Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
No
Mundo
Os
EUA fizeram recentemente uma venda de petróleo bruto para a Coréia do Sul. Muitos viram o fato como indício de que o
shale gás seria um sucesso, que os EUA
seriam novamente exportadores de
petróleo. Entretanto, talvez seja apenas
uma operação de guerra comercial para baixar o preço e quebrar a economia da
Rússia, Irã, Venezuela e de outros exportadores que lhe são hostis, mesmo com
sacrifício momentâneo. Quem sabe?
O
Estado Islâmico (ISIS) já demonstrou que não será facilmente dominado. Com seu
barbarismo sem limites, nos dá ímpeto de nos aliarmos aos EUA em uma nova
Cruzada, mas temos algumas indagações: Como podem os terroristas do Estado
Islâmico (ISIS) vender petróleo no mercado internacional, tão controlado por
Washington? Haverá alguma aliança secreta entre eles? O que há por trás disto tudo?
Como
todos sabem, o comunismo (ou marxismo) tem como alvo central a extinção da
propriedade privada. Na leitura marxista, a família tradicional monogâmica
(homem, mulher e filhos) é a causa do surgimento da propriedade privada, é o
que Engels escreveu em seu livro "A origem da família, da propriedade
privada e do Estado.” Em consequencia, para eles, a instituição da família deve
ser destruída.
Deu para perceber a origem do “gayzismo”
militante? Não é bem coisa de gays, esses preferem a privacidade. É coisa de
comuna mesmo.
No
nosso País
Impeachment?
Aparentemente
,derrubar um Presidente filiado ao maior partido do Congresso não seria fácil,
mas não se trata apenas dos 48% dos votos da oposição, mas também da “rebelião”
do PT e da base aliada na Câmara, apavorada com os desdobramentos da Operação
Lava-Jato , que ,tudo indica, tem potencial
para implicar uma centena de deputados do governo e uns quantos da oposição.
Muito
do que está impulsionando o “impeachment” tem intenção de forçar a Presidente a
brecar as investigações, coisa que ela não conseguiria fazer e talvez, nem
deseje, já que nunca se afinou muito com a turma do Zé Dirceu. Somando os
“rebelados” com boa parte da oposição que prefere afundar o País a ficar por
mais quatro anos fora do governo, fica fácil prever que haverá embates no
Congresso, como também na opinião
pública, pois a sabotagem da economia pela oligarquia financeira, com os
investimentos secando e a mídia promovendo o pessimismo, tende a conferir legitimidade ao afastamento
da Presidente. O STF até poderia tentar barrar um impeachment, mas a falta de
credibilidade faz com que, mesmo com legalidade, lhe falte legitimidade.
Nem
tudo ficaria bom. Um processo de impeachment poderia demorar meses para
tramitar. Os negócios seriam paralisados por conta da incerteza à espera do
desfecho, afundaria ainda mais a economia e poderia trazer outros efeitos
colaterais inconvenientes para a politicalha, incluindo convulsões sociais e o
“quem” assumiria o governo, que acabaria nas mãos dos militares, os únicos com
credibilidade. Só neste caso os corruptos teriam o que merecem.
Perspectivas
A
suspeita de fraude vinha de antes da eleição e se fundamentava pelo passado
partidário de influentes pessoas do TSE, de qualquer forma, a intensa campanha
ampliou a suspeita, deixando prever que uma derrota não seria aceita pela
oposição. Salta aos olhos a analogia com a situação política de 1930.
Afinal,
teria havido fraude? Certamente. Provavelmente tem havido fraudes em todas as
eleições em nosso País. É claro que fraudes muitas vezes podem não ter sido
decisivas, mas sempre houve e talvez tenham sido reduzidas na medida em que se
aprimoraram os métodos de fiscalização. A eleição está terminada. Preocupante é
que poderá acontecer no futuro próximo, pois parece evidente que as
dificuldades do novo período governamental serão imensas.
Para reconquistar o
apoio da população, Dilma terá que reiniciar para valer faxina que uma vez
ensaiou e interrompeu em nome da “governabilidade”, mas isto jogaria os
sanguessugas aliados e partidários nos braços da oposição, o que resultaria em
impeachment certo.
