segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Engenharia e manifesto militar para as esquerdas


A engenharia política destas eleições alijou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro- PMDB- e o Democratas –DEM- da disputa da Presidência, embora Michel Temer seja companheiro de chapa da Presidente Dilma Rousseff, que tenta sua reeleição – com muita chance de ser bem sucedida. A direita brasileira permanece difusa.
Restaram, então, para a disputa da Presidência, os partidos de esquerda com os candidatos mais competitivos, que são Dilma, pelo Partido dos Trabalhadores - PT-, Marina Silva, pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB-, e Aécio Neves, pelo Partido da Social-Democracia Brasileira - PSDB. Até José Jorge, do Partido Verde, é de origem socialista.
Não resta ao eleitorado outra opção senão a de votar nos candidatos dos partidos socialistas (todos do Fórum de São Paulo), que, ensaiam um socialismo brasileiro ainda indefinível, mas fazendo lembrar o início da revolução bolchevista, com seus comitês sociais de base influenciando na decisão política. Ou não seria esse modelo? Afinal, aquele Lenine que comandou a revolução russa teve sua estátua derrubada de seu pedestal na Ucrânia, nesta semana.
A dúvida procede até para 27 generais quatro estrelas da reserva do Exército, que assinaram manifesto contra a Comissão da Verdade, conforme matéria da minha colega Tânia Monteiro publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, edição do último dia 26. Os generais ironizam:” Seria uma democracia cubana, albanesa ou maoísta? Ou, talvez, uma mais moderna como as bolivarianas?"
A imprensa brasileira repercutiu muito pouco esse manifesto, cuja íntegra republico aqui para que meus leitores do exterior possam tomar conhecimento do clima que antecede essas eleições, marcado por denúncias de corrupção nas administrações petistas e por retaliações entre esquerdistas e militares revolucionários de 1964. O foco principal da crítica é a Comissão da Verdade constituída pela Presidente Dilma.
Dilma caminha para sua reeleição e Aécio para assumir o comando da oposição, ou seja, vai fazer aquilo que seu avô, Tancredo Neves, em parceria com Ulysses Guimarães, sempre fazia durante o regime militar: Ser estilingue, e não vidraça, porque a Presidência é um cargo desgastante, mas a liderança da Oposição é frutuosa.
Esses três partidos socialistas disputam a Presidência e as cadeiras no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, onde o PMDB, correndo por fora, mais uma vez, tende a nadar de braçada, porque o controle do Legislativo é o segredo do PMDB para se manter no poder sem desgaste maior. Afinal, o Presidente da República depende do Congresso Nacional para garantir governabilidade.
 Mais uma vez, se faz o jogo do poder, segundo o qual o Príncipe inteligente escolhe seus adversários (não seus inimigos), pois, sem adversários, não há jogo; e o jogo político não é de soma zero.
Ficando com a Oposição e o governo do Estado de São Paulo (onde Geraldo Alckmin terá tranquila vitória para sua reeleição), o PSDB de Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves terão munição suficiente para fazer marola contra o governo de Dilma e Lula. Melhor seria se o PSDB ficasse ainda com Minas Gerais, mas parece que o PT não quer deixar...
Íntegra do MANIFESTO À NAÇÃO BRASILEIRA, assinado por militares.
"Nós, Generais-de-Exército, antigos integrantes do Alto Comando do Exército e antigos Comandantes de Grandes Unidades situadas em todo o território nacional, abominamos peremptoriamente a recente declaração do Sr. Ministro da Defesa à Comissão Nacional da Verdade  de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período militar. Nós, que vivemos integralmente este período, jamais aprovamos qualquer ofensa à dignidade humana, bem como quaisquer casos pontuais que, eventualmente surgiram. Vivíamos uma época de conflitos fratricidas, na qual erros foram cometidos pelos dois lados. Os embates não foram iniciados por nós, pois não os desejávamos. E, não devemos nos esquecer do atentado no aeroporto de Guararapes.
A credibilidade dessa comissão vai gradativamente se esgotando pelos inúmeros casos que não consegue solucionar, tornando-se não somente um verdadeiro órgão depreciativo das Forças Armadas, em particular do Exército, como um portal aberto para milhares de indenizações e "bolsas ditadura", que continuarão a ser pagas pelo erário público, ou seja, pelo povo brasileiro. Falsidades, meias verdades, ações coercitivas e pressões de toda ordem são observadas a miúdo, e agora, de modo surpreendente, acusam as Forças Armadas de não colaborarem nas investigações que, em sua maioria, surgem de testemunhas  inidôneas e de alguns grupos, cuja ideologia é declaradamente contrária aos princípios que norteiam as nossas instituições militares.
A Lei da Anistia  - ratificada em decisão do Supremo Tribunal Federal e em plena vigência -  tem, desde a sua promulgação, amparado os dois lados conflitantes. A Comissão Nacional da Verdade, entretanto, insiste em não considerar esse amparo legal. O lado dos defensores do Estado brasileiro foi totalmente apagado. Só existem criminosos e torturadores. Por outro lado, a comissão criou uma grei constituída de guerrilheiros, assaltantes, sequestradores e assassinos, como se fossem heroicos defensores de uma "democracia" que, comprovadamente, não constava dos ideais da luta armada, e que,  até o presente, eles mesmos não conseguiram bem definir. Seria uma democracia cubana, albanesa ou maoísta? Ou, talvez, uma mais moderna como as bolivarianas?
Sempre que pode a Comissão Nacional da Verdade açula as Forças Armadas, exigindo que elas peçam desculpas. Assim, militares inativos, por poderem se pronunciar a respeito de questões políticas, têm justos motivos para replicarem com denodada firmeza, e um deles é para que não vigore o famoso aforismo "Quem cala consente!". Hoje, muitos "verdadeiros democratas" atuam em vários níveis de governo, e colocam-se como arautos de um regime que, paulatinamente, vai ferindo Princípios Fundamentais de nossa Constituição. O que nós, militares fizemos foi defender o Estado brasileiro de organizações que desejavam implantar regimes espúrios em nosso país. Temos orgulho do passado e do presente de nossas Forças Armadas. Se houver pedido de desculpas será por parte do ministro. Do Exército de Caxias não virão! Nós sempre externaremos a nossa convicção de que salvamos o Brasil!"

