terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ambientalismo e no mundo


Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)

Eleições

      Ainda antes da ascensão da Marina já se suspeitava de provável derrota do PT, sem dúvida merecida. Com seu esquerdismo infantil o PT afastava as elites pensantes e a oligarquia financeira internacional já decidira.Ela é muito forte, e dominando a imprensa, provocou um pessimismo exagerado com o qual nada funciona. A simples suspeita que a Dilma crie coragem e varra a corrupção assustou toda a classe política e que force a baixa dos juros assustou a oligarquia financeira. Ao não denunciar a portaria 169 da OIT afastou o apoio dos nacionalistas. Se não fosse o internacionalismo dos adversários teria merecido mesmo a derrota. Naturalmente, quando o navio vai afundar, os ratos se mandam. Os aliados desaparecem. Romero Jucá, mudoupara o Aécio e já balança para a Marina. O Sarney anunciou a retirada da política, é claro que o Titanic está afundando. Ainda tem o que deve sair a respeito da Petrobrás e a justa indignação dos velhos combatentes de 64 precisaria ser engolida para evitar  a irresponsabilidade de uma administração da Marina.

      Mesmo decepcionados com a Presidente, os nacionalistas desconfiavam do Aécio em função da proximidade com o FHC e das desnacionalizações dele. Se do Aécio apenas desconfiavam, quanto a Marina a convicção, ou melhor a certeza é que ela é muito pior  pois é a legitima representante da oligarquia internacional, que criará obstáculos a produção agrícola,que causará inflação e fome e que provocará uma nova revolução, a qual ninguém sabe como terminará. Talvez se venha a trocar um governo que não corresponde aos nossos desejos por um pior ainda.  Que Deus nos proteja.

     Marina Silva é um engodo. A Rede sabe disso. Eduardo Campos também sabia. O que ela tem de valioso são os votos de quem, sem entender o que diz, prefere uma frase com pé e sem cabeça, frases sem uma coisa nem outra e fingem não ver que o rei ETA nu. Agora ela finge converter-se no que sempre combateu, certamente por orientação de seus marqueteiros. É falsa! Muito falsa.

      A eventual consagração de Marina Silva como presidente da República significará o passo final para o caos, pois a possibilidade de governança ou governabilidade tende a desaparecer. Uma única medida anunciada por ela, a de carimbar 10% da verba orçamentária para a saúde, mostra o tamanho do despreparo da candidata. O Estado não tem que gerenciar apenas a saúde, mas também outras funções além da educação: a diplomacia,a defesa,a justiça, etc. Um presidente da República precisa governar para todos os brasileiros e não apenas para sua corriola política. Tem que ter ao menos um verniz de estadista, coisa que ela não tem. Nem sequer a aparência.

O Movimento Ambientalista

     Ao contrário do que se publica, o surgimento dos movimentos ambientalista e indigenista no cenário mundial não decorreu de um processo espontâneo de conscientização de setores das sociedades do planeta sobre as necessidades de cuidados com o meio ambiente e de atenção com as comunidades indígenas. Ambos foram artificialmente criados por círculos oligárquicos anglo-americanos, desde as décadas de 1950-1960, com o propósito de empregá-los como instrumentos contra o impulso de progresso que se espalhava pelos países em desenvolvimento. O Brasil entrou na alça de mira desse aparato a partir de 1980, tendo como alvos os projetos de desenvolvimento na Amazônia. Uma manobra psicológica foi a conversão do invasor Chico Mendes no campeão internacional da defesa da Floresta Amazônica. Após a morte dele transferiram para Marina o bastão de campeã da defesa da Floresta Amazônica, dos índios e dos peixes. A partir daí, como já havia ocorrido com Mendes, ela foi agraciada com vários prêmios internacionais.

     Em 2002, com a eleição de Lula para a Presidência da República, o ISA(Instituto Socioambiental) articulou uma carta aberta de centenas de ONGs, sugerindo a indicação de Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente.

     O resto da história é conhecido, mas o ministro Aldo Rebelo não exagerava, quando se referiu às simpatias da aristocracia internacional com Marina.

Sem Noção

      Não há nome que não se possa honrar. A palavra “brasileiro” começou como uma ofensa, bem como o termo “gaúcho” e mesmo o de “farropilha”, e devidamente honrados se transformaram em galardões, motivos de orgulho.

     Chega a ser cômico; um cidadão chamado Aranha se ofender se alguém o chama de macaco. Chamar gordas de antas  e homens altos de girafa são coisas comuns e podem ofender, mas não causam comoção popular. Nem mesmo quando alguém recebe um apelido “hibrido”, como entre meus irmãos de armas um ganhou o apelido de Giracaco (girafa com macaco), outro de Madogue (macaco com bulgoue) outro ainda de Jaburutango (jaburu com orangotango), nenhum deles afro descendente. Aliás, mais estranha a comoção popular se o caso ocorreu num jogo de futebol onde costumam chamar o juiz de veado e já se mandou uma senhora tomar no certo lugar e a coitada da mãe do juiz..?

