terça-feira, 28 de maio de 2013

Festa Argentina do 25 de Maio



Jornalista Francisco das Chagas Leite Filho

A equipe da TV Cidade Livre de Brasília e do cafenapolitica.com. br, à frente Helena Iono, esteve na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, quando a multidão comemorou os 203 anos da independência formal daquele país, e dos 10 anos dos governos Kirchner – Néstor e Cristina -, responsáveis pela nova arrancada para a política social e a integração latino-americana.

Com edição de Camilo Morales e imagens de Samantha Sassi, apresentamos este vídeo, que mostra, não apenas a festa, mas principalmente o espírito latino-americano de que estão imbuídos os argentinos. Como se viu, a celebração foi animada por gente do Brasil, com os Paralamas do Sucesso, o eterno Sílvio Rodríguez, de Cuba, do México, Cafetacuba, e a Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, da Venezuela.

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Dilma x Moreno

Magnifica entrevista de Jorge Bastos Moreno com Dilma.  É incrível como a presidente fica solta, leve, à vontade, com Moreno. Atilado e experiente repórter, que conviveu com autênticos astros da politica brasileira, Moreno consegue extrair tudo de Dilma com facilidade.

Nota-se pelas variedades de perguntas de Moreno, envolvendo as mais diversas áreas de atividades e pelas respostas sinceras e divertidas de Dilma, que a Chefe da Nação, se tivesse tempo disponível, passaria horas intermináveis  jogando conversa fora com Moreno.

É a necessária confiança profissional e pessoal  que o jornalista precisa ter e passar para o entrevistado. Mais uma vez ficou provado que Dilma abre o coração sem susto com Moreno. Chega a ser comovente...

https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif
Collor critica Joaquim Barbosa
Em discurso, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou que as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal - STF-, ministro Joaquim Barbosa, com criticas claramente jocosas ao Legislativo e aos partidos políticos, afrontam a Constituição.
Collor criticou a "inversão de valores e de representatividade", no que diz respeito às instituições, classes e agentes públicos. O senador qualificou  as afirmações de Barbosa como claro indicio da situação de esfacelamento institucional existente no Brasil.

Collor julgou ainda mais graves as afirmações do ministro Barbosa por ele ser não apenas um membro do Poder Judiciário, mas de um ministro atualmente presidente da Suprema Corte. Para Collor, não adianta alegar que as declarações de Joaquim foram feitas no universo acadêmico.

"O ministro Joaquim Barbosa foi convidado para fazer palestra exatamente por ser presidente do STF. Sua figura e funções são indissociáveis", salientou Collor. Collor avalia que os momentos de insubordinação com a vida pública, como os protagonizados pelo presidente do STF, podem resultar em um período de autoritarismo na vida politica do Brasil.
Ainda Barbosa

Gênio, sábio, dono da verdade, paladino, valente, Joaquim Barbosa é tudo de maravilhoso que os Deuses mandaram para iluminar o planeta Terra com sua fulgurante inteligência e fina sutileza. Ninguém pode com Joaquim. Ele está acima do bem e do mal. Primeiro insulta a imprensa através de um repórter. Depois magistrados. A seguir, os advogados. Agora, decidiu atacar ferozmente com sua lança de inatacável os partidos e o Legislativo.

Sem esperar apagar as luzes dos holofotes, Joaquim Barbosa pede desculpas em sonolentas e arrogantes notas oficiais. Imaginem quando o Barbosa for candidato a alguma coisa... Vai semear ternura e emoção pelo país inteiro. Mas, retrucá-lo é um perigo. Longe de mim...

Novela patética

Pelo visto continua a patética novela de interesses mesquinhos, onde predomina a falta de diálogo e impera a hipocrisia, a desinformação e a burrice. Refiro-me ao monumento à imbecilidade que gente que não têm o que fazer, que se presta a todas as barbaridades e sandices, insiste em construir, envolvendo Dilma e José Maria Marin.

Se, realmente, for verdade, como apregoam as nefastas plantações, que Dilma deseja Marin longe dela na abertura da Copa das  Confederações, paciência... Fazer o quê. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol –CBF- é cidadão educado, calejado pela longa e vitoriosa existência, contudo, seguramente não vai morrer por isso.

Saibam os “aspones” presidenciais e seguidores que Marin trabalha pelo sucesso do futebol brasileiro tanto ou mais do que ela. A verdade precisa ser dita e proclamada. O foco dos dois é trabalhar pelo êxito da Copa das confederações e da copa do mundo. Intrigalhadas de decaídos e parasitas, à esta altura da vida, não vão esmorecer José  Maria Marin. Mesmo porque Marin tem mandato na CBF até depois da Copa do mundo. Dilma deixa o governo muito antes. E terá que trabalhar muito, se quiser ser reeleita. Marin, desprendido e altivo, estará torcendo por ela.

https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif
Rasgando o verbo contra o TCU

O senador Fernando Collor não está só. Quando rasgou relatório do DNIT com informações falsas sobre andamento de obras, com o endosso dos quatro senadores presentes na reunião da Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado, o ex-presidente também criticou a postura insolente, arrogante e incompetente dos técnicos do Tribunal de Contas da União -TCU-, os quais, segundo ele, ao invés de colaborar com o governo, atrapalham, porque embargam obras sem nenhum critério realmente profissional.

Agora, nesta linha, o próprio ministro dos Transportes, César Borges, afirma e denuncia que o TCU ultrapassa a missão de fiscalizar para insistir em tornar-se gestor de obras. O ministro lamenta que "antes não havia recursos para serem gastos em infraestrutura. Agora existem recursos , mas, não se consegue gastar". Parabéns à firmeza do ministro.

 

 

 

 

Conflitos e a questão indígena, Sem noção e Preconceito e discriminação


 
Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)

Conflitos de terras

Teoria dos conflitos -  Reza a moderna ciência da polemologia que, na ausência de uma força esmagadora, o confronto das vontades precede o confronto físico, e,  normalmente, decide o resultado antes mesmo do primeiro contato físico.

