sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Meio político teme novos impactos da "Lava Jato"


O juiz Sérgio Moro aceitou abrir ação penal contra o ex-presidente Lula com base na denúncia do Ministério Público Federal, segundo a qual Lula é o comandante da propinocracia que se instalou no Brasil causando 42 bilhões de reais de prejuízo financeiro à Petrobrás, além de outras acusações que se estendem à sua esposa Dona Marisa e mais seis pessoas indiciadas.

Com cinco processos contra sua pessoa, sendo que em dois é considerado réu, dificilmente Lula poderá disputar a Presidência em 2018, e o Partido dos Trabalhadores-PT-, mal se ressentindo do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, caminha para as próximas eleições municipais de outubro completamente destroçado em seu discurso eleitoral e nas perspectivas de manter parte significativa do poder que o sustentou  durante 12 anos como protagonista no cenário político.

O torniquete da "Lava Jato" continua fechando e emparedando figuras destacadas dos meios político e empresarial. Não haverá perdão para as verbas de caixa dois, ponto de fuga da corrupção, e uma longa lista de indiciados vive o pesadelo de, a qualquer momento, ir para a prisão.

A maioria dos políticos e empresários, aparentemente, ainda não percebeu que a ética e a moral voltarão a reger a politica no Brasil. É óbvio que a corrupção não vai acabar, mas será combatida intensamente e a impunidade será reduzida de forma drástica. Esse é um recado que a “Operação Lava Jato” tem mandado ao País inteiro, deixando o meio político e empresarial acabrunhado.

O mais recente aviso aos que têm acusações e suspeitas sobre sua pessoa foi dado pela Polícia Federal, que prendeu o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega,  quando este se encontrava dentro de um hospital em São Paulo acompanhando cirurgia de sua esposa. Mantega é acusado de ter contribuído para desvio de dinheiro da Petrobrás, cerca de sete milhões de reais, para o Partido dos Trabalhadores, em negociações envolvendo o empresário Eike Batista, dono da OSX, e publicitários.

Odiado por muitos e aplaudido pela sociedade, nas redes sociais, como esperança de combate à impunidade no Brasil, o juiz Sérgio Moro pode apresentar novas surpresas ainda antes desse pleito eleitoral.

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