     Francamente, estamos dando muita atenção a essas suscetibilidades, como diria o analista de Bagé: “Deixa de frescura, tchê”.  

     Agora um assunto sério: O Supremo Tribunal Federal, que já perdeu a confiança da população por suas atitudes partidárias, agora pretende aumentar o salário de seus ministros, que já recebem os maiores salários do País, o que, se aprovado provocará um efeito cascata.

Uma boa notícia

     Foguete brasileiro com etanol foi lançado com sucesso em Alcântara. O bom desempenho do motor possibilitará a retomada de lançamento do nosso programa espacial

Saudemos o Sete de Setembro

      Mas também façamos uma reflexão – Foi uma reação necessária, mas independentes já éramos desde 1808. Aliás, éramos a capital do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves. Sim, em 1821 houve um cisma, provocado pela cegueira das Cortes de Lisboa, que , pensaram poder reduzir o gigante Brasil a ser colônia de volta.

     Hoje todo geopolítico que se preza preocupa-se com a manutenção da unidade nacional e como sempre, o motivo principal das preocupações é a cegueira do governo central. É aterrorizante o projetar o que acontecerá num governo Marina, mandando desfazer as plantações de maçã nas encostas de Santa Catarina e de café nas encostas do Espírito Santo; desmanchando as plantações de soja do Centro-Oeste para recompor a mata nativa, dando ainda mais asas às ONGs estrangeiras - WWF, Greenpeace etc., que sempre mandaram nela e passarão a mandar no Brasil. Isto seria ainda pior do que um governo do PT, coisa que parecia impossível.

       É claro que haverá revoltas, mas  a maior preocupação ainda não foi devidamente ventilada: É o Exército se dividir. Enquanto o Exército estiver unido, o Brasil também estará, porém a última manifestação do Clube Militar de apoio à Marina acendeu a luz vermelha.

É bom que se saiba que o Clube Militar perdeu a posição de representante do Exército. Não será possível a conciliação. 

Lembremos:

     A oligarquia financeira anglo-americana continua implantando seu objetivo de governo mundial. Essa oligarquia até hoje tem obtido o que quer no nosso País, pressionando o governo, através do controle local da economia privada e financeira, da imprensa comprometida, corrupção da grossa e se não consegue o que quer dá um jeito de trocar o governo seja por eleições, seja por outros meios como estímulo e apoio a golpes de estado. Na América Central e em outras partes do mundo chegaram a intervenções militares diretas

     Afinal, tendo conseguido tudo, o que quer mais?  Quer garantia do abastecimento das matérias primas, quer evitar o nosso desenvolvimento para evitar a concorrência e para isto procura obter a propriedade dos recursos naturais. Quando não quer utilizar imediatamente, mas evitar que outros usem ou simplesmente guardar para o futuro inventam parques nacionais, reservas ambientais, terras indígenas e o que for para mantê-las intocadas, assim como fizeram anteriormente na África. Marina significa apoio  à consolidação das áreas ditas de preservação ambiental e de indígenas, em que os índios, em gigantescas reservas,  controlados pelo CMI, igreja anglicana e centenas de ONGs.

      Podemos estar certos que, com a eleição de Marina, choverão recursos estrangeiros sob o pretexto de preservar a floresta, mas na verdade implicando  impedir aos nossos patrícios a utilização do próprio território, inclusive com a perspectiva próxima de desmembramento do território nacional, separando essas áreas, as mais ricas em recursos naturais. Marina vai fomentar a injeção de dinheiro gringo numa única área do Brasil: A das ONGs que lutam contra o capital para preservar a Amazônia.

No Mundo- As dúvidas do Dólar

      Desde a eclosão da crise da Ucrânia volta-se a falar sobre o fim do dólar. Até 2014 falar de colapso do dólar parecia ser para teóricos da conspiração, mas este ano, Estados-nações de parte do mundo estão fazendo movimentos ostensivos com este objetivo, ou ao menos se preparando para isto. Espalham que a queda do dólar não seria mais uma questão de "se ", mas de "quando" e que esse quando pode não estar longe. A Rússia, juntamente com vários aliados ensaia um movimento fatal com a certeza que muitas nações, prejudicadas pelo atual sistema, a seguiriam alegremente.

     Pode ser que estejamos à beira de uma mudança de paradigma no sistema monetário mundial, mas e o shale gás? Há tempo não temos notícias fidedignas.