Imaginemos o seguinte cenário: um grupo de “sem terra” invade certa propriedade. Imaginemos que os “sem terra” sejam antigos empregados rurais expulsos de seus empregos pela mecanização e que só conhecem o trabalho na lavoura,   que,  para sustentar seus filhos, precisem de um pedaço de terra e que para conquistá-lo estejam dispostos a lutar até a morte.

Imaginemos que seu opositor, o fazendeiro, encare a sua fazenda como um negócio e que, sentindo-se espoliado, esteja disposto a se defender amparado nas leis ou até mesmo a matar, mas não a morrer por causa disto, deseja apenas que outros lutem e morram por ele, sejam policiais ou jagunços, a soldo. Não deixa dúvida o resultado do confronto.

Em outro cenário, imaginemos o fazendeiro que esteja disposto a lutar até a morte pelas suas terras, seja por sua índole, seja por estarem lá enterrados seus pais ou por ser o fruto do  labor de toda sua vida. Imaginemos que seus opositores sejam como a ralé urbana de aproveitadores reunidos pelas esquerdas, que nem tenham interesse nas terras a não ser para vendê-las e tirar um lucro que nem merecem. Podem estar até dispostos a matar para consegui-lo, mas nem pensam em morrer por causa disto. No primeiro tiro que receberem, correrão como coelhos assustados.

Certo, esses cenários pressupõem que tanto os “sem terra” como os fazendeiros tenham condições de reunir forças equivalentes e que não haja interferência externa (governamental), como tem havido até agora em favor tanto dos “sem terra” com dos índios invasores.

Ainda a questão indígena - Uma virada antes da rebelião

Seguindo o exemplo bem sucedido dos “sem terra”, muitas tribos, orientadas pelas ONGs estrangeiras, invadiam e ocupavam terras numa proporção nunca vista em nenhum país e ainda, quando necessário, com o apoio da estrutura policial.

Os produtores prejudicados queixavam-se amargamente, mas não os enfrentavam, e ,quando o faziam, era isoladamente. Parecia um galinheiro: Quando pegavam um, os outros cacarejavam, ”cococó, cococó, ufa, não foi a minha fazenda. A reação coletiva acontecida na Raposa-Serra do Sol foi dominada pela força esmagadora da Polícia Federal do Tarso Genro agindo por ordem do Lula, que, covardemente, cedeu às pressões internacionais.

Agora, a situação está mudando. As demarcações da Funai terminaram por convencer aos produtores rurais que teriam que reagir a bala. Depois de terem vindo a público as violentas invasões, incluindo o arrasamento de uma vila com 700 casas destruídas (no Mato Grosso do Sul), multiplicaram-se as manifestações em defesa da garantia da terra e contra as fraudes nas demarcações.

Até mesmo militares da Força Nacional ficaram abalados e a opinião pública evoluiu de uma indiferença simpática aos “pobres” índios para a consciência da injustiça e da necessidade da produção rural. Pressionados, mas agora com o apoio da opinião geral, os desesperados produtores, gente inteligente, sentiram que precisavam armar-se.

Armaram-se. Contrataram não apenas jagunços, mas também mercenários estrangeiros, que lhes ensinaram a fazer explosivos com fertilizantes, pois sentiam que, abandonados pelo Governo, teriam que enfrentar até o aparato policial para ter chance de justiça. Reuniram recursos e muitos deles colocaram-se à frente. O circo estava pronto para o início do sangrento espetáculo, que ninguém sabia que vulto tomaria, mas a principal mudança foi da atitude do Governo.

O vice-presidente Temer ficou impressionado com os relatos dos produtores rurais numa audiência com deputados ligados ao setor. A entrada dele nas negociações parece ter neutralizado a influência de Gilberto Carvalho e Paulo Maildes nas decisões sobre a Questão Indígena.

O fato é que o Estado Brasileiro se deu conta das fraudes nos laudos antropológicos, do perigo da reação, e das consequências  que poderiam advir, desde a drástica redução da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, quando em jogo os interesses dos países hegemônicos.

Dilma, que já demonstrara não ter entusiasmo pelas demarcações, contrariando tanto a pressão internacional como a de seus partidários, interrompeu a criação de novas reservas e ensaia rever as desproporcionais reservas já demarcadas. Estaremos despertando?

Óbvio, se isto acontecer, serão terríveis as pressões internacionais. Traidores levantarão a voz contra o nosso País, tendo talvez como símbolo a enigmática Marina Silva. Esperemos que a Dilma não seja como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto, mas na questão dos juros já teve que recuar.

Independente de posições políticas, é hora de apoiá-la nisto, se ela demonstrar a coragem que esperamos. Dias difíceis virão: novos boatos, pressões econômicas, atritos, bloqueios e quem sabe sabotagens de Forças Especiais estrangeiras, mas o que está em jogo é a integridade do nosso Brasil .

Sem noção

Entidades como o Conselho Indigenista Missionário – Cimi- respondem pela decadência da Igreja Católica no nosso País. De cristãos, essa gente não tem nada. Muito ocupados para cuidar de almas, preferem incentivar conflitos e promover as bárbaras religiões pagãs. Qual é a Bíblia dessa turma?

O Ministro da Justiça, até agora, exerceu um método para evitar conflitos de terras: Prende os legítimos proprietários. Isto pode estar mudando, aliás, tem que mudar, mas só mudará quando a Dilma se libertar da influência do Lula, o que está demorando.

A Ministra dos Direitos Humanos defende os direitos humanos de criminosos empedernidos, mas  jamais os direitos humanos das vítimas, e ainda quer desarmar os policiais, para que não possam fazer dano aos pobres malfeitores. Entre as autoridades, há os incapazes e também os capazes de tudo.  Maria do Rosário reúne ambas características: É uma incapaz capaz de tudo...