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Presidente interino
Não só pelas fotos, mas pela postura serena, democrática e isenta, percebe-se que o ministro-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, mostrou boa pinta de Presidente da República. Nesta linha, seguramente ,quem não gostou de ver Lewandowski ocupando interinamente o cargo de Chefe da Nação foi o ministro aposentado Joaquim Barbosa, sabidamente desafeto do atual presidente da Suprema Corte.  São as voltas que a vida oferece.
Patrulheiros
Fui brindado por dois leitores, ambos fantasiados de politicamente corretos, praga que insiste em assolar o país com sandices. É a manada dos paladinos de barro. Dos donos da verdade de plástico. Fariseus que não têm espelho em casa. Patrulheiros infames que não descansam enquanto suas teses e opiniões não forem consagradas como lapidares. Donos da verdade de araque do planeta Terra.
Sabichões  que não diferenciam um grão de arroz de um caroço de milho. Coitadinhos. Comigo perdem tempo. Ainda não nasceu bravateiro com capacidade de me intimidar com lorotas. Fui açoitado pela formidável dupla de leitores porque discordei e repudiei a maneira debochada como o colunista Hélio Rocha  se referiu ao ex-presidente e senador Fernando Collor. Reitero tudo que escrevi.
Quanto aos irados leitores, podem rosnar e estrebuchar a vontade. Jamais deixarei de defender e exaltar quem julgue que mereça. Muito menos Collor deixará de continuar trabalhando pela coletividade, com determinação, isenção e espirito público, apenas porque recebeu patadas de  insolentes e desinformados.
Jabor
Concordo com o cônsul-geral de Portugal, no Rio de Janeiro(20/09), Nuno de Mello Bello, que repudia insultos de Arnaldo Jabor à Portugal. A exemplo do consul Nuno de Mello, não sou leitor habitual de Jabor. Por uma razão simples: não costumo perder meu precioso tempo com textos arrogantes ,  chegando perto da irresponsabilidade e da leviandade. Marcas registradas do pernóstico Jabor. Há quem goste. Paciência.
Collor muito bem
Vai muito bem, obrigado, a campanha para a reeleição do senador Fernando Collor. O ex-presidente está animado, não para. Percorre Alagoas inteiro. Sente de perto o carinho, o apoio e o apreço dos alagoanos.
Aonde vai ,Collor é recebido com festa e sentimento de esperança. Collor faz passeata, caminhada, reuniões, palestras e visitas, sempre acompanhado de figuras expressivas e lideranças de todos os segmentos  da sociedade alagoana, e da mulher, Caroline.
A página do facebook da campanha do ex-presidente mostra bem como o eleitor segue com Collor. Os recados dos internautas ilustram como Collor tem razão de está contente e confiante nas urnas e na vitória: "Collor, parabéns pela campanha que você está fazendo! Desejo muito sucesso e muita luta. Que Deus lhe acompanhe sempre” (Paulo Spler); "Por onde Collor passa, arrasa e arrasta"(Ana katia); "Esse sim, é o nosso senador do povão. Valoriza a todos, sem distinção de raça ou cor"(Mecry Beatricia); "O Senado sem Collor não é Senado"(Aninha Lima).
Tricolor  paulistano dando muita bobeira
O time do São Paulo está dando bobeira demais. Claro, com 11 já é duro, imagine com 10 jogadores. Só se o adversário for incompetente. Não foi o caso do Corinthians, além de incentivado pela torcida. Kaká tá muito fominha. Quer resolver tudo sozinho. Não pode nem dar. Diante de alguns lances dele errados e inúteis, observei o desapontamento do Ganso.
Lógico que Muricy também percebe e se aborrece. Excelente o jovem lateral Auro. Sabe jogar, tem personalidade e boa técnica. não sai mais do time. Denílson é outro guerreiro. Espero que Dunga esteja vendo. Quem diria, Pato fez uma falta enorme. Luiz Fabiano deveria ter saido antes. Aliás, nem deveria ter sido escalado. Terrível a contusão do Rafael Toloi. Antônio Carlos é pesadão. Deu cabeçadas e vaciladas com Edson Luís, igualmente pesadão. Sentida a ausência do Pato porque ele tem jogado bem. Lutando, mordendo, acreditando, dando bons passes, fazendo gols. Kardec e Ganso estavam sem opções de jogo, de enfiar bolas, como estão fazendo com Pato. Ganso tem que jogar o muito que sabe e conhece.
Otário é quem bate boca com o árbitro e leva cartão amarelo. Foi um castigo porque o Cruzeiro perdeu, não fez pontos. Era a oportunidade do São Paulo encostar mais nele, motivando ainda mais o time.
Deputado Vicente Cândido
O deputado federal Vicente Cândido tem mantido amplo diálogo com representantes de diversas entidades do judiciário e também de tribunais superiores, como do STJ, STM, TST, TSE e STF.
Vicente Cândido tem 54 anos, é advogado, especialista em direito tributário (PUC-SP) e Direito Constitucional (IDP), comerciante e natural de Caratinga (MG), reside desde a infância em São Paulo (SP).
Foi um dos fundadores do PT e subprefeito de Campo Limpo, da gestão da ex-prefeita Luiza Erundina, vereador em 1996, deputado estadual (SP) por dois mandatos, entre 2003 e 2011 e presidente do PT na capital paulista entre 1997 e 1999. Exerce seu primeiro mandato como deputado federal, e assumiu (em 2014) o cargo de presidente da principal comissão temática da Câmara, a de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).
A sua trajetória política sempre foi dedicada às lutas sociais e de classe. Foi responsável por propostas que geraram mais cultura, esporte, igualdade racial, defesa pela pequena empresa e prerrogativas dos advogados.
Atuando como presidente da CCJC instalou as sessões temáticas com pautas específicas de temas que beneficiaram os direitos das mulheres, trabalhadores, negros, meio ambiente, índios e da justiça.
Debate sobre a Reforma Política
O mandato do deputado Vicente Cândido realizou o maior debate sobre Reforma Política, em São Paulo. Na ocasião, mediado pelo presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, foi discutido o tema com os presidentes do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da OAB-SP, da Associação Paulista de Magistrados (APAMAGIS), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Associação Paulista do Ministério Público (APMP).

De acordo com o deputado, o evento serviu para firmar a convicção de que a reforma política é imprescindível para mudanças estruturais no Brasil, como a reforma tributária, trabalhista, e outras. O presidente do Conselho da OAB, Marcus Vinícius, destacou que o plebiscito e o debate intenso com sociedade é ponto crucial para a reforma. Para o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, a iniciativa de discutir o tema quebra um tabu para a mudança do sistema político do país.

Segundo o presidente da APAMAGIS, Jayme Martins, a timidez da nossa democracia resulta em implantar um sentimento de transformação no Brasil rumo à igualdade social. O presidente da APMP, Felipe Locke, parabenizou o mandato e destacou sua atuação como presidente da CCJC da Câmara que votou projetos das minorias, indo de encontro com os ideais da reforma política.