     Caso o gás do xisto corresponda a propaganda inicial, os EUA se tornarão os maiores produtores do mundo e sua hegemonia ultrapassará o século XXI. Os americanos continuam a imprimir dinheiro e os investidores continuam a investir. Empresários nos EUA estão fazendo planos para gastar o capital como se estivessem em uma recuperação Entretanto, a ausência de informações nos faz levantar a dúvida se eles têm dificuldade em conceituar a verdade sobre a economia ou porque eles estão atolados em dívidas sem saber como modificar o quadro.

Que Deus nos guie, para o bem do nosso País!

ADENDO

Pode estar acontecendo o início da Terceira Guerra Mundial?

      Observando a deformação psicológica inoculada nos ocidentais pelo excesso de otimismo das últimas décadas, comparamos e constatamos que antes da I Guerra Mundial a Europa e o mundo civilizado nadavam em análogo otimismo.

      Nunca a Europa tinha vivido um tempo tão longo e tão pacífico como o da Belle Époque ,que culminou no malfadado 1914.

      Acreditava-se que o enriquecimento dos países e a multiplicação dos intercâmbios comerciais afastava a hipótese de um conflito geral. A final, a guerra destruiria a prosperidade de todos, e, portanto, ninguém quereria.

      Pregava-se que a humanidade caminhava para uma reconciliação universal, que eventuais atritos ficariam restringidos no espaço e se resolveriam com tratados diplomáticos e/ou comerciais, mas naquele ano, “o inimaginável aconteceu”. E quase aconteceu na recente anexação da Crimeia pela Rússia, por mais justa que consideremos.

       Também pareceu que o inimaginável nunca aconteceria quando um terrorista sérvio, Gavrilo Princip, assassinou o herdeiro da Coroa Austro-Húngara em Sarajevo, 28 de junho de 1914.

      Tudo fazia crer que o crime se resolveria a nível local. Mas os eventos se sucederam em cascata.Em quatro anos, os grandes impérios centrais tinham ruído, milhões de homens tinham perecido nas trincheiras, e Europa jazia em meio a destroços fumegantes.

     Hoje Vladimir Putin encarna o fervor nacionalista que serviu de faísca em 1914. E o separatismo ucraniano mostra a periculosidade do irredentismo nacionalista,

     A I Guerra Mundial inaugurou o ciclo de catástrofes contra o qual Nossa Senhora veio advertir o mundo se não fazia penitência dos maus costumes. Ela não foi ouvida, a Rússia espalhou seus erros por todo o mundo, desencadeou a II Guerra Mundial aliada à Alemanha nacionalista, e agora parece estar soprando um incêndio universal a partir da Ucrânia.

    Dificilmente um povo brioso abandona seus nacionais massacrados no estrangeiro. Os EUA ampararam os seus no Texas, o nosso Brasil fez o mesmo no Acre. A Alemanha nos Sudetos e em Dantzig ( Só o covarde Lula abandonou os brasileiros no Paraguai e na Bolívia. É possível que uma reação russa à Ucrânia em defesa de seus nacionais se estenda a nações vizinhas como a Polônia e os Países Bálticos. A NATO despacharia tropas e jatos de guerra, que teriam como contrapartida um acirramento da belicosidade russa. A Polônia espera o pior.

 As peças do dominó estão dispostas para uma ir derrubando a outra em série e nem os EUA ficariam indenes.: “o inimaginável pode acontecer. Aliás, quase aconteceu agora na Criméia”.

      No Pacífico os atritos entre a China e o Japão raspam o conflito. Um ultimato pode acontecer. Na fronteira da Estônia a Rússia concentra quantidades anormais de tropa. Uma faísca, uma advertência mal ouvida por alguma das partes e a Terceira Guerra Mundial começa.

     Certamente pode não acontecer. Mas, paz não é igual a pacifismo. Se os campos europeus estão semeados de caveiras é porque o continente olhou para a guerra com repulsão e achou que nunca aconteceria.

      O sistema internacional não parece especialmente estável e está menos previsível que em 1914. O falso pacifismo europeu não tem contrapartida em Moscou ou Pequim. Ainda menos nas potências islâmicas.

      Um realismo bem colado na realidade, que alguns podem confundir com o pessimismo, talvez teria sido melhor para a paz e para a sobrevivência de milhões de homens.
Este assunto, extraído e resumido de vários artigos na internet me trouxe a lembrança que durante a Guerra das Malvinas o General Octávio Costa, veterano da FEB- comentou para nós, seus subordinados, que quando saiu aspirante se ouvia falar da guerra na Europa da mesma forma que se estava falando das Malvinas, e que seis meses depois ele já estava nos campos de batalha da Itália.Agora estamos falando da Ucrânia -Serve 

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