O governo de Evo Morales vem usando os 12 torcedores brasileiros injustamente presos lá, como moeda de troca para que entreguemos um senador asilado dentro da embaixada brasileira. Já era tempo de darmos uma lição naquele cocaleiro.

Seis mil médicos? Existem duas faculdades de medicina em Cuba: “La Habana”, que forma 200 médicos por ano, e “Elam”, que forma só 100, portanto Cuba gradua apenas 300 médicos anualmente. Para reunir seis mil deles seria necessário juntar todos os médicos formados nos últimos 20 anos. Se a vinda deles não for boato, não estaremos recebendo médicos, mas sim ativistas políticos. ATENÇÃO ABIN!

Só para lembrar.

No grande jogo geopolítico, as posições relativas dos diversos países se alteram segundo a evolução de suas potencialidades e da atuação de cada um.

A nossa posição já é potência regional e, em função de nossos recursos naturais, temos todas as condições de nos tornarmos uma potência global. Explorando apenas uma pequena parte de nossas terras agricultáveis, já somos chamados de celeiro do mundo. Temos espaço para crescer, energia hídrica e as jazidas minerais, inclusive petróleo. Não temos fatores físicos que freiem o nosso desenvolvimento. Se compararmos o potencial do Brasil com o dos demais, percebemos as vantagens evidentes do nosso País; podemos, se quisermos, ser independentes do resto do mundo.

Naturalmente, estes fatores despertam ambições. Além disto, tornam o nosso País uma ameaça ao ordenamento econômico  de potências estabelecidas, algumas das quais  vêem diminuir sua influência a cada ano. É lógico que essas potências, para manter o “status quo”, procurarão bloquear a ascensão dos demais, entre os quais o de maior potencial certamente é o nosso e o mais frágil militarmente também.

A primeira das barreiras que nos impuseram foi a socioambiental, que, somada ao incentivo à divisão étnica de indígenas e quilombolas, asfixiaram o nosso progresso impedindo ou retardando a construção de hidrelétricas, estradas e portos e prejudicando a produção agropecuária.

Há uma guerra, onde somos atacados por enorme exército irregular de ONGs, instituições e pesquisadores orientados por uma agenda ideológica, escrita e orquestrada pelos EUA, Inglaterra, Canadá, Noruega, Dinamarca e Alemanha, que pagam a conta e financiam este aparato.

É claro que se trata de uma guerra, e numa guerra o primeiro embate é o das vontades. Nisso estávamos em desvantagem, pois não percebíamos o solerte ataque.  Era como se numa conversa amigável nos surrupiassem a carteira e até nossos títulos de proprietários sem que percebêssemos.

A sociedade estava ofuscada pela conversa mole de dívida histórica, a imprensa bem paga pelas ONGs estrangeiras e o próprio governo eleito com o beneplácito dos “inimigos” ocultos. Agora o jogo está virando. O embate das vontades já está começando. O nosso mal é a mania de nos menosprezarmos e de falar mal de nós mesmos. Mudando esse complexo de vira-lata, incentivando o amor próprio, criando um pouco de orgulho, estaremos em condições d e vencer o embate das vontades, e quando vencermos esse embate, se houver embate físico, a vitória estará  assegurada.


Preconceito e discriminação

Há, hoje, no Brasil há, uma mania de achar que todo preconceito causa discriminação, e se  observa uma exagerada reação a alguns tipos de atitudes que poderiam ser  rotuladas de mal- educadas, mas são consideradas “tabu” por objetivos políticos. Pode-se chamar as loiras de “burras’. Pode-se chamar um rapaz de pele clara de “branquelo azedo”, mas se alguém chamar um afrodescendente de “negão”, soam os alarmes e os ativistas gritam: preconceito!

Discriminação

O preconceito pode existir ou não. Quanto mais mal formado o caráter mais preconceito haverá, como também pode ser criado por experiências anteriores. Pode haver preconceitos sobre carecas como sobre cabeludos, sobre pretos e sobre brancos, sobre judeus e sobre árabes. São atitudes mentais errôneas e mesquinhas, mas reconheçamos que têm sido fomentadas em todos os conflitos como parte da guerra psicológica. Só diminuirá com a convivência, mas nunca poderá ser completamente erradicado.

Quanto à discriminação, essa, sim, pode ser coibida pela lei, desde que não haja um motivo plausível; por exemplo, não se pode aceitar um obeso ou um cardíaco num curso de paraquedismo, por mais discriminatório que isto seja. Tampouco seria lógico aceitar um homossexual numa Academia Militar de um Exército, onde, por preconceito dos soldados, não o aceitem como chefe.

Outro aspecto interessante é o uso de certas características como injúria;  se alguém chamar alguém de “negro  ladrão”, certamente estará expondo seu preconceito, mas, se chamar de branco ladrão não seria a mesma coisa?

Estão confundindo injúria com discriminação. Há injúria de “ladrão”, sem que ele o seja; mas não há discriminação se alguém chamar um assaltante negro de “nego ladrão”...   Se ele for negro e é ladrão!  Como poderia ser loiro... e ladrão.

Fica difícil, hoje em dia, conseguir um adequado equilíbrio entre a liberdade de expressão e o uso de certas características como injúria, até mesmo quando são usados apelidos. No  Sul, é comum chamar-se as descendentes de alemães de “alemoas”; e os descendentes de italianos de “gringos”. Ainda  há os “polacos”, os “aratacas”;  e assim por diante.  Sem problemas, mas quando se trata de negros, a característica é intocável.

Outro exagero é no tratamento aos homossexuais. Não são apenas intocáveis, mas querem ser discriminados como melhores, como exemplos a serem seguidos.  Pode-se chamar um rapaz de garanhão, mas ai de quem se referir a um desviado como viado... ( Aliás, sobre a palavra “viado”, convém esclarecer que a expressão é proveniente de “desviado” e não do animal veado – com E – que consta ter uma vida sexual normal, com as suas corças... )

Esses exageros conduziram a sérias distorções de enfoque social, que vêm desembocando numa inadequada atribuição de quotas, pretensamente compensatórias.  Atribuir quotas é, em princípio, discriminar!  Hoje vemos quotas nas universidades, quotas no emprego público, quotas na concessão de crédito e na alocação de moradias subsidiadas.  Quotas não corrigem injustiças anteriores. Quotas discriminam e desestimulam a busca pelo mérito.

Nós, hoje, não temos culpa por ter existido a escravidão.  É abominável.  Foi abolida.  O que se tem que fazer, agora, é proporcionar oportunidades e tratamentos iguais para todos, independentemente da cor da pele, ou da opção sexual que tenha. Se quisermos ter união, temos que firmar o conceito de que todos os brasileiros são iguais, nos direitos e nos deveres


Que Deus guarde a todos nós e que nos ajude a manter a união!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Fala Joaquim Barbosa!


Vejo como apropriadas as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal-STF-, ministro Joaquim Barbosa, sobre o que considera má qualidade dos partidos políticos brasileiros no desempenho de sua missão representativa. Afinal, quem preside o Tribunal Superior Eleitoral é um ministro do STF, em rodízio com seus pares na Corte.
Disse o ministro à revista “Veja”: “Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos... Querem o poder pelo poder”.
Não só é da competência do STF zelar pela constitucionalidade – e os sistemas eleitoral e partidário nela são ínsitos -, como também o presidente Joaquim Barbosa tem obrigação e autoridade suficiente para avaliar o quadro da representação política, seus altos e baixos, como relator do “Mensalão”, processo de compra de votos parlamentares durante o Governo Lula, que resultou na condenação de vários membros do Congresso Nacional, pertencentes a vários partidos.
Durante o julgamento dos acusados, o relator e seus pares puderam  esmiuçar as entranhas do sistema eleitoral-partidário brasileiro, a destinação dos fundos partidários, o financiamento de candidatos e as artimanhas políticas para  divisão do espólio eleitoral fora e dentro do Congresso.
Afirmar que os partidos brasileiros não têm consistência ideológica e nem programática é algo recorrente na crônica e literatura política do País; dizer que os políticos guiam-se pelos interesses pessoais pelo dinheiro, voto e poder, elementos imbricados com a “ética de resultados” imperante em qualquer política, tem lógica, não obstante a corrupção situar-se no patamar da cultura política de cada país. Há muitas entidades que se dedicam aqui e alhures à fixação e divulgação de índices de transparência política e de corrupção em vários países.
Generalizações em relação à classe política devem ser evitadas, por mais que se dissemine a impressão de que todos os políticos são corruptos. Isto, sim, e não é o caso do ministro Joaquim Barbosa, constituiria um desserviço à democracia e ao próprio instituto da representação política, pois o povo escolhe seus representantes, em tese, por seu livre arbítrio, e ainda não se experimentou outro modelo que não seja o representativo no Brasil – a democracia direta ou plebiscitária-, que as próprias elites dominantes repudiam, porque coloca o povo  com poder decisório terminativo.

No mais, restam os regimes autocráticos mistos – a ditadura, modelo que o Brasil já experimentou, e o despotismo- e os puros, totalitarismo - nos moldes do Nazismo, Fascismo e Stalinismo- e a tirania, típica de algumas monarquias registradas pela História.
Uma questão que se depreende das considerações de Barbosa: Qual a contribuição dos partidos políticos para o desenvolvimento do País?
Durante o Império,  liberais e conservadores ajudaram no processo de institucionalização e consolidação da integridade territorial, diante de ameaças externas e de inúmeras insurreições, que projetaram a figura de Luiz Alves de Lima e Silva –Duque de Caxias -, o Pacificador. Durante a República Velha, da política do “café-com-leite”, republicanos mineiros e paulistas se destacaram no pluripartidarismo criado, consolidando o regime republicano. A partir da década dos 20, com outras agremiações que tiveram impulso na década dos 30, entre os quais se inseriram  os comunistas e integralistas, o País pode se adaptar aos ventos políticos da Europa e ao fluxo de imigrantes advindos daquele continente. Com a sístole getulista, houve a tripolarização no PSD, partido dos senhores rurais, UDN, partido das elites urbanas, e PTB, partido dos trabalhadores, que contiveram o processo de exacerbação ideológica entre direita e esquerda.
O bipartidarismo, ARENA e MDB, instituído a partir de 1964, aglomerou as correntes diversas de esquerda, centro e direita, garantindo o processo revolucionário, e a volta do pluripartidarismo, em 1979, reconfigurou as agremiações em seus leitos ideológicos naturais, com transformações e adequações diversas, principalmente  dentro do espectro esquerdista, após a queda do Muro de Berlim.
Os mais de trinta partidos hoje, com pedidos de registro no Superior Tribunal Eleitoral, são a demonstração cabal da efervescência partidária brasileira e, por conseguinte, da própria sociedade, pois o sistema eleitoral-partidário nunca se situa além ou aquém  da sociedade ou  dos interesses, aspirações, idéias, reivindicações e necessidades do Povo.
Uma das obras que me inspiram a dizer que os partidos têm sido importantes para o desenvolvimento do País é a “História dos Partidos Políticos Brasileiros”, de autoria de Vamireh Chacon, lançada em 1998, mas há ampla bibliografia sobre as agremiações, que atestam o quanto os partidos têm contribuído para a vida nacional.
As considerações do ministro e presidente do STF, Joaquim Barbosa, são importantes para o fortalecimento do sistema eleitoral-partidário, à medida em que estimulam os debates, principalmente no meio acadêmico, onde se critica muito a falta de consistência ideológica e programática dos partidos, criando-se precioso caldo de cultura do humanismo crítico das instituições políticas brasileiras. Mais uma vez, o lúcido e corajoso jurista presta relevante serviço ao País. Continue falando, Joaquim!

 

terça-feira, 21 de maio de 2013

A questão indígena no balanço do poder nacional, Uma hipótese sobre as intenções políticas do grupo Lula e O perigo da desunião


 
 Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)

A questão indígena inserida no balanço do poder nacional

A possibilidade de declaração de independência de “nações indígenas” tem sido denunciada por várias autoridades militares e civis. A Fundação Nacional do Índio-Funai- foi duramente criticada recentemente até por ministros do governo. Sabemos que há um bando de vigaristas na Funai e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária –Incra -, mas suspeitamos que haja outros motivos além do financeiro apesar de lá existir um verdadeiro balcão de negócios de terras .

O País começa a reagir, muitos deputados (214) já assinaram um requerimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI- que deverá investigar a atuação da Funai - e do Incra-, os dois órgãos responsáveis pelas demarcações de terras indígenas e quilombolas, que tem, sistematicamente criado conflitos em suas áreas,  a ponto de merecerem, juntamente com o Ibama, o apelido de dentes do garfo do diabo.

A reação contra os desmandos da Funai já começou, mas o problema é mais profundo:  há um plano arquitetado pelo “Estabelecimento  financeiro mundial" para enfraquecer os países emergentes, sufocando-os de todas as maneiras, financeira, econômica e moralmente, e se possível dividir o território, dos mais extensos, em retalhos, como o fizeram na África na época da descolonização.

A Índia e a Rússia também sofrem pressões separatistas estimuladas do exterior, mas  detentoras de apreciável poder militar estão, no momento, fora do alcance. Com a China, a segunda economia do mundo, então nem pensar, mas nós, possuidores de abundantes recursos naturais, da água ao titânio, passando agora pelo petróleo oferecemos um “prêmio extra”.

O nosso País é o mais vulnerável, quer pela nossa debilidade militar, quer pela ausência de uma cultura arraigada como na China e na Índia. Em consequência fica fácil nos dominarem usando os métodos da Guerra de 4ª Geração. Proíbem-nos o acesso à moderna tecnologia bélica no tocante a engenhos nucleares, e na área espacial.

Fabricação de mísseis, nem pensar. Sabotam-nos. A explosão do terceiro VLS brasileiro, com a perda de vinte e um cientistas foi emblemática. Até a proibição da comercialização de armas de defesa pessoal tentam impor à nossa população. Pior ainda é a fabricação de munição, provavelmente já na mão de estrangeiros, desta forma, fica mais fácil intimidar e até agredir, direta ou indiretamente.

O uso da força, se necessário, será “justificado” para apoiar a independência de áreas indígenas, para defender os direitos dos grupos minoritários ou mesmo o meio ambiente. Pretextos não faltarão, e não parece difícil, pois mesmo que possamos dispor do armamento adequado, é impossível defender um País com a população acovardada até ante os bandidos comuns.Claro, ainda podemos virar essa situação.

Considerações sobre análises de Inteligência

Em uma análise de Inteligência se procura avaliar o que existe por trás dos fatos e vislumbrar o que pode haver adiante. Para isto, se formulam hipóteses, onde avultam as deduções das reais intenções, ou seja, aonde os analisados querem chegar. Depois, ao contrário de uma análise policial, que tenta provar a exatidão da hipótese estudada, na análise de Inteligência, se procura verificar se ela pode estar errada. Enquanto não se consegue verificar o erro, a hipótese continua em validade. Este preâmbulo é apenas para explicar a hipótese abaixo.

Uma hipótese sobre as intenções políticas do grupo Lula

Descontentes com a perda de poder e com a (ainda pequena) independência da Presidente atual, uma importante facção do PT planeja o retorno de Lula à Presidência. Verificando que a Dilma está com mais prestígio popular do que o Lula,  pode ter decidido não bater de frente, mas fingir apoiá-la até que em setembro ela não mais possa trocar de partido. Então em convenção, o PT escolhe Lula como seu candidato.

Além do PT sindicalista (que nunca suportou a Dilma), teriam a mesma idéia os ministros da base aliada, colocados e mantidos pelo Lula, a quem naturalmente são gratos por seus cargos e insatisfeitos com as (ainda pequenas) cobranças de austeridade e eficiência por parte da Dilma.

Certamente o futuro com Lula lhes seria bem mais risonho. Vale lembrar a atuação de amigos pessoais do Lula em cargos de importância como no Gabinete da Presidência e no Ministério da Justiça, ambos entrando em divergência com a mandatária, um no caso da “Rose”, outro pela questão indígena. As novas, nomeadas com independência – Gleisi Hofmann e Graça Foster já mostraram a que vieram, contrariando o esquema anterior, corrupto e indianista. Esta hipótese, até agora, não foi invalidada!

Neste contexto, como pode se inserir a Comissão da Verdade? Para um analista desavisado ela parece procurar por vingança, mesmo arriscando provocar uma rebelião militar. Para quem procurar avaliar o que existe por trás dos fatos seria lícito imaginar a possibilidade de uma manobra para afastar as Forças Armadas da Presidente. Afinal, apoio popular é muito importante, da mesma forma que ter maioria no Congresso. Muito importante em tempos normais. Em tempos anormais só as Forças Armadas podem garantir um Governo. Todos sabem disto.

O perigo da desunião

Diversos países se autodestruíram por rivalidades internas, que facilitaram a intervenção externa e até ataques e conquistas. Poderíamos citar a Iugoslávia, mas o mais emblemático teria sido Bizâncio. O mais recente certamente a Síria. Nós estamos nesse caminho.

Os comunistas e seus simpatizantes cada vez mais põem as unhas de fora, provocando uma justa reação que se avoluma dia a dia. Entre seus opositores há gente nossa que só vê o maniqueísmo comunismo x anticomunismo e confundem nosso nacionalismo com tendências esquerdistas.

O Governo, desde o Collor até o Lula vem provocando a divisão étnica, e a intranquilidade no campo, uma herança maldita que a atual governante só agora inicia, timidamente, a controlar. A justa reação mobiliza os proprietários rurais contra as invasões; os militares contra o revanchismo, e a errônea ação governamental tem estimulado as invasões e em consequência os conflitos. Felizmente, há esperança de mudança.

Uma casa dividida não se sustenta em pé. Muito menos uma nação. O ministro da Justiça, homem do Lula, contrariando a atual orientação presidencial nada fez  até hoje para impedir  os problemas de demarcação e os conflitos de terras.  Entretanto, agora ele criticou a Funai. Em entrevista, anunciou que a Pasta terá mais poder sobre as demarcações de terras no País. Haverá esperança de mudança?

O reabrir das feridas de 50 anos que deveriam estar cicatrizadas leva a maus resultados. O momento é de União. O passado foi-se. O nosso Pais depende da nossa coesão. Chega de ódio e sentimento de vingança! Se houve excessos foram de ambos os lados e, em nome do futuro, devemos lutar ombro a ombro contra as formidáveis ameaças existentes ao nosso Progresso.

Que Deus guarde a todos nós!

domingo, 19 de maio de 2013

Não há "zona de conforto" na política


Leio no noticiário político que o senador Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB-e representante do Estado de Minas Gerais, ingressa agora numa “zona de conforto” para se tornar candidato às eleições presidenciais de 2014, depois de ter sido eleito para presidir a agremiação, durante a convenção partidária realizada neste final de semana, em Brasília.

Com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do ex-governador e ministro José Serra, Aécio Neves assumiu criticando  a atual  política econômica   do Governo Dilma Rousseff e os vícios do Partido dos Trabalhadores -PT –“encastelado no poder”, do ex-Presidente Lula.

Aécio Neves, no entanto, foi comedido em relação ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB-, sócio do PT no controle da coalizão governamental, legenda fundada por seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, e, atualmente donatária do comando das Presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além de ser o partido do vice-presidente da República, Michel Temer.

A eleição de Aécio Neves para a Presidência do PSDB define quase que por completo a relação dos postulantes ao Palácio do Planalto, em disputa com a Presidente Dilma e seu Vice-Michel Temer, que pretendem ser reeleitos.

Digo quase, porque a ex-senadora Marina Silva, ambientalista, ainda encontra dificuldades para lançar seu partido, a Rede Sustentabilidade, para se candidatar novamente ao Planalto. Pelo Partido Verde, ela obteve, em 2010, cerca de 20 milhões de votos (20% dos votos válidos), contra Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB.

Em política não existe “zona de conforto”, essa coisa boa dos spas e resorts, mas, sim, permanentes zonas de risco, “sketches zones”, pois a conquista e manutenção do poder não dão trégua aos que o aspiram. Política é a continuação da guerra por outros meios, como diz Michel Foucault, ao propor a inversão do aforisma de Claus von Clausewitz.

Em seu novo cargo, o senador Aécio Neves terá que legitimar pela ação oposicionista sua aspiração à candidatura presidencial, tarefa nada fácil, pois agora seu aliado em potencial, o governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro - PSB-, estrela ascendente no firmamento político brasileiro, vê diminuir sua opção de se tornar “candidatável”, como cabeça-de-chapa ou vice, em 2014, em face da ala governista existente dentro do seu partido.

 

 

sábado, 18 de maio de 2013

Problemas atuais: A Segurança Pública, a Questão Indígena e a Comissão da Verdade

 
Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)

Todos os países enfrentam algum tipo de dificuldade, às vezes solucionável com procedimentos adequados, mas em outras chega a ser de difícil administração, e tem que ser  aceitos graves prejuízos No primeiro caso estão os dois principais óbices ao “bem comum” do nosso País, ou pelo menos aos que causam preocupação mais imediata à nossa gente: A segurança pública e a questão indígena. Ambos facilmente equacionáveis com um pouco de senso comum.
A segurança pública – o mais fácil de resolver
Certamente é o problema que mais causa preocupação à nossa população, predominantemente urbana. Não é um problema pequeno; no ano passado, tivemos cerca de 4000 mortes no País, quase o mesmo, por mês, que todas as mortes em combate da Força Expedicionária Brasileira –FEB-, durante toda a II Guerra.
Toda a população anseia pela correção da legislação permissiva, pela redução da maioridade penal e pela pena de morte para os crimes hediondos. Isto ajudaria bastante, mas não seria suficiente. Um castigo posterior está tão distante e como o inferno do nosso catecismo, e, mesmo educado por jesuítas, nunca vi alguém deixar de pecar por causa do inferno, por mais que creia nele. Apenas um motivo pode controlar 95% do potencial malfeitor – o medo da reação.
A solução é simples - Permita-se o armamento às pessoas de bem (os malfeitores sempre independerão da legislação para ter armas), e incentive-se a reação, inclusive em defesa de terceiros  e assim o crime comum vai evaporar como a água na seca. Isto já foi experimentado, e deu certo.
Não se pode desprezar ainda o problema das drogas, considerando que a produção, no exterior está fora do nosso alcance e que o pequeno traficante é descartável, por ser facilmente substituível, restam o grande traficante e o usuário para serem combatidos.
Para conter o grande traficante somente a solução chinesa da eliminação, e isto está fora de cogitação no momento, portanto só o usuário pode ser contido – com pesadas multas ou trabalhos forçados, bem ao contrário da descriminação ou das bolsas “novo princípio”  do governo de São Paulo.
É simples demais. Nossos governantes gostariam de acabar com a criminalidade, mas por mais simples que seja, eles não atinaram com o caminho ou não tem coragem de implementar.
A questão indígena – no caminho da solução
O problema começou com o Collor, com a homologação da área ianomâmi, em obediência à exigência do Congresso norte-americano e se agravou no governo FHC, chegando ao ápice no governo Lula, que além de criar novas e imensas reservas empenhou-se em expulsar donos de propriedades centenárias na Raposa para entregá-las à índios que nem sempre as queriam, na verdade nem seria para os índios, mas para ONGs estrangeiras, decididas a dividir o País em etnias hostis, novamente por pressão do Congresso dos EUA.
Na medida em que a Funai, agindo com um super- poder de criar nações, extrapolava o limite do razoável o País iniciou a tomar consciência. As novas reivindicações da Funai no Mato Grosso do Sul poderiam repetir, em escala agora ampliada, a tragédia de Raposa Serra do Sol. A economia seria severamente agredida e dezenas de milhares de famílias se revoltariam. E os índios, tal como na Raposa seriam reduzidos a miséria, sustentados pela bolsa família.
 