 

 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Conjuntura mundial, Eleições, Ambientalismo e Sem noção

 

 Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)

 
Conjuntura econômica mundial
 
A situação mundial continua tensa na Europa Oriental e no Oriente Médio, mas nada indica que evoluirá para uma guerra de grandes proporções, mas desde a eclosão da crise da Ucrânia volta-se a falar sobre o fim do dólar. Até 2014 falar de colapso do dólar parecia ser para teóricos da conspiração, mas este ano, Estados-nações de parte do mundo estão fazendo movimentos ostensivos com este objetivo, ou ao menos se preparando para isto.
 
Espalham que a queda do dólar não seria mais uma questão de "se ", mas de "quando" e que esse quando pode não estar longe. A Rússia, juntamente com vários aliados ensaia um movimento fatal com a certeza que muitas nações, prejudicadas pelo atual sistema, a seguirão alegremente.
 
Pode ser que estejamos à beira de uma mudança de paradigma no sistema monetário mundial, mas e o shale gás? Há tempo não temos notícias fidedignas.      Caso o gás do xisto corresponda a propaganda inicial, os EUA se tornarão os maiores produtores do mundo e sua hegemonia ultrapassará o século XXI.
 
Os americanos continuam a gastar dinheiro e os investidores continuam a investir. Empresários nos EUA estão fazendo planos  para gastar o capital como se estivessem em uma recuperação. Entretanto, a ausência de informações fidedignas faz levantar a dúvida se eles têm dificuldade em conceituar a verdade sobre a economia ou porque eles estão atolados em dívidas sem saber como modificar o quadro.
 
Também se prenuncia instável a área de mineração, pois com os novos materiais (fibra de carbono, cerâmica etc.) substituindo gradativamente o aço, os alicerces da industrialização estão sendo substituídos, prenunciando dificuldades crescentes para os exportadores de minérios, como o nosso País. Felizmente o consumo de alimentos, que só cresce no mundo e o bloqueio russo as commodities provenientes dos EUA e da União Européia nos ajudarão nas contas externas. Isto se um novo presidente não se virar contra o agro negócio.
 
Nossa Conjuntura Eleitoral

 

A atual conjuntura eleitoral nos empurra para um difícil dilema: votar em quem, se nenhum é bom?

A pior das hipóteses é escolher Marina. Engana-se quem pensa que vale qualquer coisa para tirar o PT do poder, assim como também os que pensam que se votarem em Dilma estarão impedindo o PSDB de chegar lá novamente. No frigir dos ovos, todos são e estarão no poder, sempre.
 
O modelo neoliberal que dita as regras do mercado não se extinguiu quando Lula assumiu o governo em 2002 nem quando Dilma o substituiu. Apenas será escancaradamente reforçado se Marina vier a assumir.
 
Continuaremos sendo, com qualquer um deles, dependentes do capital externo, da importação de tecnologia e exportadores de matérias primas. Essa é a condição que nos foi imposta pela oligarquia financeira internacional e não há entre os três candidatos que disputam com chances reais de chegar a presidência da república, quem esteja disposto a romper com essa situação e enfrentar a ira dos banqueiros.
 
Porém, há uma situação de perigo iminente que não podemos deixar de registrar correndo o risco de pagarmos por nossa indiferença, esse perigo chama-se Marina Silva. Portadora de imensos serviços prestados à monarquia inglesa por sua subserviência, a candidata não poupará esforços para atender as exigências da rainha e de seu filho Charles, da casa de Windsor, controladora das maiores e importantes ONG’s, ambientalistas.
 
Na presidência Marina não vai sustar a corrupção, a começar pela dela e de seu marido, que responde processos por corte ilegal de árvores nativas. Também não irá impedir o ataque ao Pré-sal, mas certamente prejudicará ao extremo limite as obras de infraestrura e o agronegocio (florestas no Brasil, agricultura nos EUA) e impedirá a construção de hidrelétricas, provocando os apagões. Por seus compromissos externos, os campos petrolíferos não devem pertencer ao Brasil, mas sim às grandes petroleiras internacionais.
 
E,por fim, Marina irá promover a eleição do presidente do Banco Central e entregá-lo a um filo-americano. Dessa forma, nossa economia passará, definitivamente, ao controle estrangeiro. Quanto a segurança militar, as Forças Armadas receberão como missão principal a proteção do meio ambiente, o que significa retirar as pessoas para devolver a terra à vegetação nativa. Completado o ciclo de entrega do país, Marina será condecorada na ONU, receberá o título de mulher do ano e ganhará o milionário prêmio Nobel por relevantes serviços prestados à humanidade.
    
Até agora, a única vez que se ouviu Marina falar de independência foi para mencionar a independência do Banco Central.
 
Sem Noção
 
Um dos biólogos mais importantes do mundo, Dr. Edward Osborne Wilson,  propôs ao Instituto Smithsoniano uma estratégia de conservação: para prevenir a “extinção em massa de espécies”, devemos destinar metade do planeta exclusivamente para a proteção dos animais"
 
Os custos de quase todas as obras do Gov. federal ultrapassaram em dezenas e dezenas de bilhões as previsões e licitações. Não se pode excluir a corrupção, que houve e muita, mas também nos lembremos que grande parte dessas despesas, as mais inúteis, foram causadas pelos atrasos forçados com o pretexto de mais e mais exigências ambientais
 
Enquanto a traidora FUNAI se esforça por segregar os índios para consolidá-los como uma “nação” diferente da comunidade brasileira, a China ampara e premia com dinheiro os casamentos inter étnicos entre a etnia  dominante (Han) e os de etnia tibetana e iogur da Ásia Central. Enquanto antropólogos da FUNAI se esforçam para ressuscitar línguas indígenas extintas, a China desestimula o uso de outra língua que não o Mandarim
 
Os dirigentes chineses cuidam da integridade da pátria deles, como todo mundo faz. Até quando os nossos, sem noção do perigo, permitirão que a FUNAI, obedecendo instruções das ONGs estrangeiras, criem o cenário propício a balcanização do nosso País. 
 
 
Ociosidade
 
A Comissão Nacional da “Verdade” está torrando dinheiro público que, em vez de criar  antagonismos já cicatrizados poderia estar sendo utilizado para algo melhor. Agora, sem noção exige um mea-culpa das Forças Armadas. O comandante das Forças Armadas é sempre o mandatário supremo, então é a Dilma que vai pedir desculpas? E também pedir perdão pelo terrorismo? Parem com isto e vão trabalhar em algo útil.
 
Fracasso do desarmamento
 
Sete anos da proibição da venda de armas de armas de fogo, foi atingida a marca de 56.337 homicídios, a maior de nossa história. Os criminosos seguem tendo acesso a armas ilegais de qualquer maneira. As normas mais rígidas não diminuíram os índices de violência, ao contrário, impedindo as pessoas honestas de se defenderem,  aumentam a ousadia dos meliantes
 
Do Lewandovski
 
Os magistrados brasileiros devem atender as exigências das cortes internacionais, “especialmente com os tribunais supranacionais quanto a aplicação dos tratados de proteção dos direitos fundamentais, inclusive com a observância da jurisprudência dessas cortes”..Será que ele é brasileiro ou cidadão do mundo?
 
Juízes perderam a noção
 
A presidência do TJ do Rio de Janeiro enviou um projeto para conceder auxílio-educação para os filhos de juízes e servidores do Tribunal ,por mês R$ 7.250 para os magistrados e de 3.000 a outros servidores.
 
Verdade?
 
“O Brasil pode ser o maior produtor do mundo com o pré-sal."Não foi o Lula, não foi a Dilma, nem tão pouco, nenhum candidato que disse isto. - Foi o Vice-Presidente Executivo da Shell que disse.
 
 Informação
 
 Interromperei os comentários até meados de outubro.Disponho de um pequeno estoque do livro “Segredos da Espionagem”, que coloco a venda.
 
Que Deus guarde a todos nós!
 
 
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Eleições e coisas sérias

 
 
Adriano Benayon *
 
Os candidatos que se apresentam em oposição à atual presidente, com chances - tanto Marina, como Aécio – dizem-se defensores da  “liberalização” da economia brasileira.
 
2. Na verdade,  adotam ostensivamente o projeto pró-imperial, como  decorre não só de seus “programas”, mas também de suas trajetórias e de quem os financia; do apoio da grande mídia, instrumento  tradicional dos concentradores econômicos transnacionais e locais;   dos  formuladores de suas políticas econômicas, ligadíssimos à oligarquia financeira angloamericana.
 
3. A atual presidente, tal como Lula, tampouco significa a perspectiva de que o Brasil reverta a lamentável condição a que tem descido desde o golpe de 1954, quando se institucionalizou a dependência financeira e tecnológica, através da desnacionalização da indústria e dos demais setores da economia.
 
4. Os governos do PT consolidaram esse processo, acelerado por mandatários radicalmente servis ao império angloamericano, como Collor e FHC, investidos na presidência por meio de golpes eleitorais em 1989, 1994 e 1998.
 
5. Os petistas diferiram deles, principalmente ao: a) reduzir um pouco as taxas de juros,o que não evitou a dívida pública crescesse, nem a conta anual dela, a qual consome 40% das receitas públicas;  b) aumentar o valor real do salário mínimo e ampliar as políticas sociais; c) elevar substancialmente a oferta de crédito, através dos bancos públicos, e os investimentos em infra-estrutura, cujos resultados não têm sido proporcionais ao volume de dinheiro provido a baixo custo.
 
6. Tais empréstimos têm feito acentuar a concentração  e a desnacionalização, pois favorecem as grandes empreiteiras, grupos concentradores, sobre tudo, transnacionais. O mesmo efeito resulta das “parcerias público-privadas (PPPs), em que o Estado banca o capital, assume o risco, e os parceiros privados obtêm lucro garantido.
 
7. Isso decorre das reformas desestruturadoras  impostas pelo império angloamericano, aceleradas  desde 1990, em função das privatizações  e da  deterioração da administração pública.
 
8.  Esta adveio de: a) a colocação dos setores-chave da economia sob o comando das agências reguladoras, infiltradas por “técnicos” ligados às transnacionais estrangeiras; b) óbices inseridos na legislação, como a lei de licitações e as restrições ambientais para tolher o desenvolvimento; c) queda de qualidade dos quadros da administração; d) temores desses quadros de assumir responsabilidades, sob a mira do Ministério Público, influenciado por ONGs financiadas pela oligarquia financeira estrangeira, e em face do  TCU, sobre o qual agem essas e outras forças contrárias aos interesses nacionais.
 
9. Nesse contexto, o PIB ainda cresce, devido, em grande parte, à produção e à exportação intensivas de recursos naturais. Mas o pesado déficit  que se vem acumulando nas transações correntes com o exterior, denuncia as terríveis deficiências estruturais da economia brasileira.
 
10. Entre essas, o gap (hiato) tecnológico que a distancia das economias dos países que não entregaram suas empresas ao controle de transnacionais estrangeiras,   como até a pequena Coreia.
 
11. Esse hiato já era muito grande, nos anos 80, e só fez aumentar desde então, dado que a entrega do mercado brasileiro às transnacionais,  iniciada em 1955, continuou acelerando-se,  e  tecnologia só se desenvolve onde há empresas nacionais competindo no mercado interno e, depois, passando a exportar bens de elevado valor agregado.
 
12. Além disso, o Brasil é sugado pelo  endividamento, numa intensidade inacreditável, mormente a partir da crise da dívida externa de 1982, que não foi negociada soberanamente. Ao contrário, os governos submeteram-se ao “sistema financeiro internacional” nessa e em posteriores crises.
 
13. Isso levou a colossais pagamentos  em 1989 e 1990,  logo após a Constituição de 1988, na qual foi acrescido ao art. 166, § 3º, inciso II, por meio de fraude, dispositivo  que privilegia as despesas do “serviço da dívida” e facilita a aprovação dessas despesas em montantes absurdos.
 
14. Atualizado monetariamente, o serviço da dívida custou  R$ 1,8 trilhão em 1989/1990, quantia cuja média anual equivale a 17% do atual PIB e a incríveis 34% do PIB de então. De 1991 a 1994, a média, embora caísse muito, ainda foi excessiva, cerca de 11% do PIB.
 
15. De 1982 a 1988 o Tesouro acumulou verbas, em moeda nacional, muito maiores do que poderia, sem enorme prejuízo para os investimentos públicos, visando a cumprir o determinado nas pseudonegociações com os banqueiros  para o serviço de dívidas não auditadas, inclusive as do setor privado, assumidas pela União, e infladas por taxas de juros e numerosas taxas bancárias inaceitáveis.
 
16.  Esse perverso processo, incluiu a entrada de dólares no País (facilmente criados, do nada, pelos bancos da oligarquia mundial), a fim de   retornarem  para eles, através dos pagamentos da dívida pública, para os quais as verbas amealhadas em moeda nacional, para esse fim, puderam ser  convertidas em dólares.
 
17. Com efeito, mesmo refreando  os investimentos, desde 1982,  o País não obtinha moeda estrangeira, sem depender dos bancos “credores”, porquanto não teve, em toda a  década dos anos 80, saldos positivos nas transações correntes com o exterior.
 
18. Nos anos 80, o governo militar havia instituído a Lei da Informática e deu continuidade a projetos tecnológicos na esfera estatal, limitados, porém, pelas dificuldades orçamentárias condicionadas pela formação dos superávits primários.
 
19.  Na transição, Sarney só resistiu às pressões dos banqueiros e demais concentradores nos primeiros meses, e, ao entrar em cena a pseudo-democratização, foi eliminado  o que restava de medidas pró-indústria nacional.
 
21. De fato, adicionando mais danos aos danos resultantes do empobrecimento do País através do serviço da dívida e das transferências de ganhos das transnacionais, vieram, a partir de 1991, as liquidações de empresas estatais e a privatização em massa, sob o ridículo pretexto de que a desestatização proporcionaria recursos para pagamentos da dívida.
 
22.  Em 1988, a  Constituição -  sob influências pecuniárias e midiáticas nada sensíveis aos interesses nacionais  - nasceu desfavorável, ao desenvolvimento do País,   haja vista, entre outros, o art. 164, que tira do Tesouro o poder de emitir moeda, e o coloca à mercê dos banqueiros, e recepcionando a famigerada Lei 4.595, de dezembro de 1964.
 
23. O quadro tornou-se ainda mais desolador com as emendas constitucionais promovidas por Collor e por FHC, destruidoras de qualquer pretensão à independência nacional.  Entre essas, a que suprimiu a distinção entre empresas de capital nacional e de capital estrangeiro (a CF já considerava brasileira qualquer empresa constituída no Brasil de acordo com as leis brasileiras). 
 
24.  Nada disso foi revertido.  Assim, sob as atuais estruturas do Estado e do setor privado, mesmo havendo crédito  público considerável, a juros accessíveis, o grosso dele não é  aproveitado para investimentos produtivos. 
 
25. Mesmo quando o é, isso não traz proveito para a economia nacional,  porquanto  esses investimentos fazem intensificar a concentração da economia, realizados que são por um setor privado desnacionalizado e concentrado, cujos lucros são carreados, na maior parte, para o exterior.
26. Tudo prejudica os investimentos, especialmente os de empresas médias e pequenas: a taxa de câmbio supervalorizada  e o capital de giro  caro, consequências do desequilíbrio crônico nas transações correntes com o exterior e da atração de dólares para cobrir esse déficit, conducente a  altas taxas de juros internas.
27. Além disso: absurdas tarifas da energia, resultado do pavoroso modelo de gestão do setor, “orientado” por um conceito fajuto de “mercado; a lastimável estrutura de transportes, formada para propiciar mais lucros às montadoras estrangeiras de veículos (até as estradas esburacadas contribuem para isso); impostos elevados, para a receita ser gasta com a dívida pública.   
28. Se se quer desenvolvimento, o caminho não é continuar dando isenções e subsídios às transnacionais, nem oferecer-lhes crédito público a baixos juros.
 
29.  O  País necessita, com urgência, de mudança estrutural, dotando o Estado de poder e de meios para promover o desenvolvimento e viabilizar empresas de capital  nacional em condições de competir em produções  intensivas de tecnologia e com elevado  valor agregado.
30. Tudo isso só é possível, se o sistema político for alterado, e as eleições não continuarem à mercê dos concentradores financeiros e  dos  carteis transnacionais, nem da mídia a serviço deles. 
31. Em suma,  se ficarmos pensando só nas eleições, as coisas agravar-se-ão, com Dilma e mais ainda com Aécio, e muito mais com Marina, ligadíssima ao império.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

Pílulas do Vicente Limongi Netto

Cena perdida

Lady Osmarina Silva não merecia tamanha desfeita. Se queixou com a protetora Neca Setubal. Motivo: Marina estava certa que seria dela e não da atriz Regina Braga, o papel de Irmã Dulce, no longa-metragem  que estreia em novembro. 
CPI da empulhação

Cenas deprimentes e patéticas, de causar inveja a programas humorísticos: parlamentares fazendo perguntas e acusações a um depoente com cara de tédio e sorriso cretino, que entrou mudo e saiu calado de uma desmoralizada e inútil CPI mista da Petrobras. Dificil saber quem era abutre e quem era carniça em mais uma empulhação que entristece o Brasil.
Maluf na mira
Raivoso procurador-geral Janot quer Paulo Maluf fora das eleições. Não sei se Janot quer aparecer ou é mais um do timeco dos ressentidos. Contudo, acredito que apenas   os eleitores não votando nele ou, então, se Maluf acabar fulminado por um raio dos deuses, têm forças para aposentar o ex-prefeito, ex-governador e deputado federal da vida pública e da política.
Desonra a Nilton Santos
Li uma noticia triste, revoltante, indigna e injustificável  na colunista Mônica Bergamo(Ilustrada de 20/09): O pedido de financiamento negado pelo Ministério da Cultura para uma fotobiografia inédita sobre o eterno craque Nilton Santos.
Um auxiliar de bom senso e conhecedor das conquistas mundiais do futebol  brasileiro precisa informar para a ministra Marta Suplicy o que Nilton Santos, chamado pelo mundo inteiro de a "enciclopédia do futebol", significou para o torcedor. Atleta excepcional, cidadão decente e humilde até demais, Nilton encantou os gramados do Brasil e do mundo com lições de técnica e categoria. O Brasil precisa urgente aprender a tratar melhor seus verdadeiros ídolos. Francamente.
Insolência

Hélio Rocha foi insolente e desrespeitoso com o ex-presidente Fernando Collor, no artigo "O velho e o novo filme dos anjos da cara suja", edição do Popular do dia 12 de setembro. Se quer fazer graça e ser espirituoso com pessoas famosas, que procure trilhar o caminho da verdade. Se atualize mais, se informe mais.
Ódio e ressentimento fazem mal ao coração. Collor é o único politico inocentado duas vezes pelo STF. Foi apeado da Presidência da República porque não dobrou a espinha para demagogos, parasitas e maus perdedores. Foi Collor quem tirou o Brasil das amarras do atraso. O pior cego realmente é aquele que não quer ver nem aceitar os fatos.  Um dia ainda será reescrita a verdadeira história da politica republicana.
Sheik

Manada de desocupados, estúpidos e recalcados, que nunca fez nada de útil pelo futebol brasileiro, também insiste em sair da mediocridade extrema e avassaladora, para endossar criticas descabidas do destemperado jogador Emerson Sheik à CBF.
O inconsequente e verborrágico Emerson mostrou que também é burro, porque prejudicou o Botafogo e a si próprio, já que, seguramente, será punido exemplarmente. Os árbitros do futebol brasileiro em sua grande maioria são fracos, mas nada justifica que um jogador, no caso o energúmeno Emerson, queira explicar sua culpa pela bobagem que fez, insultando publicamente a CBF. Quem diz o que não deve, fantasiado de bravateiro, costuma e merece pagar por suas diatribes. 

 

sábado, 20 de setembro de 2014

Disputa eleitoral gera pânico e expecativa em Brasília

Uma derrota do Partido dos Trabalhadores  -PT-, nas próximas eleições de outubro, lançaria ao desemprego milhares de servidores filiados ao Partido e que vieram do interior de vários estados brasileiros para assumir cargos comissionados nos órgãos públicos em Brasília.
 
Eram petistas que estavam desempregados nas suas cidades de origem e que, durante os dois mandatos do Presidente Lula e um mandato da Presidente Dilma Rousseff, se garantiram em cargos bem remunerados, em especial nos poderes Legislativo e Executivo, adquiriram um novo status social e financeiro, contraíram dívidas e mudaram completamente seu perfil social. Eles chegaram eufóricos, fazendo muitos ruídos e dando as cartas em todos os setores da sociedade brasiliense, com rompantes de donos do poder e amigos dos mandatários. Era fácil, na vitória de Lula, vê-los aos magotes festejando nos restaurantes e nas lojas da cidade.
 
Estima-se que cerca de 20 mil funcionários públicos tenham sido recrutados pelo PT, desde que assumiu o Governo, mas há quem calcule que o partido mobiliou o governo nomeando  filiados para cerca de 40 mil cargos no serviço público federal, nos órgãos de administração direita e indireta e nas empresas estatais. Há ainda os nomeados para os cargos públicos no âmbito estadual. Todos os nomeados doam um percentual de seus vencimentos para os cofres do partido.
 
Esse clima de nervosismo e expectativa gerado pelas eleições, ainda mais com o surgimento ameaçador da candidatura de Marina Silva, do Partido Socialista Brasileiro -PSB-,o principal obstáculo para a reeleição  da Presidente Dilma Rousseff,  repete o que sempre acontece na capital política do Brasil - Brasília- quando um partido que tem o poder corre o risco de ser substituído.
 
Não é apenas uma questão ideológica na  alternância do poder, mas, sim, a possibilidade de que milhares de servidores contratados em regime provisório para cargos de confiança dos políticos com mandato venham a perder o emprego junto com os políticos derrotados. Na Câmara dos Deputados,  no Senado Federal e nos órgãos do Poder Executivo, a reciclagem  das nomeações decorrentes do espólio do poder é ampla: Quem vivia com polpudos salários pode perder tudo logo após serem publicados os resultados das urnas. Aos políticos vencedores, tudo, aos  políticos perdedores  o desprezo, com poucas exceções.
 
Brasília e as cidades-satélites  estão acostumadas a essas mudanças, mas muitos servidores desempregados por causa das eleições  dificilmente retornam às suas cidades de origem, depois de criarem raízes na capital e se acostumarem  com as benesses do poder. Procuram novas oportunidades, dentro e fora da política, e se transformam em cidadãos ativos e permanentes da cidade, à espera de que a roda da sorte, num horizonte de quatro anos, com outras  futuras eleições, contribua para que recuperem novos postos. Até lá, podem sofrer privações e dificuldades de toda sorte com suas famílias.
 
O percentual de mudanças nos quadros administrativos, de direção e assessoramento, no Executivo e no Legislativo,  é mais ou menos previsível, girando em torno de 20 ou 30%, dependendo do grau de mudança ideológica na conquista do poder. Nos cargos de nível básico e médio, muitos servidores são mantidos, independentemente de sua ideologia, mas a seleção feita pelos novos detentores de cargos vai ganhando mais rigidez, com base no critério ideológico, na medida em que os novos eleitos e empossados avaliam os cargos e seus ocupantes de níveis superior e de pós-graduação. Cargos de direção e assessoramento com vencimentos atraentes e prestígio inquestionável.
 
Sair de um governo petista para um governo do PMDB, por exemplo, não significa muitas mudanças, porque os partidos se entendem na manutenção de uma parte dos seus servidores para cargos de confiança. Mas, sair do governo petista para um governo do Democratas ou do PSDB (hipótese não totalmente descartada, se Marina vencer) pode significar  a desgraça de muitos servidores, porque haverá sem dúvida uma poda generalizada de cabeças.
 
De olhos nos índices obtidos por Dilma e Marina, esse contingente de novos brasilienses registra seu nervosismo e expectativa nos shoppings, nas lojas de varejo, nos restaurantes e, principalmente, no trânsito às vezes caótico do Distrito Federal. Todo cuidado é pouco para quem não quer correr riscos de sofrer uma agressão física ou verbal dessa gente. Enquanto uns sofrem ante a iminente perda, outro contingente de atuais brasilienses e potenciais novos brasilienses nos estados   roe  as unhas prelibando ótimas oportunidades em Brasília com o PT fora do governo.
 
 
 
 
 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A grotesca politicofobia na Ucrânia


Inimigos da democracia fazem piadas, nas redes sociais, com o incidente ocorrido com Vitaly Zhuravsky, um ex-membro do partido do presidente deposto Viktor Yanukovich, da Ucrânia, lançado por manifestantes dentro de uma caçamba de lixo. Sugerem que se faça o mesmo com políticos brasileiros.

Se a Ucrânia vive momentos dramáticos, pressionada pela Rússia, pela sua posição separatista, talvez essa manifestação contra um representante popular seja produto de uma neurose coletiva, de um povo que não encontra caminhos legais e legítimos para implementar suas aspirações, seus interesses e soluções para suas necessidades.

O lançamento do parlamentar dentro de uma caçamba de lixo viola os direitos humanos individuais e os próprios direitos daqueles que depositaram sua confiança, através de seu voto, na pessoa do seu representante político. Se há disposição de se livrarem do mau representante, que o façam pela via normativa e constitucional do recall ou do voto destituinte, mecanismos da democracia direta. Para isto, devem mudar suas leis.

A doença da politicofobia parece que se alastra pelo mundo inteiro, colocando em risco as instituições democráticas  e a própria liberdade. O sistema representativo, instituição secular, vem sendo desqualificado em forma e conteúdo abrindo espaço para os esquemas golpistas e autoritários.

Aqui mesmo no Brasil, nas violentas manifestações de rua do ano passado, havia um clamor popular contra os políticos e os partidos, uma espécie de pré-anarquia em prol da supressão do sistema representativo, com atos de vandalismo contra o edifício do Congresso Nacional.

O culto à politicofobia começa na depreciação do sistema eleitoral e partidário, permitindo-se uma legislação eleitoral complacente com esquemas de compra de votos pelo poder econômico e com partidos sem ideário bem definido.

No campo discursivo, as campanhas eleitorais desmontam a importância dos partidos e se concentram nas pessoas, “fulanizando” os integrantes dos poderes Legislativo e Executivo, como se esses fossem meras instituições de retórica política, e não elementos fundamentais do processo legislativo, o qual consiste na produção de leis e se converte no principal equilibrador político-institucional.

Recente exemplo do esvaziamento da representação política é o da campanha presidencial, quando Marina Silva parece demonstrar completa indiferença às forças partidárias, como se fosse possível governar sem  base de apoio no Congresso Nacional, sem as força políticas legitimamente constituídas.

O Brasil tem péssima vocação para imitar exemplos negativos que ocorrem no exterior, como é o caso dessa grotesca atitude contra o representante ucraniano, um  pai de família, cidadão em pleno gozo de seus direitos e que foi eleito para desempenhar seu mandato. Se não vem sendo competente, cabe aos seus eleitores negarem-lhe a reeleição. É uma questão de educação política e cultura democrática.

 

 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Transporte urbano, uma questão política


 
Recebi do engenheiro Félix Feichas Cabral, de Belo Horizonte, o seguinte comentário referente ao artigo “Mobilidade Urbana”, de Luiz Flávio Autran Monteiro Gomes,  publicado em Ciência Hoje 317, volume 53, de agosto de 2014:
Sou leitor da revista Ciência Hoje desde meados da década de 80, quando era estudante de graduação de Engenharia. Hoje sou assinante da revista. Parabenizo a “Ciência Hoje” pela grande quantidade de informação confiável, abrangente e acessível.
Gostaria também de manifestar meu apreço pelo artigo publicado pelo Sr. Luiz Flávio Autran (“Mobilidade Urbana”). Sou apenas um cidadão comum, usuário de sistemas de transporte urbano em várias cidades (Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Rio, Curitiba) onde moro e trabalho. Portanto, não tenho a menor pretensão de travar qualquer discussão acadêmica sobre sistemas de transporte, até por que nunca fiz sequer uma disciplina da área. Porém sou também um cidadão urbano. Respiro o monóxido das polis brasileiras, portanto sou um ser político.
Sem dúvida, a questão dos sistemas de transporte está muito além da questão técnica. É de fato, uma questão política. O autor aponta um ponto importante, ao mencionar que “aqui a vasta maioria da classe política sempre usou o poder para perpetuar-se na posse desse mesmo poder” (penúltimo parágrafo do artigo). Escrevo esse e-mail para sugerir ao autor, ou outro qualificado, que tenhamos a coragem, de discutir na Ciência Hoje, o parasitismo estatal, a ineficiência da máquina de governo (seja municipal, estadual e federal). A classe política é parte da colônia parasitária. Em outras palavras, sugiro avançar mais além do subtítulo do artigo: “Tentando sair da inércia” ESTATAL (eu completei o subtítulo com a última palavra).
Entendo que a preguiça (ou inércia) estatal – filha direta da estabilidade no emprego, subproduto da remuneração sem méritos, afilhada do apadrinhamento político, filha bastarda da administração pública paternalista, mais preocupada em agradar seus servidores do que àqueles que pagam seus salários, os contribuintes e cidadãos – essa preguiça é a prostituta que pare a corrupção, seduz a classe média com promessas de concursos públicos fabulosos, e é concubina do político profissional. Este político profissional (classe política) é o mesmo que o autor mencionou, descendente dos capitães hereditários de outrora, e que hoje elegem gerações de políticos sobre gerações de políticos do mesmo clã.
Antes de seguir, faço um parêntese: não estou descartando a democracia representativa, nem o Congresso. Não sou saudosista dos tempos de Garrastazu Medici. A classe política parasita é formada por indivíduos – de direita, de centro, de esquerda – que podem, pela lei, disputar – e se reeleger – infindáveis vezes a um mesmo cargo ou pulando de cargo em cargo sem nada produzir de eficaz. Muitos deles nunca trabalharam na vida. Uma medida simples para erradicar este parasita seria o veto automático a reeleição a um mesmo cargo por mais de duas vezes. Fecho o parêntese. Esse é assunto para outro e-mail.
Voltando ao tema: A classe política é apenas a representante, e faz uso da preguiça estatal. A preguiça estatal é aquela que tem medo da automação dos processos. A preguiça estatal que entra em pânico diante da transparência eletrônica de suas contas. A preguiça estatal que prefere administrar por canetadas (sempre aumentando impostos, é claro), ao invés de transpirar, otimizar, trabalhar, buscar soluções criativas, agregadoras de tecnologia e produtividade.
O transporte urbano é só uma das afiadas pontas desse Iceberg fedorento chamado preguiça estatal. O Estado deveria gerir o crescimento urbano não apenas definindo planos diretores, decretando (“canetando” ) pedágios ou áreas proibidas a circulação de carros particulares. O Estado que fiscaliza e pune precisa gerenciar apresentando resultados concretos e alternativas reais para suas “canetadas”. Para apresentar alternativas, precisa investir, usar eficiente e eficazmente o suado salário do trabalhador – saqueado pelos impostos – para construir meios de transporte rápidos, acessíveis, confortáveis, confiáveis, seguros e de alta capilaridade.
Assim, para ir além do subtítulo do artigo (“Tentando sair da inércia” estatal), sugiro um estudo comparativo dos órgãos gestores do transporte urbano em algumas áreas metropolitanas no mundo. Gostaria de ver nessa revista um artigo corajoso que aponte alguns indicadores (números falam mais e melhor) como por exemplo:
1.     Do compartilhamento (tanto dos alvos estratégicos, quanto do gasto de capital (capex), operacional (opex)) das Municipalidades de uma região metropolitana visando soluções compartilhadas de transporte da área metropolitana;
2.     O volume per capita (em R$/ per capita) arrecadado em impostos e repasses de verbas pelas prefeituras da área metropolitana (Receita bruta);
3.     Deste volume, qual a destinação de recursos:
a.     Para o pagamento da retaguarda administrativa (backoffice);
b.     Para o pagamento dos serviços diretos prestados à comunidade (professores, médicos, segurança pública, etc.)
c.      Para investimentos em melhorias urbanas, dentre elas, redes de metrô, BRTs, ciclovias, etc.
4.     O resultado aferido pelos sistemas de transporte destas mesmas áreas metropolitanas:
a.     % da população atendida por meios rápidos de transporte (definindo meio rápido com pelo menos 50 km/h, na média);
b.     Tempo médio de deslocamento entre local de moradia e local de trabalho;
c.      Valor médio pago pela tarifa deste meio de transporte (em R$/ km);
d.     Taxa média de ocupação destes meios de transporte (passageiros/ m2 de veículo de transporte), no intervalo de 06h00 às 09h00 da manhã, por exemplo.
Para assegurar a isenção do estudo, cidades de diversas regiões (e diferentes tipos de administração pública) poderiam ser incluídas: São Paulo, Rio, Brasília, Buenos Aires, Santiago do Chile, Bogotá, Caracas, Cidade do México, Nova Iorque, Los Angeles, Toronto, Paris, Berlim, Londres, Moscou, Nova Deli, Xangai, Pequim, Tóquio, Islamabad, Jacarta, Nairóbi, Cairo, Lagos, Cidade do Cabo, Sydney. Sei, de antemão, que algumas destas cidades muito certamente não terão dados disponíveis, vencidas também pela sua própria preguiça estatal e falta de transparência.
Sem números para a comparação corremos o risco de ficarmos na esfera da opinião, ou das discussões inócuas. Somente com números e evidências concretas seria possível provar a minha própria ignorância, e de que eu estaria errado. Quem sabe estes números demonstram que a eficiência e eficácia do transporte urbano se dão apenas na razão direta do investimento em educação, mais do que na boa gestão do Estado. Assim eu falarei menos do parasitismo estatal, e terei que aceitar que as mudanças aqui no Brasil serão presenciadas apenas pelos netos de minhas filhas. Lá, quem sabe, o Brasil terá uma população educada.

Pílulas do Vicente Limongi Netto

Preferências
Não sou venal, aplaudo quem  é competente, respeitado, transmite confiança e firmeza, claro  que sou Jofran Frejat.   Não sou hipócrita e repudio oportunistas que só sabem ganhar no tapetão, portanto apoio José Roberto Arruda.  Não sou cretino,  repudio covardes que nunca levantaram um tijolo por Brasilia, sou Joaquim Roriz.
Tenho nojo de patrulheiro, manada de frustrados, medíocres e invejosos,  sou Luiz Estevão. Desprezo com todas as minhas forças,   candidato demagogo, parasita e mentiroso, que se apodera dos projetos alheios, e adora botar bancar de vestal grávida. Porisso sou Gim Argello, este sim, trabalha feito um mouro por Brasília.
Para distrital permaneço com o operoso e organizado Agaciel Maia. Voto em Rogério Rosso para federal. Profissional  qualificado que marcará presença no Congresso Nacional.  Parlamentares experientes logo perceberão que o ex-governador é trabalhador. Não é de jogar conversa fora com lorotas e bravatas.
Por fim, sem susto, tranquilo e confiante, renovo meu otimismo na candidata Dilma. Votei nela, gosto do jeitão dela. Não vejo razões para mudar meu voto. O que está em jogo é o Brasil e o bem estar do povo. Não compro gato por lebre.
Ganso
Ganso sobra em campo.  A mediocridade tem mais  é que bater palma e procurar aprender. Ganso tem um imenso repertório de dribles. Só mesmo jogador inteligente, de raciocinio rápido e imensa categoria, consegue fazer o que Ganso faz com a bola. Encontra brechas em pequenos espaços. encanta inclusive os adversários. imagino Ganso voltando a jogar com Neymar, na seleção ou no Barcelona; claro, porque não? Tomara que Dunga esteja atento. Quem também vibra com Ganso em campo é a bola. Sabe que com Ganso jogando ela será sempre amada e bem tratada.

Profissionalismo
Discordo e retruco, enfaticamente, afirmações do colunista Jânio de Freitas(Eleições 2014 de 14/09) acusando Collor de faltar com  compostura e não  ter ética na campanha presidencial de 1989. Será que Jânio diria o mesmo, se o beneficiado fosse o candidato Lula e Collor o adversário insultado?

Eleição presidencial não é disputa para principiantes. Nao é rifa de formatura de colégio nem ação e graças entre religiosas. Collor jogou duro para  fragilizar Lula e conseguiu. Usou os argumentos que tinha em mãos para ganhar o jogo.  O candidato mais profissional costuma vencer as eleições. Em eleição presidencial não existe espaço para campeonato de cuspe à distância. Muito menos argumentos sólidos para hipocrisia e lamúrias.
Ana Amélia recebe comenda
A candidata ao governo do Estado pela coligação Esperança que Une o Rio Grande (PP-PSDB-SD-PRB), Ana Amélia, recebeu a comenda da Associação dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) pelo trabalho desenvolvido no Senado em defesa à saúde. A entrega da homenagem ocorreu em reunião do Conselho de Representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), em Porto Alegre.
Arruda
A hipócrita justiça, agindo de forma politica, quando pune Arruda, também pune e apunhala o eleitor, cuja maioria esmagadora revela pelas pesquisas que vota e jamais deixou de confiar na força de trabalho do ex-governador.

sábado, 13 de setembro de 2014

Arruda fora do páreo no Distrito Federal


Com a renúncia, hoje, de José Roberto Arruda à disputa do governo do Distrito Federal, diante das derrotas que sofreu no Superior Tribunal de Justiça- STJ- e no Tribunal Superior Eleitoral - TSE-, que impugnaram seu nome com base na “Lei da Ficha Limpa”, se evitou que o populismo se transformasse num veículo de impunidade na capital política brasileira.

Arruda liderava as pesquisas no Distrito Federal, mesmo sendo considerado como “ficha suja” pela Justiça, depois de ter sido condenado e preso por participação no esquema conhecido como “mensalão do DEM”, na Operação “Caixa de Pandora” da Polícia Federal. Ele confiava em legitimar seu nome pelas urnas e tornar sua eleição fato consumado diante da justiça eleitoral, mas os juízes não morderam sua isca.

Sua mulher, a jornalista Flávia Peres, comporá a chapa como candidata a vice-governadora, e o anterior candidato a vice, Jofran Frejat, ex-secretário da Saúde do Distrito Federal, encabeçará a chapa, que conta com o apoio do ex-governador e cacique do “cerrado” Joaquim Roriz.

Arruda tinha a dianteira nas intenções de votos por conta da sua popularidade nas cidades-satélites e do apoio recebido de Roriz, mas, no Plano Piloto, onde se encontra o eleitorado mais politizado, o ex-governador sofria críticas impiedosas por tentar se reeleger como se não tivesse culpa nenhuma no cartório.

 A velha justificativa do “rouba, mas faz”, que se aplica aos fenômenos eleitorais de alguns dos políticos populistas do Brasil,vinha lhe garantindo no primeiro lugar nas pesquisas no Distrito Federal, para desespero daqueles cidadãos que defendem a moral e a ética na política.