Seu emprego conhecido e bem intencionado, até agora, é no monitoramento do câncer.

Teorias conspiratórias à parte, o arsenal de armas mortais disponível hoje para os serviços secretos e “molhados” é bem mais sofisticado e discreto do que tiros, facadas, explosões, acidentes e envenenamentos.

Neste artigo, meu objetivo é somente aproveitar o que disse Chávez e sugerir reflexões a respeito dos riscos inerentes à conquista e manutenção do poder, na linha do que propõe Goethe em seu “Fausto”, um arquétipo humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário