quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

PMDB quer blindar ou se descolar da coalizão?


O Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- se prepara para uma campanha nacional da legenda, no próximo dia 26, destacando a presença de seus seis ministros no Governo Dilma Rousseff e os seus respectivos programas de ação. Também entram na campanha o Vice-Presidente da República, Michel Temer, e os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Os ministros que devem expor suas atuações são Kátia Abreu, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Helder Barbalho, a Pesca e Aquicultura; Eliseu Padilha, da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República; Eduardo Braga, das Minas e Energia; Edinho Araújo, da Secretaria de Portos da Presidência da República e Vinicius Nobre Lages, do Turismo.
Essa propaganda, por todos os meios de comunicação, seria ato corriqueiro na vida de um partido político, anda mais se tratando do PMDB, esteio da coalizão governamental que elegeu e reelegeu a Presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores – PT-. Mas não é...
No momento em que as redes sociais e os demais meios de comunicação, estimulados pelos institutos de pesquisas, que apontam vertiginosa queda de popularidade da Presidente Dilma Rousseff, em meio a denúncias de corrupção na Petrobrás e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES-, envolvendo o PT, além da situação da economia brasileira, pautada pelo crescimento da inflação, ocorre-me uma indagação quase automática:
O PMDB está reforçando sua imagem para blindar a coalizão governamental com o PT, ou está preocupado em descolar, perante o eleitorado nacional, sua imagem da coalizão diante de uma hipotética e eventual possiblidade de um processo de impeachment contra a Presidente Dilma
Mostrando sua força, o PMDB, mais uma vez, estaria repetindo o que aconteceu quando o Presidente Collor, em 1992, foi defenestrado por um golpe parlamentar legitimado pelos "caras-pintadas”, e o seu vice,  senador Itamar Franco, assumiu a Presidência sem nenhuma reação popular.
Estaria o PMDB, novamente, trabalhando com a hipótese de um novo impeachment, lançando essa campanha nacional, cujo objetivo parece bem claro: Mostrar que o PMDB  é um partido sem jaça  e não tem nada com o PT de Lula e Dilma.
Mas, quando se propagam denúncias sobre o “Mensalão, BNDES, “Petrolão”, se cobram responsabilidades dos Governos Lula e Dilma, esquecendo-se - a sociedade e os meios de comunicação - de cobrar o silêncio e a ineficácia da Oposição, que, certamente, durante todos esses anos, sabia de tudo que vinha acontecendo, porque, no meio político, não há segredo que não se desvende. Uma oposição eficaz inibe os desmandos de um governo, mas, uma oposição omissa e ineficaz até estimula as práticas "não republicanas".

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