Poderia ela talvez apoiar-se nas Forças Armadas pedindo-lhes
apoio (intervenção a pedido de um dos três poderes, conforme a Constituição),
mas como faria isto enquanto apóia a revanchista Comissão da “Verdade”? Ela
teria que enfrentar com força e firmeza as invasões do MST e dos movimentos
indigenistas, teria que dar um basta no excesso de ambientalismo que trava o
progresso, mas como faria isso contra as proprias bases de seu partido?
E com
as dificuldades econômicas causadas pela queda de preços das nossas commodities
somadas as dificuldades impostas pelas oligarquias financeiras internacionais,
que fará a economia declinar e aumentará o nível de desemprego? Isto provavelmente colocará a população contra o Governo reforçando o
setor da oposição que não aceita acordos.
Enquanto
isto, com o governo enfraquecido e o País convulsionado, as pressões
estrangeiras para a tomada dos recursos naturais e até mesmo para a
independência das áreas indígenas terão reforçadas as condições para desmanchar
o País que juramos defender.
Esperanças
Se
o País conseguir se equilibrar até lá, já a partir do segundo semestre de 2015
começarão a entrar em funcionamento grandes obras como a transposição do São
Francisco; as Hidrelétricas de Belo Monte, de Jirau e de Santo Antônio; a expansão
de metrôs, dezenas de pontes, grandes trechos da Ferrovia Norte Sul; ampliação
e modernização de vários aeroportos e de portos, de plataformas de petróleo e
até a refinaria Abreu e Lima, que, se controlada a roubalheira, será a mais
moderna do país.
O
futuro senador Antonio Reguffe (DF) prometeu na campanha que não usaria o carro
oficial com motorista se eleito. Como deputado já não tinha assessorias e não
aceitou receber auxilio Moradia nem os 14° e 15° salários.
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Desesperanças
Prisioneiro
da base parlamentar, governo tende a caminhar para a mesmice.
Enquanto
no plenário do Senado, o senador Aécio Neves fez duro discurso condicionando a
aceitação do diálogo à apuração e
punição dos crimes do Petrolão,
numa reunião dos dirigentes do PT e PSDB, ficou combinado assim: “Vamos excluir
os agentes políticos e os citados nas delações premiada. Todo mundo concordou,
e os grandes acusados, mais envolvidos
no Petrolão sairão livres da CPI. Nem ouvidos serão, sejam eles do Governo ou
da Oposição. Punição? – Não, pizza.
De
juros e encargos da dívida em 2013 o nosso Brasil pagou R$ 156 bilhões. Com os
juros dos mais altos do mundo, só em 2014
pagamos R$ 825 bilhões credores da dívida, o que equivaleu a 51% dos
gastos públicos até 9 de setembro de 2014.
É
infantil acreditar que juros altos controlem a inflação,eles apenas encarecem a
produção. Ainda temos a remessa de lucro, que em 2013 alcançou quase US$ 40
bi. Não pode dar certo, pois não sobra
recurso algum para investimento. As despesas com o assistencialismo e mesmo com
a corrupção desenfreada se eclipsam diante do montante de jurosNossas veias
estão abertas.
A fortuna que sai do Brasil anualmente está impedindo que a
maior parte da riqueza gerada pelo nosso trabalho e pela generosidade do nosso
solo (incluindo as jazidas minerais, que dão “uma safra só”) seja empregada no
desenvolvimento humano e social, que deveria ser o verdadeiro objetivo da
atividade econômica.
Noventa
e seis quilombolas reivindicam área maior do que Sergipe na Amazônia, cada
quilombola teria uma área de 45 parques Ibirapuera, A área reivindicada
pertence ao parque ecológico do Jaú, portanto é uma área inútil enquanto for
vedada a exploração econômica. Só para
comparar, na Raposa/ Serra do Sol, cada índio dispõe de “apenas” meio
Ibirapuera.
É
um festival de absurdos, mas ao menos nenhum quilombola falou , até hoje, em
independência como uns quantos índios incitados pelas ONGs o fazem.
Ainda
nos anos 80, a jornalista belga Cláudia Andujar maquinou a farsa da nação
ianomâmi e o governo federal desencadeia uma operação secreta de espancamento
de garimpeiros para contentar as pressões anglo-americanas. Já neste século a
rendição do governo às exigências estrangeiras foi ainda mais grave, pois
retirou a força os brasileiros que secular e legitimamente e cultivavam a terra
na Raposa-Serra do Sol e para a criação dessa reserva utilizou laudos
fraudulentos conjugados à violência terrorista.
Agora, temos nova farsa em
estado de gestação: a nação Cué-Cué Marabitanas entre a ianomâmi e a S. Marcos,
(esta colada na Raposa), em conjunto abrangendo praticamente toda a fronteira
Norte. O arco indigenista de 3.000 km de extensão se fecha sobre a Amazônia,
exatamente sobre a área mais mineralizada do mundo.
O que se pode deduzir da manobra
indigenista, com pleno apoio da Funai e do Cimi e de milhares de ONGs, tanto
nacionais quanto estrangeiras, o problema no norte de Roraima e Amazonas é
muito mais grave do que imaginamos. Estamos ameaçados de perder um território
precioso e enquanto isto ficamos discutindo reeleição ou não e financiamento
público de campanhas políticas.
Brasil, desperta!
Petrobrás
A
campanha pela nossa autonomia no campo do petróleo foi das mais polêmicas da
história A partir. de 1947 o país dividiu-se entre aqueles que achavam que o
petróleo deveria ser explorado por uma empresa estatal brasileira os que
defendiam que deveria ser explorado por
empresas privadas, estrangeiras ou brasileiras. Os nacionalistas argumentavam
que se o Brasil não criasse uma empresa estatal, aquele produto estratégico
para o desenvolvimento econômico, seria oligopolizado pelas grandes corporações
internacionais. Pelo país afora os debates se ascenderam. A campanha
nacionalista foi liderada pelo escritor Monteiro Lobato.
Em
1953 encerrava-se uma CPI que desvendou centenas de assassinatos, ligações
ocultas da ESSO com políticos e as propinas pagas a colaboradores que a
ajudaram a ocultar por duas décadas a descoberta do petróleo. A ESSO recebera
fortunas para pesquisar o petróleo no solo brasileiro. Mapeou o petróleo do
Recôncavo, mas negou a sua existência por 20 anos.
Os nacionalistas, a favor do
monopólio estatal, foram taxados de comunistas pela grande imprensa que
defendia os interesses privatistas, mas mesmo assim a oficialidade do Exército mostrou-se
simpática a estatização do petróleo,. Finalmente, depois de uma batalha
parlamentar de 23 meses, o Senado terminou por aprovar a criação da Petrobrás,
sancionada por Vargas em outubro de 1953.
Sob
ataques, a Petrobras: quase virou Petrobrax . FHC encaminhou ao congresso a
alteração do estatuto da Petrobras para possibilitar a posse de um presidente
estrangeiro (Reischtull), que colocou cerca de 35% das ações da Petrobras a
baixos preços na bolsa de Nova Yorque, fazendo um início de “desnacionalização"
.
Entre 1996 e 2002 a Petrobras teve a
terrível baixa nos quadros de funcionários. Cerca de 15 mil profissionais
experientes, pressionados por ameaças de demissões, saíram em desligamentos voluntários, desmontando a
estrutura organizacional. Forçada pelo genro David Zilbersztajn ( presidente da
ANP) " a Petrobras teve que entregar para a ANP os
mapas do petróleo que a empresa lutou mais de 40 anos para obter e a investiu
bilhões nas descobertas e os mapas foram dados de graça para as companhias
estrangeiras, que compraram os blocos a preços de banana nos leilões dos blocos
petrolíferos. Mais um pouco de tempo daquele governo a Petrobrás teria o mesmo
destino da VALE – a desnacionalização.
Durante
os governos do PT, diminuíram, significativamente, as desnacionalizações, mas
se iniciou a era das grandes corrupções e gestão deficiente. Entretanto, a
Petrobrás tem avançado, e ainda há muito idealismo em seus quadros. Na gestão de
Graça Foster, contra as expectativas, alguns dos malfeitos vão sendo corrigidos.