A Funai começava a ser detestada juntamente com o Ibama e não somente pela população rural. Se para retirar apenas seis fazendeiros e poucas centenas de cordatos pequenos proprietários o governo Lula teve de montar uma operação de guerra, vencendo com dificuldade, para retirar milhares de fazendeiros do Mato Gross o do Sul, do Paraná e do Rio Grande do Sul, talvez não houvesse força, e isto se o Exército não se insurgisse contra a entrega às ONGs que manipulam os índios.
O Estado Brasileiro iniciava a se dar conta do perigo da reação e das previsíveis consequências, que poderiam ir desde a drástica redução da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, estando em jogo os interesses dos países hegemônicos.
Naturalmente, foi a reação não só dos produtores rurais que incentivou o Governo  a  interromper a criação de reservas indígenas em regiões de conflito, mas outros fatores tiveram sua influência:
1- Um relatório da Embrapa desmentiu os laudos da Funai nas demarcações do Centro Oeste. Anteriormente o Grupo de Trabalho da Amazônia, coordenado pela ABIN, já havia exposto as fraudes do laudo antropológico em que a Funai usou como pretexto para a traiçoeira demarcação da Raposa-Serra do Sol
2-Depois, a Dilma não é como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto. Diferente do Collor e do FHC que criaram reservas por ideologia, e mesmo do Lula que as criou por covardia, Dilma já não demonstrara entusiasmo por novas reservas, contrariando tanto a pressão internacional como a parcela indianista (do PT, dos ambientalistas e dos gays). Desta vez determinou à Casa Civil que resolvesse a questão.
Se Dilma deu instruções a respeito, apenas podemos inferir, mas o fato é que a Ministra Gleisi Hoffmann, de imediato, instruiu o Ministério da Justiça (a quem está subordinada a Funai) que interrompesse as demarcações até novos estudos, onde os elaborados pela Funai  serão confrontados com os feitos pela Embrapa e out ras instâncias do governo, e que os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e  da Agricultura serão consultados sobre os impactos das demarcações. A suspensão deve se estender também a áreas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
A ministra Gleisi mostrou que pensa no Brasil, acima dos interesses partidários. Começou declarando que não se corrige uma injustiça com outra injustiça. Parabéns! Esperemos que não seja demagogia e parece que não é, pois há informações que a Embrapa já fez reanálise de estudos demarcatórios da Funai em 15 locais do oeste paranaense. A Funai, como sempre, alega tratar-se de territórios tradicionais indígenas, mesmo em regiões de grande produtividade rural, onde  a presença de índios  seja recente ou até mesmo inexistente. A Ministra demonstra ser firme. Nesta questão, estamos no caminho da solução.
Médicos cubanos - O governo  Brasil pretende contratar 6.000 médicos daquela pobre ilha para trabalhar nas nossas áreas carentes. Considerando que os médicos cubanos tem uma formação muito inferior à de nossas faculdades, causa estranheza a contratação. Entretanto, considerando que nos falta médicos no interior e que nas longínquas grotas não há como utilizar de tecnologias e exames avançados, torna-se mais compreensível o procurar equipar o “interland” com a medicina que se pode dispor.
Realmente, estranho é a despreocupação com a segurança; o histórico de Cuba indica que esses médicos devem ter sido doutrinados como elementos de Inteligência, e que permanecerão inativos até que chegue a hora de agir. É possível que muitos deles sejam operadores psicológicos e não demorem a iniciar a doutrinação junto a seus pacientes. Entretanto, veremos se, ao sair daquela ilha- cárcere e tirânica não vão escolher a liberdade.
O bandido Matemático – Enquanto os baitolas dos direitos humanos reclamam da troca de tiros que resultou na morte do malfeitor, na internet o povo aplaude escrevendo: ”Matemático, pois, menos um”.
Comissão da Verdade – Os antigos terroristas que buscam a vingança ainda se arrependerão de ter criado essa frente, pois seus crimes foram muito mais cruéis. Só os inconsequentes não sabiam que se eles forçassem muito a barra haveria uma rebelião militar. O que não esperavam é que seus crimes viessem a público, como começou a acontecer com o depoimento do Cel. Ustra.
Só lamentamos que a exposição dos fatos ainda não tenha atingido os principais terroristas que ainda nos hostilizam, mas, sim à Presidente, que tem se redimido parcialmente dos erros da juventude.
O quer que ela tenha feito de errado já foi anistiado, e não se toca mais no assunto, desde que seja assim para os dois lados. Ela também tem motivo de se arrepender de ter deixado funcionar essa Comissão, pois ela foi atingida pessoalmente , além de existir um potencial explosivo de desunião. Preferiu não responder e fez muito bem. Se unidos já temos dificuldades, desunidos estaremos pior. O ideal é deixar o passado onde deve estar, ou seja, na História.
Que Deus guarde a todos nós e que nos ajude a manter a união.
ADENDO
(Inspirado em artigo recebido)
É fundamental ter um serviço de inteligência forte, que municie o país de informações estratégicas
Por que a atividade de inteligência é tão desprezada no Brasil? Por que governantes e a própria sociedade ainda se prendem a passados tenebrosos, e esquecem que o mundo evolui e a fila anda? Quando se fala em serviço secreto, ou serviço de inteligência, no Brasil, a primeira coisa que vem à tona é o “porão”, ou pelo menos o triste passado do Serviço Nacional de Informações (SNI). Mas efetivamente os serviços de inteligência hoje são ferramentas importantes para o processo decisório e estratégico de um país, além de serem a melhor arma para a defesa e a segurança nacionais e internacionais.
Quando falamos em defesa nacional, a sociedade brasileira tem um pavor, ou pelo menos um descaso, com as instituições que estruturam o sistema de defesa, principalmente o desrespeito com as Forças Armadas, e também com a estruturação do Serviço de Inteligência, representado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
A ABIN, desde sua estruturação, quando uma só vez teve direção competente não recebeu missões nem autorização para agir, e isso não foi culpa dela,  pois as suas atribuições e aplicações dependem muito da Presidência da República e também do Gabinete de Segurança Institucional.
Nos últimos anos, além da direção amorfa, a ABIN ficou relegada a ações sem fundamento para o processo de inteligência estratégica, e desenvolvendo ações irrelevantes ou no máximo de inteligência policial, como por exemplo, o acompanhamento de ações ideológicas pela imprensa e o eventual monitoramento de algum político corrupto.
 
