sexta-feira, 6 de maio de 2016

Impeachment caminha e Cunha afastado gera tensão


A comissão do Senado Federal aprovou hoje, por quinze votos a cinco,  relatório do senador Antônio Anastasia, do Partido da Social Democracia Brasileira -PSDB- a favor da admissibilidade do processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, fato que não causou nenhuma surpresa ao País.
 
No dia 11, o relatório será votado em Plenário, onde necessita de maioria simples (metade mais um dos presentes), para o processo ser instaurado. Isto acontecendo, Dilma deve se afastar por 180 dias do cargo, ficando hospedada no Palácio da Alvorada, com direito a salário, 18 assessores e avião da Força Aérea Brasileira -FAB- para eventuais deslocamentos, uma mordomia que  muitos críticos consideram absurda diante da existência de 11 milhões de desempregados no País.
 
Dilma afirma que não renunciará e continua afirmando que é vítima de um golpe, e o discurso dos seus aliados é o mesmo, mas sempre sonegando o fato de que Dilma, Lula e outros membros de destaque do Partido dos Trabalhadores -PT- e da base aliada, alguns partidos menores, estão sob investigação da "Operação Lava Jato", coordenada pelo juiz Sérgio Moro.
 
Essas investigações têm levado pânico aos políticos, principalmente diante da movimentação da Procuradoria Geral da República visando à punição dos nomes mencionados por delatores premiados no âmbito da Lavajato. 
 
O deputado Eduardo Cunha, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro -PMDB-, inimigo jurado de Lula e Dilma, foi afastado ontem da presidência da Câmara dos Deputados, por decisão unânime e rara do Supremo Tribunal Federal, com base nas conclusões da Procuradoria. Acredita-se que o deputado dispõe de um arsenal de informações suficiente para derrubar qualquer governo. O seu comportamento, a partir de agora, é uma incógnita que deixa Brasília muito tensa.
 
 

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