A exposição das milionárias corrupções claro que lhe abalou a credibilidade,
mesmo assim tem seguido avante.
A
guerra contra a Petrobrás tem sido contínua, mas ao que pesem os
superfaturamentos, fez muitos investimentos para se preparar para o pré-sal.
Ultrapassará a atual crise e as extrações de Petróleo devem se quadruplicar nos
próximos três anos. É importante que não se permita a desnacionalização,
especialmente agora que estamos próximos da vitória.
Incoerência
Não
se comemora a Revolução de 30, movimento popular que rompeu com o atraso da
política do café com leite. Proíbe-se comemorar a Revolução de 64, um movimento
popular legítimo que elevou o nosso País a uma potência. Certamente se
comemorará a Proclamação da República, uma traiçoeira sedição militar que
vergonhosa e ilegalmente acabou com o melhor governo que já tivemos e lançou o
nosso País no caos, causando diversas revoluções e rebeliões, inclusive
genocídios.
Contudo,
serve para lembrar que nenhum governo se sustenta sem ao menos o consentimento
de suas Forças Armadas. Fiquem cutucando a onça com as falsidades da Comissão
da “Verdade”e vejam o que acontecerá
Separatismo
É
assustadora a força pela implosão do País – Brasil.
Só
insensatos duvidam que a união faz a força. Quanto mais dividido um país, mais
fraco ele fica. Os ambiciosos sempre
usaram a estratégia de dividir os povos a conquistar Quando o nosso Brasil,
vítima da predação comercial, exportava suas mercadorias sob direção das casas
comerciais britânicas e tinha as finanças externas e a infra-estrutura
controladas por bancos e empresas estrangeiras, não havia pressões para separatismos,
mas ao aparecer, com capitais nacionais,
a promissora industrialização depois da Revolução de 1930, começa o
fomento ao divisionismo, que aumenta a cada passo que damos em direção a
soberania, com ligeiros intervalos como quando precisaram de nossa aliança na
II Guerra e na Guerra Fria
A
partir do colapso da União Soviética, desnecessário o nosso apoio, surge outro
tipo de pressão: as gigantescas reservas indígenas para se tornarem
independentes a longo prazo, visando agora o roubo das fantásticas jazidas
minerais de seu subsolo. Mais de 10% do
território já está dividido em áreas indígenas fugindo ao espírito de
integração. Reavivam-se línguas pré colombianas no esforço para afastar os
diferentes grupos da comunidade nacional
Esses
são os antecedentes do presente tsunami de ambição que leva os pró-imperiais de
hoje a fomentar a divisão entre as regiões Norte / Nordeste e o Sul, atribuindo
a uns as misérias do País e ao outro o papel de explorador, quando elas
provêm do modelo dependente, adotado, quando a política passou a
favorecer os cartéis transnacionais entretanto, um exame de nossa História
mostra que o separatismo não vingará.
Separatismo porque votam mal? Quem não
vota mal neste nosso Brasil A gauchada
mesmo, volta e meia, coloca um “comunopetista” no governo do estado. Mas lá ,
Caxias conclamou “Marchemos ombro a ombro e não peito a peito” e quando o
estrangeiro ofereceu auxílio aos Farroupilhas recebeu como resposta: “O
primeiro soldado de vossas tropas que atravessar a fronteira, fornecerá o
sangue com que será asnada a paz de Piratini com os Imperiais. Acima do nosso
amor à república colocamos o nosso brio, a integridade da Pátria.
Analisando
com profundidade concluímos que as oligarquias financeiras internacionais sabem
que não conseguirão separar o Sul do Norte/Nordeste e as pressões visam mesmo é
enfraquecer a união nacional para tornar mais palatável a independência
indígena. Isto e o acovardamento oficial desarmando as pessoas de bem formam um
eficiente conjunto de Operações Especiais capazes de nos amputar a parte do
território com as mais ricas jazidas. Eles não conseguirão seus intentos.
Que
Deus nos inspire na luta pela nossa integridade!