Fica de fora uma lista grande que deveria interessar ao sistema brasileiro de inteligência: As ameaças internacionais, o tráfico internacional de drogas, terrorismo, tráfico de seres humanos e conflitos regionais, e, principalmente, a inteligência estratégica econômica, considerando o novo papel do nosso País na economia internacional, nas parcerias estratégicas, nas questões nucleares e quem sabe, até na inovação e educação.
 
É perceptível que os últimos governos tiveram descaso total com a atividade da informação, e principalmente um descaso com a ABIN. Hoje, a agência tem em seus quadros uns 800 analistas, que praticamente fazem clippings e não ações de inteligência que possam desencadear uma força de decisão, posicionamento e participação do Brasil no sistema internacional, sem contar o impacto de segurança e defesa internacional para o país, considerando inclusive os próximos grandes eventos que acontecerão.
 
A própria agência tem baixa representação no exterior. Hoje temos um oficial de inteligência em Buenos Aires, um em Bogotá e um em Caracas, e mais uma representação avançada em Key West, na Flórida, Estados Unidos, e neste caso, em especial, parece mais um conto de Hemingway.
 
Por que não temos agentes produzindo informações na África e na Ásia, principalmente com o advento do BRICS Ou até mesmo, do ponto de vista de inteligência estratégica econômica, representações em Washington ou Nova York, Paris e Londres? Será que o Itamaraty se dá conta disso? Já tivemos muitas surpresas no passado ao perceber que as embaixadas produziram informações atrasadas para uma tomada de decisão.
Desde o 11 de setembro de 2001, e a ocorrência de outros atentados terroristas, o Brasil depende cada vez mais de um serviço secreto forte e bem estabelecido, pois, mesmo considerando o fato de que o país não tem inimigos externos, os eventos que acontecerão são um chamariz estratégico para ameaças terroristas, sem contar com a própria criminalidade brasileira, que a cada dia vem crescendo, e sem um braço mais forte por parte dos governantes. Sem ser alarmista, mas o nosso País tem um grande vazio no tema inteligência. Temos instituições sem integração alguma ao sistema brasileiro de inteligência, e uma agência deslocada da sua real função.
O mais interessante é que a ABIN tem em seus quadros pessoas com um grande gabarito intelectual, diferente de outras agências internacionais; existem muitos mestres e doutores literalmente encostados em atividades de coleta de informações e produção de relatórios sem fins estratégicos para o Estado e de proteção ou vantagem para a nação.
Se considerarmos as boas práticas realizadas pelos serviços de inteligência das grandes potências, a ABIN poderia desenvolver de forma integrada ações com empresas brasileiras no exterior ou com estudantes considerados pesquisadores do Ciência sem Fronteiras.
Veja o caso da China, que envia todos os anos 40 mil estudantes para as melhores universidades, e eles produzem conteúdos estratégicos para os seus serviços de inteligência. . Nosso plano de inovação perde muito, pois não tem uma política de acompanhamento e produção de cenários estratégicos para análise das demandas e até mesmo a constituição de uma visão mais prospectiva nos centros de pesquisas.
E, do ponto de vista da contra espionagem,  perdemos principalmente com a espionagem industrial que acontece no território nacional, a bioespionagem praticada por ONGs patrocinadas por diversos países, a atuação de quadrilhas internacionais do narcotráfico, o contrabando de armas para o crime organizado, a movimentação de células terroristas em território nacional, a compra de terras brasileiras por parte de grandes grupos chineses, o controle de territórios com base nos aquíferos – e aí vai uma lista gigantesca.

Sobre as ONGs, isso literalmente remonta ao conceito do “santo do pau oco”, das organizações que roubam nossa riqueza para alimentar o tesouro dos outros.

Assim, por que a nossa Presidente Dilma não transforma a ABIN numa grande organização estratégica? Medo do passado? Medo do passado? Por que a ABIN não tem integração com empresas brasileiras no exterior, e também integração com as universidades?
O cenário do Brasil é preocupante. Teremos eventos de grande porte internacional, e de alguma forma com ameaças potenciais. É fundamental para o Brasil um serviço de inteligência forte, que municie o país de informações estratégicas e mostre ao mundo que o Brasil efetivamente pode ter um novo movimento estratégico nos próximos anos, e não viver de um passado utópico, onde inteligência significava “porão”.
E devemos ter um serviço atuante no exterior, onde realmente interessa, e não se perdendo em trabalhos de “detetives de traição” com países sem sentido e traidores do Brasil, ou acompanhando movimentos criminosos em que os serviços policiais deveriam efetivamente atuar.
Como diria um grande estrategista, “informação é poder”.